Muitas pessoas que tinham agendadas consultas médicas, classificadas, pelos médicos, de rotina, ou de "não-essencial", e as tiveram desmarcadas, algumas adiadas indefinidamente, afinal elas não eram de emergéncia, não irão, após o fim da quarentena, agendar outra consulta, pois muitas dentre tais pessoas estarão desempregadas, e outras, mesmo conservando o emprego, inseguras, irão vislumbrar dificuldades num futuro próximo, bem próximo, pois não saberão se serão, ou não, diante da perspectiva de uma profunda crise econômica, demitidas. Tais pessoas, concluindo que são as consultas apenas de rotina, "não-emergenciais" - daí os médicos as terem desmarcado -, não terão razões para remarcar a consulta nos próximos meses, e as adiarão, algumas pessoas, para o ano de 2021, e, não poucas, indefinidamente. Além disso, muitas pessoas se perguntarão porque precisam de tais consultas, se os médicos não as consideram essenciais, e concluirão que elas são inúteis, pois, se os médicos, hoje, as têm na categoria das "não-essenciais", não terão, portanto, amanhã, motivos respeitáveis para inserí-las na categoria das "essenciais", o que irá reduzir a confiança da população nos médicos, que serão vistos apenas como carniceiros sugadores de dinheiro de seus pacientes. E não poucas pessoas irão recorrer aos serviços públicos de saúde, o que sobrecarregará o sistema.
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