segunda-feira, 20 de abril de 2020

Dos "Fique Em Casa" - Prazer mórbido

Os "Fique Em Casa" gozam de prazer mórbido ao falar de mortes, por corongavírus, principalmente das de pessoas saudáveis (se saudáveis, morreriam infectadas pela gripe chinesa?). Querem aterrorizar as pessoas que, resistindo ao bombardeio de notícias apocalípticas, não se refugiam, histéricas, encolhidas, borradas de medo, nas suas casas. Jamais dão notícias dos casos, inúmeros, de pessoas que, adoecidas pela gripe chinesa, convalesceram e retomaram as suas atividades diárias. Deram, agora, para agredir psicologicamente as pessoas que não sucumbiram ao medo e que resistem à histeria reinante, imputando-lhes, de antemão, e prelibando do prazer de apontar-lhes o dedo acusador, as mortes - que porventura ocorram, causadas por um dos filhotinhos da Morte, o tal de Covid-19 - de familiares delas. Não admitem a existência de pessoas que não compartilham com eles do terror-pânico que lhes governam o espírito. Espalham, há dias, um desenho, que lhes alimenta a morbidez. Lambendo os beiços, deliciados, saboreando o prazer mórbido que o desenho, uma obra apocalíptica, de teor doentio, lhes nutriu, decidiram espalhá-lo. Em tal desenho, há, no topo, a sentença "A ignorância dura até surgir um caso na família", e à direita a Morte empunhando a sua infalível foice, tendo, nas suas vestes, as palavras Covid-19, e à esquerda uma lápide diante da qual há terra remexida e um homem, ajoelhado, em prantos, coberto com a bandeira do Brasil e sobre cuja cabeça há um balão de diálogo com palavras da Morte (o Covid-19): "Acredita em mim agora?" No desenho, condena-se, pelo falecimento de familiares que tenham a vida ceifada pelo vírus chinês, toda e qualquer pessoa que não atendeu ao chamamento dos histéricos petrificados pelas palavras mesmerizantes dos cavaleiros do apocalipse. É doentio. É insano. Os "Fique Em Casa", triturados psicologicamente pela campanha midiática assustadoramente alarmista, perderam a razão; e demonstram, agora, que também perderam a decência. Não usam de argumentos racionais para falar do chinavírus, da gripe a ele associada, da pandemia; usam da agressão psicológica, da chantagem emocional, criminosa e doentia, para torturarem quem se revela dotado de força e firmeza para encarar as ameaças as suas vidas. Querem, assustados, amedrontados, aterrorizados, que todas as pessoas se curvem perante o medo, e se recolham, amedrontadas, às suas casas e que delas jamais se retirem. Não admitem a existência de pessoas que ousam enfrentar o vírus chinês e viver a vida. Estão torturando - e não se dão conta, já perdida a fortaleza psicológica, de quão agressivos e desrespeitosos são ao assim agirem - as pessoas que se conservam lúcidas; daí usarem de artifícios criminosos para forçá-las a sucumbirem ao medo. Querem transmitir, de si mesmos, uma imagem que lhes conserva inflado o ego, a de pessoas corajosas e abnegadas que se sacrificam pelo bem comum, de pessoas que encarnam a quintessência da sensatez, da responsabilidade, da sabedoria e do amor pela humanidade; revelam-se, todavia, indiferentes ao sofrimento alheio, atentas, unicamente, a si mesmos, tendo a cabeça enfiada no próprio umbigo, já infectadas, não pelo Covid-19, mas pela histeria, pela morbidez. Condenam à morte pelo trágico falecimento, pela gripe chinesa, de um de seus familiares, toda pessoa que, resistindo à avassaladora agressão psicológica que pessoas hipnotizadas pelas notícias catastrofistas lhe exercem, não caiu, e não se dispõe a cair, num torpor petrificante.

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