No início do ano passado, algumas pessoas apresentaram uma proposta: que os alunos, nas salas-de-aula, filmassem as aulas. E seguiu-se um auê dos diabos. Saiu até tiro. Brincadeira. Eu só estou exagerando para criar um clima bem dramático. Só usei uma hipérbole. Uma bipérbole bem hiperbólica. Agora, por causa do Corongavírus, desgramado filhote de Belzebu, os alunos assistem, no aconchego de suas casas, aulas via computador, ou via outro dispositivo de comunicação. Que interessante. Os pais podem sentar-se ao lado de seus herdeiros e assistirem às aulas. Não é muito diferente de os alunos gravarem as aulas, nas salas-de-aula. E ninguém pode exigir que os pais conservem-se distantes de seus filhos durante as aulas, pois estes estão num território que está sob jurisdição do papai e da mamãe, território inviolável. Agora, a turma que vive aporrinhando a cabeça dos professores, declarando aos quatro ventos que eles doutrinam os alunos, podem acumular farto material para anexar às suas críticas aos profissionais do magistério mal-intencionados.
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