segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Três notas e mensagem

 É guerra! A cobra vai fumar!


Em um mundo com países munidos de armamentos cujo poder de destruição pode provocar a extinção da vida, as guerras não se fazem - não entre as grandes nações - com armas, mas com recursos sutis - sutis, mas nem tanto. Aterrorizando os povos das nações inimigas com bombardeio midiático; cooptando a imprensa do inimigo, enchendo de ouro o bolso dos seus jornalistas. Disseminar notícias apocalípticas é um meio que já se provou eficiente - e é a chamada epidemia do coronavírus um exemplo perfeito. Pode-se, também, forçar o país inimigo a promover políticas prejudiciais à atividade econômica, destruindo-lha - lockdowns e quarentenas e regras sanitárias absurdamente insanas são indispensáveis para se atingir tal objetivo. Obrigar o inimigo a desperdiçar muito do dinheiro escasso com políticas de auxílio e aquisição de vacinas é uma idéia excelente, e ninguém há de negar. Seduzir o inimigo a ponto de fazê-lo contrair dívidas impagáveis é outra arma bombástica. Financiar no país inimigo subversão da ordem social por meio de campanhas culturais corruptoras da moral, da ética, e dos bons costumes é uma arma e tanto. Usa-se, também, e, a depender das circunstâncias, com potencial nuclear, de agentes infiltrados. Não é prudente ignorar o poder aniquilador dos agentes hostis na política e nas forças armadas e nos serviços de inteligência, comprados com trinta moedas de ouro, no país inimigo. Confronto bélico, hoje em dia, entre as grandes nações, pode redundar na morte de todos. Que se ponha de joelhos o inimigo empregando-se contra ele armas sutis e eficientes. Ah! Esquecia-me: Que se use de armas culturais, agressão psicológica, para persuadir o povo do país inimigo de que a pátria dele não merece respeito, e desvirilize-o, faça-o voltar-se contra seu próprio país. É tiro, e queda.


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Educadores brasileiros


Críticas ao Paulo Freire são bem-vindas, sempre - pelas pessoas que entendem que não há um ser de carne e osso, e bípede, de traços simiescos, que esteja além do raio da crítica, é óbvio, e não pelos idólatras, uma legião. Mas pecam aqueles que, criticos ao patrono do que se convencionou - sabe-se lá porquê - chamar educação brasileira, resumem-se a falar dele, e dele unicamente, mesmo que revelando ao público os aspectos, que não são poucos, negativos, da pedagogia cuja criação está a ele associada, e não mencionam outros estudiosos, pedagogos, filósofos, dedicados ao trabalho de educar, e não necessariamente no processo de alfabetização; em outras etapas da educação, há estudiosos que sabem falar, e com eloquência, e conhecimento obtido a partir de experiências pessoais, e não porque absorveram sabe-se lá quantas teorias, acerca do ato de educar. Menciono personalidades que muito contribuíram para a educação, conquanto não sejam pedagogos: Olavo de Carvalho, Ricardo da Costa, Rodrigo Gurgel, Sérgio Pachá e Sidney Silveira. Resumo a lista a estes cinco nomes, todos respeitáveis, cada um deles tarimbados em sua área de conhecimento, em suas atividades, todos eles, protagonistas de biografias de valor imenso. Ah! Esquecia-me: Pierluigi Piazzi.


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Bolsonaro, Deus acima de todos e liberdade é vida.


Se tem, por alguma razão, seja qual for, um sentimento de desafeição por outra pessoa, hostil, ou ódio visceral, ela fica incapaz de compreender-lhe as verdades mais elementares. Se João odeia, e odeia de morte, José, e este diz uma obviedade qualquer, obviedade que está diante dos olhos de todos, João ofende-o com as piores alcunhas que já saíram da boca dos homens. Diga José, ao ver passar, voando, um pardal, que o pardal é um animal que voa, João irá dizer que José é um tolo, que acredita que pardais voam sendo que, na verdade, é o céu que se move. Exemplo absurdo, sim, mas ilustrativo.

Uma das pessoas que é vítima da má-vontade alheia atende pelo nome de Jair Messias Bolsonaro. Impressiona-me a má-vontade de quem vive a desancá-lo com apelidos carinhosos, amigáveis, simpáticos,elegantes. Os anti-bolsonaristas defendem uma idéia - por exemplo, a da liberdade de expressão - e basta saberem que o presidente se manifesta a favor da mesma idéia, que eles, automaticamente, passam a atacá-la. Em tais casos eles entenderam o que ele disse, mas é deles tanta a má-vontade, que inventam, sabe-se lá usando quais instrumentos cerebrais, uma justificativa para a mudança de idéia, que à luz das palavras do presidente, a reconsideram, e a relativizam, ou simplesmente lhe negam a validade. Há casos, todavia, em que os anti-bolsonaristas não entendem, de fato, o que ele diz, pois dele estão sempre a esperar o pior, e não querem porque não querem entender sequer uma palavra do que ele diz. O presidente Jair Messias Bolsonaro diz "Deus está acima de todos." e "A liberdade é mais importante do que a vida.", não obrigatoriamente com estas palavras, e os anti-bolsonaristas, que de má-vontade o ouvem, soberbos e presunçosos, oferecem-se para repreendê-lo. Dizem, em correção às palavras dele, que Deus não está acima de todos, mas no meio de nós, e que pessoa morta não usufrui da liberdade. São tão hostis ao presidente Jair Messias Bolsonaro que jamais o ouvem. Tal má-vontade, proverbial, já é lendária. Ao declarar que Deus está acima de todos, quer o presidente Jair Messias Bolsonaro dizer que os humanos lhe devemos obediência, que lhe dediquemos, com sinceridade, amor, nossos pensamentos e sentimentos, que em nossas ações, em nossas atividades, tenhamo-Lo como referência,buscando fazermos sempre o melhor, à perfeição, belas obras, dignas do amor que Ele nos dedica, Ele, que nos deu a vida. O presidente Jair Messias Bolsonaro não está - assim querem dar a entender aqueles que o odeiam - tirando de entre os homens Deus, concluindo que é Ele uma entidade rival de Júpiter. E ao declarar que é a liberdade mais importante do que a vida está o presidente a dizer que é a vida digna de ser vivida em liberdade, os seres humanos dotados de coragem de se defenderem de qualquer política opressora e lutar contra os opressores, com bravura; ele não põe a liberdade acima da vida; ele põe a vida como valor absoluto, que merece ser vivida em liberdade; e a pessoa, roubada de si a liberdade, tem de lutar para reconquistá-la, e se necessário for sacrificar a vida para poder vivê-la plenamente. Quem, de má-vontade, dá interpretação enviesada às palavras do presidente Jair Messias Bolsonaro entende que é Deus um amigo, um camarada, um colega, um igual a si; e quem, corrigindo-o, diz que homem morto não é homem livre jamais mensurou o valor da liberdade e entenderia serem tolos, burros, estúpidos, imbecis, azêmolas, os negros escravos que, no Brasil, lutaram pela Liberdade, e muitos sacrificaram a vida para conquistá-la, preferiram a morte ao cativeiro. Estou a matutar um exercício de imaginação: Os nobres críticos do presidente Jair Messias Bolsonaro, no Brasil do tempo de Dom Pedro II, ao saberem das notícias de escravos fugidos e dos escravos a se revoltarem contra a Casa Grande,oferecer-lhes-iam apoio, ajuda, ou os exortariam a desistir de tão arriscadas aventuras?

Deixei dois, e apenas dois, exemplos, neste comentário de poucas palavras, da má-vontade dos anti-bolsonaristas. Não sei se são os mais significativos; são os que me inspiraram os pensamentos que aqui deixo registrado.


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Os Chineses - mensagem do Barnabé Varejeira 


Bão dia, Cérjim, meu amigão, amigão-do-peito. Há quantos dia eu não envio, pelo Uátesape, mensage po cê? Já faz um punhado de tempo, não faz? Faz. Eu tava com sardade de mensagear po cê as instória acontecidas por aqui e argumas indéia que pensei ca mia cabeça que Deus Nosso Senhor pôs em cima do meu pescoço pa eu, além de nela criá pioiô, cos meu botão, que são pôco, pensá, e pensá bem, nem sempre, é vredade, pensamentos escorreito, digno, bom, dos qual me orguio; às vez, penso cada bestêra que Deus me livre. Véxo-me de alembrá! Não tenho corage de contá pa ninguém, tampoco pa mim, o que me vai na teia uma vez e ôtra, e sempre. É cada uma! Parece, inté, que um anjinho diabóico qué me testá a ombriedade, pa vê se eu resisto às tentação.

Ma veja o cê, Cérjim, uma coisa muinto coisada que ca mia cabeça pensei ônte à noite, pôco dispois que o Sór foi drumi, após queimá os neurônio dos fio de Deus. Antes de contá po cê o que pensei ônte e pruque pensei os pensamento que pensei e não ôtros pensamento, quero sabê do cê, agora que mia curiosidade me afeta, quero sabê do cê, Cérjim, uma coisa, uma coisa só: Neurônio existe? Arresponda-me com sinceridade. Tô achano que tar instória de neurônio é do arco-da-véia, pêta, invencionice do Pedro Malazartes, e não de gente respeitárve, séria. Eu nunca vi neurônio na cabeça de ninguém. Diz-se por aí e por aqui, mais por aí do que por aquí, que na massa cinzenta que recheia a cabeça dos óme o tar de neurônio é quem dá as carta do inspírito dos óme. Sei não... Parece instória pa boi drumi, pa enche linguiça; e mais do que aqui, aí em Piamoangaba fala-se mais da estrovenga; por aí, mais do que por aqui, tem doutor, muintos doutor, que exibe suas cabeça, dizêmo a vredadeira vredade, cheia de nhaca. É cada bêstera sonante que eles fala que só veno. Só veno e só ovino. Deus me livre! Esta é uma das razão que me faz não entrá dentro da cidade e nem saí fora do campo. De gente doida quero distança, e muinta distança.

Agora, ansim que po cê preguntei o que eu queria preguntá, vâmo pa conversa que me fez ligá o teofone e enviá po cê esta mensage. Veja o cê, Cérjim, como que é engraçado o mundo. Até ôtro dia, não faz muinto tempo, não, ninguém ovia falá, e se ovia não escuitava, não dava muinta corda, dos chinês, os óme de zóinho puxado inguar os dos japonês. Diz-se que os japonês são nipônico, e os chinês sino. Sino, que eu saiba, tão nas igreja. Os chinês são aparentado cos japonês, e cos vietnanmitas tamém. Todos ele, de zóio puxado. Só os zóio; as zoreia, não.

Uma famia de chinês, sabe, Cérjim, visitáro transandonte a mia famia. É uma gente que eu e mia esposa conhecêmo há um bom tempo. E fazia muinto tempo, já, que nós não gasta um bom dedo de prosa co ela. São gente fina, trabaiadôra que só veno. Eu não sei falá os nome dele, os nome chinês; então, eu chamô eles por nome brasilêro, mermo: seu zé e dona Ana. O nome chinês dele é Zé, ou Né, ou Pé, sei lá; e o dela é Nan, Ná, ô ôtra geringonça. Não faço indéia de quar seja. O nome dele aos meus ovido soa inguar Zé, então é Zé o nome dele; e o nome dela aos meus ovido parece Ana, então é Ana o nome dela. Pra que compricação?! Eu chamo ele de Zé e ela de Ana; ela atende pelo nome Ana e ele pelo nome Zé; se ele não faz questão que mia muié e eu o chame de Zé e a muié dele tamém não se ocupa disso, e se ela não faz pruquê mia muié e eu a chame de Ana, e o marido dela tamém não se percupa co isso, então mia muié e eu chama ele de Zé e ela de Ana, e ansim, nos entendemo como se fosse todos nós quatro fio de prutuguês de Lisboa, os pai do imperador. Do mermo jeito, digo pa título de curiosidade, eu chamo aquele americano batuta, o Uóchito, que me visitô ôtro dia, de Tónho. Ora bolas! o nome dele é de ôtro praneta, tá, no originar, em ôtra língua, que os prutuguês não sabe falá, e quando ele se me apresentô pela primêra vez, e até então eu não o comnhecia e ele não me comnhecia, ansim que ele me falô o nome dele, entendi ele falá Tónho, então ficô Tónho o nome dele, e pa mim Tónho ele é, e pa ele eu so o Nabé. E ansim nos entendêmo.

Mas veja o cê, Cérjim, que divertido. Os chinês têm cada nome! Os fio do seu Zé e da dona Ana são dois, o Chan Tan Tan e o Chen Tan Pa. Eu, pru respeito, aos meus amigo Zé e Ana não rio, é craro, sempre que tenho dos óio diante aqueles menino de zóio puxado inguar os do pai e da mãe deles, mas que sinto vontade de derramar uma gargaiada, sinto. Onde já se viu um sino com tampa e um tantã! É do balacobaco, né, não, Cérjim?! Coisa de gente de ôtro praneta.

Cérjim, por hoje é só. Fique com Deus Nosso Senhor e ca Nossa Senhora Mãe do Menino Jesus. Inté.

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