quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Duas notas

 Fique em casa, se puder.


E não é que já começaram a reescrever a história? Lembro-me que jornalistas (não sei se é correto chamá-los jornalistas), artistas (artistas?), homens da Lei (que lei?), e esportistas, e intelectuais (considero inapropriado defini-los assim), e políticos, desde Março do longínquo ano de 2.020, de triste memória, exortaram, com ares autoritários, e alguns ameaçaram com multa e prisão, os brasileiros a se trancafiarem em casa, a se isolarem, repetindo, ad nauseam (gostou do latim, querido leitor?), o hipnotizando, aterrorizantemente mesmerizante, estribilho "Fique em Casa.", do qual milhões de brasileiros não conseguiram, depois de por ele capturados, se livrar. Durante vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, que se estenderem por meses sem fim, a sentença a proferiram homens e mulheres dedicados, sabemos, ao bem-estar da humanidade, em programas de auditório, de culinária, de arte, esportivos, durante a transmissão de jogos, nos intervalos e durante programas infantis, enfim, concentraram-se os profissionais da mídia (e muitos da internet) a proferir a sentença, que se assemelhava a um mandamento divino, "Fique em Casa.". Agora, cientes de que a política "Fique em Casa; a economia a gente vê depois." causou um estrago danado na economia de países inteiros, já estão os seus defensores a reescreverem a história. E tão cedo. Mal acabou - se é que acabou - tal capítulo da história, e já estão a dizer que não disseram o que todos sabemos que disseram. 

O presidente Jair Messias Bolsonaro comparece a um estúdio de um outrora popular telejorna da outrora mais poderosa emissora de televisão do Brasil, e, diante da crítica que ele faz à política do "Fique em Casa", a entrevistadora (se é que se pode dizer assim), sem-cerimonisamente afirma que disseram, não "Fique em casa", mas "Fique em casa, se puder.". Quem se lembra de, em algum momento ouvir os defensores do "Fique em "Casa" dizerem "Fique em Casa, se puder."? Dizem que brasileiro tem memória fraca. Se é verdade, não sei. Eu só sei que eu, um brasileiro, devo ter, e tenho certamente, memória fraquíssima, pois não me lembro de, em algum momento desde o ano de 2.020, ouvir alguém, menos ainda um funcionário da tal emissora de televisão, pedir, solicíta, e gentilmente, aos brasileiros "Fique em casa, se puder.". E tem mais. Tem mais?! Tem. Contou-me um passarinho que já se apresentou, em um desses portais de notícias da internet, uma personalidade que eu nunca tinha visto mais gorda, que afirmou que no Brasil jamais se decretou lockdown e quarentena. Pôxa vida! Essa doeu. Devemos os brasileiros darmos mãos à palmatória, e reconhecermos que não nos lembramos, e jamais entendemos, o que se passou em nosso querido país nos últimos dois anos.

Compreendo a atitude daquelas pessoas que estão, agora, a desconversar, a reescrever a história. Compreendo. Elas defenderam uma política que, sabiam, iria causar uma crise econômica, viram a crise econômica se avizinhando, viram que o povo entendeu a causa da crise (a política do Fique em Casa), tentaram, em vão, jogar a batata quente no colo do presidente Jair Messias Bolsonaro, história, esta, que não colou, história que os brasileiros não a compramos. Diante de tal cenário, sobrou aos defensores do "Fique em Casa" uma alternativa, a única: negar que algum dia defenderam a política do "Fique em casa."

Por que linhas acima afirmei que os defensores do "Fique em Casa" sabiam que tal política resultaria, infalivelmente, em uma crise econômica? Ora, a resposta encontra-se na sentença "Fique em casa; a economia a gente vê depois." Aí está uma relação de causa e efeito. "Fique em casa" é sinônimo de "paralisação das atividades econômicas" e "a economia a gente vê depois" de "crise econômica". Portanto, toda pessoa que defendeu tal política sabia que o "Fique em casa" (paralisação das atividades econômicas) seria a causa de um efeito "a economia a gente vê depois" (crise econômica), o que de fato se deu, em parte. Por que "em parte", e não em seu todo? Por que o presidente Jair Messias Bolsonaro e sua equipe ministerial não ficaram morcegando durante estes dois anos; trabalharam, e com inteligência. E os brasileiros temos de lhes dar crédito: eles fizeram do Brasil um dos países que melhor se reergueram do tombo de 2.020. A economia brasileira atinge níveis de quase pleno emprego, o câmbio está razoavelmente bem, a taxa de juros baixas, a inflação controlada, enfim, todos os índices econômicos são positivos, e o futuro próximo alvissareiro.


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Nikola Tesla, as pirâmides do Egito, a energia sem fio. E Atlântida.


Contam-nos a verdade, verdade histórica, os livros de História, ou contam-nos contos de fadas, lendas, histórias-da-carochinha? O mundo já me ensinou que em muitos livros de história (e escrevo história, e não História) e em muitas biografias há relatos fictícios, em alguns casos porque não tem o autor os ingredientes certos para fazer da história uma apresentação fidedigna, o que é compreensível; mas em outros casos o que se vê é a mais deslavada mentira. Há não sei quantos anos pus-me a ler uma biografia do Fidel Castro, o homem que, sabemos, fez da mais famosa ilha caribenha um paraíso, e percebi que, além de aventuras rocambolescas comuns aos folhetins de capa-e-espada, contêm o livro lendas que comumente se encontram em poemas épicos homéricos. Mais parecia o livro uma hagiografia do que uma biografia. Este é só um exemplo - e trilhões de outros podem ser citados. Quem é de bom-senso sabe que não se poder acreditar em tudo que se lê nos livros, que para muita gente são obras sagradas, que merecem ser cultuadas. Bobagem. Há livros, e livros.

Quero, aqui, falar, em poucas palavras, de algumas notícias, que li em dois artigos, que me fizeram pensar, não muito, é verdade; inspiraram-me estas palavras, e reforçam em mim suspeitas, que comigo carrego há um bom tempo: não temos a real, verdadeira, dimensão da história humana, e menos ainda da do universo; e mentem para nós as pessoas que financiam editoras, universidades, estudiosos.

Contam os dois artigos histórias interessantes, que me despertaram a curiosidade. Deles, no primeiro que li diz-se que Nikola Tesla não acreditava que as pirâmides egípcias eram túmulos, mas um dispositivo cuja função ele ignorava; e que, estudando-as, veio a pensar que fossem, talvez, uma usina de transmissão de energia elétrica sem fio. Fantasiosa, tal tese?! Talvez. Mas não podemos nos esquecer: estamos falando de Nikola Tesla. Todo gênio tem de louco um pouco, mas é verdade - e não podemos nos esquecer que na sua loucura o gênio diz a verdade.

Muitas pessoas acreditam, melhor, são induzidas a acreditar, que todos os povos antigos - incluídos os dos primórdios da civilização - eram primitivos, destituídos de conhecimentos científicos e tecnológicos, bárbaros, supersticiosos. Assim, concluem, seguindo uma linha de raciocínio correta se se depreender que esta correta a premissa, que a civilização humana evolui, e um dia atingirá o seu auge (que será o ponto que os poderosos disserem que está no estágio final da evolução humana - parece-me obra de ficção científica). Negam, assim, aos nossos antepassados qualquer inteligência que se equivale à nossa, e que em alguns aspectos à nossa seja superior.

Algumas informações são interessantes: foram as pirâmides erguidas sobre aquíferos; compõem seu interior quartzo e granito, condutores de energia; e jamais encontraram, nelas, pessoas mumificadas. Interessantes. Tendo-se a mente aberta, coça-se a cabeça.

No segundo artigo que li, dá-se a notícia de que a lendária Atlântida, da qual fala Platão em dois diálogos, Crítias e Timeu, talvez tenha existido em algum local na hoje Mauritânia e em suas proximidades, em uma época em que havia, onde hoje está o deserto do Saara, uma floresta exuberante. Verdade, ou mentira? Não sei

Eu só sei que a História está sempre com suas portas abertas.


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