Ao ler Anatomia do Estado, de Rothbard, inclinei-me a ver
no Estado a origem de todos os flagelos que fazem sofrer os homens. Depois, li
Uma Crítica ao Intervencionismo, de Mises, livro que reforçou o meu pensamento:
É o Estado a encarnação do mal, e tem de ser eliminado para que os homens
alcancem a liberdade, tão desejada, mas fora de alcance devido à existência do
Estado. Bastaria, então, eu pensava, eliminá-lo, que viveriam os homens no
paraíso. Penso, hoje, que isso é uma utopia, irrealizável. Na prática, como
dizem, a teoria é outra. Como poderia existir a civilização sem Estados
nacionais? Há quem defende a extinção do Estado e a conseqüente eliminação de
todas as barreiras comerciais, tornando livre o comércio mundial, para que
possa haver a liberdade de fato, plena, e não teórica, do individuo. A idéia é
boa, mas temos de nos perguntar: O Partido Comunista Chinês a acolheria? E o
Kremlin? E Havana? E Pyongyang? Enfrenta o Ocidente os jihadistas islâmicos,
que desejam implementar o Califado Universal, e os governos da Rússia e China,
cuja política é comunista. Não se pode reduzir todas as questões mundiais ao
comércio, como fazem muitos intelectuais, sem levar em consideração a ideologia
comunista, que move a política de muitas nações e de organizações mundiais. A
guerra que se trava é de valores, valores universais: De um lado o judaísmo e o
cristianismo; de outro, o comunismo, cujos propugnadores estão dispostos a produzir
centenas de milhões de cadáveres, além dos mais de cem milhões que já
produziram na Rússia, na China, no Vietnã, na Coréia do Norte, em Cuba, e em
vários outros países. E é apenas reforçando os valores morais universais
judaico-cristãos que se poderá vencer tal guerra. Comércio é apenas comércio. E
Olavo de Carvalho, no meu entender, e considerando o pouco que sei, e também
Loryel Rocha, estão com a razão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário