quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Mulheres e feminismo

Para os feministas progressistas, mulheres respeitáveis são as senhoras pundonorosas que, em praça pública, articulam suas sábias palavras sobre a foto do Jair Bolsonaro e as que, participando da Marcha das Vadias, adornam o corpo com dízeres inspirados nos melhores manuais de boa conduta.
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No início de janeiro, no Rio de Janeiro, Polyana Viana, lutadora de UFC, reagiu à abordagem de um assaltante, e neste deu uma boa sova. E neste início de fevereiro, em Caxias do Sul, Patrícia Melo, lutadora de jiu-jitsu, conservou imobilizado um ladrão até a chegada de policiais. E as feministas não se pronunciam, em favor delas, contra a sociedade machista e patriarcal. Não me surpreende, afinal as duas lutadoras agiram contra bandidos e não têm postura vitimista. São mulheres poderosas, e não empoderadas.
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Na mentalidade feminista progressista, as mulheres merecedoras de crédito são as favoráveis ao assassinato de crianças, crime, este, que, usando do eufemismo 'aborto', elas, donas do próprio corpo, assim dizem, os justificam como direito inalienável; e as mulheres que se dedicam aos filhos são tolas submissas ao marido, criatura opressora, e à família, instituição patriarcal, autoritária.
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Estamos vendo inúmeras mulheres assumindo, denodadamente, responsabilidades em importantes cargos. Menciono duas: Damares Alves, ministra de Estado, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e a juíza Gabriela Hardt - substituta do juiz Sérgio Moro na Lava-Jato -, que condenou Lula no caso do sítio de Atibaia. Nenhuma delas é alçada, pela militância feminista, à condição de mulher empoderada. Compreensível, afinal, os feministas militantes detestam mulheres decentes.
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Duas mulheres, Polyana e Patrícia, aquela no Rio de Janeiro, esta em Caxias do Sul, ambas lutadoras, deram boas lições em dois bandidos, uma em cada um. Não está longe o dia em que os desarmamentistas apoiarão política de proibição, em todo o território nacional, de ensino de artes marciais, afinal muitas pessoas, inspiradas no exemplo de Polyana e Patrícia, prejudicarão os laboriosos profissionais do crime em seu digno empreendimento.

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