sábado, 23 de fevereiro de 2019

Crise na Venezuela

Donald Trump anuncia a política de construção de um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, para acabar com a imigração ilegal e impedir a entrada, nos Estados Unidos, de criminosos, e os esquerdistas o deploram. Nicolás Maduro dispõe barreiras na divisa entre a Venezuela e a Colômbia e na entre a Venezuela e o Brasil, para impedir que ajuda humanitária chegue aos venezuelanos flagelados pelo governo socialista, ditatorial, de Nicolás Maduro, e dos esquerdistas não se ouve nenhuma voz reprovando-o.
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Há socialistas que dizem que o governo de Nicolás Maduro é socialista. Há socialistas que dizem que o governo de Nicolás Maduro não é socialista. Em quem devo acreditar?
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Se a política de Nicolás Maduro e do antecessor dele, Hugo Chávez, não é socialista, como dizem muitos esquerdistas, por que estes mesmos esquerdistas enaltecem as figuras deles ambos? Além disso, tais esquerdistas declaram que a política deles, atribuída ao ideal socialismo, prejudica a imagem do socialismo. Se é assim, por que os esquerdistas que, favoráveis ao socialismo, ao invés de criticarem Nicolás Maduro e Hugo Chavez, os têm na conta de heróis?
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Muitos dentre os esquerdistas que, há vinte anos, nos primórdios do governo de Hugo Chavez na Venezuela, profetizavam, na luta dele contra o capitalismo, o neoliberalismo, um futuro promissor para os venezuelanos, o socialismo (atendendo pelo nome de bolivarianismo, e também, o de chavismo) a sobrepujar todos os seus inimigos, e inimigos, portanto, da Venezuela, agora, vindo a público a miséria e a carnificina decorrente da política socialista (assim anteriormente anunciada) implementada na Venezuela, desdobrando-se em malabarismos retóricos indescritíveis, afirmam que o que se vê na Venezuela não é produto do socialismo. Têm, covardes e cínicos, o objetivo, com tal declaração, de esquivarem-se das repreensões públicas advindas daqueles que têm consciência do que se passa na Venezuela; e não querem ter o próprio nome associado à desumanidade do governo socialista de Nicolás Maduro, governo cuja realidade não pode mais ser escondida do mundo.
Para os esquerdistas, o socialismo é um ideal que  constrói no mundo o paraíso, mas quando os resultados dos experimentos socialistas se revelam, eles os atribuem a outros fatores.
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Brasil envia ajuda humanitária à Venezuela, cujo governo bloqueia a fronteira com o Brasil, para impedir que a ajuda humanitária chegue aos venezuelanos. Além disso, segundo algumas agências de notícias, o governo venezuelano dispõe sistema anti-misseís de fabricação russa, ao longo da fronteira da Venezuela com o Brasil, e os esquerdistas apóiam, contra o Brasil, o ditador Nicolás Maduro. Tal notícia não me surpreendeu, pois sei que os esquerdistas brasileiros têm compromisso com o ideal socialista, e não com o Brasil.
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O governo venezuelano, socialista, comunista, bolivarianista, chavista, madurista, flagela os venezuelanos há vários anos, e nestes últimos meses, com o recrudescimento do conflito interno entre apoiadores e oponentes de Nicolás Maduro, intensificou sua política opressora a níveis jamais vistos na história da América do Sul, vindo a matar, nestes dias, em território venezuelano, uma índia. E os abnegados defensores dos direitos dos índios conservam-se em silêncio sepulcral.

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