segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Tudo sabem os que nada sabem

Os anti-Bolsonaro, em críticas ao Jair Bolsonaro, dando-o como ignorante, acusam o desconhecimento dele em Economia. O que desejam com tal afirmação? Apontar, do Jair Bolsonaro, a ignorância em economia dos fisiocratas? ou em teoria da Escola Austríaca? ou nas idéia da Escola de Chicago? Entendem que ele desconhece as idéias de David Ricardo e de Quesnais? ou as de Carl Menger e Ludwig von Mises? ou as de Keynes? ou as de Hayek? ou as de Schumpeter? ou as de Rosa Luxemburgo? ou as de Adam Smith? ou as de Stuart Mill? ou as de Marx? ou as dos escolásticos espanhóis e portugueses? Querem apontar, dele, a ignorância, em teoria monetária? ou em economia fiscal? ou em economia política? Querem dizer que ele desconhece a praxeologia? a cataláctica?
Afinal, os anti-Bolsonaro querem dizer o quê, num tom de indignação, de horror, direi, ao fazer de Jair Bolsonaro um tapado em Economia? Os anti-Bolsonaro sabem quantas escolas de pensamento há na Ciência Econômica? E fazem idéia das controvérsias que envolvem as suas questões elementares, tais como a do conceito de moeda, de inflação, de juros e de preço? e acerca da lei da oferta e da procura? Sabem os anti-Bolsonaro que não há consenso em questões econômicas, e que não é por outra razão que os economistas vivem a bater cabeças nas questões mais imediatas, dada a imensurável influência, nas teorias econômicas, da psicologia, e da tecnologia, que altera o comportamento das pessoas, inspirando-lhes comportamentos imprevistos pelos mais sensatos e argutos economistas? Além disso, os anti-Bolsonaro têm conhecimento em Economia que lhes permite avaliar a instrução em Economia do candidato que apóiam? Do Ciro Gomes? do Fernando Haddad? do Geraldo Alckmin? Para ficarmos apenas nos três principais concorrentes do Jair Bolsonaro. Que o Jair Bolsonaro é ignorante em Economia, é; e ele deixou isso claro. Em uma época e em um país em que a humildade e a coragem em admitir a própria ignorância fossem consideradas virtudes, Jair Bolsonaro seria elogiado, ovacionado. Aliás, elogiado e ovacionado ele é pelos brasileiros de bom-senso, já cansados dos auto-proclamados sabichões, que tudo dizem saber, mas que dos ouvidos dos brasileiros fazem penico.

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