segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Segundo turno

Durante a campanha eleitoral, não poucos candidatos a presidente se puseram numa posição equidistante de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad; e a imprensa, no que foi secundada por intelectuais e artistas e políticos (inclusive, e principalmente, candidatos a presidente), os apresentou como radicais, iguais, portanto, ambos nefastos ao Brasil, distinguindo-os apenas a posição no leque ideológico, um, Fernando Haddad, na extrema-esquerda, o outro, Jair Bolsonaro, na extrema-direita. Muitos eleitores de algum outro candidato a presidente adotaram, automaticamente, tal classificação, assim se pondo numa posição confortável na hipótese de, havendo segundo turno, isentar-se de optar por um deles. Agora, já computados os votos, sabe-se que Jair Bolsonaro e Fernando Haddad disputarão o segundo turno. E qual será a decisão de eleitores de João Amoedo, Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin, e a dos outros candidatos? Muitos deles, que sempre se declararam anti-petistas, irão, não erro em presumir, declarar voto nulo, e justificarão tal posição, evocando a  campanha difamatória que foi lançada contra Jair Bolsonaro, que ele é racista, nazista, machista, torturador, agressor de mulheres, fascista, homofóbico, etc. Essa será a justificativa, mas não é o verdadeiro motivo, que é inconfessado, o qual não é dificil de se conhecer: o rancor, o ressentimento, afinal o candidato que apóiam não está no segundo turno.

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