quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Fingimento

Muitos eleitores de um dos candidatos a presidente que não Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, agora, pondo-se num plano moral superior, declaram não votar em nenhum dos dois candidatos que disputam o segundo turno da eleição para presidente. Justificam tal postura apontando ambos os candidatos como tipos repulsivos, ambos, preevêm, a fazer muito mal ao Brasil. Tal observação é fruto, não da razão, mas de sentimento ferido, pois, apoiadores de um dos candidatos, que amargou derrota humilhante, agora estão à procura de uma justificativa para se absterem de  votar, não no Fernando Haddad, mas no Jair Bolsonaro. Comparando-os, dão a ambos como da mesma estirpe, o que é falso, e todo brasileiro conhecedor da história recente do Brasil, sabendo do mal que o PT já causou ao país, projeta, num futuro próximo, o mal que o Fernando Haddad irá fazer, e considerando a realidade - tão desprezada pelos anti-Bolsonaro - sabem que da política do Jair Bolsonaro nenhum mal se dará ao Brasil - mas as pessoas que igualam Jair Bolsonaro a Fernando Haddad, baseando nas mentiras, nas falsidades e nos factóides disseminados em violenta campanha de assassinato de reputações, prevêem o horror que resultará da política do Jair Bolsonaro, horror, este, que é obra de ficção, concepção de um futuro baseado em mentiras, exclusivamente. É conveniente, para muitas pessoas, que, agora, igualam Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, adotarem como verdades todas as mentiras contadas acerca de Jair Bolsonaro; assim, elas podem justificar a sua indiferença pelo destino do Brasil, criar de si mesma imagem que as agrada, a de pessoas, tão sábias!, tão inteligentes!, que fizeram a opção pelo melhor candidato, o qual o povo, tão burro!, tão ignorante!, preteriu por dois imbecis extremistas. Estão apenas se esforçando para se persuadirem de que as movem sentimentos nobres, e não a mesquinharia, o desejo de satisfazerem a vaidade ferida ao verem derrotado o candidato que apoiaram, e assim se apresentarem como seres superiores, dignos e corretos.

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