sábado, 17 de dezembro de 2016

Delações premiadas

Quais serão os próximos nomes de políticos que aparecerão em delações premiadas? Não sei. Posso citar qualquer um que, ouso dizer, tenho 100% de chances de acertar.

Comunistas, vampiros

Os comunistas, vampiros, sugam o sangue do povo. Para dar-lhes cabo não bastam balas de borracha. Vampiros se mata com bala de prata, água benta, crucifixo, alho, estaca de madeira... Para não haver o risco de tais seres malditos sobreviverem a um ataque, é aconselhável lançar mão do arsenal completo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O sapo

Um homem pega uma panela, enche-a de água, e leva-a ao fogo. Depois, pega um sapo, e joga-o dentro da panela cheia de água fervente. E o sapo, tão logo toca a água, pula para fora da panela, e safa-se da morte. Este homem é o PT.
Um outro homem pega uma panela, e enche-a de água. Ato contínuo, pega um sapo, e joga-o dentro da panela cheia de água fria. O sapo adapta-se à temperatura baixa da água, e dentro da panela se mantêm. O homem, então, liga o fogo, e aumenta, vagarosamente, a temperatura da água, sem que o sapo perceba que ela está sendo aquecida, até o momento em que o sapo morre. Este outro homem é o PSDB.

Decálogo do político brasileiro

1 – Minta. Minta descaradamente. Se o povo perceber que mentes, insista na mentira. E se o povo não se deixar persuadir pelas vossas mentiras, continues a mentir, até vos convencerdes de que as vossas mentiras são verdades, para, assim, mentirdes com mais convicção e sem peso na consciência.
2 – Aumentai os impostos a ponto de impedirdes o povo de comprar o arroz e o feijão de cada dia. Depois, criai programas sociais e oferecei migalhas ao povo. Se o povo reclamar, dize-lhe que ele vos é ingrato.
3 – Regulamentai a economia para que os vossos apoiadores sejam favorecidos e inexista a livre-concorrência.
4 – Emburrecei o povo. Estupidificai-o. Se do povo surgir uma pessoa inteligente, de espírito rebelde, questionador, apresentai-a ao povo como um louco, para que o povo a despreze.
5 – Desperdiçai bilhões de dinheiro público com propaganda para ocultar do povo a vossa mediocridade, a vossa desfaçatez, a vossa canalhice e o desprezo que sentes por ele.
6 – Invistas dinheiro público em políticas nocivas à família, aos bons costumes, à civilização, ao cristianismo, e apresentai-as como essenciais ao progresso do Brasil. E assim que os seus resultados nefastos aparecerem, digas ao povo que foi ele que não as compreendeu, e deturpou-as, e culpe-o pelo fracasso na implementação delas, e nelas insistas.
7 – Diga ao povo que ele nada pode fazer de bom pelo futuro do Brasil, e que apenas vós sabes do que o Brasil precisa.
8 – Unas forças com todas as organizações nacionais e internacionais, visando, sempre, a conservação do vosso poder.
9 – Eliminai da história do Brasil os nomes de todos os vultos de valor, e de vós vendei ao povo imagem de herói impoluto.
10 – Desprezai a Língua Portuguesa, e fazei com que o povo a despreze.

Comentários de um comunista acerca de um crime

O crime:
Um homem avança sobre uma jovem de dezesseis anos para das mãos dela arrancar um telefone celular que ela comprara duas horas antes; a jovem, num ato involuntário, reage à abordagem do homem, que retira de sob o cós da calça uma faca, e esfaqueia a jovem, cuja vida esvai-se em poucos segundos.
E o assassino corre, em disparada; mal percorre cinquenta metros, um policial dele aproxima-se, ordena-lhe que pare, e, como a sua ordem não foi por ele atendida, retira do coldre um revólver, aponta-o para o assassino, aperta o gatilho, e alveja-lhe a perna esquerda. O assassino cai, e o policial dá-lhe voz de prisão. E encaminham o assassino ao hospital; restabelecido o assassino, o encaminham à delegacia de policia. E ele é condenado à dez anos de prisão.
Agora, os comentários do comunista:
- O homem que esfaqueou a jovem é vítima da nossa sociedade cruel, insensível e egoísta. Ele matou a jovem porque ela possuía um telefone celular moderno, último modelo, de marca famosa, e o ostentava, excitando, com tal postura, o desejo do homem que a esfaqueou. Se ela não tivesse comprado o telefone celular, e se ela não o ostentasse, o homem que a esfaqueou, matando-a, não desejaria dela roubá-lo, e, portanto, não a esfaquearia. Culpados da morte da jovem são o inventor do telefone celular, o fabricante de telefones celulares, o lojista que o vendeu à jovem, e a jovem, que o comprou, e não o homem que a esfaqueou, matando-a. Ora, raciocinem, e concluam que comigo está a razão: Se o inventor do telefones celulares não inventasse telefones celulares; se o fabricante de telefones celulares não fabricasse o telefone celular que a jovem comprou, e não o vendesse para o lojista; se o lojista não revendesse o telefone celular para a jovem esfaqueada, e morta em decorrência do esfaqueamento; e se a jovem exibida e vaidosa não ostentasse o telefone celular recentemente adquirido, o homem que a esfaqueou, matando-a, não desejaria tê-lo para si, e não a esfaquearia, e, consequentemente, não a mataria. Entenderam? Quem é a vítima nesta história? Não é difícil de saber, é? A vítima é o homem, que, desprezado pela sociedade, desprovido de dinheiro para comprar o telefone celular mais moderno, foi forçado a tomar uma decisão radical para possuir o que era do seu desejo, o telefone celular. A morte da jovem que o ostentava foi a conseqüência, não da ação do homem cujo desejo de possuir um telefone celular a jovem excitou ao ostentá-lo diante dele, mas da ostentação, pela jovem, do telefone celular. E a policia ainda ousa prender o coitado!?

Briga de marido e mulher

Discutem marido e mulher. Em certo momento da discussão, o homem tropeça, ao dar um passo para trás, no tapete, desequilibra-se, cai, e bate com a cabeça num objeto pontudo, e morre. Durante a queda, ergue, rapidamente, e involuntariamente, o pé esquerdo, e atinge, na face direita, sua esposa, que se assusta, move-se para a esquerda, desequilibra-se, bate com a cabeça em uma quina de uma estante, e morre.
No dia seguinte, o jornal Notícias traz, em letras garrafais, o título da matéria da primeira página: “Marido mata esposa, batendo a cabeça dela na quina de uma estante, e mata-se em seguida”; e o subtítulo: “Os homens brasileiros, cristãos e machistas, violentos com as mulheres, têm de ser reeducados, e punidos com rigor”, diz Fulana da Silva, líder feminista.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Discursos incoerentes

Os esquerdas são incoerentes em suas declarações. Sempre que defendem uma idéia, eles trocam os pés pelas mãos, o que é da essência da esquerda.
Dou um exemplo: Eles enaltecem o Fidel Castro, que foi um ditador, como um símbolo da revolução socialista; um revolucionário que, ao impor, em Cuba, o regime político socialista, aniquilou o capitalismo, promovido, naquela ilha cárcere caribenha, pelos americanos (ou estadunidenses, como amam dizer os esquerdas), por meio de um fantoche, o Fulgêncio Batista. Se o ditador Fidel Castro eliminou, de Cuba, o livre comércio exterior, não havia, portanto, razão de haver um embargo econômico, como o imposto a Cuba pelo presidente americano John Kennedy, que, acho, apenas cometeu um erro político tático ao declarar tal embargo, oferecendo – involuntariamente, acredito - ao ditador Fidel Castro argumentos contra o governo americano e em seu próprio favor, apresentando-se como um poderoso Davi, que lutou, e venceu, segundo a imprensa de esquerda (praticamente toda a imprensa), o gigante Golias (o famigerado e diabólico tio Sam). Como Kennedy caiu na asneira de declarar o embargo econômico a Cuba, mesmo não havendo necessidade de fazê-lo, afinal o socialismo implementado pelo ditador Fidel Castro já havia eliminado o comércio exterior cubano, os esquerdas aproveitaram a oportunidade que lhes foi oferecida pelo imprevidente presidente americano e deram início a uma campanha difamatória, o que não é de surpreender, contra os Estados Unidos, ao mesmo tempo que criaram outra propaganda, muito bem-sucedida porque contou com o apoio de toda a imprensa mundial, de enaltecimento da figura de Fidel Castro, e também da de Che Guevara. Ora, se o ditador Fidel Castro já havia eliminado o comércio exterior cubano, então todas as catilinárias cuspidas contra os Estados Unidos, reprovando-lhes a imposição de um embargo econômico a Cuba, não passa de discursos cínicos, propagandas antiamericanas, e nada mais, pois, não havendo comércio em Cuba, não havia necessidade de haver um embargo ao comércio inexistente. Como se pode embargar o que não existe? Ou Cuba, mesmo após a revolução liderada pelo ditador Fidel Castro, tinha comércio exterior, que o ditador Fidel Castro não desejava extinguir porque, sabia ele, poderia explorá-lo, controlá-lo, e encher as burras de ouro? Ora, se Cuba possuía um comércio exterior, e o ditador Fidel Castro o explorava, então pergunto por que os esquerdas elogiam o ditador Fidel Castro, e a sua política, que se anunciando como socialista, como infensa ao comércio, o explorava? No discurso os esquerdas são contra o comércio, contra o capitalismo, e vendem, de si mesmos, uma imagem de superioridade moral porque não se curvam à maldade inerente ao capitalismo, mas, sabe-se, eles adoram o capitalismo, desde que possam controlá-lo, e explorá-lo em benefício da causa da esquerda.
Agora que, com o acordo entre Obama e Raúl Castro, Estados Unidos e Cuba estreitam os laços, inclusive os econômicos, e Obama se dispôs a suspender o embargo econômico, que, de fato, nunca teve razão de existir porque o socialismo já havia do comércio cubano dado cabo, os esquerdas elogiam o Obama e o Raúl Castro. Mas, diabos!, por que os elogiam se ambos se unem para permitir o comércio livre entre os dois países, comércio, atividade que, segundo os socialistas, é produto dos capitalistas burgueses, ocidentais, maléficos exploradores de mão de obra barata!? Os esquerdas elogiam dois políticos de esquerda que adotam o livre-mercado como uma fonte de riqueza de um povo! Mas, afina,l não é o socialismo que produz justiça e riqueza? Não é o capitalismo, ou livre-mercado, como queiram, que produz injustiça e miséria? Quantas contradições!
E neste ano entra em cena um outro personagem, detestado pelos esquerdas: Donald Trump, que já se pronunciou contra o acordo assinado entre Obama e Raúl, e os esquerdas o reprovam. Mas diabos!, mais uma vez, diabos!, por que censuram o Donald Trump, que, segundo os esquerdas, pretende eliminar o comércio entre Estados Unidos e Cuba? Se Cuba é socialista, e é o socialismo que produz riqueza e justiça, e não o capitalismo, porque censuram Donald Trump, que, com sua política, impedirá Cuba de deixar de ser um país socialista, e tornar-se um país capitalista?
Quantas incoerências se pode detectar nos discursos dos esquerdas!

sábado, 26 de novembro de 2016

...à procura de um político honesto.

Na antiga Grécia, havia um filósofo cínico, Diógenes, que perambulava pelas ruas, lanterna à mão, à procura de um homem honesto. Diz a lenda que nenhum homem honesto ele encontrou. Nenhum ele encontrou, mas, como estava à procura de um, concluo que ele acreditava que um, pelo menos um, homem honesto existia.
Se Diógenes vivesse, nos dias de hoje, no Brasil, e alguém lhe dissesse que saísse à procura de um político honesto, ele nem se daria ao trabalho de comprar uma lanterna.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Recuperada a consciência moral...

Não é difícil encontrar um brasileiro que declare, de viva voz, e de peito cheio, arrotando superioridade moral, e de inteligência, que os brasileiros temos os governantes que merecemos - e o faz como se brasileiro não fosse. Os brasileiros não merecemos os governantes que temos. Há um precipício a separar os governantes dos mais comuns dos homens brasileiros – estes trabalham, estudam, têm as suas responsabilidades, os seus compromissos, e, como ninguém há de negar, os seus pecados, os seus defeitos, e se esforçam para viverem em paz consigo mesmos e com outras pessoas (Não preciso dizer que aqui não incluo os criminosos, e por criminosos entendo toda pessoa que comete crimes, mesmo que não tenha sido condenada segundo a Lei); aqueles, ladinos, escalam os degraus do poder mentindo, manipulando os brasileiros, induzindo-os aos erros, chantageando-os, explorando-os, ludibriando-os, maltratando-os, destruindo-lhes o vigor moral, e o intelectual, e, em suma, desprezando-os.
Digo que os brasileiros não merecemos os governantes que temos. Os brasileiros somos de boa índole (e não preciso, aqui também, dizer que estou excluindo os criminosos), somos de espírito cristão, e movem-nos bons sentimentos, que, não raras vezes, são manipulados, por políticos principalmente, em favor deles, políticos, e contra os nossos desejos, que se resumem em viver a vida livremente. Os políticos não querem que os brasileiros vivamos as nossas vidas, com liberdade; eles não apreciam a liberdade de que gozamos; eles querem canalizar toda a nossa energia no trabalho de ereção de projetos de poder, que tem um propósito: oprimir-nos. Todos os investimentos públicos em educação têm um propósito: emburrecer e idiotizar os brasileiros. Todos os programas sociais, mantidos com dinheiro de impostos, que são extorquidos aos brasileiros, têm um propósito: fazer com que todos os brasileiros beneficiados em tais programas vendam a própria alma àqueles que os criaram.
Durante décadas, por meios da imprensa, da literatura, da música, do cinema, de discursos políticos, injetaram, no coração dos brasileiros, valores que atentam contra a verdade, contra a moral, contra a decência, modificando o senso comum dos brasileiros de tal modo que muitos brasileiros passaram a ver nos crimes atos de revolta contra a opressão promovida pela sociedade burguesa, capitalista, ocidental, e nos criminosos coitadinhos oprimidos; na religião cristã muitos viram superstição, idolatria e a opressão que subjuga muitos brasileiros, e nos cristãos hipocrisia, maldade intrínseca, egoísmo; na família viram uma instituição opressora, inerentemente má, símbolo do patriarcalismo mais rombudo, insensível, opressor, preconceituoso, discriminador. Enfim, muitos passaram e ver o diabo onde havia Deus, e Deus onde havia o diabo. E assim, neste Brasil de senso comum modificado, em que o mal é o bem e o bem é o mal, os brasileiros elegemos para os cargos mais altos da burocracia do Estado políticos desprezíveis. Ora, os brasileiros somos vítimas de uma política sórdida, que nos fez introjetar valores, que nos levaram a defender idéias que nos prejudicam, idéias que jamais defenderíamos se possuíssemos íntegra a nossa consciência moral.
E chegamos aos dias que estamos vivendo. E nestes dias, reconstituída a nossa consciência moral com muito sofrimento, muita dor, rejeitamos os políticos que hoje nos governam, políticos que pusemos nos cargos que eles ocupam, e repudiamos todos os valores, podres valores, que eles representam. Posso declarar que os brasileiros nos livramos daquele senso comum modificado, que faz do bem mal e do mal bem, mas ainda não conseguimos os meios para dos políticos sórdidos nos livrarmos definitivamente.

O município de Tupiniquim-Tupinambá

Candidatam-se a prefeito do município de Tupiniquim-Tupinambá, o político Barba e o político Sem Barba, o primeiro, do PT, o segundo, do PSDB.
E os tupiniquim-tupinambenses sufragam prefeito de Tupiniquim-Tupinambá o candidato do PSDB.
E Sem Barba cria, ao assumir o posto de prefeito, o programa social Comida Pra Todos E Fome Pra Ninguém, a respeito do qual os eleitores do PSDB declaram, de bico em pinado: “É muito bom”, e os eleitores do PT declaram, de barba torcida: “É uma porcaria”.
Transcorrem-se quatro anos.
Sem Barba candidata-se à reeleição e Barba candidata-se a prefeito.
E os tupiniquim-tupinambenses sufragam prefeito de Tupiniquim-Tupinambá o candidato do PT.
E Barba altera, ao assumir o posto de prefeito, o nome do programa social Comida Pra Todos E Fome Pra Ninguém para Todos Tem Comida E Ninguém Tem Fome, a respeito do qual os eleitores do PT declaram, de barba empinada: “É muito bom”, e os eleitores do PSDB declaram, de bico torcido: “É uma porcaria”.
E assim Tupiniquim-Tupinambá vai vivendo a sua miséria.

O bandido e o policial

Um bandido invade uma loja, rouba todo o dinheiro do caixa, mata duas pessoas, e corre; na rua, um policial o avista. E entram em confronto o policial e o bandido. O tiroteiro encerra-se com a morte, pelo policial, do bandido.
Um representante dos Direito Humanos apresenta-se, e aponta o dedo, acusatório, para o policial, e lhe diz:
- Você é um assassino!
E exige das autoridades, que o atendem, prontamente, a sua, dele, policial, prisão.
E o dono da loja roubada pelo bandido pergunta ao representante dos Direitos Humanos a respeito do ladrão e assassino morto pelo policial, e ele respondeu-lhe:
- Ele não é ladrão e assassino. Se você chamá-lo de ladrão e assassino uma vez mais, eu processarei você por calúnia e difamação. Aquele homem que você chama de ladrão e assassino é um injustiçado, é uma pessoa que nunca teve oportunidade na vida, é um coitado, vítima da sociedade cruel.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Globalismo

Não acredito que tenha sido apenas por reação ao politicamente correto, que é uma praga e tem de ser exterminada, que os americanos elegeram Donald Trump presidente dos Estados Unidos – como eu li em um artigo. Acho que o buraco é mais embaixo. Os americanos, segundo penso, sentem na pele as dificuldades criadas por um sistema político globalista, de esquerda, que os jogou para escanteio, e que os despreza.
A política globalista tem imposto muitos danos a todos os países, inclusive aos Estados Unidos.
Organizações globalistas almejam fazer com que os Estados Unidos – e todos os países – neguem a si a própria soberania, e a elas se curvem.

Comunismo

O comunismo produziu miséria, sofrimento, em todos os lugares em que foi implementado. Em Cisnes Selvagens há relato das maldades de tal ideologia. E na Ucrânia, em decorrência da política do Stalin, produziu o comunismo, e também o nazismo, muitos cadáveres, e até casos de canibalismo, segundo Timothy Snyder em Terras de Sangue. Todo o horror, no entanto, do comunismo é varrido para baixo do tapete da história – é dado como inexiste, ou, quando muito, como produto da implementação inadequada do comunismo, e não do comunismo.

Rótulo difamatório

Já está mais do que arqui-provado que o fascismo é política de esquerda.
A palavra fascista, do mesmo modo que a palavra nazista, é usada como rótulo difamatório, numa guerra cultural, para destruir o oponente, oponente, claro, que é aquele que defende as liberdade democráticas.

Um golpe nos globalistas

Os americanos, e também os brasileiros, já abriram os olhos para os males produzidos pelos globalistas, que, defensores de uma política totalitária, almejam submeter todo o mundo a um único governo, de alcance global, e eliminar a liberdade da qual, bem ou mal, se goza hoje em dia, em especial no Ocidente. Os americanos conseguiram, com a eleição de Donald Trump, dar um soco nos globalistas; os brasileiros, infelizmente, não têm um magnata patriota para chamá-lo de seu e pô-lo no Palácio do Planalto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Serviço de Utilidade Pública. Em alto-mar.

Um homem prevenido vale por dois, diz o ditado. Neste ditado, o homem pode ser substituído por uma mulher, que o seu valor se conserva. A sensatez do homem é equivalente à da mulher. Ditas estas palavras, que não se sabe se são úteis, e tampouco se trazem algum bem àqueles que as lêem, prossigo, nesta prestação de serviço de utilidade pública.
Se você pretende empreender uma viagem de avião, ou para a Europa, ou para a Ásia, ou para a África, ou para a Oceânia, ou para a América do Norte, providencie, antes de embarcar no avião, uma lapiseira, uma caixinha com grafites, e um bloco de anotações, e conserve-os à mão, num lugar de fácil acesso, que pode ser o bolso da camisa, ou um bolso da calça.
Siga na leitura deste prospecto, que você compreenderá as razões para tomar tais providências.
O avião decola da pista de decolagem do aeroporto, e ruma ao seu destino, que poderá ser um lugar qualquer em um dos continentes citados linhas acima. Caso o avião, no meio do caminho entre o Brasil e o seu destino, sofra uma pane geral, e, por alguma razão, misteriosa ou não, parta-se ao meio, mantenha a calma, e aposse-se, incontinenti, da lapiseira e do bloco de anotações, e estude a sua situação, calculando a altura que você se encontra acima da superfície do oceano Atlântico, e procure por um baleal. Calcule a distância que separa você das baleias, e, não se esqueça, mantenha a cabeça fria, e anote todas as informações imprescindíveis para o bom andamento do seu projeto de sobrevivência. Conte as baleias, estude-lhes os movimentos, calcule-lhes a velocidade de deslocamento, trace os rumos que elas seguem, verifique se elas nadam em linha reta, se em ziguezague, se em uma linha curva, anote o tempo que elas se conservam imersas, e o tempo que elas se conservam emersas; enfim, estude-as, atentamente, e não deixe que detalhes importantes escapem de suas observações, e não permita que sua atenção se desvie para algo insignificante. À medida que você vai caindo, recalcule todas as operações matemática que você fez, e mude, sempre que necessário, sem vacilar, os seus movimentos, e a direção que, durante a queda, você segue, e altere a sua velocidade, executando manobras corporais para reduzir, ou aumentar, em consonância com o seu plano, o atrito do seu corpo com o ar, mirando, sempre, uma das baleias do baleal, de preferência a maior. E assim que você estiver bem próximo da baleia, abra os braços e as pernas, ponha-se deitado, para ampliar o atrito do seu corpo com o ar. Você a atingirá, e ricocheteará, e será lançado para o alto, realizando um arco, até atingir o ápice - e estude, durante este deslocamento, os movimentos das outras baleias, mantendo, sempre, a cabeça fria, fazendo as anotações e os cálculos apropriados. Mire uma baleia. Atingindo-a, você, uma vez mais, irá ricochetear, e realizará um arco, cujo ápice alcançará uma altura inferior ao do arco que você realizou após ricochetear na primeira baleia que você atingiu; você terá, portanto, agora, menos tempo para estudar os movimentos das baleias, anotar todos os dados que irá colher das observações que deles você fizer, e fazer os cálculos apropriados, e terá de agir conservando, sempre, a tranquilidade de espírito; agindo assim, você poderá executá-los para conseguir atingir, com segurança, uma baleia, e, ao atingi-la, você irá ricochetear, e atingirá, no arco que irá, durante o deslocamento, realizar, um ápice inferior ao do arco anteriormente realizado ao atingir a segunda baleia; e assim, sucessivamente, até atingir, enfim, uma baleia, na qual você não irá ricochetear, dará apenas um pequeno salto, e nela permanecerá são e salvo. Ato contínuo, domine a baleia, e obrigue-a a carregar você até o seu destino.

Os sete guerreiros

Eram sete os homens que se apresentaram, altivos, imperiosos, à convocação do patriarca daquela pequena tribo. Os mais vigorosos, os mais rápidos, os mais ágeis, os mais habilidosos no manejo do bastão, do arco-e-flecha, da funda, do machado. Eram os mais valorosos guerreiros da tribo. A coragem deles todos lhas reconheciam. Provaram-na ser dela possuídos nos campos de batalhas, nas caçadas, no desbravamento de florestas desconhecidas. Disse-lhes o patriarca que da tribo avizinhavam-se inimigos oriundos de plagas distantes. Eram bárbaros, homens asselvajados crudelíssimos. Vaticinou o patriarca a aniquilação da tribo pelos bárbaros. Não poderiam confrontar os inimigos, que se aproximavam, e rapidamente. Eram eles duas centenas de homens poderosos, e desumanos. E na tribo, de pouco mais de uma centena de almas, havia apenas sete guerreiros, sete guerreiros que, mesmo valorosos, não poderiam confrontar, num embate direto, os inimigos, que avançavam em direção à tribo. Pediram os sete guerreiros ao patriarca a ordem, que ele, patriarca, dissesse a eles, guerreiros, qual tarefa eles teriam de empreender, que eles a empreenderiam. E o patriarca, num tom altivo, que transparecia as dores de um coração confrangido, deu-lhes a ordem: Os sete guerreiros permaneceriam na tribo, enfrentariam os bárbaros que da tribo se aproximavam, enquanto ele, patriarca, já octogenário, e os enfermos, e as crianças, e os jovens, e as mulheres, e os velhos, rumariam para uma região segura, longe do alcance dos bárbaros. Os sete guerreiros acolheram a ordem patriarcal. O destino deles estava traçado: Os sete guerreiros encontrariam a morte no fio dos machados dos seus inimigos. E prontamente principiaram os preparativos para a longa jornada de todos os da tribo para uma terra segura. E ergueram armadilhas. E os sete guerreiros despediram-se do patriarca após dele receberem a benção. E despediram-se de suas esposas e de seus filhos, e dos amigos, enfim, de todos da tribo. Escorreram lágrimas dos olhos de todos; dos olhos dos guerreiros e do patriarca, não; estes guardaram no peito a dor, e no rosto exibiam coragem e altivez. E principiaram os da tribo a expedição. E da tribo afastaram-se, sob os olhares dos sete guerreiros. E da tribo aproximava-se a horda de bárbaros, ameaçadora, que trazia consigo, guiando-a, a morte; e os sete guerreiros, certos de que morreriam no confronto com eles, prepararam-se para enfrentá-los, e retardar-lhes o avanço, dando tempo para os da tribo da tribo distanciarem-se, e preservarem a vida. E principiou-se o embate na segunda noite após o dia em que o patriarca convocou os sete guerreiros para dar-lhes a notícia da aproximação dos bárbaros. Os da tribo já iam longe, mas não tão longe que os bárbaros não os pudessem alcançar em menos de um dia, e os alcançariam se não lhes tivessem interrompido o caminho os sete guerreiros. Surpreendidos pelas armadilhas preparadas pelos sete guerreiros, os bárbaros foram obrigados a deterem-se, e a recuarem. E logo nos primeiros minutos de combate, oito bárbaros despencaram, no chão, mortos, todos esmagados por troncos de árvores, então pendurados, por cipós, no topo das árvores. Esbravejaram os bárbaros, confusos, e agitados, e furiosos; esgoelavam-se; proferiam ameaças, com vozes tonitruantes. Eram guerreiros. Não temiam a morte. Cautelosos, após se recomporem-se da surpresa inicial, esquadrinharam os arredores com seus olhos de visão penetrante, à procura daqueles que os atacaram, e deles não viram nem uma silhueta, nem um vulto. Os sete guerreiros estavam ocultos aos olhos deles. Eram mais de duzentos os bárbaros, e apenas sete os guerreiros, mas naquele princípio do confronto a vantagem era destes, que conheciam a região, e aqueles não, e os haviam surpreendido. Tal vantagem, todavia, os sete guerreiros não a manteriam por muito tempo. O destino já lhes havia reservado a morte. Dilatou-se o embate entre os sete guerreiros e os bárbaros. Estes em vão tentavam anular a vantagem daqueles. E os da tribo, em jornada ininterrupta, distanciavam-se do local em que dias antes havia uma tribo. E três dezenas de bárbaros encontraram a morte, fendido o pescoço pelo fio cortante de um machado uns, transpassado o coração por uma flecha outros, esmigalhada a cabeça por um bastão outros, rachada a fronte por uma pedra pontiaguda uns. E diante dos contratempos, e das mortes que se seguiram, os bárbaros recuaram alguns metros, cessaram o arremesso de flechas contra inimigos, que lhes eram invisíveis, e reagruparam-se, e planejaram um ataque a eles, seus inimigos, os quais eles não sabiam quantos eram, e cuja localização ignoravam. Iriam induzi-los a se lhes revelarem. E dispersaram-se. E transcorreram-se três dias do início do confronto, e o plano traçado pelos bárbaros produzia, após a morte de vinte e dois bárbaros desde que a puseram em prática, uma reviravolta. Revelaram-se aos seus inimigos três guerreiros. E os combates corpo-a-corpo principiaram-se após um curto interregno. E bateram-se os bastões. E entrechocaram-se os machados. E nove homens tombaram, mortos. Seis bárbaros, e três guerreiros. E os quatro guerreiros remanescentes não suportariam por muito tempo mais o assédio dos bárbaros. Sentiam, já, os efeitos da fome, da sede, do cansaço. Tombariam. Mas resistiriam o quanto pudessem. Invocavam, em imaginação, os da sua tribo, e se conservariam em pé, armas em punho, lutando, e poriam fora de combate vários de seus inimigos. E principiou, enfim, o epílogo do embate. E a luta, renhida, entre os quatro guerreiros e os quase duzentos bárbaros persistiu durante a manhã e a tarde de um dia. Entrechocaram-se os machados. Bateram-se os bastões. Romperam o céu flechas e pedras. E além de trinta e oito bárbaros, tombaram os quatro guerreiros, cobertos de ferimentos, cravejados de flechas, rubros de sangue, lutando, machado em punho, calcando seus inimigos sob os pés, encarando-os, desafiando-os. Os guerreiros, tão heróicos, tão valentes, que os bárbaros, em sua rudeza de costumes, ofereceram-lhes enterro condigno. E os bárbaros na tribo agora devastada permaneceram, após enterrar todos os bárbaros mortos, dois dias. E seguiram jornada por sobre o rastro abandonado pelos da tribo. Estes já haviam transposto rios, superado montanhas, não sem adversidades. Alguns dos da tribo encontraram a morte. Os enfermos sucumbiram ao desgaste que o esforço da empresa cobrou-lhes. Os que encontraram forças para seguir viagem até uma região acolhedora além de um imenso mar, fora do alcance dos bárbaros, que ignoravam a tecnologia náutica, foram agraciados com uma vida longeva, e descendentes, e viram sua sociedade progredir. E transcorridos cinco mil anos, seus descendentes escrevem narrativas épicas, cujos heróis são os sete guerreiros que se sacrificaram por amor aos seus entes queridos.

... e João Dória já pensa em fazer besteira.

... e João Dória, recém-eleito prefeito da cidade de São Paulo, antes de sentar-se na cadeira da prefeitura paulistana, já dá mostras de que está apto a fazer besteira: parou de pensar como empresário, e começou a pensar como político – demagogo, entenda-se. Não me surpreende, pois, filiado a um partido político socialista, irá implementar políticas de inspiração socialista, e já anunciou uma delas: O congelamento do valor das tarifas de ônibus. Nem bem ele anunciou tal medida, e contra ela representantes das empresas de metrô já esbravejaram, e com razão, diga-se de passagem, pois, congelados os valores das tarifas de ônibus, num momento em que se eleva o custo de manutenção de serviços de transporte coletivo público - e as empresas do metrô, não contando com subsídios públicos, terão de elevar as tarifas dos seus serviços de transporte -, as empresas de ônibus obterão, com as adições ao montante de subsídios (que já é bem elevado), vantagem competitiva imerecida, afinal não a obterão pelos seus próprios meios, com a sua competência, mas, sim, devido aos favores que o futuro prefeito lhes prestará (e os favores que as empresas de ônibus recebem, via subsídios, do atual prefeito da cidade de São Paulo e do atual governador do estado de São Paulo orçam pela casa dos bilhões de reais). Cabe perguntar: O prefeito antecipa-se aos agitadores políticos profissionais - altruístas defensores da coletividade, crêem os inocentes – do Movimento Passe Livre, e dos black blocs, seus aliados, e não este infiltrado naquele sem o aval daquele, que poderão vir a promover revoltas – espontâneas, acreditam os ingênuos –, e já atende às reivindicações que eles lhe farão? Mesmo sendo assim tão presciente, dos movimentos socialistas revolucionários terá - não um beijinho no ombro, e tampouco deles acolherá abraços fraternos - discurso político radical, agressões verbais, agressões ao seu governo por meio de arruaças. Alimentará João Dória o monstro que ele pretende – pretende? – amansar.
Do mesmo modo que, neste ano de 2016, estourou uma revolta estudantil (na verdade, a ação política desestabilizadora de um minúsculo e insignificante grupo de estudantes – estudantes? Como se pode chamar estudantes àqueles que não estudam? - controlado por grupos – não obrigatoriamente partidos políticos, que talvez não estejam envolvidos mesmo que os ativistas estejam brandindo suas, deles, partidos políticos, bandeiras, e bandeiras deles drapejem nos pátios das escolas que os alunos ocupam), estourou uma revolta estudantil, no estado do Paraná, como que por encantamento, apontando medidas do governo Michel Temer como pretextos para os alunos ocuparem escolas, e causarem transtornos aos estudantes, e aos paranaenses como um todo, contando com a anuência servil, corrupta, covarde, medrosa, cúmplice, de instituições públicas, que deveriam exigir o respeito à ordem e à legalidade. Não é um movimento espontâneo, de iniciativa, única e exclusiva, de alunos indignados com propostas políticas incorretas e injustas, segundo eles, do governo Temer; longe disso, é um movimento orquestrado com anos de antecedência, premeditado em suas minúcias, e agora posto em prática. Se será bem-sucedido, é outra questão. Em popularidade, é mal-sucedido, como se vê. Não conta com o apoio popular. O que se vê é o oposto: O povo o rejeita, terminantemente. Infelizmente, as instituições que deveriam vir-lhe em seu apoio, fazem-se de surdas, e de cegas, e de mudas. Não garantem aos paranaenses os direitos salvaguardados na Constituição Federal.
E aqui abro parêntese, e anoto: Os políticos de esquerda, os ativistas defensores do direito dos jovens à escola, e que dizem que jovens têm de ir à escola, e não ficar nas ruas sob risco de serem vítimas de atos de violência, apóiam um movimento político violento, estúpido, que atenta contra todos os valores democráticos, protagonizado por meia dúzia de seres insignificantes, que impede que a maioria dos alunos, jovens, freqüentem as aulas, nas escolas, o que lhes é direito salvaguardado pela Constituição Federal. Contraditória tal atitude. E fecho o parêntese.
Retornando à proposta do João Dória, sufragado prefeito da cidade de São Paulo, a do congelamento dos valores das tarifas de ônibus. Tal proposta só será possível com a adição de algumas centenas de milhões de reais do erário público municipal paulistano ao já elevado orçamento empatado nos subsídios.
Como se calcula, temos de nos perguntar, o valor de uma tarifa (passagem) de ônibus? Considerando-se todos os custos envolvidos. E por que os empresários do setor não rejeitam a proposta do João Dória? Por que são aliados da prefeitura – e pouco lhes importa quem se senta na cadeira do chefe do executivo municipal paulistano. Há um vínculo umbilical entre empresas municipais de ônibus e a prefeitura paulistana. Do mesmo modo que há um vínculo entre empresas estaduais paulistas de ônibus e o governo estadual de São Paulo, independentemente de quem é o titular da cadeira do Palácio dos Bandeirantes.
A política do prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Dória, irá produzir transtornos, injustiças, e pressão negativa no orçamento da cidade de São Paulo; e assim que os aspectos negativos de tal política se revelarem, os movimentos de esquerda que se opõem (oposição simulada, apenas teatro para ludibriar a patuléia desavisada) ao João Dória, isto é, o Movimento Passe Livre e os black blocs, cuspirão contra João Dória todos os males provenientes de uma política que eles defendem e em defesa da qual promoveram arruaças nas ruas da cidade de São Paulo. Tal política redundará em transtornos, prejuízos, injustiças, mas os seus proponentes atribuirão ao João Dória a responsabilidade direta por elas, e não se apresentarão como co-responsáveis, como defensores dela; dirão que a política em si não é inadequada, mas inadequada foi a sua implementação por João Dória.
A política de congelamento dos valores das tarifas de ônibus é de inspiração socialista, é intervencionista, estatizante; nefasta, portanto, à cidade de São Paulo. E a reação de representantes das empresas de metrô é uma antecipação do que está por vir: muito transtorno, maior avanço do governo municipal paulistano nos bolsos dos paulistanos, mau uso do dinheiro público, redução da qualidade do serviço de transporte público coletivo, que, segundo notícias, já é baixa – mas os políticos, criativos e engenhosos, sempre encontram um meio de reduzi-la ainda mais -, eliminação da concorrência (se existe. Existe?), vantagens competitivas imerecidas, e escassez de recursos para aplicação em outras áreas, como educação, saúde e segurança públicas.
Um empresário, João Dória, eleito prefeito da mais populosa e mais rica cidade do país, pensa como um administrador público, que em nada, tudo indica, se diferencia dos seus antecessores. Vestindo a máscara de autoridade pública, assume, dela, sem hesitar, os vícios: a demagogia, o populismo, o descompromisso com o uso correto e eficiente do dinheiro público; e cai na vala comum onde se encontram todos os que o antecederam na cadeira da prefeitura paulistana.

sábado, 12 de novembro de 2016

Terrorismo Global – Aspectos gerais e criminais. André Luis Woloszyn. Biblioteca do Exército. Coleção General Benício. (2010)

O terrorismo é um assunto que entrou para a ordem do dia em 11 de setembro de 2001, com os ataques terroristas desfechados contra o World Trade Center e o Pentágono (Foram quatro os aviões empregados pelos terroristas: dois foram arremessados contra o World Trade Center; um, contra o Pentágono; e um caiu em Pittsburgh). As imagens, transmitidas para todo o mundo, dos aviões a atingirem os dois maiores prédios dos Estados Unidos, preconizaram o terror que se sucederia nos anos subsequentes. Tais imagens auguravam o apocalipse. E evocaram Nostradamus. E previram o cataclismo global, que não ocorreu, contrariando, e frustrando, os prognósticos dos pessimistas, dos desesperançados, desiludindo-os. Antes dos eventos de 11 de setembro de 2001, atos terroristas haviam sido perpetrados; a al-Qaeda e Osama Bin Laden não foram pioneiros em tal modalidade de ação desumana, aniquiladora. O World Trade Center, em 1993, já havia sido alvo de um ataque terrorista: Bombas explodiram no seu subsolo. A magnitude do evento (o 11 de setembro de 2001) - e apenas mentes malignas o planejariam e o empreenderiam – sim, foi inédita. Planejar, com frieza, o ataque, durante décadas presume-se, requer recursos imensuráveis. Muhammed Ata foi apenas um dos que o executaram. Mas quantas pessoas se envolveram no planejamento do ataque? E quem o financiou? Podemos conceber as dimensões da arquitetura das organizações terroristas que o conceberam? Jamais se conhecerá as suas reais dimensões, e tampouco quanto dinheiro foi dispendido no seu planejamento e na sua execução.
Os atos terroristas, tudo indica, recrudesceram no Ocidente – ocorrem ataques esporádicos, de pequeno impacto, como o que se sucedeu, após o 11 de setembro, em 2004, no metrô de Madri, Espanha – com influência nas eleições espanholas – e, em 2005, no metrô de Londres, Inglaterra, e em Boston, no dia 15 de abril de 2013, durante maratona, pelos irmãos Tsarnaev, Dzhokhar e Tamerlan (este veio a falecer em confronto com a polícia), e, na França, no início de 2015, contra a sede do Charlie Hebdo e um restaurante judeu, e neste início de 2016, na Bélgica. Nenhum desses ataques produziu tantas mortes quantas as que resultaram do ataque desfechado, pela al-Qaeda, contra os Estados Unidos, no ano de 2001.
O arrefecimento dos atos terroristas de impacto equivalente ao que se perpetrou no dia 11 de setembro de 2001, no Ocidente, não pode ser entendido como ausência de planos para a execução de um ataque ainda mais devastador. Inimigos os Estados Unidos – e não apenas os Estados Unidos, mas todo o Ocidente – possuem, e não são poucos, e não se contam nos dedos das mãos, e alguns deles são muito poderosos, alguns dentre eles têm recursos para financiar rebeliões em território americano e armas de destruição em massa (nucleares e biológicas).
Se, no Ocidente, aferrece-se o terrorismo, no oriente o terrorismo recrudesce. Os eventos que se sucedem, diariamente, no Iraque, na Síria, no Iêmen, principalmente nestes países, e, também, no Paquistão e em outras nações da Ásia, no oriente Médio e na África – Nigéria, principalmente, com ações terroristas do Boko Haram – corroboram essa declaração.
Os incautos e os ingênuos concluirão que o Ocidente, portanto, estará livre de ataques terroristas, e os brasileiros, que nunca se defrontaram com tal ameaça, crêem que o Brasil está livre deste mal. Não o está, entretanto. E o livro de André Luis Woloszyn ajuda-nos a entender o porquê.
Nas primeiras páginas de Terrorismo Global, André Luis Woloszyn apresenta uma história sucinta do terrorismo, desde o surgimento, que, segundo ele, talvez tenha se dado, na república romana, no século III a.C.. E cita Sun Tzu. E cita da Bíblia passagens do Gênesis e do Êxodo como exemplos de terrorismo religioso. E faz referências aos sizarii, e aos ismailis-nizari, e aos hashshashin. E trata, resumidamente, das Cruzadas, da Revolução Francesa, da Inquisição, dos anarquistas, nos séculos XIX e XX, Mikhail Bakunin e Piotr Kropotkin, da Organização Secreta Mão Negra (um de seus integrantes, nacionalista sérvio, assassinou o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, no dia 28 de junho de 1914, assassinato este que foi o estopim da 1ª Guerra Mundial), do terrorismo de Estado de Stalin. E sobrevoa os eventos que envolveram, no Irã, o xá Reza Pahlevi e o líder religioso aiatolá Khomeini, e os Jogos Olímpicos de Munique, e ações do ETA (Eustaki Ta Askatasuna), das Brigadas Vermelhas, do IRA, do Baaden-Meinhof, da Frente Popular para a Libertação da Palestina, do Exército Vermelho Japonês, e de outras organizações terroristas.
Linhas acima declarei que o Brasil não está livre do terrorismo; direi o porquê mais adiante, agora, para dar uma idéia de quantas organizações terroristas estão em atividade, menciono algumas delas, as mais conhecidas (todas estão mencionadas em Terrorismo Global): Grupo Abu Sayyaf; Verdade Suprema; al-Qaeda; ETA; Hamas; Hezbolah; Exército Vermelho Japonês; Al-Jihad; Exército de Libertação Nacional; Frente Popular para Libertação da Palestina; Farc; Sendero Luminoso; e, Movimento Revolucionário Tupac Amaru.
E são os principais terroristas, dentre outros, vivos, Illich Ramirez Sanchez (“O Chacal”); Ramzi Ahmed Yousef; Theodore Kaczynski (Unabomber); Abimail Guzman, todos presos; e, mortos: Osama Bin Laden; Shamil Basayev (O Carrasco de Beslan); e, Muhammed Ata.
Os grupos terroristas têm, como armas, além de bombas e gases, armas biológicas (antraz, ricina, varíola), e são imprevisíveis, amorais, desapegados da vida, e perpetram a versão tecnológica do terrorismo: o ciberterrorismo.
Em Terrorismo Global são mencionados alguns atos terroristas de maior impacto no mundo, todos de ressonância mundial, e alguns que alteraram o curso da história.
Segundo André Luiz Woloszyn, são inúmeras as causas do terrorismo: falta de perspectiva; radicalismo político; extremismo religioso; governos corruptos e ilegítimos; Estados débeis; ideólogos extremistas; repressão; força estrangeira; choque de culturas; discriminação étnica e religiosa; ausência de democracia, liberdades civis e de respeito às leis; além de outras razões, considerando-se a Conferência de Oslo. Algumas das assim consideradas causas mencionadas, tecnologia da mídia, técnicas pela internet, não são causas, são meios de ação, instrumentos que os terroristas empregam para a execução de suas atividades, e recursos financeiros também não os entendo como causas, mas como meio de sustentação de organizações dispendiosas; e a disseminação indiscriminada de conhecimento não o vejo como causa de terrorismo, mas como um acelerador, organizador, planejador de atos terroristas, propiciando a ação; e a existência de líderes ideológicos carismáticos também não é uma causa de terrorismo, mas uma fonte que alimenta, um combustível, que “põe lenha na fogueira”, é um estímulo ao exercício de atividades terroristas, pois eles exercem influência, nutrindo sentimentos latentes nocivos à sociedade. Parece-me que, na Conferência de Oslo, mencionada por Woloszyn, confundiram-se causas com instrumentos de ação, fontes de financiamento, meios de obtenção de conhecimento e elementos de estímulo à ação.
Agora, aproximando-me do encerramento deste artigo, dedico algumas linhas ao Brasil.
Os capítulos que tratam do Brasil são interessantes, principalmente o que se refere ao Terrorismo Criminal, que apresenta estatísticas acerca das ações, em 2006, do PCC, Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, e das do CV, Comando Vermelho, no Rio de Janeiro.
O Brasil, país cuja fronteira terrestre corresponde a 17.500 quilômetros de extensão com 9 tríplices fronteiras e 8.000 quilômetros de fronteiras marítimas, e que possui imensas áreas despovoadas, grande concentração populacional nos estados do Sul e do Sudeste, em regiões litorâneas do Nordeste e em capitais dos estados do Norte e Centro-Oeste, possui uma proverbial ausência de planos emergenciais contra o terrorismo, e são débeis as suas Forças Armadas, carentes de recursos, sem investimentos, e a sua legislação não tipifica o crime de terrorismo.
Com uma fronteira porosa, mal fiscalizada, pela qual pessoas entram e saem, sem controle, medidas de segurança precárias, legislação omissa, e intercâmbio entre Farc, PCC e MST, CNBB, Pastoral da Terra, não está o Brasil preparado para defender-se de organizações terroristas.
Terrorismo Global é uma ótima introdução à questão terrorista da qual não podemos nos esquivar, e tampouco contorná-la podemos.
Com leitura auxiliar de:
Livro:
David Fromkin, em O Último Verão Europeu;
Artigos:
Jeffrey Nyquist, Circundando a sarjeta em Baltimore, 15/5/2015, site Mídia Sem Máscara;
Martim Vasques da Cunha, O Mal Lógico (sd), site Olavo de Carvalho;
Olavo de Carvalho, Salvando triunvirato global, 25/11/12. site Olavo de Carvalho; e,
Reinaldo Azevedo, A condenação à morte do terrorista de Boston. Ou: Dos delitos e das penas, 15/05/2015, blog Reinaldo Azevedo.

A bússola e a biruta

O que é a bússola?
O que é a biruta?
A bússola é um instrumento que indica o norte, sempre (caso não esteja danificado, claro), e orienta qualquer pessoa que almeja chegar a um destino, não importa em que direção ele se encontre. E a biruta? A biruta é um instrumento que aponta para a direção para a qual os ventos sopram; os ventos são inconstantes, imprevisíveis, não servem, embora muitas pessoas deles se sirvam, de orientação. A biruta não é um orientador confiável. A bússola, sim, é.
Uma pessoa deseja seguir rumo norte? Consultando a bússola, que aponta o norte, chegará ao seu destino. Uma pessoa deseja seguir rumo sul? Consultando a bússola, que aponta o norte, conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o sul. Uma pessoa deseja seguir rumo leste? Consultando a bússola, que aponta o norte, conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o leste. Uma pessoa deseja seguir rumo noroeste? Consultando a bússola, que aponta o norte, conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o noroeste. A bússola, dando a conhecer o norte a todas as pessoas que a consultam, as orienta, pois, indicando o norte, permite-lhes encontrar qualquer direção. A bússola orienta, instrui, guia.
E a biruta? Que direção a biruta aponta? É um guia confiável a biruta? De que direção o vento sopra?
Seguir, como desejam muitos, a bússola, não é fácil. Fácil é seguir a direção para a qual o vento sopra, e não a direção da qual o vento sopra.
Seguindo-se orientações da bússola, muitas vezes se é obrigado a ir contra os ventos.
Dois viajantes saem, cada um da sua casa, no desejo de ir até o seu destino, que se encontra a leste. O primeiro para ir até o seu destino consulta a bússola. Os ventos sopram de leste para oeste, e ele acolhe a orientação da bússola, que aponta o norte, e, apontando o norte, dá-lhe a conhecer o leste; enfrentará, de frente, os ventos, e terá de se esforçar para superá-los. E os ventos, que são instáveis, enquanto ele segue rumo leste, muda de direção, e passa a soprar, do norte para o sul, e, depois, do oeste para o leste, e em seguida sopra em círculos, mas ele, orientado pela bússola, mantêm o rumo, e, conquanto golpeado, de todas as direções, pelos ventos erráticos, conserva-se em direção ao leste, sem se desviar do trajeto que o conduz ao seu destino. E o outro viajante consulta a biruta. A biruta soprando do leste para o oeste no início da jornada, ele saberá, indo contra os ventos, que está seguindo rumo leste? Supondo-se que saiba (e que soube ao consultar uma bússola antes de principiar a jornada; e após dar os primeiros passos, abandonou a bússola, desprezando-a, e dedicou, durante a viagem, a sua atenção, exclusivamente, à biruta), durante o trecho do trajeto em que a biruta engolir ventos que sopram do leste, seguirá rumo leste, mas a partir do momento em que os ventos soprarem ou do norte, ou do sul, ou do oeste, ou do sudeste, ou do nordeste, ou de qualquer outra direção, ele se manterá rumando contra os ventos, sempre? Como ele se guiará? Seguirá em direção contrária à da qual o vento sopra? Se desviará do trajeto, se assim proceder. A biruta o desorientará.
O viajante que se guia pela bússola, mesmo que se distraia, e, sem o perceber, desvia-se do seu rumo, ao consultar a bússola, que lhe dá a conhecer o norte, retomará o seu trajeto rumo leste, afinal, a bússola, indicando o norte, permite-lhe encontrar o leste, não importando de qual direção, e para qual direção, os ventos sopram. E o viajante que tem às mãos apenas a biruta distrai-se para remover do olho um cisco, e ao recompor-se pergunta-se que direção seguia, e consulta a biruta. Terá ele a certeza de que ela está a indicar o leste?
Há pessoas que se guiam pela bússola. Há pessoas que se guiam pela biruta. As que se guiam pela bússola são persistentes, enfrentam dificuldades, amadurecem, conquistam, com mérito, sucesso, são mais determinadas, e têm ciência de que, às vezes, os ventos estão a favor, às vezes contra, às vezes eles as golpeiam pelas laterais, às vezes pela retaguarda, e, na maioria das vezes, imprevisíveis e inconstantes, são traiçoeiros. As que se guiam pela biruta são acomodadas, débeis, desfibradas, sempre a favor dos ventos, os ventos as empurrando para qualquer direção, e por eles se deixam desorientar, e não têm vontade de assumir o controle da própria vida.
E qual é a bússola de uma pessoa?
É possível distinguir a bússola da biruta?
O instrumento dá àquelas pessoas que dele se utilizam segurança, permite-lhes determinar o seu objetivo, guia-as até lá, pelo caminho que muitas vezes é o mais árduo e exaure-lhe as forças, permite-lhes conhecer a origem da jornada, o trajeto a seguir, e o seu encerramento, e dá-lhes os meios que as enobrecem, que lhes insuflam o amor por si mesmas ao permitirem realizar, por seus próprios méritos, com dedicação e persistência, os seus propósitos? Tal instrumento é a bússola.
O instrumento não dá àquelas pessoas que o utilizam a certeza do valor de uma realização, que é fruto do esforço próprio, e não lhes concede fibra para arrostarem o mundo, debilita-lhes a alma, e não as amadurece? Tal instrumento é a biruta.
Pode uma pessoa saber de qual dos dois instrumentos está a fazer uso? Alguém poderá dizer-lhe? Ou ela terá de descobrir por si mesma? A sua consciência, apenas a sua consciência, poderá lhe indicar qual lhe é o instrumento apropriado?
Sabendo distinguir da biruta a bússola, uma pessoa toma a sua decisão. E deixa-se ou orientar-se pela bússola, ou desorientar-se pela biruta.

sábado, 5 de novembro de 2016

Confissões de um político brasileiro

O político brasileiro Fulano da Silva, certo dia, com a consciência pesada, e uma pulga atrás da orelha direita a incomodá-lo incessantemente, ativadas as engrenagens de seu cérebro ladino, vislumbrou, no horizonte político nacional, aproximando-se de si nuvens sombrias, e decidiu ir ao confessionário, na Igreja Nossa Senhora de Fátima. Lá, confessou:
- Santo padre, eu, um político brasileiro, cometi muitos pecados. Eu não precisava dizer que pecados cometi, sei, afinal sou um político, e brasileiro, e, sendo brasileiro, e político, cometi pecados que nem o capeta seria capaz de cometer. Exagero? Não, santo padre. Não exagero, não - pigarreou, e prosseguiu: - Não quero, santo padre, ocupar muito do seu tempo de homem santo, dedicado a Deus e ao estudo do livro sagrado, sagrado, digo, não para mim, que não o leio, mas para aqueles que o consideram sagrado, isto é, os fiéis que, como você, santo padre, crêem em Deus. Não querendo, portanto, ocupar o seu tempo, que é precioso, vou direto ao assunto que me trouxe aqui: Quero confessar os meus pecados. Deus dê a você, santo padre, muita paciência para me ouvir, pois não são poucos os meus pecados, e não sei se poderei recordar-me de todos eles. Aliás, santo padre, não confessarei todos os meus pecados, que são inumeráveis, e, portanto, não posso relatá-los todos, tampouco posso de todos lembrar-me de tantos que são. Então, darei a você, santo padre, uma idéia geral da minha conduta em política, de qual é o meu papel no esquema de poder na política nacional. Eu nunca roubei, é verdade. Não minto, afinal, estou me confessando, e não tenho motivos, ao vir ao confessionário, para mentir, e não confessar os meus pecados. Não roubei nem um tostão. E se digo que não roubei nem um tostão é porque nenhum tostão roubei. E é verdade, santo padre. Acredite em mim. Nem para mim roubei, nem para o partido, nem para familiares, tampouco para os parentes, que, como diz a sabedoria popular, são serpentes. Não havendo roubado, portanto, nem um mísero centavo, eu, então, você, santo padre, pode pensar, não teria razões para vir à esta santa casa confessar-me. E é aqui que você se engana, santo padre, pois eu participei do esquema que propicia a corrupção, e não apenas a corrupção, mas, também, a devassidão moral, a corrosão de valores, a destruição dos alicerces da nossa civilização, e, principalmente, as políticas que poderão vir a produzir a aniquilação da religião cristã. Sou maquiavélico, como todos os políticos brasileiros, e todos os políticos do mundo. Todas as minhas decisões visaram o fortalecimento do meu poder, e o enfraquecimento do poder dos meus adversários, e, por conseqüência, o aumento do poder do meu partido, e o enfraquecimento do dos partidos adversários, e não raras vezes prejudiquei integrantes do meu próprio partido ao puxar-lhes o tapete, com artimanhas sórdidas, em atos de deslealdade piores que os promovidos pelo diabo. Perdoe-me, santo padre, por falar no nome do canhoto. E saiba, santo padre: a alma dos políticos brasileiros é mais suja que o cu do capeta. Perdoe-me, uma vez mais, santo padre. Prometo, santo padre: não irei mais falar nenhum palavrão. Uso, e não raras vezes, vocabulário impróprio, ofensivo, e chão, e obsceno. Perdoe-me. Quero, agora, santo padre, dizer que eu minto, e minto pra caralho. Perdoe-me, uma vez mais, santo padre. Prometo, santo padre: Não irei mais falar nenhum palavrão. Estou um pouco nervoso, pois nunca me confessei, e, como eu sei que você irá dar-me uma penitência muito severa, desde já atormento-me, e acabo, mesmo não o desejando, e contra a minha vontade, por usar um palavreado inapropriado ao tratar com um santo padre. Como eu dizia, santo padre, participei de esquemas de poder, que elevaram, enormemente, o meu poder e o do meu partido, e, para ser franco, e tenho de ser franco, o de toda a classe política brasileira, afinal, digo a verdade, pois não tenho razões para mentir, aqui, na ausência de testemunhas, e ciente de que você nada poderá contar do que eu relatar para ninguém, e as minhas decisões, prossigo, favoreceram todos os políticos brasileiros, de todos os partidos políticos brasileiros, porque todos defendemos o mesmo ideal, e temos os mesmos interesses, e não interesses distintos como o povo, estúpido, é induzido a acreditar pelas propagandas oficiais, pela mídia chapa branca, pelos intelectuais de meia-tigela, e pelos intelectuais orgânicos, isto é, os artistas, ignorantes todos eles, que, como papagaios, repetem todas as asneiras que ouvem dos políticos, pois são imbecis, idiotas úteis, e têm a carreira financiada com dinheiro público, dinheiro que, sendo público, é administrado pelo governo, que decide o que fazer com ele, sem prestar contas, nem para o povo, bestalhão e ignorante como ele só, e tampouco para Deus. Urdimos as artimanhas, nos bastidores, e o povo toma conhecimento daquilo que desejamos que ele conheça, e dele sonegamos o que pode vir a nos prejudicar a nós políticos. Eu, e falo, agora, de mim, e não de toda a classe política, que, como classe, é unida, e unida jamais será vencida, eu, como eu dizia, nunca tomei, como eu já disse, e repito, para destacar a idéia, eu nunca tomei, dizia eu, uma decisão que não me beneficiasse, e que não beneficiasse o meu partido e toda a classe política, sendo uma delas a criação de programas sociais subsidiados com dinheiro público. E onde está o pecado, santo padre? Você talvez esteja se perguntando, e desejando perguntar-me, isso, e eu antecipo-me à pergunta, e respondo: Primeiro, criei dificuldades para o povo ao elevar a carga tributária, e criar regulamentos absurdos, que prejudicam o povo, reduzindo-lhe o poder aquisitivo, e ampliar a burocracia estatal, e aumentar os gastos públicos, e, consequentemente, a dívida pública, desperdiçando uma boa soma de dinheiro público com pagamento de juros. Depois, criei programas sociais, de entrega de casas populares, todas financiadas com dinheiro que extorqui ao povo, isto é, impostos, e construídas, com materiais de qualidade duvidosa, por empresas que venceram licitações de cartas marcadas; e programas de refeições grátis para pessoas de baixa renda, e preciso dizer, santo padre, que o processo de licitação elaborado para este programa também tinha as cartas marcadas? Ora, as exigências que o meu governo fez aos interessados favoreciam tais e tais empresas, empresas que me apoiaram, e que, ganhando a licitação, têm uma boa reserva de mercado e considerável vantagem competitiva em relação aos seus competidores, pois, para fornecer os alimentos e todos os utensílios com os quais o governo mantêm o programa, compra em grande quantidade tudo do que precisa, assim conseguindo, na negociação com os seus fornecedores, um abatimento no preço. Além disso, o fato de os seus fornecedores saberem que elas têm contrato com o governo já os induz a facilitarem-lhe na negociação. E nem falo, santo padre, dos programas sociais de passagens de ônibus, gratuitas, para as pessoas com idade superior a sessenta e cinco anos, em viagens urbanas e interurbanas. Os proprietários das empresas de ônibus estão comendo, nas minhas mãos, afinal, eu, que sou quem assina os contratos e os cheques, subsidio cada passagem, ou suposta passagem, que eles concedem, gratuitamente, aos passageiros sexagenários, septuagenários, octogenários, nonagenários. E o povo, que burro! Dá zero pra ele! Puta-que-pariu! Que gente trouxa! Perdoe-me, uma vez mais, santo padre. Prometo, santo padre: não irei mais falar nenhum palavrão. O meu vocabulário é inadequado, eu sei, mas, sabe como é, santo padre, não havendo câmeras de emissoras de televisão e microfones nas imediações, filmando-me, e gravando o que falo, não tomo certos cuidados com o meu linguajar. E saiba, santo padre: toda a minha política, em defesa de interesses meus, dos de meu partido, e dos de organizações globais, produz confusão dos infernos, com o propósito de enlouquecer o povo, que, coitado, é muito burro, e nada entende do que está acontecendo, e ainda agradece-me pelas migalhas que lhe jogo, no chão, e ele, que idiota!, agradece-me, e diz que sou um homem muito bom. Vá ser burro assim na puta que o pariu. Perdoe-me, santo padre. Prometo que não irei mais falar nenhum palavrão. E reitero a minha promessa. E, dizia eu, santo padre, criei normas, que, de tão absurdas, anulam-se, e com elas enlouqueço o povo, que não sabe o que fazer, pois, se respeita uma norma, desrespeita outra. E, depois, ofereço-lhe orientações, em instituições públicas, para cuja manutenção tenho de cobrar impostos, pois são onerosas, e o povo ainda agradece-me pelos serviços que ele recebeu, serviços de que não precisaria se eu não tivesse criado as normas que o atormentam. É uma obra de gênio maléfico, a minha. Eu sou foda pra cacete! Perdoe-me, santo padre. Prometo, santo padre: não vou falar mais nenhum palavrão. Prometo. E promessa é dívida. Como eu dizia, santo padre, criei muitas normas, que se anulam umas às outras, para enlouquecer o povo, e fazer de todos os cidadãos transgressores, bandidos. Criei tantas dificuldades, que, para se ver livre delas, o povo tem de subornar fiscais, pagar propinas, sonegar impostos, e, assim, todos os cidadãos ficam com a consciência pesada, bem pesada. É uma obra do canhoto, a minha. A minha inspiração vem, direto do inferno, pra arrebentar o cu do povão idiota! Perdoe-me, santo padre, uma vez mais. Prometo: não irei falar mais nenhum palavrão. E se eu vier a falar outro palavrão, santo padre, que Deus mande a alma da minha mãe para o inferno. Puta-que-pariu! Eu arregaço o cu do povo brasileiro, que é cuzão pra caralho, e ele vive a pedir-me esmolas, e a agradecer-me os benefícios, benefícios entre aspas, que eu lhe faço com o dinheiro dos impostos que ele pagou, isto é, com o dinheiro dele mesmo. Perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Eu não quero falar palavrões, santo padre, mas toda vez que lembro que engano o povo, que é burro e ignorante, deste país, não me aguento, e solto um palavrão. Emburreci o povo, nas escolas, que não existem, não neste país de merda, para educar o povo, mas, sim, para emburrecê-lo, e, emburrecido, e por mim, o povo, babaca pra cacete, ainda me pede mais investimento nas escolas. Perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Mas, se o povo é burro o que posso fazer!? Certo. Certo. Fui eu que o emburreci, mas ele não sabe. Não sabe, o povo idiota, que nasceu burro, e burro será para sempre, e vive a pedir-me mais recursos para investimento, nas escolas, que as escolas estão a emburrecê-lo. Pode!? Vá ser burro assim, na casa do caralho! Perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Pois bem, santo padre, dei um apanhado geral dos meus pecados. Não entrei nos detalhes porque, se eu o fizesse, ficaria aqui, a confessar-me com você, até as calendas gregas. Então, certo de que você entendeu-me, e certo, também, de que você não é burro como este povinho filho-da-puta, você medirá os meus pecados, e dar-me-á a penitência justa. E perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Calo-me, à espera da penitência.
E tão logo Fulano da Silva se calou, o padre deu-lhe a penitência. Fulano da Silva retrucou, e retirou-se da igreja, resmungando:
- Que padre idiota! Se eu soubesse que ele me mandaria rezar dez mil Ave-Maria e dez mil Pai-Nosso, eu teria falado mais palavrões, só pra deixá-lo bem irritado. Que vá se foder aquele.padreco de merda, aquele carola desgraçado! Que a alma dele queime no inferno. E que ele fique com o cu chamuscado!
No dia seguinte, Fulano da Silva reuniu toda a sua equipe, e apresentou o seu novo projeto: Uma licitação para escolher uma empresa, cujos funcionários teriam de rezar dez mil Ave-Maria e dez mil Pai-Nosso. Diante da estranheza que as suas palavras inspiraram aos seus subordinados, explicou:
- Sou um administrador público, e toda a minha atenção tem de estar concentrada na administração dos recursos públicos, para beneficio do povo. Não posso, portanto, perder tempo com orações. Dez mil Ave-Maria e dez mil Pai-Nosso consumir-me-ão muito tempo. Assim, contratando uma empresa para executar tal empreendimento, exaustivo e demorado, poderei dedicar-me às prioridades públicas.
Os seus subordinados foram unânimes: todos concordaram com ele.
O processo de licitação correu, normalmente: Dez empresas apresentaram as suas propostas. Quatro cobrariam do governo o preço mínimo estipulado na licitação: R$ 1.000.000,00. As outras, apresentaram propostas, que iam de R$ 1.200.000,00 a R$ 3.000.000,00. Saiu vencedora da licitação uma empresa, que cobraria do governo R$ 3.000.000,00, e cujo proprietário era amigo do filho de Fulano da Silva.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Corrupção no Brasil.

       Em 2014, em 2015, e no início deste ano de 2016, os petistas criticavam o juiz Sergio Moro, que, segundo eles, prendia, unicamente, petistas - o que não era verdade, pois, além de prender petistas, prendia, também, pepistas (do PP), e empreiteiros, que são apartidários. Semanas atrás, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, peemedebista, e de alguns dias para cá, em delação premiada, Marcelo Odebrecht citou nomes do alto escalão do PSDB, indicando, então, o envolvimento deles em esquemas de corrupção. Por que, pergunto, os petistas, após os mais recentes eventos e revelações da política nacional não se manifestam, regozijados, ao ver que não são os petistas os únicos alvos do juiz Sergio Moro? São quatro as razões, que eu consigo aventar: 1) Eles querem insistir na tese inicial petista: O juiz Sergio Moro só prende petistas, sendo, portanto, um empregado de partidos políticos que ao PT fazem oposição; 2) A prisão do Eduardo Cunha e a investigação de outras figurinhas carimbadas do PMDB e de algumas do PSDB refutam a tese petista, e provam que o juiz Sergio Moro busca a Justiça; 3) Eles sabem que ainda há petistas, entre eles o Lula, que podem ter a prisão decretada; e, 4) Eles jamais irão dar o braço a torcer, e elogiar o juiz Sergio Moro.         

Sergio Moro, herói.

       Em 2014, estreou, em todas as salas de cinema brasileiras, o filme Operação Lava-Jato I: Moro Begings, que apresenta o herói, o juiz Sergio Moro, deslustrando a estrela vermelha petista. Neste segundo semestre de 2016, estréia, em todas as salas de cinema brasileiras, o filme Operação Lava-Jato II: Moro Rises, que apresenta o herói, o juiz Sergio Moro, quebrando o bico do tucano peessedebista, com o inusitado auxílio de Marcelo Odebrecht. Não percam. Em exibição em todo em todo o Brasil.

Quem tem medo?

       Parafraseando Edward Albee, autor da peça teatral Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, pergunto: Quem tem medo de Marcelo Odebrecht?

Serviço de utilidade pública II

      Serviço de utilidade pública II: Ao encontrar uma minhoca usando gravata, você, confuso, se perguntará quem enlouqueceu, se você, se a minhoca. Para dirimir esta dúvida, consulte um psiquiatra; dependendo da resposta que ele der, você terá a certeza de que o louco é ele.   

Serviço de utilidade pública I

Serviço de utilidade pública: Se uma cobra entrar na sua casa, não tente cortar-lhe o pescoço. É impossível.  

Provérbio chinês

Provérbio chinês que eu inventei: Quem com ferro fere fere com ferro.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Ocupação de escolas III

É simulação de oposição entre PSDB e os partidos políticos da esquerda radical o movimento de ocupação, por alunos, de escolas - promovida para marcar diferenças, inexistentes, de políticas e de ideologia.
Dizem os alunos que ocupam as escolas que eles as ocupam para protestarem contra a PEC 241 e a mudança na grade curricular, ambas propostas pelo governo Temer. Ora, tais políticas do governo Temer atingem todo o Brasil, então por que os alunos só ocupam escolas de estados governados pelo PSDB? Por que os partidos que manipulam os alunos opõem-se ao PSDB e o PSDB a eles? Não. È apenas simulação de oposição com o objetivo de apresentar o PSDB como oposição ao PT e partidos similares, PSOL, PSTU e mais uma dúzia de outros.

Doutrinação

Os professores, mesmo que, sinceros, declarem que não doutrinam os seus alunos estão a fazê-lo no momento mesmo em que o negam, pois têm formação intelectual exclusivamente de esquerda - não lêem pensadores da direita, e o pouco que deles sabem chegou-lhes por meio de intelectuais da esquerda.

Comunismo II

Quem decretou a morte do comunismo? Os comunistas. As pessoas acreditando que o comunismo está morto, os comunistas as influenciam mais facilmente, nem sequer encontram resistência. Agem os comunistas como espiões de alguns filmes de espionagem: Simulam a própria morte, e depois atacam os seus inimigos, surpreendendo-os, e derrotando-os sempre.

Comunismo

O comunismo tem o poder de assumir configurações da cultura que deseja parasitar. E assumindo-as, faz com que muitas pessoas o defendam e o disseminem sem saber que o fazem.

Educação

O governo Temer apresentou propostas para reforma no sistema de ensino brasileiro. Considerando o pouco que sei a respeito, permito-me dizer que em uma delas, define-se como optativa, e não obrigatória, aulas de filosofia, sociologia, e outras disciplinas. Cabe aos alunos, portanto, decidirem se querem estudar as disciplinas agora opcionais. Que eu saiba, o governo Temer não propõe a proibição do ensino de filosofia, sociologia e outras disciplinas; apenas transfere aos alunos a decisão de estudá-las se o desejarem. E intelectuais, artistas e professores (e até apresentador de programa de televisão) – todos de esquerda – puseram em ação uma campanha estúpida, que manipula a opinião pública, contra tal proposta. A verdade verdadeira é que a reação – irracional? (Aparentemente, sim) – à proposta se deve a três motivos: 1) Professores de sociologia, filosofia e outras disciplinas opcionais temem perder o emprego, pois, se menos alunos decidirem freqüentar aulas, professores serão demitidos; 2) os sindicatos de professores temem perder receita com o imposto sindical, pois menos professores em atividade, menor será a receita dos sindicatos; e, o último e o mais importante, 3) intelectuais e políticos da esquerda temem perder influência sobre os brasileiros, pois, se menos brasileiros decidirem freqüentar aulas de, principalmente, filosofia e sociologia, menos serão os brasileiros bombardeados com discursos socialistas, seja o revolucionário, seja o moderado.

Ocupação de escolas II

Não há aulas em escolas – todas públicas – ocupadas, cada uma delas, por pequeno grupo de alunos, que não corresponde nem a dez por cento do corpo estudantil das escolas ocupadas (e o corpo estudantil das escolas públicas é composto de alunos de famílias pobres). E não havendo aulas, os alunos não estudam, e não estudando, nada aprendem, e nada aprendendo, encerrarão a vida – se é que se pode chamar de vida a frequência diária, durante uma década, no inferno – escolar sem os conhecimentos e o preparo indispensáveis para se conseguir um bom emprego, e viverão, na rua da amargura, em empregos mal remunerados. Enquanto isso, há aulas nas escolas particulares, cujo corpo estudantil é constituído de alunos de famílias ricas, e nelas havendo aulas, os alunos estudam, e estudando aprendem, e aprendendo encerrarão a vida escolar com os conhecimentos e o preparo necessários para, adultos, exercerem profissões bem remuneradas. Todos, então, que apóiam e incentivam a ocupação das escolas públicas, prejudicam os alunos, que são pobres, e beneficiam a elite, os burgueses (para usar uma terminologia cara aos esquerdistas), que estudam nas escolas particulares.
Precisa-se ser um Einstein para se concluir que o movimento de ocupação, por alunos, de escolas públicas, incentivado por políticos, intelectuais, artistas e professores (e até pais de alunos) beneficiará os mais ricos e prejudicará os mais pobres, aumentando entre eles o fosso que os separa? Os esquerdistas, que promovem a ocupação de escolas, declaram que no Brasil a desigualdade de renda prejudica os pobres e beneficia os ricos, e defendem políticas sociais para, se não eliminá-la, reduzi-la. É fato. E concordo. E o que tais gênios promovem? O movimento de ocupação das escolas, que aumentará a desigualdade de renda entre ricos e pobres.

Ocupação de escolas

Vinte alunos ocupam uma escola, cujo corpo discente é de quatrocentos alunos. Trinta alunos ocupam outra escola, cujo corpo discente é de oitocentos alunos. Os alunos que ocupam escolas não representam a vontade de todos os alunos. São insignificantes, manipulados por grupos de esquerda revolucionária, e a eles submissos. São sugestionáveis, e não têm vontade própria; e neles professores já fizeram lavagem cerebral. E são apresentados como exemplos de alunos independentes, que pensam com a própria cabeça.
A Educação, no Brasil, teve de descer a um nível muito baixo para que tal inversão de valores prevaleça.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Cabeça de feminista

Juro por Deus: Não entendo a cabeça das feministas.
As feministas dizem:
“As mulheres, sendo mulheres, entendem o que é ser mulher e sabem qual tem de ser a sua conduta, e podem, portanto, falar de coisas de mulher. Os homens, não sendo mulheres, não podem, na sua condição de homens, entender o que as mulheres são, e, portanto, nada podem dizer acerca dos desejos das mulheres e de qual tem de ser a sua conduta”.
Até aqui, tudo bem. O raciocínio é impecável. Mas as feministas adicionam os seguintes argumentos:
“Os homens não podem agir do jeito que agem, não podem pensar o que pensam. Têm de mudar de atitudes”.
Diabos! Não entendi.
Estou pensando:
“As feministas, sendo mulheres, não podem entender os homens, não podem saber quais são os desejos dos homens, e tampouco podem julgar-lhes a conduta, afinal, sendo mulheres, e não homens, não têm cabeça de homens; então por que elas querem definir a conduta dos homens? Para se manter a coerência, elas não podem abrir a boca para dizer uma palavra sequer acerca dos homens. Se os homens não podem dizer qual tem de ser a conduta das mulheres, por que as mulheres (no caso, as feministas) podem dizer qual tem de ser a conduta dos homens? O que vale para o Francisco, vale também para o Chico.”
“As feministas são engraçadas. Negam aos homens a voz para falar o que são as mulheres, e a eles também negam a voz para falar o que eles são. E às mulheres concedem o direito de falar o que as mulheres são, e também o de falar o que os homens são. E dizem que os homens são os opressores...”

Artistas de outrora e artistas Rouanet.

Dos escritores brasileiros que captaram recursos via Lei Rouanet, qual ombreia-se com Machado de Assis, Graciliano Ramos e Monteiro Lobato?
Dos músicos brasileiros que captaram recursos via Lei Rouanet, qual rivaliza-se com Ernesto Nazaré e Vila-Lobos?
Dos cantores brasileiros populares que captaram recursos via Lei Rouanet, qual é êmulo de Francisco Alves, Sílvio Caldas e Dorival Caymmi?
Dentre todos os artistas brasileiros atuais que captaram recursos via Lei Rouanet, qual contribuiu com o seu trabalho para o enriquecimento da cultura brasileira? Além de a empobrecerem, enriqueceram-se, e emascularam a cultura brasileira, reduziram-lhe o valor, e viciaram os brasileiros, que, atualmente, consomem, unicamente, lixo cultural.
A lei Rouanet favoreceu artistas medíocres, produtores de lixo cultural. O dirigismo estatal na cultura enaltece mediocridades, e as enriquece, e despreza os artistas de valor.
Todas as personalidades linhas cima mencionadas enriqueceram a cultura brasileira; muitos deles foram desprezados pelos seus contemporâneos. Incompreendidos, persistiram. Se os livros de história registram-lhes os nomes é porque o tempo – o mais criterioso dos julgadores da história – reconheceu-lhes o mérito, o talento e o valor de suas obras. E não é sem-razão que aqueles que hoje querem destruir o Brasil empenham-se em suprimir-lhes da história do Brasil os nomes e dela apagar todos os vestígios da obra, e substituí-los pelas mediocridades faltos de conhecimentos e escassos de inteligência que grassam nestas terras em que se plantando tudo dá, principalmente erva daninha.
E posso citar escultores, pintores, escritores, poetas dos quais os brasileiros deveriam se orgulhar – e deles se orgulhariam, se os conhecessem, e conhecessem as suas obras. Cito alguns: Lima Barreto, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira, Pedro Américo, Pixinguinha, Adoniran Barbosa, Cecília Meireles, Herberto Sales, Victor Brecheret, Carlos Drummond de Andrade, Gustavo Corção. E trato, aqui, de artistas. E não falo de prodígios da inteligência nacional na política, na filosofia, na história, os quais pulverizam, na comparação, as personalidades políticas e intelectuais atuais: José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa, João Francisco Lisboa, Barão do Rio Branco, Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Mário Ferreira dos Santos, Oliveira Lima.
É humilhante! No século XIX , no tempo do Império, e na primeira metade do século XX, o Brasil era mais inteligente e culto do que hoje. Não gosto de dizer isso, mas é a verdade. E a verdade tem de ser dita, mesmo que fira suscetibilidades. Eu gostaria de poder dizer que o Brasil, hoje em dia, está num nível superior ao que estava no século XIX, tão malfadado pelos intelectuais modernos, e na primeira metade do século XX, certo de que o que se faz hoje é um trabalho que se construiu sobre aquele, mas eu mentiria se o fizesse. Das universidades brasileiras não se formam nenhum estudioso, político, filósofo, sociólogo, escritor, poeta, do nível dos aqui mencionei. Só se formam mediocridades, e muitos de um nível muito abaixo da mediocridade.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Educação

De métodos de educação até os educadores ousam falar, e, presunçosos, apresentam-se como os conhecedores dos melhores. E os métodos de educação que eles implementam resultam em quê? Em pessoas bem instruídas?
Quem elabora os métodos de educação implementados no sistema de ensino? Por que há ministérios de educação e secretarias de educação? São os burocratas destas instituições que elaboram os métodos de educação? E qual é a formação intelectual deles? E por que impõe-se a todo um país o mesmo método de educação? Por que não se admite outros? Por que não se concede às pessoas a liberdade de conceberem, cada uma delas, o seu próprio método de educação? Por que os profissionais da educação não se limitam apenas à exortação aos estudos, sustentando-a com o exemplo da sua própria vida, valorizando-a com as suas realizações? Por que eles desejam controlar todos os processos de educação, e não admitem considerações de pessoas que deles divergem? Sabem eles que as idéias que defendem são insustentáveis, que basta um sopro para derrubar todo o edifício teórico que eles elaboraram, daí repelirem todo e qualquer argumento contrário, pintarem com as cores que mais firam os olhos as pessoas que defendem a liberdade de uso de métodos de educação. Querem concentrar nas mãos a exclusividade de impor os métodos de educação à população de todo um país. Com qual propósito? O de instruir? O de oferecer os instrumentos de aprendizado que favoreçam a habilidade para estudar, aprender, acumular conhecimentos e saber como usá-los, e pensar, com independência, sob influência e inspiração de conhecimentos adquiridos? Sabem os sensatos: é sob inspiração dos conhecimentos adquiridos que uma pessoa pensa, avaliando os seus conhecimentos, os conhecimentos alheios.
O que concede às pessoas a capacidade para adquirir conhecimentos, acumulá-los sem que elas se sintam sufocadas por eles? O que permite as pessoas saberem quais conhecimentos lhes são úteis? Qual é a capacidade de armazenamento de dados de um cérebro humano? É o cérebro humano como um chip de computador? Um chip de computador armazena dados, e só; não tem criatividade, e tampouco imaginação. O computador não tem o talento de associá-los, ou separá-los, para a solução de algum problema, ou para a execução de alguma tarefa complexa, ou para a concretização de uma idéia.
A inteligência humana não se limita ao poder de um órgão, o cérebro; transcende-o - trata-se da mente. O que é a mente? A mente não é um órgão, não é algo físico. É algo indefinível, etéreo. Como se mede as dimensões da mente? Como se mede a sua capacidade? É possível medi-la? Não se pode – ou apenas não se consegue, considerando o estágio de desenvolvimento tecnológico atual? – medir a capacidade do cérebro, do seu poder, dos seus talentos. E como se medir a da mente, que transcende o cérebro, e cuja existência é objeto de especulação filosófica e religiosa? Há quem lhe nega a existência, argumentando que há o cérebro, e apenas o cérebro, sendo a mente fruto de pensamentos erráticos engendrados pelo cérebro.
Se mal se sabe como o cérebro funciona, e tampouco se sabe o que a mente é, como pode-se admitir que alguns burocratas determinem um método de educação, e o imponham à milhões de pessoas? É muita pretensão a dos formuladores de políticas educacionais impor um método de educação a milhões de pessoas. Tal imposição é um meio de adestrar a população de todo um país, em vez de instruí-la? Retiro a interrogação, e a substituo por uma afirmação. E tratemos do Brasil. Qual é o resultado do método de educação implementado no sistema de ensino brasileiro? Conheça os frutos, e conhecereis a árvore. Quais são os frutos que brotam da árvore chamada Sistema Educacional Brasileiro? Conhecendo-os, pode-se saber de que árvore se trata. E ninguém ignora: a árvore da espécie chamada Sistema Educacional Brasileiro produz frutos desprovidos de nutrientes. É o caso, então, de derrubá-la e plantar uma semente de uma árvore cujos frutos sejam vistosos, repletos de energia, saudáveis.
É patente: As pessoas que se esquivaram ao Sistema Educacional Brasileiro a tempo de não se deixarem por ele se emburrecerem estão a conceber idéias superiores, muito superiores, às daquelas que dele não conseguiram escapar.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Enfim, impichada… mas não temos o que comemorar

Escrito em 01/09/2016
Em primeira votação, o senado decidiu afastar, definitivamente, Dilma Roussef do poder. Em segunda votação, decidiu conservar da presidente impichada os seus direitos políticos. E quais serão os próximos capítulos desta novela tipicamente brasileira?
Os rascunhos já estão escritos, e, aos poucos, a depender das conjunturas política e econômica, serão reescritos, e definidos.
Pode-se prever o teor de alguns deles, pois a presidente afastada e o ex-presidente Lula já disseram o que farão, e os seus aliados não deixaram para amanhã as ameaças que puderam fazer ontem. O PT e os seus aliados atearão fogo ao Brasil - e as manifestações violentas que se viram, nestes dias, são apenas uma pequena amostra do que está para acontecer nos próximos anos. Combaterão o Temer a ferro e fogo. Não lhe darão nem um dia de descanso. Farão de tudo para destruí-lo - e contarão com aliados insuspeitos.
Dilma Roussef e os seus aliados insistirão na tese do golpe, espalharão aos quatro ventos que ela foi vítima de um golpe, e o farão não apenas no Brasil, mas também, e principalmente, no exterior. Como se diz, uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade.
E em 2018, ou em 2022, Dilma Roussef se candidatará ou ao Congresso, ou ao Senador, e, por quem não, à Presidência da República, e o fará, então, como uma pessoa que foi vítima de um golpe, e será grande as chances de ela se candidatar ao cargo postulado, seja qual for.
Dilma Roussef é apenas uma cabeça, e não das mais importantes, da hidra chamada Comunismo -ela é apenas um poste do Lula. E quando uma cabeça da Hidra é cortada, no lugar dela crescem outras duas cabeças. E a Hidra continua viva, e mais forte. 
E em 2018, ou em 2022, Dilma Roussef se candidatará ou ao Congresso, ou ao Senador, e, por quem não, à Presidência da República, e o fará, então, como uma pessoa que foi vítima de um golpe, e será grande as chances de ela se candidatar ao cargo postulado, seja qual for.
Dilma Roussef é apenas uma cabeça, e não das mais importantes, da hidra chamada Comunismo -ela é apenas um poste do Lula. E quando uma cabeça da Hidra é cortada, no lugar dela crescem outras duas cabeças. E a Hidra continua viva, e mais forte.