Quais serão os próximos nomes de
políticos que aparecerão em delações premiadas? Não sei. Posso citar qualquer
um que, ouso dizer, tenho 100% de chances de acertar.
sábado, 17 de dezembro de 2016
Comunistas, vampiros
Os comunistas, vampiros, sugam o sangue do povo. Para
dar-lhes cabo não bastam balas de borracha. Vampiros se mata com bala de prata,
água benta, crucifixo, alho, estaca de madeira... Para não haver o risco de
tais seres malditos sobreviverem a um ataque, é aconselhável lançar mão do
arsenal completo.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
O sapo
Um homem pega
uma panela, enche-a de água, e leva-a ao fogo. Depois, pega um sapo, e joga-o
dentro da panela cheia de água fervente. E o sapo, tão logo toca a água, pula
para fora da panela, e safa-se da morte. Este homem é o PT.
Um outro homem
pega uma panela, e enche-a de água. Ato contínuo, pega um sapo, e joga-o dentro
da panela cheia de água fria. O sapo adapta-se à temperatura baixa da água, e
dentro da panela se mantêm. O homem, então, liga o fogo, e aumenta,
vagarosamente, a temperatura da água, sem que o sapo perceba que ela está sendo
aquecida, até o momento em que o sapo morre. Este outro homem é o PSDB.
Decálogo do político brasileiro
1 – Minta.
Minta descaradamente. Se o povo perceber que mentes, insista na mentira. E se o
povo não se deixar persuadir pelas vossas mentiras, continues a mentir, até vos
convencerdes de que as vossas mentiras são verdades, para, assim, mentirdes com
mais convicção e sem peso na consciência.
2 – Aumentai
os impostos a ponto de impedirdes o povo de comprar o arroz e o feijão de cada
dia. Depois, criai programas sociais e oferecei migalhas ao povo. Se o povo reclamar,
dize-lhe que ele vos é ingrato.
3 –
Regulamentai a economia para que os vossos apoiadores sejam favorecidos e
inexista a livre-concorrência.
4 – Emburrecei
o povo. Estupidificai-o. Se do povo surgir uma pessoa inteligente, de espírito
rebelde, questionador, apresentai-a ao povo como um louco, para que o povo a
despreze.
5 –
Desperdiçai bilhões de dinheiro público com propaganda para ocultar do povo a
vossa mediocridade, a vossa desfaçatez, a vossa canalhice e o desprezo que
sentes por ele.
6 – Invistas
dinheiro público em políticas nocivas à família, aos bons costumes, à
civilização, ao cristianismo, e apresentai-as como essenciais ao progresso do
Brasil. E assim que os seus resultados nefastos aparecerem, digas ao povo que
foi ele que não as compreendeu, e deturpou-as, e culpe-o pelo fracasso na
implementação delas, e nelas insistas.
7 – Diga ao
povo que ele nada pode fazer de bom pelo futuro do Brasil, e que apenas vós
sabes do que o Brasil precisa.
8 – Unas
forças com todas as organizações nacionais e internacionais, visando, sempre, a
conservação do vosso poder.
9 – Eliminai
da história do Brasil os nomes de todos os vultos de valor, e de vós vendei ao
povo imagem de herói impoluto.
10 – Desprezai
a Língua Portuguesa, e fazei com que o povo a despreze.
Comentários de um comunista acerca de um crime
O crime:
Um homem
avança sobre uma jovem de dezesseis anos para das mãos dela arrancar um
telefone celular que ela comprara duas horas antes; a jovem, num ato
involuntário, reage à abordagem do homem, que retira de sob o cós da calça uma
faca, e esfaqueia a jovem, cuja vida esvai-se em poucos segundos.
E o assassino
corre, em disparada; mal percorre cinquenta metros, um policial dele
aproxima-se, ordena-lhe que pare, e, como a sua ordem não foi por ele atendida,
retira do coldre um revólver, aponta-o para o assassino, aperta o gatilho, e
alveja-lhe a perna esquerda. O assassino cai, e o policial dá-lhe voz de
prisão. E encaminham o assassino ao hospital; restabelecido o assassino, o
encaminham à delegacia de policia. E ele é condenado à dez anos de prisão.
Agora, os
comentários do comunista:
- O homem que
esfaqueou a jovem é vítima da nossa sociedade cruel, insensível e egoísta. Ele
matou a jovem porque ela possuía um telefone celular moderno, último modelo, de
marca famosa, e o ostentava, excitando, com tal postura, o desejo do homem que
a esfaqueou. Se ela não tivesse comprado o telefone celular, e se ela não o
ostentasse, o homem que a esfaqueou, matando-a, não desejaria dela roubá-lo, e,
portanto, não a esfaquearia. Culpados da morte da jovem são o inventor do
telefone celular, o fabricante de telefones celulares, o lojista que o vendeu à
jovem, e a jovem, que o comprou, e não o homem que a esfaqueou, matando-a. Ora,
raciocinem, e concluam que comigo está a razão: Se o inventor do telefones
celulares não inventasse telefones celulares; se o fabricante de telefones
celulares não fabricasse o telefone celular que a jovem comprou, e não o
vendesse para o lojista; se o lojista não revendesse o telefone celular para a
jovem esfaqueada, e morta em decorrência do esfaqueamento; e se a jovem exibida
e vaidosa não ostentasse o telefone celular recentemente adquirido, o homem que
a esfaqueou, matando-a, não desejaria tê-lo para si, e não a esfaquearia, e,
consequentemente, não a mataria. Entenderam? Quem é a vítima nesta história?
Não é difícil de saber, é? A vítima é o homem, que, desprezado pela sociedade,
desprovido de dinheiro para comprar o telefone celular mais moderno, foi
forçado a tomar uma decisão radical para possuir o que era do seu desejo, o
telefone celular. A morte da jovem que o ostentava foi a conseqüência, não da
ação do homem cujo desejo de possuir um telefone celular a jovem excitou ao
ostentá-lo diante dele, mas da ostentação, pela jovem, do telefone celular. E a
policia ainda ousa prender o coitado!?
Briga de marido e mulher
Discutem
marido e mulher. Em certo momento da discussão, o homem tropeça, ao dar um
passo para trás, no tapete, desequilibra-se, cai, e bate com a cabeça num
objeto pontudo, e morre. Durante a queda, ergue, rapidamente, e
involuntariamente, o pé esquerdo, e atinge, na face direita, sua esposa, que
se assusta, move-se para a esquerda, desequilibra-se, bate com a cabeça em uma
quina de uma estante, e morre.
No dia
seguinte, o jornal Notícias traz, em letras garrafais, o título da matéria da
primeira página: “Marido mata esposa, batendo a cabeça dela na quina de uma
estante, e mata-se em seguida”; e o subtítulo: “Os homens brasileiros, cristãos
e machistas, violentos com as mulheres, têm de ser reeducados, e punidos com
rigor”, diz Fulana da Silva, líder feminista.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
Discursos incoerentes
Os esquerdas são incoerentes em
suas declarações. Sempre que defendem uma idéia, eles trocam os pés pelas mãos,
o que é da essência da esquerda.
Dou um exemplo: Eles enaltecem o
Fidel Castro, que foi um ditador, como um símbolo da revolução socialista; um
revolucionário que, ao impor, em Cuba, o regime político socialista, aniquilou
o capitalismo, promovido, naquela ilha cárcere caribenha, pelos americanos (ou
estadunidenses, como amam dizer os esquerdas), por meio de um fantoche, o
Fulgêncio Batista. Se o ditador Fidel Castro eliminou, de Cuba, o livre comércio
exterior, não havia, portanto, razão de haver um embargo econômico, como o
imposto a Cuba pelo presidente americano John Kennedy, que, acho, apenas
cometeu um erro político tático ao declarar tal embargo, oferecendo –
involuntariamente, acredito - ao ditador Fidel Castro argumentos contra o
governo americano e em seu próprio favor, apresentando-se como um poderoso
Davi, que lutou, e venceu, segundo a imprensa de esquerda (praticamente toda a
imprensa), o gigante Golias (o famigerado e diabólico tio Sam). Como Kennedy
caiu na asneira de declarar o embargo econômico a Cuba, mesmo não havendo
necessidade de fazê-lo, afinal o socialismo implementado pelo ditador Fidel
Castro já havia eliminado o comércio exterior cubano, os esquerdas aproveitaram
a oportunidade que lhes foi oferecida pelo imprevidente presidente americano e
deram início a uma campanha difamatória, o que não é de surpreender, contra os
Estados Unidos, ao mesmo tempo que criaram outra propaganda, muito bem-sucedida
porque contou com o apoio de toda a imprensa mundial, de enaltecimento da figura
de Fidel Castro, e também da de Che Guevara. Ora, se o ditador Fidel Castro já
havia eliminado o comércio exterior cubano, então todas as catilinárias
cuspidas contra os Estados Unidos, reprovando-lhes a imposição de um embargo
econômico a Cuba, não passa de discursos cínicos, propagandas antiamericanas, e
nada mais, pois, não havendo comércio em Cuba, não havia necessidade de haver
um embargo ao comércio inexistente. Como se pode embargar o que não existe? Ou Cuba,
mesmo após a revolução liderada pelo ditador Fidel Castro, tinha comércio
exterior, que o ditador Fidel Castro não desejava extinguir porque, sabia ele,
poderia explorá-lo, controlá-lo, e encher as burras de ouro? Ora, se Cuba possuía
um comércio exterior, e o ditador Fidel Castro o explorava, então pergunto por
que os esquerdas elogiam o ditador Fidel Castro, e a sua política, que se
anunciando como socialista, como infensa ao comércio, o explorava? No discurso
os esquerdas são contra o comércio, contra o capitalismo, e vendem, de si
mesmos, uma imagem de superioridade moral porque não se curvam à maldade inerente
ao capitalismo, mas, sabe-se, eles adoram o capitalismo, desde que possam controlá-lo,
e explorá-lo em benefício da causa da esquerda.
Agora que, com o acordo entre
Obama e Raúl Castro, Estados Unidos e Cuba estreitam os laços, inclusive os
econômicos, e Obama se dispôs a suspender o embargo econômico, que, de fato,
nunca teve razão de existir porque o socialismo já havia do comércio cubano
dado cabo, os esquerdas elogiam o Obama e o Raúl Castro. Mas, diabos!, por que
os elogiam se ambos se unem para permitir o comércio livre entre os dois
países, comércio, atividade que, segundo os socialistas, é produto dos
capitalistas burgueses, ocidentais, maléficos exploradores de mão de obra
barata!? Os esquerdas elogiam dois políticos de esquerda que adotam o livre-mercado
como uma fonte de riqueza de um povo! Mas, afina,l não é o socialismo que
produz justiça e riqueza? Não é o capitalismo, ou livre-mercado, como queiram, que
produz injustiça e miséria? Quantas contradições!
E neste ano entra em cena um
outro personagem, detestado pelos esquerdas: Donald Trump, que já se pronunciou
contra o acordo assinado entre Obama e Raúl, e os esquerdas o reprovam. Mas
diabos!, mais uma vez, diabos!, por que censuram o Donald Trump, que, segundo
os esquerdas, pretende eliminar o comércio entre Estados Unidos e Cuba? Se Cuba
é socialista, e é o socialismo que produz riqueza e justiça, e não o capitalismo,
porque censuram Donald Trump, que, com sua política, impedirá Cuba de deixar de
ser um país socialista, e tornar-se um país capitalista?
Quantas incoerências se pode
detectar nos discursos dos esquerdas!
sábado, 26 de novembro de 2016
...à procura de um político honesto.
Na antiga Grécia, havia um
filósofo cínico, Diógenes, que perambulava pelas ruas, lanterna à mão, à
procura de um homem honesto. Diz a lenda que nenhum homem honesto ele
encontrou. Nenhum ele encontrou, mas, como estava à procura de um, concluo que ele
acreditava que um, pelo menos um, homem honesto existia.
Se Diógenes vivesse, nos dias
de hoje, no Brasil, e alguém lhe dissesse que saísse à procura de um político
honesto, ele nem se daria ao trabalho de comprar uma lanterna.
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Recuperada a consciência moral...
Não
é difícil encontrar um brasileiro que declare, de viva voz, e de peito cheio, arrotando
superioridade moral, e de inteligência, que os brasileiros temos os governantes
que merecemos - e o faz como se brasileiro não fosse. Os brasileiros não
merecemos os governantes que temos. Há um precipício a separar os governantes
dos mais comuns dos homens brasileiros – estes trabalham, estudam, têm as suas
responsabilidades, os seus compromissos, e, como ninguém há de negar, os seus
pecados, os seus defeitos, e se esforçam para viverem em paz consigo mesmos e
com outras pessoas (Não preciso dizer que aqui não incluo os criminosos, e por
criminosos entendo toda pessoa que comete crimes, mesmo que não tenha sido
condenada segundo a Lei); aqueles, ladinos, escalam os degraus do poder mentindo,
manipulando os brasileiros, induzindo-os aos erros, chantageando-os,
explorando-os, ludibriando-os, maltratando-os, destruindo-lhes o vigor moral, e
o intelectual, e, em suma, desprezando-os.
Digo
que os brasileiros não merecemos os governantes que temos. Os brasileiros somos
de boa índole (e não preciso, aqui também, dizer que estou excluindo os
criminosos), somos de espírito cristão, e movem-nos bons sentimentos, que, não
raras vezes, são manipulados, por políticos principalmente, em favor deles,
políticos, e contra os nossos desejos, que se resumem em viver a vida livremente.
Os políticos não querem que os brasileiros vivamos as nossas vidas, com
liberdade; eles não apreciam a liberdade de que gozamos; eles querem canalizar
toda a nossa energia no trabalho de ereção de projetos de poder, que tem um propósito:
oprimir-nos. Todos os investimentos públicos em educação têm um propósito:
emburrecer e idiotizar os brasileiros. Todos os programas sociais, mantidos com
dinheiro de impostos, que são extorquidos aos brasileiros, têm um propósito:
fazer com que todos os brasileiros beneficiados em tais programas vendam a própria
alma àqueles que os criaram.
Durante
décadas, por meios da imprensa, da literatura, da música, do cinema, de
discursos políticos, injetaram, no coração dos brasileiros, valores que atentam
contra a verdade, contra a moral, contra a decência, modificando o senso comum dos
brasileiros de tal modo que muitos brasileiros passaram a ver nos crimes atos
de revolta contra a opressão promovida pela sociedade burguesa, capitalista,
ocidental, e nos criminosos coitadinhos oprimidos; na religião cristã muitos
viram superstição, idolatria e a opressão que subjuga muitos brasileiros, e nos
cristãos hipocrisia, maldade intrínseca, egoísmo; na família viram uma instituição
opressora, inerentemente má, símbolo do patriarcalismo mais rombudo,
insensível, opressor, preconceituoso, discriminador. Enfim, muitos passaram e
ver o diabo onde havia Deus, e Deus onde havia o diabo. E assim, neste Brasil
de senso comum modificado, em que o mal é o bem e o bem é o mal, os brasileiros
elegemos para os cargos mais altos da burocracia do Estado políticos desprezíveis.
Ora, os brasileiros somos vítimas de uma política sórdida, que nos fez introjetar
valores, que nos levaram a defender idéias que nos prejudicam, idéias que
jamais defenderíamos se possuíssemos íntegra a nossa consciência moral.
E
chegamos aos dias que estamos vivendo. E nestes dias, reconstituída a nossa
consciência moral com muito sofrimento, muita dor, rejeitamos os políticos que
hoje nos governam, políticos que pusemos nos cargos que eles ocupam, e repudiamos
todos os valores, podres valores, que eles representam. Posso declarar que os
brasileiros nos livramos daquele senso comum modificado, que faz do bem mal e
do mal bem, mas ainda não conseguimos os meios para dos políticos sórdidos nos
livrarmos definitivamente.
O município de Tupiniquim-Tupinambá
Candidatam-se
a prefeito do município de Tupiniquim-Tupinambá, o político Barba e o político
Sem Barba, o primeiro, do PT, o segundo, do PSDB.
E
os tupiniquim-tupinambenses sufragam prefeito de Tupiniquim-Tupinambá o candidato
do PSDB.
E
Sem Barba cria, ao assumir o posto de prefeito, o programa social Comida Pra
Todos E Fome Pra Ninguém, a respeito do qual os eleitores do PSDB declaram, de
bico em pinado: “É muito bom”, e os eleitores do PT declaram, de barba torcida:
“É uma porcaria”.
Transcorrem-se
quatro anos.
Sem
Barba candidata-se à reeleição e Barba candidata-se a prefeito.
E
os tupiniquim-tupinambenses sufragam prefeito de Tupiniquim-Tupinambá o
candidato do PT.
E
Barba altera, ao assumir o posto de prefeito, o nome do programa social Comida
Pra Todos E Fome Pra Ninguém para Todos Tem Comida E Ninguém Tem Fome, a
respeito do qual os eleitores do PT declaram, de barba empinada: “É muito bom”,
e os eleitores do PSDB declaram, de bico torcido: “É uma porcaria”.
E
assim Tupiniquim-Tupinambá vai vivendo a sua miséria.
O bandido e o policial
Um bandido invade uma loja, rouba todo o dinheiro do
caixa, mata duas pessoas, e corre; na rua, um policial o avista. E entram em
confronto o policial e o bandido. O tiroteiro encerra-se com a morte, pelo
policial, do bandido.
Um representante dos Direito Humanos apresenta-se, e
aponta o dedo, acusatório, para o policial, e lhe diz:
- Você é um assassino!
E exige das autoridades, que o atendem, prontamente, a
sua, dele, policial, prisão.
E o dono da loja roubada pelo bandido pergunta ao
representante dos Direitos Humanos a respeito do ladrão e assassino morto pelo
policial, e ele respondeu-lhe:
- Ele não é ladrão e assassino. Se você chamá-lo de
ladrão e assassino uma vez mais, eu processarei você por calúnia e difamação.
Aquele homem que você chama de ladrão e assassino é um injustiçado, é uma
pessoa que nunca teve oportunidade na vida, é um coitado, vítima da sociedade
cruel.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Globalismo
Não acredito que tenha sido
apenas por reação ao politicamente correto, que é uma praga e tem de ser
exterminada, que os americanos elegeram Donald Trump presidente dos Estados
Unidos – como eu li em um artigo. Acho que o buraco é mais embaixo. Os
americanos, segundo penso, sentem na pele as dificuldades criadas por um
sistema político globalista, de esquerda, que os jogou para escanteio, e que os
despreza.
A política globalista tem
imposto muitos danos a todos os países, inclusive aos Estados Unidos.
Organizações globalistas
almejam fazer com que os Estados Unidos – e todos os países – neguem a si a própria
soberania, e a elas se curvem.
Comunismo
O comunismo produziu miséria,
sofrimento, em todos os lugares em que foi implementado. Em Cisnes Selvagens há
relato das maldades de tal ideologia. E na Ucrânia, em decorrência da política
do Stalin, produziu o comunismo, e também o nazismo, muitos cadáveres, e até
casos de canibalismo, segundo Timothy Snyder em Terras de Sangue. Todo o
horror, no entanto, do comunismo é varrido para baixo do tapete da história – é
dado como inexiste, ou, quando muito, como produto da implementação inadequada
do comunismo, e não do comunismo.
Rótulo difamatório
Já está mais do que
arqui-provado que o fascismo é política de esquerda.
A palavra fascista, do mesmo
modo que a palavra nazista, é usada como rótulo difamatório, numa guerra
cultural, para destruir o oponente, oponente, claro, que é aquele que defende
as liberdade democráticas.
Um golpe nos globalistas
Os americanos, e também os
brasileiros, já abriram os olhos para os males produzidos pelos globalistas,
que, defensores de uma política totalitária, almejam submeter todo o mundo a um
único governo, de alcance global, e eliminar a liberdade da qual, bem ou mal,
se goza hoje em dia, em especial no Ocidente. Os americanos conseguiram, com a
eleição de Donald Trump, dar um soco nos globalistas; os brasileiros, infelizmente,
não têm um magnata patriota para chamá-lo de seu e pô-lo no Palácio do
Planalto.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Serviço de Utilidade Pública. Em alto-mar.
Um homem
prevenido vale por dois, diz o ditado. Neste ditado, o homem pode ser
substituído por uma mulher, que o seu valor se conserva. A sensatez do homem é
equivalente à da mulher. Ditas estas palavras, que não se sabe se são úteis, e
tampouco se trazem algum bem àqueles que as lêem, prossigo, nesta prestação de
serviço de utilidade pública.
Se você
pretende empreender uma viagem de avião, ou para a Europa, ou para a Ásia, ou
para a África, ou para a Oceânia, ou para a América do Norte, providencie,
antes de embarcar no avião, uma lapiseira, uma caixinha com grafites, e um
bloco de anotações, e conserve-os à mão, num lugar de fácil acesso, que pode
ser o bolso da camisa, ou um bolso da calça.
Siga na
leitura deste prospecto, que você compreenderá as razões para tomar tais
providências.
O avião decola
da pista de decolagem do aeroporto, e ruma ao seu destino, que poderá ser um
lugar qualquer em um dos continentes citados linhas acima. Caso o avião, no
meio do caminho entre o Brasil e o seu destino, sofra uma pane geral, e, por
alguma razão, misteriosa ou não, parta-se ao meio, mantenha a calma, e
aposse-se, incontinenti, da lapiseira e do bloco de anotações, e estude a sua
situação, calculando a altura que você se encontra acima da superfície do
oceano Atlântico, e procure por um baleal. Calcule a distância que separa você
das baleias, e, não se esqueça, mantenha a cabeça fria, e anote todas as
informações imprescindíveis para o bom andamento do seu projeto de
sobrevivência. Conte as baleias, estude-lhes os movimentos, calcule-lhes a
velocidade de deslocamento, trace os rumos que elas seguem, verifique se elas
nadam em linha reta, se em ziguezague, se em uma linha curva, anote o tempo que
elas se conservam imersas, e o tempo que elas se conservam emersas; enfim,
estude-as, atentamente, e não deixe que detalhes importantes escapem de suas
observações, e não permita que sua atenção se desvie para algo insignificante.
À medida que você vai caindo, recalcule todas as operações matemática que você
fez, e mude, sempre que necessário, sem vacilar, os seus movimentos, e a
direção que, durante a queda, você segue, e altere a sua velocidade, executando
manobras corporais para reduzir, ou aumentar, em consonância com o seu plano, o
atrito do seu corpo com o ar, mirando, sempre, uma das baleias do baleal, de
preferência a maior. E assim que você estiver bem próximo da baleia, abra os
braços e as pernas, ponha-se deitado, para ampliar o atrito do seu corpo com o
ar. Você a atingirá, e ricocheteará, e será lançado para o alto, realizando um
arco, até atingir o ápice - e estude, durante este deslocamento, os movimentos das
outras baleias, mantendo, sempre, a cabeça fria, fazendo as anotações e os
cálculos apropriados. Mire uma baleia. Atingindo-a, você, uma vez mais, irá
ricochetear, e realizará um arco, cujo ápice alcançará uma altura inferior ao
do arco que você realizou após ricochetear na primeira baleia que você atingiu;
você terá, portanto, agora, menos tempo para estudar os movimentos das baleias,
anotar todos os dados que irá colher das observações que deles você fizer, e
fazer os cálculos apropriados, e terá de agir conservando, sempre, a
tranquilidade de espírito; agindo assim, você poderá executá-los para conseguir
atingir, com segurança, uma baleia, e, ao atingi-la, você irá ricochetear, e
atingirá, no arco que irá, durante o deslocamento, realizar, um ápice inferior
ao do arco anteriormente realizado ao atingir a segunda baleia; e assim,
sucessivamente, até atingir, enfim, uma baleia, na qual você não irá
ricochetear, dará apenas um pequeno salto, e nela permanecerá são e salvo. Ato
contínuo, domine a baleia, e obrigue-a a carregar você até o seu destino.
Os sete guerreiros
Eram sete os
homens que se apresentaram, altivos, imperiosos, à convocação do patriarca
daquela pequena tribo. Os mais vigorosos, os mais rápidos, os mais ágeis, os
mais habilidosos no manejo do bastão, do arco-e-flecha, da funda, do machado.
Eram os mais valorosos guerreiros da tribo. A coragem deles todos lhas
reconheciam. Provaram-na ser dela possuídos nos campos de batalhas, nas
caçadas, no desbravamento de florestas desconhecidas. Disse-lhes o patriarca
que da tribo avizinhavam-se inimigos oriundos de plagas distantes. Eram
bárbaros, homens asselvajados crudelíssimos. Vaticinou o patriarca a
aniquilação da tribo pelos bárbaros. Não poderiam confrontar os inimigos, que
se aproximavam, e rapidamente. Eram eles duas centenas de homens poderosos, e
desumanos. E na tribo, de pouco mais de uma centena de almas, havia apenas sete
guerreiros, sete guerreiros que, mesmo valorosos, não poderiam confrontar, num
embate direto, os inimigos, que avançavam em direção à tribo. Pediram os sete
guerreiros ao patriarca a ordem, que ele, patriarca, dissesse a eles,
guerreiros, qual tarefa eles teriam de empreender, que eles a empreenderiam. E
o patriarca, num tom altivo, que transparecia as dores de um coração
confrangido, deu-lhes a ordem: Os sete guerreiros permaneceriam na tribo,
enfrentariam os bárbaros que da tribo se aproximavam, enquanto ele, patriarca,
já octogenário, e os enfermos, e as crianças, e os jovens, e as mulheres, e os
velhos, rumariam para uma região segura, longe do alcance dos bárbaros. Os sete
guerreiros acolheram a ordem patriarcal. O destino deles estava traçado: Os
sete guerreiros encontrariam a morte no fio dos machados dos seus inimigos. E
prontamente principiaram os preparativos para a longa jornada de todos os da
tribo para uma terra segura. E ergueram armadilhas. E os sete guerreiros
despediram-se do patriarca após dele receberem a benção. E despediram-se de
suas esposas e de seus filhos, e dos amigos, enfim, de todos da tribo.
Escorreram lágrimas dos olhos de todos; dos olhos dos guerreiros e do
patriarca, não; estes guardaram no peito a dor, e no rosto exibiam coragem e
altivez. E principiaram os da tribo a expedição. E da tribo afastaram-se, sob
os olhares dos sete guerreiros. E da tribo aproximava-se a horda de bárbaros,
ameaçadora, que trazia consigo, guiando-a, a morte; e os sete guerreiros,
certos de que morreriam no confronto com eles, prepararam-se para enfrentá-los,
e retardar-lhes o avanço, dando tempo para os da tribo da tribo
distanciarem-se, e preservarem a vida. E principiou-se o embate na segunda
noite após o dia em que o patriarca convocou os sete guerreiros para dar-lhes a
notícia da aproximação dos bárbaros. Os da tribo já iam longe, mas não tão
longe que os bárbaros não os pudessem alcançar em menos de um dia, e os alcançariam
se não lhes tivessem interrompido o caminho os sete guerreiros. Surpreendidos
pelas armadilhas preparadas pelos sete guerreiros, os bárbaros foram obrigados
a deterem-se, e a recuarem. E logo nos primeiros minutos de combate, oito
bárbaros despencaram, no chão, mortos, todos esmagados por troncos de árvores,
então pendurados, por cipós, no topo das árvores. Esbravejaram os bárbaros,
confusos, e agitados, e furiosos; esgoelavam-se; proferiam ameaças, com vozes
tonitruantes. Eram guerreiros. Não temiam a morte. Cautelosos, após se
recomporem-se da surpresa inicial, esquadrinharam os arredores com seus olhos
de visão penetrante, à procura daqueles que os atacaram, e deles não viram nem uma
silhueta, nem um vulto. Os sete guerreiros estavam ocultos aos olhos deles.
Eram mais de duzentos os bárbaros, e apenas sete os guerreiros, mas naquele princípio
do confronto a vantagem era destes, que conheciam a região, e aqueles não, e os
haviam surpreendido. Tal vantagem, todavia, os sete guerreiros não a manteriam por
muito tempo. O destino já lhes havia reservado a morte. Dilatou-se o embate
entre os sete guerreiros e os bárbaros. Estes em vão tentavam anular a vantagem
daqueles. E os da tribo, em jornada ininterrupta, distanciavam-se do local em
que dias antes havia uma tribo. E três dezenas de bárbaros encontraram a morte,
fendido o pescoço pelo fio cortante de um machado uns, transpassado o coração
por uma flecha outros, esmigalhada a cabeça por um bastão outros, rachada a
fronte por uma pedra pontiaguda uns. E diante dos contratempos, e das mortes
que se seguiram, os bárbaros recuaram alguns metros, cessaram o arremesso de
flechas contra inimigos, que lhes eram invisíveis, e reagruparam-se, e
planejaram um ataque a eles, seus inimigos, os quais eles não sabiam quantos
eram, e cuja localização ignoravam. Iriam induzi-los a se lhes revelarem. E
dispersaram-se. E transcorreram-se três dias do início do confronto, e o plano
traçado pelos bárbaros produzia, após a morte de vinte e dois bárbaros desde
que a puseram em prática, uma reviravolta. Revelaram-se aos seus inimigos três
guerreiros. E os combates corpo-a-corpo principiaram-se após um curto
interregno. E bateram-se os bastões. E entrechocaram-se os machados. E nove
homens tombaram, mortos. Seis bárbaros, e três guerreiros. E os quatro
guerreiros remanescentes não suportariam por muito tempo mais o assédio dos
bárbaros. Sentiam, já, os efeitos da fome, da sede, do cansaço. Tombariam. Mas
resistiriam o quanto pudessem. Invocavam, em imaginação, os da sua tribo, e se conservariam
em pé, armas em punho, lutando, e poriam fora de combate vários de seus
inimigos. E principiou, enfim, o epílogo do embate. E a luta, renhida, entre os
quatro guerreiros e os quase duzentos bárbaros persistiu durante a manhã e a
tarde de um dia. Entrechocaram-se os machados. Bateram-se os bastões. Romperam
o céu flechas e pedras. E além de trinta e oito bárbaros, tombaram os quatro guerreiros,
cobertos de ferimentos, cravejados de flechas, rubros de sangue, lutando,
machado em punho, calcando seus inimigos sob os pés, encarando-os,
desafiando-os. Os guerreiros, tão heróicos, tão valentes, que os bárbaros, em
sua rudeza de costumes, ofereceram-lhes enterro condigno. E os bárbaros na
tribo agora devastada permaneceram, após enterrar todos os bárbaros mortos,
dois dias. E seguiram jornada por sobre o rastro abandonado pelos da tribo.
Estes já haviam transposto rios, superado montanhas, não sem adversidades.
Alguns dos da tribo encontraram a morte. Os enfermos sucumbiram ao desgaste que
o esforço da empresa cobrou-lhes. Os que encontraram forças para seguir viagem
até uma região acolhedora além de um imenso mar, fora do alcance dos bárbaros,
que ignoravam a tecnologia náutica, foram agraciados com uma vida longeva, e
descendentes, e viram sua sociedade progredir. E transcorridos cinco mil anos,
seus descendentes escrevem narrativas épicas, cujos heróis são os sete
guerreiros que se sacrificaram por amor aos seus entes queridos.
... e João Dória já pensa em fazer besteira.
... e João
Dória, recém-eleito prefeito da cidade de São Paulo, antes de sentar-se na
cadeira da prefeitura paulistana, já dá mostras de que está apto a fazer besteira:
parou de pensar como empresário, e começou a pensar como político – demagogo,
entenda-se. Não me surpreende, pois, filiado a um partido político socialista,
irá implementar políticas de inspiração socialista, e já anunciou uma delas: O
congelamento do valor das tarifas de ônibus. Nem bem ele anunciou tal medida, e
contra ela representantes das empresas de metrô já esbravejaram, e com razão,
diga-se de passagem, pois, congelados os valores das tarifas de ônibus, num
momento em que se eleva o custo de manutenção de serviços de transporte
coletivo público - e as empresas do metrô, não contando com subsídios públicos,
terão de elevar as tarifas dos seus serviços de transporte -, as empresas de
ônibus obterão, com as adições ao montante de subsídios (que já é bem elevado),
vantagem competitiva imerecida, afinal não a obterão pelos seus próprios meios,
com a sua competência, mas, sim, devido aos favores que o futuro prefeito lhes
prestará (e os favores que as empresas de ônibus recebem, via subsídios, do
atual prefeito da cidade de São Paulo e do atual governador do estado de São
Paulo orçam pela casa dos bilhões de reais). Cabe perguntar: O prefeito
antecipa-se aos agitadores políticos profissionais - altruístas defensores da
coletividade, crêem os inocentes – do Movimento Passe Livre, e dos black blocs,
seus aliados, e não este infiltrado naquele sem o aval daquele, que poderão vir
a promover revoltas – espontâneas, acreditam os ingênuos –, e já atende às
reivindicações que eles lhe farão? Mesmo sendo assim tão presciente, dos movimentos
socialistas revolucionários terá - não um beijinho no ombro, e tampouco deles
acolherá abraços fraternos - discurso político radical, agressões verbais,
agressões ao seu governo por meio de arruaças. Alimentará João Dória o monstro que
ele pretende – pretende? – amansar.
Do mesmo modo
que, neste ano de 2016, estourou uma revolta estudantil (na verdade, a ação
política desestabilizadora de um minúsculo e insignificante grupo de estudantes
– estudantes? Como se pode chamar estudantes àqueles que não estudam? - controlado
por grupos – não obrigatoriamente partidos políticos, que talvez não estejam
envolvidos mesmo que os ativistas estejam brandindo suas, deles, partidos
políticos, bandeiras, e bandeiras deles drapejem nos pátios das escolas que os
alunos ocupam), estourou uma revolta estudantil, no estado do Paraná, como que
por encantamento, apontando medidas do governo Michel Temer como pretextos para
os alunos ocuparem escolas, e causarem transtornos aos estudantes, e aos
paranaenses como um todo, contando com a anuência servil, corrupta, covarde,
medrosa, cúmplice, de instituições públicas, que deveriam exigir o respeito à
ordem e à legalidade. Não é um movimento espontâneo, de iniciativa, única e
exclusiva, de alunos indignados com propostas políticas incorretas e injustas,
segundo eles, do governo Temer; longe disso, é um movimento orquestrado com
anos de antecedência, premeditado em suas minúcias, e agora posto em prática.
Se será bem-sucedido, é outra questão. Em popularidade, é mal-sucedido, como se
vê. Não conta com o apoio popular. O que se vê é o oposto: O povo o rejeita,
terminantemente. Infelizmente, as instituições que deveriam vir-lhe em seu
apoio, fazem-se de surdas, e de cegas, e de mudas. Não garantem aos paranaenses
os direitos salvaguardados na Constituição Federal.
E aqui abro
parêntese, e anoto: Os políticos de esquerda, os ativistas defensores do
direito dos jovens à escola, e que dizem que jovens têm de ir à escola, e não
ficar nas ruas sob risco de serem vítimas de atos de violência, apóiam um
movimento político violento, estúpido, que atenta contra todos os valores
democráticos, protagonizado por meia dúzia de seres insignificantes, que impede
que a maioria dos alunos, jovens, freqüentem as aulas, nas escolas, o que lhes
é direito salvaguardado pela Constituição Federal. Contraditória tal atitude. E
fecho o parêntese.
Retornando à
proposta do João Dória, sufragado prefeito da cidade de São Paulo, a do
congelamento dos valores das tarifas de ônibus. Tal proposta só será possível
com a adição de algumas centenas de milhões de reais do erário público
municipal paulistano ao já elevado orçamento empatado nos subsídios.
Como se
calcula, temos de nos perguntar, o valor de uma tarifa (passagem) de ônibus?
Considerando-se todos os custos envolvidos. E por que os empresários do setor
não rejeitam a proposta do João Dória? Por que são aliados da prefeitura – e
pouco lhes importa quem se senta na cadeira do chefe do executivo municipal
paulistano. Há um vínculo umbilical entre empresas municipais de ônibus e a
prefeitura paulistana. Do mesmo modo que há um vínculo entre empresas estaduais
paulistas de ônibus e o governo estadual de São Paulo, independentemente de
quem é o titular da cadeira do Palácio dos Bandeirantes.
A política do
prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Dória, irá produzir transtornos,
injustiças, e pressão negativa no orçamento da cidade de São Paulo; e assim que
os aspectos negativos de tal política se revelarem, os movimentos de esquerda que
se opõem (oposição simulada, apenas teatro para ludibriar a patuléia
desavisada) ao João Dória, isto é, o Movimento Passe Livre e os black blocs, cuspirão
contra João Dória todos os males provenientes de uma política que eles defendem
e em defesa da qual promoveram arruaças nas ruas da cidade de São Paulo. Tal política
redundará em transtornos, prejuízos, injustiças, mas os seus proponentes
atribuirão ao João Dória a responsabilidade direta por elas, e não se
apresentarão como co-responsáveis, como defensores dela; dirão que a política em
si não é inadequada, mas inadequada foi a sua implementação por João Dória.
A política de
congelamento dos valores das tarifas de ônibus é de inspiração socialista, é
intervencionista, estatizante; nefasta, portanto, à cidade de São Paulo. E a reação
de representantes das empresas de metrô é uma antecipação do que está por vir:
muito transtorno, maior avanço do governo municipal paulistano nos bolsos dos
paulistanos, mau uso do dinheiro público, redução da qualidade do serviço de
transporte público coletivo, que, segundo notícias, já é baixa – mas os
políticos, criativos e engenhosos, sempre encontram um meio de reduzi-la ainda
mais -, eliminação da concorrência (se existe. Existe?), vantagens competitivas
imerecidas, e escassez de recursos para aplicação em outras áreas, como educação,
saúde e segurança públicas.
Um empresário,
João Dória, eleito prefeito da mais populosa e mais rica cidade do país, pensa
como um administrador público, que em nada, tudo indica, se diferencia dos seus
antecessores. Vestindo a máscara de autoridade pública, assume, dela, sem
hesitar, os vícios: a demagogia, o populismo, o descompromisso com o uso
correto e eficiente do dinheiro público; e cai na vala comum onde se encontram
todos os que o antecederam na cadeira da prefeitura paulistana.
sábado, 12 de novembro de 2016
Terrorismo Global – Aspectos gerais e criminais. André Luis Woloszyn. Biblioteca do Exército. Coleção General Benício. (2010)
O terrorismo é
um assunto que entrou para a ordem do dia em 11 de setembro de 2001, com os
ataques terroristas desfechados contra o World Trade Center e o Pentágono
(Foram quatro os aviões empregados pelos terroristas: dois foram arremessados
contra o World Trade Center; um, contra o Pentágono; e um caiu em Pittsburgh).
As imagens, transmitidas para todo o mundo, dos aviões a atingirem os dois
maiores prédios dos Estados Unidos, preconizaram o terror que se sucederia nos
anos subsequentes. Tais imagens auguravam o apocalipse. E evocaram Nostradamus.
E previram o cataclismo global, que não ocorreu, contrariando, e frustrando, os
prognósticos dos pessimistas, dos desesperançados, desiludindo-os. Antes dos
eventos de 11 de setembro de 2001, atos terroristas haviam sido perpetrados; a
al-Qaeda e Osama Bin Laden não foram pioneiros em tal modalidade de ação
desumana, aniquiladora. O World Trade Center, em 1993, já havia sido alvo de um
ataque terrorista: Bombas explodiram no seu subsolo. A magnitude do evento (o
11 de setembro de 2001) - e apenas mentes malignas o planejariam e o
empreenderiam – sim, foi inédita. Planejar, com frieza, o ataque, durante
décadas presume-se, requer recursos imensuráveis. Muhammed Ata foi apenas um
dos que o executaram. Mas quantas pessoas se envolveram no planejamento do
ataque? E quem o financiou? Podemos conceber as dimensões da arquitetura das
organizações terroristas que o conceberam? Jamais se conhecerá as suas reais
dimensões, e tampouco quanto dinheiro foi dispendido no seu planejamento e na
sua execução.
Os atos
terroristas, tudo indica, recrudesceram no Ocidente – ocorrem ataques
esporádicos, de pequeno impacto, como o que se sucedeu, após o 11 de setembro,
em 2004, no metrô de Madri, Espanha – com influência nas eleições espanholas –
e, em 2005, no metrô de Londres, Inglaterra, e em Boston, no dia 15 de abril de
2013, durante maratona, pelos irmãos Tsarnaev, Dzhokhar e Tamerlan (este veio a
falecer em confronto com a polícia), e, na França, no início de 2015, contra a
sede do Charlie Hebdo e um restaurante judeu, e neste início de 2016, na
Bélgica. Nenhum desses ataques produziu tantas mortes quantas as que resultaram
do ataque desfechado, pela al-Qaeda, contra os Estados Unidos, no ano de 2001.
O
arrefecimento dos atos terroristas de impacto equivalente ao que se perpetrou
no dia 11 de setembro de 2001, no Ocidente, não pode ser entendido como
ausência de planos para a execução de um ataque ainda mais devastador. Inimigos
os Estados Unidos – e não apenas os Estados Unidos, mas todo o Ocidente –
possuem, e não são poucos, e não se contam nos dedos das mãos, e alguns deles
são muito poderosos, alguns dentre eles têm recursos para financiar rebeliões
em território americano e armas de destruição em massa (nucleares e
biológicas).
Se, no
Ocidente, aferrece-se o terrorismo, no oriente o terrorismo recrudesce. Os
eventos que se sucedem, diariamente, no Iraque, na Síria, no Iêmen,
principalmente nestes países, e, também, no Paquistão e em outras nações da
Ásia, no oriente Médio e na África – Nigéria, principalmente, com ações
terroristas do Boko Haram – corroboram essa declaração.
Os incautos e
os ingênuos concluirão que o Ocidente, portanto, estará livre de ataques
terroristas, e os brasileiros, que nunca se defrontaram com tal ameaça, crêem
que o Brasil está livre deste mal. Não o está, entretanto. E o livro de André
Luis Woloszyn ajuda-nos a entender o porquê.
Nas primeiras
páginas de Terrorismo Global, André Luis Woloszyn apresenta uma história
sucinta do terrorismo, desde o surgimento, que, segundo ele, talvez tenha se
dado, na república romana, no século III a.C.. E cita Sun Tzu. E cita da Bíblia
passagens do Gênesis e do Êxodo como exemplos de terrorismo religioso. E faz
referências aos sizarii, e aos ismailis-nizari, e aos hashshashin. E trata,
resumidamente, das Cruzadas, da Revolução Francesa, da Inquisição, dos
anarquistas, nos séculos XIX e XX, Mikhail Bakunin e Piotr Kropotkin, da
Organização Secreta Mão Negra (um de seus integrantes, nacionalista sérvio,
assassinou o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco
Ferdinando, no dia 28 de junho de 1914, assassinato este que foi o estopim da
1ª Guerra Mundial), do terrorismo de Estado de Stalin. E sobrevoa os eventos
que envolveram, no Irã, o xá Reza Pahlevi e o líder religioso aiatolá Khomeini,
e os Jogos Olímpicos de Munique, e ações do ETA (Eustaki Ta Askatasuna), das
Brigadas Vermelhas, do IRA, do Baaden-Meinhof, da Frente Popular para a
Libertação da Palestina, do Exército Vermelho Japonês, e de outras organizações
terroristas.
Linhas acima
declarei que o Brasil não está livre do terrorismo; direi o porquê mais
adiante, agora, para dar uma idéia de quantas organizações terroristas estão em
atividade, menciono algumas delas, as mais conhecidas (todas estão mencionadas
em Terrorismo Global): Grupo Abu Sayyaf; Verdade Suprema; al-Qaeda; ETA; Hamas;
Hezbolah; Exército Vermelho Japonês; Al-Jihad; Exército de Libertação Nacional;
Frente Popular para Libertação da Palestina; Farc; Sendero Luminoso; e,
Movimento Revolucionário Tupac Amaru.
E são os
principais terroristas, dentre outros, vivos, Illich Ramirez Sanchez (“O
Chacal”); Ramzi Ahmed Yousef; Theodore Kaczynski (Unabomber); Abimail Guzman,
todos presos; e, mortos: Osama Bin Laden; Shamil Basayev (O Carrasco de
Beslan); e, Muhammed Ata.
Os grupos
terroristas têm, como armas, além de bombas e gases, armas biológicas (antraz,
ricina, varíola), e são imprevisíveis, amorais, desapegados da vida, e
perpetram a versão tecnológica do terrorismo: o ciberterrorismo.
Em Terrorismo
Global são mencionados alguns atos terroristas de maior impacto no mundo, todos
de ressonância mundial, e alguns que alteraram o curso da história.
Segundo André
Luiz Woloszyn, são inúmeras as causas do terrorismo: falta de perspectiva;
radicalismo político; extremismo religioso; governos corruptos e ilegítimos;
Estados débeis; ideólogos extremistas; repressão; força estrangeira; choque de
culturas; discriminação étnica e religiosa; ausência de democracia, liberdades
civis e de respeito às leis; além de outras razões, considerando-se a
Conferência de Oslo. Algumas das assim consideradas causas mencionadas,
tecnologia da mídia, técnicas pela internet, não são causas, são meios de ação,
instrumentos que os terroristas empregam para a execução de suas atividades, e
recursos financeiros também não os entendo como causas, mas como meio de
sustentação de organizações dispendiosas; e a disseminação indiscriminada de
conhecimento não o vejo como causa de terrorismo, mas como um acelerador,
organizador, planejador de atos terroristas, propiciando a ação; e a existência
de líderes ideológicos carismáticos também não é uma causa de terrorismo, mas
uma fonte que alimenta, um combustível, que “põe lenha na fogueira”, é um
estímulo ao exercício de atividades terroristas, pois eles exercem influência,
nutrindo sentimentos latentes nocivos à sociedade. Parece-me que, na
Conferência de Oslo, mencionada por Woloszyn, confundiram-se causas com
instrumentos de ação, fontes de financiamento, meios de obtenção de
conhecimento e elementos de estímulo à ação.
Agora,
aproximando-me do encerramento deste artigo, dedico algumas linhas ao Brasil.
Os capítulos
que tratam do Brasil são interessantes, principalmente o que se refere ao Terrorismo
Criminal, que apresenta estatísticas acerca das ações, em 2006, do PCC,
Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, e das do CV, Comando Vermelho, no
Rio de Janeiro.
O Brasil, país
cuja fronteira terrestre corresponde a 17.500 quilômetros de extensão com 9
tríplices fronteiras e 8.000 quilômetros de fronteiras marítimas, e que possui
imensas áreas despovoadas, grande concentração populacional nos estados do Sul
e do Sudeste, em regiões litorâneas do Nordeste e em capitais dos estados do
Norte e Centro-Oeste, possui uma proverbial ausência de planos emergenciais
contra o terrorismo, e são débeis as suas Forças Armadas, carentes de recursos,
sem investimentos, e a sua legislação não tipifica o crime de terrorismo.
Com uma
fronteira porosa, mal fiscalizada, pela qual pessoas entram e saem, sem
controle, medidas de segurança precárias, legislação omissa, e intercâmbio
entre Farc, PCC e MST, CNBB, Pastoral da Terra, não está o Brasil preparado
para defender-se de organizações terroristas.
Terrorismo
Global é uma ótima introdução à questão terrorista da qual não podemos nos
esquivar, e tampouco contorná-la podemos.
Com leitura
auxiliar de:
Livro:
David Fromkin, em O Último Verão
Europeu;
Artigos:
Jeffrey
Nyquist, Circundando a sarjeta em Baltimore, 15/5/2015, site Mídia Sem Máscara;
Martim Vasques
da Cunha, O Mal Lógico (sd), site Olavo de Carvalho;
Olavo de
Carvalho, Salvando triunvirato global, 25/11/12. site Olavo de Carvalho; e,
Reinaldo
Azevedo, A condenação à morte do terrorista de Boston. Ou: Dos delitos e das
penas, 15/05/2015, blog Reinaldo Azevedo.
A bússola e a biruta
O que é a
bússola?
O que é a
biruta?
A bússola é um
instrumento que indica o norte, sempre (caso não esteja danificado, claro), e
orienta qualquer pessoa que almeja chegar a um destino, não importa em que
direção ele se encontre. E a biruta? A biruta é um instrumento que aponta para
a direção para a qual os ventos sopram; os ventos são inconstantes,
imprevisíveis, não servem, embora muitas pessoas deles se sirvam, de
orientação. A biruta não é um orientador confiável. A bússola, sim, é.
Uma pessoa
deseja seguir rumo norte? Consultando a bússola, que aponta o norte, chegará ao
seu destino. Uma pessoa deseja seguir rumo sul? Consultando a bússola, que
aponta o norte, conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o sul.
Uma pessoa deseja seguir rumo leste? Consultando a bússola, que aponta o norte,
conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o leste. Uma pessoa
deseja seguir rumo noroeste? Consultando a bússola, que aponta o norte,
conhecerá o norte, e, conhecendo-se o norte, conhecerá o noroeste. A bússola,
dando a conhecer o norte a todas as pessoas que a consultam, as orienta, pois,
indicando o norte, permite-lhes encontrar qualquer direção. A bússola orienta,
instrui, guia.
E a biruta?
Que direção a biruta aponta? É um guia confiável a biruta? De que direção o
vento sopra?
Seguir, como
desejam muitos, a bússola, não é fácil. Fácil é seguir a direção para a qual o
vento sopra, e não a direção da qual o vento sopra.
Seguindo-se
orientações da bússola, muitas vezes se é obrigado a ir contra os ventos.
Dois viajantes
saem, cada um da sua casa, no desejo de ir até o seu destino, que se encontra a
leste. O primeiro para ir até o seu destino consulta a bússola. Os ventos
sopram de leste para oeste, e ele acolhe a orientação da bússola, que aponta o
norte, e, apontando o norte, dá-lhe a conhecer o leste; enfrentará, de frente,
os ventos, e terá de se esforçar para superá-los. E os ventos, que são
instáveis, enquanto ele segue rumo leste, muda de direção, e passa a soprar, do
norte para o sul, e, depois, do oeste para o leste, e em seguida sopra em
círculos, mas ele, orientado pela bússola, mantêm o rumo, e, conquanto
golpeado, de todas as direções, pelos ventos erráticos, conserva-se em direção
ao leste, sem se desviar do trajeto que o conduz ao seu destino. E o outro
viajante consulta a biruta. A biruta soprando do leste para o oeste no início
da jornada, ele saberá, indo contra os ventos, que está seguindo rumo leste?
Supondo-se que saiba (e que soube ao consultar uma bússola antes de principiar
a jornada; e após dar os primeiros passos, abandonou a bússola, desprezando-a,
e dedicou, durante a viagem, a sua atenção, exclusivamente, à biruta), durante
o trecho do trajeto em que a biruta engolir ventos que sopram do leste, seguirá
rumo leste, mas a partir do momento em que os ventos soprarem ou do norte, ou
do sul, ou do oeste, ou do sudeste, ou do nordeste, ou de qualquer outra
direção, ele se manterá rumando contra os ventos, sempre? Como ele se guiará?
Seguirá em direção contrária à da qual o vento sopra? Se desviará do trajeto,
se assim proceder. A biruta o desorientará.
O viajante que
se guia pela bússola, mesmo que se distraia, e, sem o perceber, desvia-se do
seu rumo, ao consultar a bússola, que lhe dá a conhecer o norte, retomará o seu
trajeto rumo leste, afinal, a bússola, indicando o norte, permite-lhe encontrar
o leste, não importando de qual direção, e para qual direção, os ventos sopram.
E o viajante que tem às mãos apenas a biruta distrai-se para remover do olho um
cisco, e ao recompor-se pergunta-se que direção seguia, e consulta a biruta.
Terá ele a certeza de que ela está a indicar o leste?
Há pessoas que
se guiam pela bússola. Há pessoas que se guiam pela biruta. As que se guiam
pela bússola são persistentes, enfrentam dificuldades, amadurecem, conquistam,
com mérito, sucesso, são mais determinadas, e têm ciência de que, às vezes, os
ventos estão a favor, às vezes contra, às vezes eles as golpeiam pelas
laterais, às vezes pela retaguarda, e, na maioria das vezes, imprevisíveis e
inconstantes, são traiçoeiros. As que se guiam pela biruta são acomodadas,
débeis, desfibradas, sempre a favor dos ventos, os ventos as empurrando para
qualquer direção, e por eles se deixam desorientar, e não têm vontade de
assumir o controle da própria vida.
E qual é a
bússola de uma pessoa?
É possível
distinguir a bússola da biruta?
O instrumento
dá àquelas pessoas que dele se utilizam segurança, permite-lhes determinar o
seu objetivo, guia-as até lá, pelo caminho que muitas vezes é o mais árduo e
exaure-lhe as forças, permite-lhes conhecer a origem da jornada, o trajeto a
seguir, e o seu encerramento, e dá-lhes os meios que as enobrecem, que lhes
insuflam o amor por si mesmas ao permitirem realizar, por seus próprios
méritos, com dedicação e persistência, os seus propósitos? Tal instrumento é a
bússola.
O instrumento
não dá àquelas pessoas que o utilizam a certeza do valor de uma realização, que
é fruto do esforço próprio, e não lhes concede fibra para arrostarem o mundo,
debilita-lhes a alma, e não as amadurece? Tal instrumento é a biruta.
Pode uma
pessoa saber de qual dos dois instrumentos está a fazer uso? Alguém poderá
dizer-lhe? Ou ela terá de descobrir por si mesma? A sua consciência, apenas a
sua consciência, poderá lhe indicar qual lhe é o instrumento apropriado?
Sabendo
distinguir da biruta a bússola, uma pessoa toma a sua decisão. E deixa-se ou
orientar-se pela bússola, ou desorientar-se pela biruta.
sábado, 5 de novembro de 2016
Confissões de um político brasileiro
O político
brasileiro Fulano da Silva, certo dia, com a consciência pesada, e uma pulga
atrás da orelha direita a incomodá-lo incessantemente, ativadas as engrenagens
de seu cérebro ladino, vislumbrou, no horizonte político nacional,
aproximando-se de si nuvens sombrias, e decidiu ir ao confessionário, na Igreja
Nossa Senhora de Fátima. Lá, confessou:
- Santo padre,
eu, um político brasileiro, cometi muitos pecados. Eu não precisava dizer que
pecados cometi, sei, afinal sou um político, e brasileiro, e, sendo brasileiro,
e político, cometi pecados que nem o capeta seria capaz de cometer. Exagero?
Não, santo padre. Não exagero, não - pigarreou, e prosseguiu: - Não quero,
santo padre, ocupar muito do seu tempo de homem santo, dedicado a Deus e ao
estudo do livro sagrado, sagrado, digo, não para mim, que não o leio, mas para
aqueles que o consideram sagrado, isto é, os fiéis que, como você, santo padre,
crêem em Deus. Não querendo, portanto, ocupar o seu tempo, que é precioso, vou
direto ao assunto que me trouxe aqui: Quero confessar os meus pecados. Deus dê
a você, santo padre, muita paciência para me ouvir, pois não são poucos os meus
pecados, e não sei se poderei recordar-me de todos eles. Aliás, santo padre,
não confessarei todos os meus pecados, que são inumeráveis, e, portanto, não
posso relatá-los todos, tampouco posso de todos lembrar-me de tantos que são.
Então, darei a você, santo padre, uma idéia geral da minha conduta em política,
de qual é o meu papel no esquema de poder na política nacional. Eu nunca
roubei, é verdade. Não minto, afinal, estou me confessando, e não tenho
motivos, ao vir ao confessionário, para mentir, e não confessar os meus
pecados. Não roubei nem um tostão. E se digo que não roubei nem um tostão é
porque nenhum tostão roubei. E é verdade, santo padre. Acredite em mim. Nem
para mim roubei, nem para o partido, nem para familiares, tampouco para os
parentes, que, como diz a sabedoria popular, são serpentes. Não havendo
roubado, portanto, nem um mísero centavo, eu, então, você, santo padre, pode
pensar, não teria razões para vir à esta santa casa confessar-me. E é aqui que
você se engana, santo padre, pois eu participei do esquema que propicia a
corrupção, e não apenas a corrupção, mas, também, a devassidão moral, a
corrosão de valores, a destruição dos alicerces da nossa civilização, e,
principalmente, as políticas que poderão vir a produzir a aniquilação da
religião cristã. Sou maquiavélico, como todos os políticos brasileiros, e todos
os políticos do mundo. Todas as minhas decisões visaram o fortalecimento do meu
poder, e o enfraquecimento do poder dos meus adversários, e, por conseqüência,
o aumento do poder do meu partido, e o enfraquecimento do dos partidos
adversários, e não raras vezes prejudiquei integrantes do meu próprio partido
ao puxar-lhes o tapete, com artimanhas sórdidas, em atos de deslealdade piores
que os promovidos pelo diabo. Perdoe-me, santo padre, por falar no nome do
canhoto. E saiba, santo padre: a alma dos políticos brasileiros é mais suja que
o cu do capeta. Perdoe-me, uma vez mais, santo padre. Prometo, santo padre: não
irei mais falar nenhum palavrão. Uso, e não raras vezes, vocabulário impróprio,
ofensivo, e chão, e obsceno. Perdoe-me. Quero, agora, santo padre, dizer que eu
minto, e minto pra caralho. Perdoe-me, uma vez mais, santo padre. Prometo,
santo padre: Não irei mais falar nenhum palavrão. Estou um pouco nervoso, pois
nunca me confessei, e, como eu sei que você irá dar-me uma penitência muito
severa, desde já atormento-me, e acabo, mesmo não o desejando, e contra a minha
vontade, por usar um palavreado inapropriado ao tratar com um santo padre. Como
eu dizia, santo padre, participei de esquemas de poder, que elevaram, enormemente,
o meu poder e o do meu partido, e, para ser franco, e tenho de ser franco, o de
toda a classe política brasileira, afinal, digo a verdade, pois não tenho
razões para mentir, aqui, na ausência de testemunhas, e ciente de que você nada
poderá contar do que eu relatar para ninguém, e as minhas decisões, prossigo,
favoreceram todos os políticos brasileiros, de todos os partidos políticos
brasileiros, porque todos defendemos o mesmo ideal, e temos os mesmos
interesses, e não interesses distintos como o povo, estúpido, é induzido a
acreditar pelas propagandas oficiais, pela mídia chapa branca, pelos
intelectuais de meia-tigela, e pelos intelectuais orgânicos, isto é, os
artistas, ignorantes todos eles, que, como papagaios, repetem todas as asneiras
que ouvem dos políticos, pois são imbecis, idiotas úteis, e têm a carreira
financiada com dinheiro público, dinheiro que, sendo público, é administrado
pelo governo, que decide o que fazer com ele, sem prestar contas, nem para o
povo, bestalhão e ignorante como ele só, e tampouco para Deus. Urdimos as
artimanhas, nos bastidores, e o povo toma conhecimento daquilo que desejamos
que ele conheça, e dele sonegamos o que pode vir a nos prejudicar a nós
políticos. Eu, e falo, agora, de mim, e não de toda a classe política, que,
como classe, é unida, e unida jamais será vencida, eu, como eu dizia, nunca
tomei, como eu já disse, e repito, para destacar a idéia, eu nunca tomei, dizia
eu, uma decisão que não me beneficiasse, e que não beneficiasse o meu partido e
toda a classe política, sendo uma delas a criação de programas sociais
subsidiados com dinheiro público. E onde está o pecado, santo padre? Você
talvez esteja se perguntando, e desejando perguntar-me, isso, e eu antecipo-me
à pergunta, e respondo: Primeiro, criei dificuldades para o povo ao elevar a
carga tributária, e criar regulamentos absurdos, que prejudicam o povo,
reduzindo-lhe o poder aquisitivo, e ampliar a burocracia estatal, e aumentar os
gastos públicos, e, consequentemente, a dívida pública, desperdiçando uma boa
soma de dinheiro público com pagamento de juros. Depois, criei programas
sociais, de entrega de casas populares, todas financiadas com dinheiro que
extorqui ao povo, isto é, impostos, e construídas, com materiais de qualidade
duvidosa, por empresas que venceram licitações de cartas marcadas; e programas
de refeições grátis para pessoas de baixa renda, e preciso dizer, santo padre,
que o processo de licitação elaborado para este programa também tinha as cartas
marcadas? Ora, as exigências que o meu governo fez aos interessados favoreciam
tais e tais empresas, empresas que me apoiaram, e que, ganhando a licitação,
têm uma boa reserva de mercado e considerável vantagem competitiva em relação
aos seus competidores, pois, para fornecer os alimentos e todos os utensílios
com os quais o governo mantêm o programa, compra em grande quantidade tudo do
que precisa, assim conseguindo, na negociação com os seus fornecedores, um
abatimento no preço. Além disso, o fato de os seus fornecedores saberem que
elas têm contrato com o governo já os induz a facilitarem-lhe na negociação. E
nem falo, santo padre, dos programas sociais de passagens de ônibus, gratuitas,
para as pessoas com idade superior a sessenta e cinco anos, em viagens urbanas
e interurbanas. Os proprietários das empresas de ônibus estão comendo, nas
minhas mãos, afinal, eu, que sou quem assina os contratos e os cheques,
subsidio cada passagem, ou suposta passagem, que eles concedem, gratuitamente,
aos passageiros sexagenários, septuagenários, octogenários, nonagenários. E o
povo, que burro! Dá zero pra ele! Puta-que-pariu! Que gente trouxa! Perdoe-me,
uma vez mais, santo padre. Prometo, santo padre: não irei mais falar nenhum
palavrão. O meu vocabulário é inadequado, eu sei, mas, sabe como é, santo
padre, não havendo câmeras de emissoras de televisão e microfones nas
imediações, filmando-me, e gravando o que falo, não tomo certos cuidados com o
meu linguajar. E saiba, santo padre: toda a minha política, em defesa de
interesses meus, dos de meu partido, e dos de organizações globais, produz
confusão dos infernos, com o propósito de enlouquecer o povo, que, coitado, é
muito burro, e nada entende do que está acontecendo, e ainda agradece-me pelas
migalhas que lhe jogo, no chão, e ele, que idiota!, agradece-me, e diz que sou
um homem muito bom. Vá ser burro assim na puta que o pariu. Perdoe-me, santo
padre. Prometo que não irei mais falar nenhum palavrão. E reitero a minha
promessa. E, dizia eu, santo padre, criei normas, que, de tão absurdas,
anulam-se, e com elas enlouqueço o povo, que não sabe o que fazer, pois, se
respeita uma norma, desrespeita outra. E, depois, ofereço-lhe orientações, em
instituições públicas, para cuja manutenção tenho de cobrar impostos, pois são
onerosas, e o povo ainda agradece-me pelos serviços que ele recebeu, serviços
de que não precisaria se eu não tivesse criado as normas que o atormentam. É
uma obra de gênio maléfico, a minha. Eu sou foda pra cacete! Perdoe-me, santo
padre. Prometo, santo padre: não vou falar mais nenhum palavrão. Prometo. E
promessa é dívida. Como eu dizia, santo padre, criei muitas normas, que se
anulam umas às outras, para enlouquecer o povo, e fazer de todos os cidadãos
transgressores, bandidos. Criei tantas dificuldades, que, para se ver livre
delas, o povo tem de subornar fiscais, pagar propinas, sonegar impostos, e,
assim, todos os cidadãos ficam com a consciência pesada, bem pesada. É uma obra
do canhoto, a minha. A minha inspiração vem, direto do inferno, pra arrebentar
o cu do povão idiota! Perdoe-me, santo padre, uma vez mais. Prometo: não irei
falar mais nenhum palavrão. E se eu vier a falar outro palavrão, santo padre,
que Deus mande a alma da minha mãe para o inferno. Puta-que-pariu! Eu arregaço
o cu do povo brasileiro, que é cuzão pra caralho, e ele vive a pedir-me
esmolas, e a agradecer-me os benefícios, benefícios entre aspas, que eu lhe
faço com o dinheiro dos impostos que ele pagou, isto é, com o dinheiro dele
mesmo. Perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Eu
não quero falar palavrões, santo padre, mas toda vez que lembro que engano o
povo, que é burro e ignorante, deste país, não me aguento, e solto um palavrão.
Emburreci o povo, nas escolas, que não existem, não neste país de merda, para
educar o povo, mas, sim, para emburrecê-lo, e, emburrecido, e por mim, o povo,
babaca pra cacete, ainda me pede mais investimento nas escolas. Perdoe-me,
santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Mas, se o povo é
burro o que posso fazer!? Certo. Certo. Fui eu que o emburreci, mas ele não
sabe. Não sabe, o povo idiota, que nasceu burro, e burro será para sempre, e
vive a pedir-me mais recursos para investimento, nas escolas, que as escolas
estão a emburrecê-lo. Pode!? Vá ser burro assim, na casa do caralho! Perdoe-me,
santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum palavrão. Pois bem, santo
padre, dei um apanhado geral dos meus pecados. Não entrei nos detalhes porque,
se eu o fizesse, ficaria aqui, a confessar-me com você, até as calendas gregas.
Então, certo de que você entendeu-me, e certo, também, de que você não é burro
como este povinho filho-da-puta, você medirá os meus pecados, e dar-me-á a
penitência justa. E perdoe-me, santo padre. Prometo: Não irei falar mais nenhum
palavrão. Calo-me, à espera da penitência.
E tão logo Fulano
da Silva se calou, o padre deu-lhe a penitência. Fulano da Silva retrucou, e
retirou-se da igreja, resmungando:
- Que padre
idiota! Se eu soubesse que ele me mandaria rezar dez mil Ave-Maria e dez mil
Pai-Nosso, eu teria falado mais palavrões, só pra deixá-lo bem irritado. Que vá
se foder aquele.padreco de merda, aquele carola desgraçado! Que a alma dele
queime no inferno. E que ele fique com o cu chamuscado!
No dia
seguinte, Fulano da Silva reuniu toda a sua equipe, e apresentou o seu novo
projeto: Uma licitação para escolher uma empresa, cujos funcionários teriam de
rezar dez mil Ave-Maria e dez mil Pai-Nosso. Diante da estranheza que as suas
palavras inspiraram aos seus subordinados, explicou:
- Sou um
administrador público, e toda a minha atenção tem de estar concentrada na
administração dos recursos públicos, para beneficio do povo. Não posso,
portanto, perder tempo com orações. Dez mil Ave-Maria e dez mil Pai-Nosso
consumir-me-ão muito tempo. Assim, contratando uma empresa para executar tal
empreendimento, exaustivo e demorado, poderei dedicar-me às prioridades
públicas.
Os seus
subordinados foram unânimes: todos concordaram com ele.
O processo de
licitação correu, normalmente: Dez empresas apresentaram as suas propostas.
Quatro cobrariam do governo o preço mínimo estipulado na licitação: R$
1.000.000,00. As outras, apresentaram propostas, que iam de R$ 1.200.000,00 a
R$ 3.000.000,00. Saiu vencedora da licitação uma empresa, que cobraria do
governo R$ 3.000.000,00, e cujo proprietário era amigo do filho de Fulano da
Silva.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Corrupção no Brasil.
Em 2014, em 2015, e no início deste ano de 2016, os petistas criticavam o juiz Sergio Moro, que, segundo eles, prendia, unicamente, petistas - o que não era verdade, pois, além de prender petistas, prendia, também, pepistas (do PP), e empreiteiros, que são apartidários. Semanas atrás, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, peemedebista, e de alguns dias para cá, em delação premiada, Marcelo Odebrecht citou nomes do alto escalão do PSDB, indicando, então, o envolvimento deles em esquemas de corrupção. Por que, pergunto, os petistas, após os mais recentes eventos e revelações da política nacional não se manifestam, regozijados, ao ver que não são os petistas os únicos alvos do juiz Sergio Moro? São quatro as razões, que eu consigo aventar: 1) Eles querem insistir na tese inicial petista: O juiz Sergio Moro só prende petistas, sendo, portanto, um empregado de partidos políticos que ao PT fazem oposição; 2) A prisão do Eduardo Cunha e a investigação de outras figurinhas carimbadas do PMDB e de algumas do PSDB refutam a tese petista, e provam que o juiz Sergio Moro busca a Justiça; 3) Eles sabem que ainda há petistas, entre eles o Lula, que podem ter a prisão decretada; e, 4) Eles jamais irão dar o braço a torcer, e elogiar o juiz Sergio Moro.
Sergio Moro, herói.
Em 2014, estreou, em todas as salas de cinema brasileiras, o filme Operação Lava-Jato I: Moro Begings, que apresenta o herói, o juiz Sergio Moro, deslustrando a estrela vermelha petista. Neste segundo semestre de 2016, estréia, em todas as salas de cinema brasileiras, o filme Operação Lava-Jato II: Moro Rises, que apresenta o herói, o juiz Sergio Moro, quebrando o bico do tucano peessedebista, com o inusitado auxílio de Marcelo Odebrecht. Não percam. Em exibição em todo em todo o Brasil.
Quem tem medo?
Parafraseando Edward Albee, autor da peça teatral Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, pergunto: Quem tem medo de Marcelo Odebrecht?
Serviço de utilidade pública II
Serviço de utilidade pública II: Ao encontrar uma minhoca usando gravata, você, confuso, se perguntará quem enlouqueceu, se você, se a minhoca. Para dirimir esta dúvida, consulte um psiquiatra; dependendo da resposta que ele der, você terá a certeza de que o louco é ele.
Serviço de utilidade pública I
Serviço de utilidade pública: Se uma cobra entrar na sua casa, não tente cortar-lhe o pescoço. É impossível.
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Ocupação de escolas III
É simulação
de oposição entre PSDB e os partidos políticos da esquerda radical o movimento de
ocupação, por alunos, de escolas - promovida para marcar diferenças,
inexistentes, de políticas e de ideologia.
Dizem os
alunos que ocupam as escolas que eles as ocupam para protestarem contra a PEC
241 e a mudança na grade curricular, ambas propostas pelo governo Temer. Ora,
tais políticas do governo Temer atingem todo o Brasil, então por que os alunos
só ocupam escolas de estados governados pelo PSDB? Por que os partidos que
manipulam os alunos opõem-se ao PSDB e o PSDB a eles? Não. È apenas simulação
de oposição com o objetivo de apresentar o PSDB como oposição ao PT e partidos
similares, PSOL, PSTU e mais uma dúzia de outros.
Doutrinação
Os
professores, mesmo que, sinceros, declarem que não doutrinam os seus alunos
estão a fazê-lo no momento mesmo em que o negam, pois têm formação intelectual
exclusivamente de esquerda - não lêem pensadores da direita, e o pouco que
deles sabem chegou-lhes por meio de intelectuais da esquerda.
Comunismo II
Quem decretou
a morte do comunismo? Os comunistas. As pessoas acreditando que o comunismo
está morto, os comunistas as influenciam mais facilmente, nem sequer encontram resistência.
Agem os comunistas como espiões de alguns filmes de espionagem: Simulam a
própria morte, e depois atacam os seus inimigos, surpreendendo-os, e
derrotando-os sempre.
Comunismo
O comunismo
tem o poder de assumir configurações da cultura que deseja parasitar. E assumindo-as,
faz com que muitas pessoas o defendam e o disseminem sem saber que o fazem.
Educação
O governo
Temer apresentou propostas para reforma no sistema de ensino brasileiro.
Considerando o pouco que sei a respeito, permito-me dizer que em uma delas,
define-se como optativa, e não obrigatória, aulas de filosofia, sociologia, e
outras disciplinas. Cabe aos alunos, portanto, decidirem se querem estudar as
disciplinas agora opcionais. Que eu saiba, o governo Temer não propõe a
proibição do ensino de filosofia, sociologia e outras disciplinas; apenas
transfere aos alunos a decisão de estudá-las se o desejarem. E intelectuais,
artistas e professores (e até apresentador de programa de televisão) – todos de
esquerda – puseram em ação uma campanha estúpida, que manipula a opinião
pública, contra tal proposta. A verdade verdadeira é que a reação – irracional?
(Aparentemente, sim) – à proposta se deve a três motivos: 1) Professores de
sociologia, filosofia e outras disciplinas opcionais temem perder o emprego,
pois, se menos alunos decidirem freqüentar aulas, professores serão demitidos;
2) os sindicatos de professores temem perder receita com o imposto sindical,
pois menos professores em atividade, menor será a receita dos sindicatos; e, o
último e o mais importante, 3) intelectuais e políticos da esquerda temem
perder influência sobre os brasileiros, pois, se menos brasileiros decidirem
freqüentar aulas de, principalmente, filosofia e sociologia, menos serão os
brasileiros bombardeados com discursos socialistas, seja o revolucionário, seja
o moderado.
Ocupação de escolas II
Não há aulas
em escolas – todas públicas – ocupadas, cada uma delas, por pequeno grupo de
alunos, que não corresponde nem a dez por cento do corpo estudantil das escolas
ocupadas (e o corpo estudantil das escolas públicas é composto de alunos de
famílias pobres). E não havendo aulas, os alunos não estudam, e não estudando,
nada aprendem, e nada aprendendo, encerrarão a vida – se é que se pode chamar
de vida a frequência diária, durante uma década, no inferno – escolar sem os
conhecimentos e o preparo indispensáveis para se conseguir um bom emprego, e
viverão, na rua da amargura, em empregos mal remunerados. Enquanto isso, há
aulas nas escolas particulares, cujo corpo estudantil é constituído de alunos
de famílias ricas, e nelas havendo aulas, os alunos estudam, e estudando
aprendem, e aprendendo encerrarão a vida escolar com os conhecimentos e o
preparo necessários para, adultos, exercerem profissões bem remuneradas. Todos,
então, que apóiam e incentivam a ocupação das escolas públicas, prejudicam os
alunos, que são pobres, e beneficiam a elite, os burgueses (para usar uma
terminologia cara aos esquerdistas), que estudam nas escolas particulares.
Precisa-se
ser um Einstein para se concluir que o movimento de ocupação, por alunos, de
escolas públicas, incentivado por políticos, intelectuais, artistas e
professores (e até pais de alunos) beneficiará os mais ricos e prejudicará os
mais pobres, aumentando entre eles o fosso que os separa? Os esquerdistas, que
promovem a ocupação de escolas, declaram que no Brasil a desigualdade de renda prejudica
os pobres e beneficia os ricos, e defendem políticas sociais para, se não
eliminá-la, reduzi-la. É fato. E concordo. E o que tais gênios promovem? O
movimento de ocupação das escolas, que aumentará a desigualdade de renda entre
ricos e pobres.
Ocupação de escolas
Vinte alunos
ocupam uma escola, cujo corpo discente é de quatrocentos alunos. Trinta alunos ocupam
outra escola, cujo corpo discente é de oitocentos alunos. Os alunos que ocupam
escolas não representam a vontade de todos os alunos. São insignificantes,
manipulados por grupos de esquerda revolucionária, e a eles submissos. São
sugestionáveis, e não têm vontade própria; e neles professores já fizeram
lavagem cerebral. E são apresentados como exemplos de alunos independentes, que
pensam com a própria cabeça.
A Educação,
no Brasil, teve de descer a um nível muito baixo para que tal inversão de
valores prevaleça.
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Cabeça de feminista
Juro por Deus:
Não entendo a cabeça das feministas.
As feministas
dizem:
“As mulheres,
sendo mulheres, entendem o que é ser mulher e sabem qual tem de ser a sua
conduta, e podem, portanto, falar de coisas de mulher. Os homens, não sendo
mulheres, não podem, na sua condição de homens, entender o que as mulheres são,
e, portanto, nada podem dizer acerca dos desejos das mulheres e de qual tem de
ser a sua conduta”.
Até aqui, tudo
bem. O raciocínio é impecável. Mas as feministas adicionam os seguintes
argumentos:
“Os homens não
podem agir do jeito que agem, não podem pensar o que pensam. Têm de mudar de
atitudes”.
Diabos! Não
entendi.
Estou
pensando:
“As
feministas, sendo mulheres, não podem entender os homens, não podem saber quais
são os desejos dos homens, e tampouco podem julgar-lhes a conduta, afinal,
sendo mulheres, e não homens, não têm cabeça de homens; então por que elas
querem definir a conduta dos homens? Para se manter a coerência, elas não podem
abrir a boca para dizer uma palavra sequer acerca dos homens. Se os homens não
podem dizer qual tem de ser a conduta das mulheres, por que as mulheres (no
caso, as feministas) podem dizer qual tem de ser a conduta dos homens? O que
vale para o Francisco, vale também para o Chico.”
“As feministas
são engraçadas. Negam aos homens a voz para falar o que são as mulheres, e a
eles também negam a voz para falar o que eles são. E às mulheres concedem o
direito de falar o que as mulheres são, e também o de falar o que os homens
são. E dizem que os homens são os opressores...”
Artistas de outrora e artistas Rouanet.
Dos escritores
brasileiros que captaram recursos via Lei Rouanet, qual ombreia-se com Machado
de Assis, Graciliano Ramos e Monteiro Lobato?
Dos músicos
brasileiros que captaram recursos via Lei Rouanet, qual rivaliza-se com Ernesto
Nazaré e Vila-Lobos?
Dos cantores
brasileiros populares que captaram recursos via Lei Rouanet, qual é êmulo de
Francisco Alves, Sílvio Caldas e Dorival Caymmi?
Dentre todos
os artistas brasileiros atuais que captaram recursos via Lei Rouanet, qual
contribuiu com o seu trabalho para o enriquecimento da cultura brasileira? Além
de a empobrecerem, enriqueceram-se, e emascularam a cultura brasileira,
reduziram-lhe o valor, e viciaram os brasileiros, que, atualmente, consomem,
unicamente, lixo cultural.
A lei Rouanet
favoreceu artistas medíocres, produtores de lixo cultural. O dirigismo estatal
na cultura enaltece mediocridades, e as enriquece, e despreza os artistas de
valor.
Todas as
personalidades linhas cima mencionadas enriqueceram a cultura brasileira; muitos
deles foram desprezados pelos seus contemporâneos. Incompreendidos,
persistiram. Se os livros de história registram-lhes os nomes é porque o tempo
– o mais criterioso dos julgadores da história – reconheceu-lhes o mérito, o
talento e o valor de suas obras. E não é sem-razão que aqueles que hoje querem
destruir o Brasil empenham-se em suprimir-lhes da história do Brasil os nomes e
dela apagar todos os vestígios da obra, e substituí-los pelas mediocridades
faltos de conhecimentos e escassos de inteligência que grassam nestas terras em
que se plantando tudo dá, principalmente erva daninha.
E posso citar
escultores, pintores, escritores, poetas dos quais os brasileiros deveriam se
orgulhar – e deles se orgulhariam, se os conhecessem, e conhecessem as suas
obras. Cito alguns: Lima Barreto, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira, Pedro
Américo, Pixinguinha, Adoniran Barbosa, Cecília Meireles, Herberto Sales,
Victor Brecheret, Carlos Drummond de Andrade, Gustavo Corção. E trato, aqui, de
artistas. E não falo de prodígios da inteligência nacional na política, na
filosofia, na história, os quais pulverizam, na comparação, as personalidades
políticas e intelectuais atuais: José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim
Nabuco, Ruy Barbosa, João Francisco Lisboa, Barão do Rio Branco, Euclides da
Cunha, Gilberto Freyre, Mário Ferreira dos Santos, Oliveira Lima.
É humilhante!
No século XIX , no tempo do Império, e na primeira metade do século XX, o
Brasil era mais inteligente e culto do que hoje. Não gosto de dizer isso, mas é
a verdade. E a verdade tem de ser dita, mesmo que fira suscetibilidades. Eu
gostaria de poder dizer que o Brasil, hoje em dia, está num nível superior ao
que estava no século XIX, tão malfadado pelos intelectuais modernos, e na
primeira metade do século XX, certo de que o que se faz hoje é um trabalho que
se construiu sobre aquele, mas eu mentiria se o fizesse. Das universidades
brasileiras não se formam nenhum estudioso, político, filósofo, sociólogo,
escritor, poeta, do nível dos aqui mencionei. Só se formam mediocridades, e
muitos de um nível muito abaixo da mediocridade.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Educação
De métodos de
educação até os educadores ousam falar, e, presunçosos, apresentam-se como os
conhecedores dos melhores. E os métodos de educação que eles implementam
resultam em quê? Em pessoas bem instruídas?
Quem elabora
os métodos de educação implementados no sistema de ensino? Por que há
ministérios de educação e secretarias de educação? São os burocratas destas
instituições que elaboram os métodos de educação? E qual é a formação intelectual
deles? E por que impõe-se a todo um país o mesmo método de educação? Por que não
se admite outros? Por que não se concede às pessoas a liberdade de conceberem,
cada uma delas, o seu próprio método de educação? Por que os profissionais da
educação não se limitam apenas à exortação aos estudos, sustentando-a com o
exemplo da sua própria vida, valorizando-a com as suas realizações? Por que
eles desejam controlar todos os processos de educação, e não admitem
considerações de pessoas que deles divergem? Sabem eles que as idéias que
defendem são insustentáveis, que basta um sopro para derrubar todo o edifício
teórico que eles elaboraram, daí repelirem todo e qualquer argumento contrário,
pintarem com as cores que mais firam os olhos as pessoas que defendem a
liberdade de uso de métodos de educação. Querem concentrar nas mãos a exclusividade
de impor os métodos de educação à população de todo um país. Com qual
propósito? O de instruir? O de oferecer os instrumentos de aprendizado que
favoreçam a habilidade para estudar, aprender, acumular conhecimentos e saber
como usá-los, e pensar, com independência, sob influência e inspiração de
conhecimentos adquiridos? Sabem os sensatos: é sob inspiração dos conhecimentos
adquiridos que uma pessoa pensa, avaliando os seus conhecimentos, os
conhecimentos alheios.
O que concede
às pessoas a capacidade para adquirir conhecimentos, acumulá-los sem que elas
se sintam sufocadas por eles? O que permite as pessoas saberem quais
conhecimentos lhes são úteis? Qual é a capacidade de armazenamento de dados de
um cérebro humano? É o cérebro humano como um chip de computador? Um chip de
computador armazena dados, e só; não tem criatividade, e tampouco imaginação. O
computador não tem o talento de associá-los, ou separá-los, para a solução de
algum problema, ou para a execução de alguma tarefa complexa, ou para a
concretização de uma idéia.
A inteligência
humana não se limita ao poder de um órgão, o cérebro; transcende-o - trata-se
da mente. O que é a mente? A mente não é um órgão, não é algo físico. É algo
indefinível, etéreo. Como se mede as dimensões da mente? Como se mede a sua
capacidade? É possível medi-la? Não se pode – ou apenas não se consegue,
considerando o estágio de desenvolvimento tecnológico atual? – medir a
capacidade do cérebro, do seu poder, dos seus talentos. E como se medir a da mente, que
transcende o cérebro, e cuja existência é objeto de especulação filosófica e
religiosa? Há quem lhe nega a existência, argumentando que há o cérebro, e
apenas o cérebro, sendo a mente fruto de pensamentos erráticos engendrados pelo
cérebro.
Se mal se sabe
como o cérebro funciona, e tampouco se sabe o que a mente é, como pode-se
admitir que alguns burocratas determinem um método de educação, e o imponham à
milhões de pessoas? É muita pretensão a dos formuladores de políticas
educacionais impor um método de educação a milhões de pessoas. Tal imposição é
um meio de adestrar a população de todo um país, em vez de instruí-la? Retiro a
interrogação, e a substituo por uma afirmação. E tratemos do Brasil. Qual é o
resultado do método de educação implementado no sistema de ensino brasileiro?
Conheça os frutos, e conhecereis a árvore. Quais são os frutos que brotam da
árvore chamada Sistema Educacional Brasileiro? Conhecendo-os, pode-se saber de
que árvore se trata. E ninguém ignora: a árvore da espécie chamada Sistema
Educacional Brasileiro produz frutos desprovidos de nutrientes. É o caso,
então, de derrubá-la e plantar uma semente de uma árvore cujos frutos sejam
vistosos, repletos de energia, saudáveis.
É patente: As
pessoas que se esquivaram ao Sistema Educacional Brasileiro a tempo de não se
deixarem por ele se emburrecerem estão a conceber idéias superiores, muito
superiores, às daquelas que dele não conseguiram escapar.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Enfim, impichada… mas não temos o que comemorar
Escrito em 01/09/2016
Em primeira votação, o senado decidiu afastar,
definitivamente, Dilma Roussef do poder. Em segunda votação, decidiu conservar
da presidente impichada os seus direitos políticos. E quais serão os próximos
capítulos desta novela tipicamente brasileira?
Os rascunhos já estão escritos, e, aos poucos, a depender
das conjunturas política e econômica, serão reescritos, e definidos.
Pode-se prever o teor de alguns deles, pois a presidente
afastada e o ex-presidente Lula já disseram o que farão, e os seus aliados não
deixaram para amanhã as ameaças que puderam fazer ontem. O PT e os seus aliados
atearão fogo ao Brasil - e as manifestações violentas que se viram, nestes
dias, são apenas uma pequena amostra do que está para acontecer nos próximos
anos. Combaterão o Temer a ferro e fogo. Não lhe darão nem um dia de descanso.
Farão de tudo para destruí-lo - e contarão com aliados insuspeitos.
Dilma Roussef e os seus aliados insistirão na tese do
golpe, espalharão aos quatro ventos que ela foi vítima de um golpe, e o farão
não apenas no Brasil, mas também, e principalmente, no exterior. Como se diz,
uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade.
E em 2018, ou em 2022, Dilma Roussef se candidatará ou ao Congresso,
ou ao Senador, e, por quem não, à Presidência da República, e o fará, então,
como uma pessoa que foi vítima de um golpe, e será grande as chances de ela se
candidatar ao cargo postulado, seja qual for.
Dilma Roussef é apenas uma cabeça, e não das mais importantes, da hidra chamada Comunismo -ela é apenas um poste do Lula. E quando uma cabeça da Hidra é cortada, no lugar dela crescem outras duas cabeças. E a Hidra continua viva, e mais forte.
Dilma Roussef é apenas uma cabeça, e não das mais importantes, da hidra chamada Comunismo -ela é apenas um poste do Lula. E quando uma cabeça da Hidra é cortada, no lugar dela crescem outras duas cabeças. E a Hidra continua viva, e mais forte.
E em 2018, ou em 2022, Dilma Roussef se candidatará ou ao Congresso,
ou ao Senador, e, por quem não, à Presidência da República, e o fará, então,
como uma pessoa que foi vítima de um golpe, e será grande as chances de ela se
candidatar ao cargo postulado, seja qual for.
Dilma Roussef é apenas uma cabeça, e não das mais importantes, da hidra chamada
Comunismo -ela é apenas um poste do Lula. E quando uma cabeça da Hidra é
cortada, no lugar dela crescem outras duas cabeças. E a Hidra continua viva, e
mais forte.
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