De métodos de
educação até os educadores ousam falar, e, presunçosos, apresentam-se como os
conhecedores dos melhores. E os métodos de educação que eles implementam
resultam em quê? Em pessoas bem instruídas?
Quem elabora
os métodos de educação implementados no sistema de ensino? Por que há
ministérios de educação e secretarias de educação? São os burocratas destas
instituições que elaboram os métodos de educação? E qual é a formação intelectual
deles? E por que impõe-se a todo um país o mesmo método de educação? Por que não
se admite outros? Por que não se concede às pessoas a liberdade de conceberem,
cada uma delas, o seu próprio método de educação? Por que os profissionais da
educação não se limitam apenas à exortação aos estudos, sustentando-a com o
exemplo da sua própria vida, valorizando-a com as suas realizações? Por que
eles desejam controlar todos os processos de educação, e não admitem
considerações de pessoas que deles divergem? Sabem eles que as idéias que
defendem são insustentáveis, que basta um sopro para derrubar todo o edifício
teórico que eles elaboraram, daí repelirem todo e qualquer argumento contrário,
pintarem com as cores que mais firam os olhos as pessoas que defendem a
liberdade de uso de métodos de educação. Querem concentrar nas mãos a exclusividade
de impor os métodos de educação à população de todo um país. Com qual
propósito? O de instruir? O de oferecer os instrumentos de aprendizado que
favoreçam a habilidade para estudar, aprender, acumular conhecimentos e saber
como usá-los, e pensar, com independência, sob influência e inspiração de
conhecimentos adquiridos? Sabem os sensatos: é sob inspiração dos conhecimentos
adquiridos que uma pessoa pensa, avaliando os seus conhecimentos, os
conhecimentos alheios.
O que concede
às pessoas a capacidade para adquirir conhecimentos, acumulá-los sem que elas
se sintam sufocadas por eles? O que permite as pessoas saberem quais
conhecimentos lhes são úteis? Qual é a capacidade de armazenamento de dados de
um cérebro humano? É o cérebro humano como um chip de computador? Um chip de
computador armazena dados, e só; não tem criatividade, e tampouco imaginação. O
computador não tem o talento de associá-los, ou separá-los, para a solução de
algum problema, ou para a execução de alguma tarefa complexa, ou para a
concretização de uma idéia.
A inteligência
humana não se limita ao poder de um órgão, o cérebro; transcende-o - trata-se
da mente. O que é a mente? A mente não é um órgão, não é algo físico. É algo
indefinível, etéreo. Como se mede as dimensões da mente? Como se mede a sua
capacidade? É possível medi-la? Não se pode – ou apenas não se consegue,
considerando o estágio de desenvolvimento tecnológico atual? – medir a
capacidade do cérebro, do seu poder, dos seus talentos. E como se medir a da mente, que
transcende o cérebro, e cuja existência é objeto de especulação filosófica e
religiosa? Há quem lhe nega a existência, argumentando que há o cérebro, e
apenas o cérebro, sendo a mente fruto de pensamentos erráticos engendrados pelo
cérebro.
Se mal se sabe
como o cérebro funciona, e tampouco se sabe o que a mente é, como pode-se
admitir que alguns burocratas determinem um método de educação, e o imponham à
milhões de pessoas? É muita pretensão a dos formuladores de políticas
educacionais impor um método de educação a milhões de pessoas. Tal imposição é
um meio de adestrar a população de todo um país, em vez de instruí-la? Retiro a
interrogação, e a substituo por uma afirmação. E tratemos do Brasil. Qual é o
resultado do método de educação implementado no sistema de ensino brasileiro?
Conheça os frutos, e conhecereis a árvore. Quais são os frutos que brotam da
árvore chamada Sistema Educacional Brasileiro? Conhecendo-os, pode-se saber de
que árvore se trata. E ninguém ignora: a árvore da espécie chamada Sistema
Educacional Brasileiro produz frutos desprovidos de nutrientes. É o caso,
então, de derrubá-la e plantar uma semente de uma árvore cujos frutos sejam
vistosos, repletos de energia, saudáveis.
É patente: As
pessoas que se esquivaram ao Sistema Educacional Brasileiro a tempo de não se
deixarem por ele se emburrecerem estão a conceber idéias superiores, muito
superiores, às daquelas que dele não conseguiram escapar.
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