quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Educação

De métodos de educação até os educadores ousam falar, e, presunçosos, apresentam-se como os conhecedores dos melhores. E os métodos de educação que eles implementam resultam em quê? Em pessoas bem instruídas?
Quem elabora os métodos de educação implementados no sistema de ensino? Por que há ministérios de educação e secretarias de educação? São os burocratas destas instituições que elaboram os métodos de educação? E qual é a formação intelectual deles? E por que impõe-se a todo um país o mesmo método de educação? Por que não se admite outros? Por que não se concede às pessoas a liberdade de conceberem, cada uma delas, o seu próprio método de educação? Por que os profissionais da educação não se limitam apenas à exortação aos estudos, sustentando-a com o exemplo da sua própria vida, valorizando-a com as suas realizações? Por que eles desejam controlar todos os processos de educação, e não admitem considerações de pessoas que deles divergem? Sabem eles que as idéias que defendem são insustentáveis, que basta um sopro para derrubar todo o edifício teórico que eles elaboraram, daí repelirem todo e qualquer argumento contrário, pintarem com as cores que mais firam os olhos as pessoas que defendem a liberdade de uso de métodos de educação. Querem concentrar nas mãos a exclusividade de impor os métodos de educação à população de todo um país. Com qual propósito? O de instruir? O de oferecer os instrumentos de aprendizado que favoreçam a habilidade para estudar, aprender, acumular conhecimentos e saber como usá-los, e pensar, com independência, sob influência e inspiração de conhecimentos adquiridos? Sabem os sensatos: é sob inspiração dos conhecimentos adquiridos que uma pessoa pensa, avaliando os seus conhecimentos, os conhecimentos alheios.
O que concede às pessoas a capacidade para adquirir conhecimentos, acumulá-los sem que elas se sintam sufocadas por eles? O que permite as pessoas saberem quais conhecimentos lhes são úteis? Qual é a capacidade de armazenamento de dados de um cérebro humano? É o cérebro humano como um chip de computador? Um chip de computador armazena dados, e só; não tem criatividade, e tampouco imaginação. O computador não tem o talento de associá-los, ou separá-los, para a solução de algum problema, ou para a execução de alguma tarefa complexa, ou para a concretização de uma idéia.
A inteligência humana não se limita ao poder de um órgão, o cérebro; transcende-o - trata-se da mente. O que é a mente? A mente não é um órgão, não é algo físico. É algo indefinível, etéreo. Como se mede as dimensões da mente? Como se mede a sua capacidade? É possível medi-la? Não se pode – ou apenas não se consegue, considerando o estágio de desenvolvimento tecnológico atual? – medir a capacidade do cérebro, do seu poder, dos seus talentos. E como se medir a da mente, que transcende o cérebro, e cuja existência é objeto de especulação filosófica e religiosa? Há quem lhe nega a existência, argumentando que há o cérebro, e apenas o cérebro, sendo a mente fruto de pensamentos erráticos engendrados pelo cérebro.
Se mal se sabe como o cérebro funciona, e tampouco se sabe o que a mente é, como pode-se admitir que alguns burocratas determinem um método de educação, e o imponham à milhões de pessoas? É muita pretensão a dos formuladores de políticas educacionais impor um método de educação a milhões de pessoas. Tal imposição é um meio de adestrar a população de todo um país, em vez de instruí-la? Retiro a interrogação, e a substituo por uma afirmação. E tratemos do Brasil. Qual é o resultado do método de educação implementado no sistema de ensino brasileiro? Conheça os frutos, e conhecereis a árvore. Quais são os frutos que brotam da árvore chamada Sistema Educacional Brasileiro? Conhecendo-os, pode-se saber de que árvore se trata. E ninguém ignora: a árvore da espécie chamada Sistema Educacional Brasileiro produz frutos desprovidos de nutrientes. É o caso, então, de derrubá-la e plantar uma semente de uma árvore cujos frutos sejam vistosos, repletos de energia, saudáveis.
É patente: As pessoas que se esquivaram ao Sistema Educacional Brasileiro a tempo de não se deixarem por ele se emburrecerem estão a conceber idéias superiores, muito superiores, às daquelas que dele não conseguiram escapar.

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