quinta-feira, 17 de novembro de 2016

... e João Dória já pensa em fazer besteira.

... e João Dória, recém-eleito prefeito da cidade de São Paulo, antes de sentar-se na cadeira da prefeitura paulistana, já dá mostras de que está apto a fazer besteira: parou de pensar como empresário, e começou a pensar como político – demagogo, entenda-se. Não me surpreende, pois, filiado a um partido político socialista, irá implementar políticas de inspiração socialista, e já anunciou uma delas: O congelamento do valor das tarifas de ônibus. Nem bem ele anunciou tal medida, e contra ela representantes das empresas de metrô já esbravejaram, e com razão, diga-se de passagem, pois, congelados os valores das tarifas de ônibus, num momento em que se eleva o custo de manutenção de serviços de transporte coletivo público - e as empresas do metrô, não contando com subsídios públicos, terão de elevar as tarifas dos seus serviços de transporte -, as empresas de ônibus obterão, com as adições ao montante de subsídios (que já é bem elevado), vantagem competitiva imerecida, afinal não a obterão pelos seus próprios meios, com a sua competência, mas, sim, devido aos favores que o futuro prefeito lhes prestará (e os favores que as empresas de ônibus recebem, via subsídios, do atual prefeito da cidade de São Paulo e do atual governador do estado de São Paulo orçam pela casa dos bilhões de reais). Cabe perguntar: O prefeito antecipa-se aos agitadores políticos profissionais - altruístas defensores da coletividade, crêem os inocentes – do Movimento Passe Livre, e dos black blocs, seus aliados, e não este infiltrado naquele sem o aval daquele, que poderão vir a promover revoltas – espontâneas, acreditam os ingênuos –, e já atende às reivindicações que eles lhe farão? Mesmo sendo assim tão presciente, dos movimentos socialistas revolucionários terá - não um beijinho no ombro, e tampouco deles acolherá abraços fraternos - discurso político radical, agressões verbais, agressões ao seu governo por meio de arruaças. Alimentará João Dória o monstro que ele pretende – pretende? – amansar.
Do mesmo modo que, neste ano de 2016, estourou uma revolta estudantil (na verdade, a ação política desestabilizadora de um minúsculo e insignificante grupo de estudantes – estudantes? Como se pode chamar estudantes àqueles que não estudam? - controlado por grupos – não obrigatoriamente partidos políticos, que talvez não estejam envolvidos mesmo que os ativistas estejam brandindo suas, deles, partidos políticos, bandeiras, e bandeiras deles drapejem nos pátios das escolas que os alunos ocupam), estourou uma revolta estudantil, no estado do Paraná, como que por encantamento, apontando medidas do governo Michel Temer como pretextos para os alunos ocuparem escolas, e causarem transtornos aos estudantes, e aos paranaenses como um todo, contando com a anuência servil, corrupta, covarde, medrosa, cúmplice, de instituições públicas, que deveriam exigir o respeito à ordem e à legalidade. Não é um movimento espontâneo, de iniciativa, única e exclusiva, de alunos indignados com propostas políticas incorretas e injustas, segundo eles, do governo Temer; longe disso, é um movimento orquestrado com anos de antecedência, premeditado em suas minúcias, e agora posto em prática. Se será bem-sucedido, é outra questão. Em popularidade, é mal-sucedido, como se vê. Não conta com o apoio popular. O que se vê é o oposto: O povo o rejeita, terminantemente. Infelizmente, as instituições que deveriam vir-lhe em seu apoio, fazem-se de surdas, e de cegas, e de mudas. Não garantem aos paranaenses os direitos salvaguardados na Constituição Federal.
E aqui abro parêntese, e anoto: Os políticos de esquerda, os ativistas defensores do direito dos jovens à escola, e que dizem que jovens têm de ir à escola, e não ficar nas ruas sob risco de serem vítimas de atos de violência, apóiam um movimento político violento, estúpido, que atenta contra todos os valores democráticos, protagonizado por meia dúzia de seres insignificantes, que impede que a maioria dos alunos, jovens, freqüentem as aulas, nas escolas, o que lhes é direito salvaguardado pela Constituição Federal. Contraditória tal atitude. E fecho o parêntese.
Retornando à proposta do João Dória, sufragado prefeito da cidade de São Paulo, a do congelamento dos valores das tarifas de ônibus. Tal proposta só será possível com a adição de algumas centenas de milhões de reais do erário público municipal paulistano ao já elevado orçamento empatado nos subsídios.
Como se calcula, temos de nos perguntar, o valor de uma tarifa (passagem) de ônibus? Considerando-se todos os custos envolvidos. E por que os empresários do setor não rejeitam a proposta do João Dória? Por que são aliados da prefeitura – e pouco lhes importa quem se senta na cadeira do chefe do executivo municipal paulistano. Há um vínculo umbilical entre empresas municipais de ônibus e a prefeitura paulistana. Do mesmo modo que há um vínculo entre empresas estaduais paulistas de ônibus e o governo estadual de São Paulo, independentemente de quem é o titular da cadeira do Palácio dos Bandeirantes.
A política do prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Dória, irá produzir transtornos, injustiças, e pressão negativa no orçamento da cidade de São Paulo; e assim que os aspectos negativos de tal política se revelarem, os movimentos de esquerda que se opõem (oposição simulada, apenas teatro para ludibriar a patuléia desavisada) ao João Dória, isto é, o Movimento Passe Livre e os black blocs, cuspirão contra João Dória todos os males provenientes de uma política que eles defendem e em defesa da qual promoveram arruaças nas ruas da cidade de São Paulo. Tal política redundará em transtornos, prejuízos, injustiças, mas os seus proponentes atribuirão ao João Dória a responsabilidade direta por elas, e não se apresentarão como co-responsáveis, como defensores dela; dirão que a política em si não é inadequada, mas inadequada foi a sua implementação por João Dória.
A política de congelamento dos valores das tarifas de ônibus é de inspiração socialista, é intervencionista, estatizante; nefasta, portanto, à cidade de São Paulo. E a reação de representantes das empresas de metrô é uma antecipação do que está por vir: muito transtorno, maior avanço do governo municipal paulistano nos bolsos dos paulistanos, mau uso do dinheiro público, redução da qualidade do serviço de transporte público coletivo, que, segundo notícias, já é baixa – mas os políticos, criativos e engenhosos, sempre encontram um meio de reduzi-la ainda mais -, eliminação da concorrência (se existe. Existe?), vantagens competitivas imerecidas, e escassez de recursos para aplicação em outras áreas, como educação, saúde e segurança públicas.
Um empresário, João Dória, eleito prefeito da mais populosa e mais rica cidade do país, pensa como um administrador público, que em nada, tudo indica, se diferencia dos seus antecessores. Vestindo a máscara de autoridade pública, assume, dela, sem hesitar, os vícios: a demagogia, o populismo, o descompromisso com o uso correto e eficiente do dinheiro público; e cai na vala comum onde se encontram todos os que o antecederam na cadeira da prefeitura paulistana.

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