Jhanthacahrha
Phracahrhambha, indiano, hindu, vegano, nutricionista, disse, ontem, ao
jornalista Thenhha Sahntha Phacihênhciha: “A ingestão de carne é um vício
prejudicial ao espírito, pois a carne, sendo de origem animal, é corruptor do
espírito. Muita gente, diante deste conhecimento, decide ingerir vegetais,
unicamente, evitando corromper, acredita, o espírito, crente que assim atua em
seu próprio benefício; sem o saber, todavia, prejudica-se e corrompe o seu
espírito, pois os vegetais, compostos de matéria, têm, em sua constituição
material, átomos que, em algum momento da existência, pertenceram a algum
animal; e assim, certa de que não corrompe o espírito, o corrompe, pois consome
carne, que está não na forma de carne, mas na de átomos que, mesmo compondo
vegetais, conservam um resquício, mesmo que pequeno, da carne que eles
compuseram, mesmo que tenham constituído uma vez, e apenas uma vez, desde a
criação do universo, um corpo animal. Ciente disso, há gente que, no desejo de
conservar puro e íntegro o espírito resume sua alimentação à ingestão de ar;
assim se precipita, sem se deter um instante sequer para o exercício da
reflexão filosófica em busca da sabedoria, e inocente e imprevidente, sem o
saber, e contra o seu desejo, consome átomos que em algum momento da existência
do universo, pertenceu a algum animal, pois o ar que se respira é composto de
átomos, e é improvável que nenhum deles tenha jamais participado da
constituição de um corpo de um animal. Resta, portanto, conclui toda gente que
toma conhecimento disso, ingerir a si mesmo, retirar o seu alimento de seu
próprio corpo, e assim impedir a corrupção de seu espírito, não ingerindo carne
de animal. Tal gente revela-se imprevidente e inconsequente, pois, na busca da
conservação e pureza da integridade do espírito, incorre num erro imperdoável:
ao alimentar-se de si mesmo, de seu próprio corpo, e sendo seu próprio corpo de
carne, consome carne, carne de seu próprio corpo. Então, para encerrar esta
minha lição, digo: para escapar à corrupção de seu espírito, cabe à gente que
busca, dele, a pureza, participar do jogo Desafio da Baleia Azul, e matar-se na
fase derradeira.”
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