Inexiste
o senso crítico tão alardeado por pessoas que se consideram
pensadores independentes, que sabem usar, insubmissos que são, de
sua inteligência para jamais de submeterem à imprensa. Revela-se
uma ficção, que envaidece quem dela muito se orgulha, nariz
empinado, ar de superioridade. É intoxicado por afinidades (dizem
ideológicas, sendo, no entanto, apenas sentimentais, muitos casos
irracionais) com os personagens e as idéias. Exemplo: Um jornal
publica reportagem desfavorável ao Lula, e uma pessoa dispara: “É
mentira”, e o mesmo jornal publica reportagem desfavorável ao
Bolsonaro, e a mesma pessoa cospe: “É verdade”. Antes de fazer
tais julgamentos das duas reportagens, a pessoa avaliou-lhe o
conteúdo, usou da razão para detectar a consistência das
informações nelas apresentadas, ou os fez impelido por sentimentos
de respeito (paixão mesmo) por Lula e de ódio por Bolsonaro?
A
mesma imprensa que os esquerdistas têm como mentirosa quando ela
critica o Lula é a que, quando critica os hostis à esquerda, eles
têm na conta de fonte confiável de informações. Onde está o
senso crítico? Inexiste. Eu poderia dizer que o julgamento tem viés
ideológico, mas não direi, pois não tem; apenas muda de acordo com
sentimentos de atração ou repulsa pelos personagens.
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