Não
existe, no universo, um espaço vazio; não havendo, portanto, um
espaço vazio, estando todos os espaços ocupados por matéria
(átomo) que compõe ou algum objeto ou gases (e gases são matérias,
pois compõem-se, em última análise, de átomos), não é plausível
a idéia, recorrente, nos livros, filmes e quadrinhos de ficção
científica, de viagem através do tempo. Cabe ao viajante do tempo o
cuidado de jamais, no final de uma passagem do tempo presente, o da
origem da viagem, para o tempo de destino, o momento em que aporta
num outro tempo, seja no passado, seja no futuro, ir para dentro de
um prédio, ou de uma montanha, ou de qualquer construção, ou de
qualquer formação geológica rochosa. Ora, aqui há uma
simplificação da natureza das coisas do universo, pois, em todos os
lugares há átomos, uns, condensados, nos objetos sólidos, outros,
esparsos, onde há apenas gases; o viajante do tempo, mesmo que, no
seu destino, não vá para um local já ocupado por alguma
construção, ou por um objeto, irá para onde há gases. No roteiro
das histórias cuja trama giram em torno de viagem através do tempo,
dá-se a entender que estão desocupados, vazios, os espaços em que
há apenas gases, mas não estão, pois havendo, neles, gases, eles
estão ocupados, ocupados ou por átomos de oxigênio ou de outros
gases, então o corpo do viajante do tempo, ao chegar ao seu destino,
algum momento no tempo passado, ou no tempo futuro, mesmo aportando
numa planície onde não há construções, nem montanhas, irá
colidir com os corpúsculos que ocupam, originalmente, tal espaço,
provocando uma singularidade, rasgando o tecido do universo.
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