O
corpo de um viajante do tempo, assim que chega ao tempo, por exemplo,
passado, terá de ocupar um espaço já ocupado por outros corpos,
mesmo que estes corpos sejam moléculas de água em estado de vapor,
e ele não os poderá deslocar, pois não se trata de uma viagem
através do espaço num mesmo tempo. As partículas - corpos - que
ocupam, no tempo passado, para o qual foi o viajante do tempo, um
certo espaço - e este fenômeno já está registrado no livro do
universo -, o mesmo espaço para o qual foi o viajante do tempo, não
permitirão que o corpo do viajante do tempo o ocupe sem provocar
atrito; para ocupar o espaço já ocupado por outros corpos o
viajante do tempo terá de deslocá-los, mas não pode, pois os
corpos - matérias - que os ocupa são do tempo passado para o qual
foi o viajante do tempo, e compõem o universo daquele tempo, e sendo
o viajante do tempo corpo de um universo de outro tempo, não pode
preencher, no tempo passado para o qual foi, nenhum espaço, pois, no
tempo do seu destino, todos os espaços estão ocupados, e ele,
viajante do tempo, sendo o excesso, será expelido ao colidir com os
outros corpos, pois não há, no universo, um limbo, um lugar vazio,
onde o nada exista - partículas invisíveis aos olhos humanos são
corpos também, e não podem ser entendidos como sendo o nada, e o
lugar que eles ocupam o vazio.
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