É
possível a viagem através do tempo? Para alguns cientistas, sim, é,
e eles apresentam inúmeras conjecturas em apoio a esta idéia,
sustentadas, declaram, em teorias da física recheadas de fórmulas
matemáticas sofisticadíssimas. E pergunto-me se em tais fórmulas
matemáticas considera-se a realidade, ou tenta-se encaixar a
realidade nas fórmulas matemáticas concebidas para dar sustentação
às teorias que dão suporte à idéia de viagens através do tempo.
Se toda a matéria que há, hoje, no universo, é a mesma que havia
no seu início, no instante da sua criação, quando se deu a criação
de toda matéria existente, o ovo cósmico, um ponto infinitesimal,
nele concentrado, mas compondo outros corpos, sem que nenhuma outra
matéria tenha sido criada, e nem destruída, mas apenas
transformada, então, posso concluir, um viajante do tempo, por
exemplo, ao ir do tempo presente, para um tempo no passado provoca um
deslocamento de matéria (a de seu corpo e a do veículo que o
transporta), durante a viagem, do presente ao passado, diminuindo, no
tempo presente, a quantidade de matéria existente no universo,
aumentando, no tempo passado, a quantidade de matéria existente no
universo, provocando, uma anomalia no corpo do universo, com
conseqüências inimagináveis, catastróficas, pois, rasgando-se o
tecido do universo com o transporte de matéria de um tempo para o
outro, o caos irá se instalar. A viagem através do tempo não faz
sentido. Caso uma pessoa empreenda uma viagem do presente para o
passado, no passado ela encontraria o nada, pois a linha temporal não
retrocede; segue, sempre, para o futuro, ininterruptamente. E como
poderia uma pessoa deslocar-se através do tempo ao mesmo tempo que o
tempo segue o seu curso natural? É concebível a viagem através do
tempo apenas pela imaginação fértil de artistas, roteiristas de
filmes e de histórias em quadrinhos e de escritores de ficção
científica e de cientistas, que, em detrimento das ciências,
conjecturam idéias implausíveis e emprestam-lhes ares de
plausibilidade, concebendo, engenhosos, fórmulas matemáticas, que
se encaixam nas suas teorias, sustentando-as, atendendo, antes de
tudo, a presunção de se verem como criadores de artefatos que
moldam o universo, desrespeitam as leis da física, leis que eles
próprios e seus antecessores no campo do conhecimento conceberam,
dando a entender para si e para os outros, e gozando de inigualável
prazer nesta atividade, que contestam, e desrespeitam, as leis do
Criador.
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