terça-feira, 20 de setembro de 2022

Quatro notas

 Desfaçatez de um anti-bolsonarista


Cuidei indicar, no título desta publicação, que é a desfaçatez, que aqui eu direi qual é, nas linhas abaixo, de um anti-bolsonarista, pois foi de um anti-bolsonarista que eu a ouvi - e não me surpreendi com o que ouvi e vindo o que ouvi de quem veio.

Primeiro, o sujeito defendeu o Fique Em Casa, certo de que haveria uma crise econômica, com a qual todos teríamos de tratar, quiséssemos, ou não: era uma fatalidade. Segundo, avizinhando-se a crise econômica em finais de 2.021 e inícios de 2.022, a inflação em alta, o Real convertendo-se em moeda tóxica, o distinto colega logo tratou de culpar pela crise o presidente Bolsonaro e seu Posto Ipiranga. E terceiro, os índices econômicos melhorando, o Brasil criando centenas de milhares de empregos todo mês, o desemprego caindo a 9% da população economicamente ativa, a inflação controlada, os investimentos em constante aumento, e o nobre colega anti-bolsonarista sai-me com esta batatada: as melhorias econômicas provam que a política do Fique em Casa estava correta.


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A popularidade do Bolsonaro e a dos seus concorrentes.


Estou, aqui, no aconchego do meu lar, humilde lar, doce lar, a pensar com os meus botões acerca da política brasileira, concentrando-me num fenômeno que estamos a assistir, interessados, ou não, do que vemos, e desejosos de entender o que se passa, e o que se diz que se passa, e a saber se o que se diz que se passa corresponde ao que se passa.

De todos os fenômenos que ora nos envolvem, queiramos, ou não, nos envolver, o da, ou falta de, popularidade dos políticos que almejam sentar-se na cadeira de presidente do Brasil a partir do dia primeiro de Janeiro do ano de 2.023, é o, se assim posso dizer, mais controverso, mais envolvido em diz-que-diz, desconversa e narrativas enviesadas. Dentre os candidatos quem é o popular, aquele que arrasta multidões por onde passa, aquele que mobiliza brasileiros de todos os quadrantes do universo, aquele que, conquanto verborrágica, ferina, violenta, a oposição que lhe fazem jornalistas, artistas, políticos e cidadãos comuns, segue, animado, firme em sua posição, a trazer atrás de si, nele confiante, o povo, o povo que da terra tira o seu sustento, o povo que, faça chuva, faça sol, arregaça as mangas, põe as mãos na massa, povo que ama o Brasil e quer vê-lo grande, forte, e poderoso? Quem dentre os candidatos não precisa comprar lealdade com alguns trocados, tampouco vender de si imagem inexistente, falsa, ideal, menos ainda discorrer, raivoso, boquirroto, a esgoelar-se defecando perdigotos mefíticos, a fazer-de de herói?

Aquele que fala o que pensa, expondo-se ao povo por inteiro, com suas falhas, que são muitas, aquele que joga dentro das quatro linhas da Constituição, ciente de que seus inimigos dão-lhe carrinhos assassinos por trás, para quebrar-lhe as pernas, e tirar-lhe do jogo, aquele que, em manifestações públicas de enorme sucesso, pacíficas e alegres, cívicas e democráticas, é alcunhado ditador, genocida, fascista, nazista, etecétera, e tal, aquele que, enfim, dá provas, provas inegáveis, de superioridade moral, de elevada consciência de suas responsabilidades, é aquele que o povo escolheu para seu representante. Já o outro, que move-se à álcool, empurrado por gente que vive de pão e mortadela...


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Espetáculo grotesco dos inimigos do Bolsonaro.


Estamos assistindo ao espetáculo iníquo de seres trevosos que acusam nos bolsonaristas crimes que eles não cometeram, e que participam, e financiam, hediondas campanhas difamatórias. Estão os seres trevosos a chamar de anti-democráticas aquelas pessoas que respeitam a liberdade, a chamar de autoritárias aquelas pessoas que se dispõe a admitir toda manifestação pública, de quem quer que seja, inclusive dos seres trevosos que almejam suprimi-las, não apenas ao convívio social, mas à vida.

A manipulação semântica, arma revolucionária, está a fazer de pessoas pacíficas e democráticas, os bolsonaristas, seres anti-democráticos, e de pessoas que almejam o poder absoluto e o extermínio de quem se lhes opõe os paladinos da democracia, os seres trevosos, saídos da cloaca do capeta, seres que, desde o tempo que eram de colo, desde o berço, os amamentaram com enxofre e peçonha diabólica.

Vivemos tempos difíceis.

Nada de novo sob o Sol.


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Violência é discurso político legítimo?


Vi, há não muitos dias, em um vídeo, um pensador, desses que pensam, desses que pensam que pensam, a dizer que é a violência, se pública, discurso político autêntico, aceitável. Referia-se o distinto pensador à violência contra uma estátua do Borba Gato, à qual uns vândalos decidiram reduzir às cinzas - trabalho vão. Borba Gato persiste em pé. E não sei quanto tempo antes, o mesmo ilustre pensador considerara de uma violência sem par, ato criminoso, a destruição de uma placa em homenagem à Marielle Franco.

No primeiro caso, que foi cronologicamente o segundo, foi a violência, nas palavras da sumidade intelectual cujo nome aqui não ponho, e aqui não ponho porque não o memorizei, ato político legítimo, manifestação democrática de um povo, que estava a fazer um protesto democrático, com a devida exposição de seu descontentamente com uma versão mentirosa da história nacional. No segundo caso, que foi cronologicamente o primeiro, assim disse o nobre intelectual, a violência foi gratuíta, contra uma personalidade amada e querida pelo povo brasileiro, corajosa lutadora, que entrou na arena política para lutar, contra as injustiças sociais históricas, em defesa das camadas mais fracas e frágeis da sociedade brasileira.

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