A
corrupção da linguagem. Femenagem. Pessoas sem vagina. Mulheres. E outras notas
breves.
Toda
pessoa já percebeu, acredito, que ultimamente faz-se uso de certas palavras - e
de sequência de letras que, pensam muitos, são palavras - que parecem saídas da
cabeça de gente insana. Fazem uso das estranhas, bizarras, palavras
intelectuais que a imprensa tem na conta de donas de intelecto poderoso e autoridades
morais e sábios autênticos. E coça a cabeça muita gente, com um risinho no
canto da boca, perguntando-se porque se usa tais palavras, tão escalafobéticas.
De que palavras trato, afinal? Quem nunca ouviu falar de feminicídio, que
indica assassinato de mulheres, diferente de homicídio, assassinato de homens,
e femenagem, homenagem às mulheres, distinto de homenagem, homenagem aos homens
– aliás, não se pode dizer que femenagem é homenagem às mulheres. E quem nunca
leu por aí “pessoas sem vagina” e “pessoas com vagina”. E aos ouvidos ou aos
olhos de quem nunca chegaram “alune”, “menine” e outras bizarrices. E quem
nunca leu em algum documento “alunx”. Que alguém me faça a gentileza de
pronunciar “alunx”. É impossível, pois é “alunx” uma sequência de letras, e não
uma palavra. Mal sucedidos no esforço de emplacar sequência de letras como substantivos
neutros – meninx, etc. - e adjetivos neutros “bonitx”, etc. -, reconsideraram a
política de destruição da linguagem, e, por consequência, da inteligência, e
inventaram de enfiar um “e” onde se escrevia um “o” ou um “a”. E tal insanidade
é criada, e não por gente insana, em laboratórios de engenheiros sociais, e
repetida, mecanicamente, por justiceiros sociais, pessoas que se têm na conta
de superiores morais e intelectuais.
*
Muda-se
o discurso conforme a narrativa. Até alguns dias atrás, feministas defendiam o
direito de as mulheres andarem para cima e para baixo sem que fizessem uso,
durante o período menstrual, de absorventes íntimos, e se manchassem de sangue,
pois, entendia-se então, era direito delas não se submeterem à cultura da tal sociedade
patriarcal opressora. Agora, diz-se, para constranger o presidente Jair Messias
Bolsonaro, que tem o Governo Federal de distribuir, e gratuitamente,
absorventes femininos para as mulheres de baixa renda – é sempre assim: sempre
que desejam constranger seus oponentes políticos, os politicamente corretos
amparam suas idéias estúpidas, demagógicas, numa alegação: é em benefício dos
pobres, das minorias, que são injustiçadas pela sociedade burguesa,
capitalista, ocidental.
*
Os
bem-pensantes dizem que têm as mulheres o direito de decidirem que tipo de vida
levam, mas cospem na cara das que decidem viver uma vida pacata de filha, esposa
e mãe. É a mulher esposa dedicada? Que horror! Antiquada, e quadrada, não tem
consciência de que o seu marido a oprime. Dedica-se a amamentar seu filho, a
mantê-lo sempre bem asseado, e não se perde, com estupefacientes, nas
discotecas e bocas de fumo? Que horror! Respeita pai e mãe? Que horror! São
femininas? Que horror!
*
,,,
e a China faz água. Maurício Alves e Ruy Pratini, dedicados a pensar o mundo,
entendem que está o país dos mandarins em crise, e crise séria. A expulsão, da
bolsa de valores de Nova Iorque, das empresas chinesas, que não apresentaram
demonstrativos contábeis que possam ser submetidos à auditoria, foi a pá de cal
no túmulo do Xi Jinping.
*
Artistas
brasileiros – os famosos (pincipalmente os famosos que ninguém conhece) –
acreditam que os brasileiros estamos em débito com eles. Presunçosos,
superestimam-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário