sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Piruás e Farelos - volume 18

 

Piruás e Farelos - volume 18.

Marina Silva e a caixa preta.

- Tu viste aquela doida, a tartaruga alienígena, dizer que "caixa preta" é pejorativo, e coisa e tal. A criatura subiu nas tamancas. Que doida! Maluca da cabeça! Agora, pelo amor de Deus! toda palavra que se usa é racista. Que gente doida! Maluca!

- Doida?! Maluca?! Quem pensa! Não há doidice, maluquice tampouco, na atitude extraterrestrial da garbosa ministra. Não sejas inocente, amigão. Ela fez o que fez, disse o disse, deu-se de indignada, para desviar a atenção do adorável público, do que estava em questão, meio ambiente, ação de ongues, e outras coisinhas mais, para o vocabulário usado pelo caro colega, à mesa, ao lado dela. Tu achas, mesmo, que aquela criatura é doida, e das de pedra?! Não sejas ingênuo. Ela usou de um truque, que já está ficando manjado, para se esquivar de questões que a deixam em maus lençóis. Não penses que ela é doida e burra. Talvez seja; não sei. Mas não obrigatoriamente é. Estamos rindo do que ela disse, e dela zombando. Mas o que se discutiu na ocasião em que ela disse o que disse?!

*****

Educação em casa.

- Estudar em casa?! Querer estudar em casa?! Têm as crianças e os jovens de irem à escola. Escola em casa! Que absurdo!

- Absurdo?! Por que tu dizes que é absurdo estudar em casa?!

- Alguns pais querem que seus filhos estudem em casa; não querem enviá-los para a escola. Acreditam que a escola não é um bom lugar para seus filhos; que os professores estão despreparados; que a escola nada de bom tem para oferecer... Que absurdo!

- Absurdo por quê?! Não há absurdo nenhum em querer os pais que seus filhos não frequentem a escola, se entendem que ela nada oferece de bom para eles e se têm condições de oferecer-lhes educação melhor do que a que a escola lhes oferece. Onde o absurdo?! Não entendo o porquê de tanta celeuma em torno da questão.

- Tu nada vê de absurdo?!

- Não. Os pais que não querem matricular seus filhos numa escola e querem eles mesmos instruí-los, transmitir-lhes conhecimentos, os que eles entendem apropriados, educá-los segundo seus próprios valores, estão a querer impor tais idéias a todos os pais? Não. Não estão. Estão apenas querendo educar seus filhos como bem entendem.

- Mas os pais não têm educação, e instrução, e recursos para educarem seus filhos.

- Não?! Se de um casal o marido e a mulher são alfabetizados, ambos os dois bem instruídos, de boa formação literária, cultural, e a renda mensal deles permite-lhes oferecer o que há de bom e do melhor ao filho, supondo que eles tenham um, e apenas um, filho, e eles decidem contratar professores para lhe ensinarem as matérias que eles não dominam, que mal há?! Imaginemos: um casal: o marido é engenheiro aeroespacial, e a sua mulher, bióloga. Ambos de boa formação intelectual, ambos os dois inteligentes. Ambos ensinam ao filho o abecê, o pai lhe ensina aritmética, geometria e álgebra, e a mãe, biologia. Pai e mãe têm conhecimentos básicos de química. Então, podem ao filho ensinar química, a básica, a fundamental, que seja. Têm eles, também, bom conhecimento da língua portuguesa, e de história e geografia. Eles podem, portanto, ao filho ensinar que seja o elementar destas três áreas. O pai e a mãe sabem desenhar, o pai desenha foguetes, aviões e outros veículos aéreos, e a mãe, animais e plantas de todo tipo. Eles ensinam ao filho a arte do desenho. Pai e mãe são fluentes em inglês...

- Quantos pais são iguais aos que tu descreves?! Tu estás idealizando os pais.

- Não estou a idealizar nem pais, nem avós, nem bisavós, nem os mais antigos ancestrais dos seres humanos, Adão e Eva. Descrevo uma família, cujos pai e mãe, inteligentes, têm boa, invejável, formação intelectual, literária, cultural. E só. Se estes pais entendem ser melhor para o filho deles estudar com eles, na casa deles, e sabem que o que eles têm a oferecer ao filho é melhor do que os professores, numa escola, podem lhe oferecer, por que não há de ter eles, pais, o direito de escolher manter o filho aos seus cuidados do que aos de professores, numa escola?!

- Mas eles não sabem todas as matérias. Conhecem o básico de química...

- Que contratem um professor de química, um que eles conheçam, cuja formação não ignoram, e de quem tenham referências positivas. E podem, também, os pais, contratar professores de história, de geografia, professores que saibam mais do que eles tais matérias. Por que não se permitir que tenham os pais que querem educar seus filhos em casa, e não na escola, educá-los em casa, e não na escola?! E não me venhas com a tal senhora Socialização. Deixa de ladainha, de papo furado, de conversa fiada, para boi dormir.

- Não me digas que tu também és a favor das escolas cívico-militares...

- Obriga-se quem quer que seja a estudar em tais escolas?!

*****

Racismo! Racismo! Racismo em todo lugar! Racismo para dar e vender!

- Não entendo mais nada do que eu entendia. E o nada que eu entendia eu não entendia muito bem, não. Que coisa de loucos! Até outro dia, falava-se, livremente, em todo canto, em todo lugar, no céu, no purgatório e no inferno, "denegrir", "buraco negro", "lista negra", caixa preta", e ninguém 'tava nem aí com a hora do Brasil. Agora, sempre que se usa tais palavras aparece, para nos torrar a paciência, um desmiolado, um burraldo qualquer, um idiota de marca maior, com o dedo em riste na nossa cara, a chamar-nos de racista e a condenar-nos às labaredas do inferno. Que gente burra e doida!

- Há método em tais burrice e maluquice. Método. E nada mais do que método. Algumas pessoas, as doidas e burras, mas não necessariamente, e tampouco obrigatoriamente, burras e doidas, de inteligência escassa e parafusos de menos, dispõem-se a fazer o papel, que lhes atribuíram os sabidos, cujos respectivos nomes de batismo o público ignora, de loucos, despirulitados, imbecis, idiotas, burros, oferecendo-se ao sacrifício público.

- Tu achas, mesmo, que os tipos e as tipas, uns tripas ambulantes, cabeças-ocas, que dizem que não se deve falar "buraco negro", que, dizem os bestas-quadradas, é uma expressão racista, e nem "denegrir", que é, declaram os dodóis-da-cabeça, um verbo de conotação racista, e nem "esclarecer" com o sentido de "esclarecer", que, afirmam as sumidades fugidas do Asilo Arkham, é pejorativamente, e inadmissivelmente, racista, tem miolos dentro da cabeça?! Achas, mesmo, que tal gente tem cérebro, massa cinzenta?!

- Não acho, nem deixo de achar. Não é do meu feitio achar coisas, o que quer que seja.

- E o que pensas a respeito de tais espíritos-de-porco?

- Tem eles muita porcaria na cabeça, dentro e em cima dela. Quero te dizer uma coisa, uma coisinha de nada: Tu achas que as personalidades mais amadas, queridas, adoradas, e admiradas, e belas, e charmosas, e invejadas, oferecer-se-iam ao papel de tolos, de imbecis, de idiotas, assim, sem mais nem menos, por pura burrice?! Ora, burrice tem limites. Não penses que é ilimitada a burrice. E nem a idiotice é infinita, menos ainda a estupidez, e tampouco a loucura. Tu já viste um louco rasgar dinheiro?! Não, né?!

- Então, por que a alienígena, aquela parente das tartarugas ninjas, disse que "caixa preta" é coisa pejorativa, e por que aquela outra, uma baranga, mulher que veio sei lá eu de onde, disse que "buraco negro" não é de uso apropriado, e por que se diz por aí que "denegrir" e "lista negra" e... e... Tu me entendestes.

- Faz-se auê em torno destas e daquelas palavras para enlouquecer todo mundo, deixar todo mundo sem saber o que fazer, o que falar, o que... Ora, as pessoas já estão a se condenar antes mesmo de falar certas palavras, as tais, proibidas. E proibidas por quem?! Quantas pessoas não chamam os viciados de viciados? Até outro dia os viciados eram viciados; hoje são dependentes químicos. Que raio quer dizer "dependentes químicos"?! Raio nenhum. É asneirice das grossas. Mas quantas pessoas têm medo de falar "viciados" ao se referir aos viciados?! E aleijados não existem mais, e nem gordos, e nem magrelos, e nem mulatos, e nem vesgos, e nem orelhas-de-abano, e nem poucas-sombras, pintores-de-rodapé, rolhas-de-poço, varetas, espigas-de-milho, balofos, aeroportos-de-mosquito, e nem...

- Verdade. Verdade verdadeira. Antigamente, e por "antigamente" estou querendo dizer "há uns vinte anos", inventávamos apelidos engraçados para os nossos amigos e os nossos amigos para nós inventavam apelidos engraçados. Agora... Que chatice.

- Tragas a questão para a política, a política do dia-a-dia, e vejas no que dá.

- Doideira das grandes. Se respeitarmos as idéias dos desmiolados...

- Atingistes o alvo.

- Atingi?!

- Sim. Atingiste.

- Na mosca?!

- Na mosca. O que nos sobrará se respeitarmos as sandices das gentes que estão a fingir ver racismo em todas frases que tenham as palavras "preto", "negro", "escuro", e outras de igual quilate, e as suas respectivas antônimas?! Uma doideira das grandes. Um mundo infernal. Ninguém mais ousará dizer o que quer que seja, pois poderá ser chamado de racista, e, a depender do que diz, de machista, misógino, xenófobo, e de outros apelidos carinhosos. Imagines o inferno em que viveremos se prevalecerem as idéias que brotam da cabeça cheia de estrume dos homo sapiens saídos da cloaca do capeta! Imagines! Só imagines! Só imagines! Uma pessoa pensa em dizer, mas não diz: "Nuvens negras aproximam-se no horizonte."; e outra, querendo dizer, não diz: "Vou clarear meus dentes."; e ninguém mais dirá: "Aquela ave de mau agouro, o corvo.".

- Até o corvo entrará na história?!

- E não?! Corvo é animal preto, e tem a sua figura associada à desgraça, então... E quem terá a coragem de dizer: "Comprei duas lâmpadas, para iluminar a minha sala."

- Até as lâmpadas!

- Lâmpadas, se acesas, iluminam o que a luz delas alcança; se iluminam, dão fim à escuridão; e se a escuridão é preta...

- Acha paciência!

- Entendestes aonde quero chegar?! Estaremos fritos se aquela gente desmiolada, abestalhada, conseguir se impor a todos.

- Fritos, cozidos e grelhados.

- E ninguém mais terá idéias brilhantes.

- Será a idade das trevas.

- Epa! Calma lá! Retiremos o que dissemos, meu chapa, ou o inferno nos espera.

*****

Ana Campagnolo e a imundície nas escola e a ideologia de gênero.

Em poucas palavras, digo o que me veio a saber, ontem, enquanto eu passeava pelos mares revoltos da interné: numa certa escola catarinense, durante uma festa de ralouin, alunos e professores divertiram-se com músicas de fazer Pixinguinha e Adoniran Barbosa e Francisco Alves e Nelson Gonçalves morrerem de inveja e danças de pôr no chinelo Fred Astaire e Mikhail Baryshnikov. Não entrarei nos detalhes, que pedem a transcrição das letras obscenas e a descrição dos gestos lascivos, grotescamente libidinosos dos magistrais dançarinos.

Se tu, leitor, a acossar-te irrefreável, insaciável curiosidade, desejas saber algo mais a respeito, assista, na página utubeana Ana Campagnolo, publicado no dia 15 deste Novembro que está em seu crepúsculo, ao vídeo "Escola ou Antro de Degeneração?". Não tenhas medo.

E quanto à ideologia de gênero a deputada estadual de Santa Catarina, no vídeo "Todes: atentado ao nosso idioma.", também publicado no seu canal utubeano, fala, com propriedade, e coragem invejável, e admirável, dos males que a tal linguagem neutra está a causar aos brasileiros.

São os dois vídeos curtos, ambos ilustrativos.

*****

O governo brasileiro, a Amazon e o Amazonas.

- Não sei se trato com seriedade o caso, se choro de tanto rir, se gargalho de tanto chorar, se choro de alegria, se rio de tristeza, se choro de tristeza, se finjo que não tomei conhecimento do conhecimento que tomei do que me veio ao conhecimento. Não sei que tom emprestar a este meu comentário, se o de seriedade, se o de jocosidade, se o de angústia, se o de um drama existencial fenomenológico e espiritual anímico.

- O que tu queres dizer com todo esse palavreado, ô, escrevedor?! - indaga-me, visivelmente, e justificadamente, alterado, o meu querido e amado leitor.

E eu à pergunta que o leitor me disparou nas fuças respondo:

- Não sei, amigão, não sei. Estou a ponto, ou de cair em desespero angustiante, ou aprofundar-me numa depressão abissal, ou jogar tudo para o alto, dar uma banana para o mundo e desejar que o universo se exploda e leve-me junto. Oras bolas! A coisa vai de mal a pior, e quando penso que já chegamos no pior, e que o pior já passou, vem-me a saber coisa ainda pior, pior, mas, porém e todavia, que tem a sua graça. E qual é a graça, agora?! Que graça?! Um tal não sei das quantas, parece-me que é um político importante, disse, e disse o que disse porque deu-lhe na telha dizê-lo, que tem a empresa Amazon de pagar não sei o que ao estado brasileiro do Amazonas, afinal está a empresa gringa a usar o nome de tal estado, e coisa e tal. Há as tais icamiabas... As amazonas são gregas; o nome do maior estado brasileiro é Amazonas porque, não sei quando, não sei quem, não anotei-lhe o nome, acreditando que eram as indígenas destas plagas fêmeas de Temíscera... Onde a Diana entra nesta história?! Sei lá. Só sei que a imbecilidade e a ignorância dos políticos brasileiros já ultrapassaram as raias do absurdo e os limites do suportável. É uma tal que diz que "esclarecer" é verbo impróprio, e outra que afirma que "caixa preta" é expressão pejorativa, e um que declara de viva voz que há um muro, e dos bem altos, na fronteira do Brasil com o México, e não sei quem que informa que o Chile e o Equador não são países da América do Sul... Ah! Enganou-me a memória: foi uma jornalista que regurgitou tal enormidade, e não um político.

- E que passarinho te contaste história tão maravilhosamente estupenda?

- Passarinho?! Que passarinho?! Foi o Luiz.

- Que Luiz?! Não me fui apresentado ao dito cujo.

- O do canal utubeano Oi Luiz. Se estás interessado em se informar a respeito do caso ao qual dediquei algumas palavras, pobres palavras, assista ao vídeo "Vergonha mundial: comitiva do Lula quer cobrar a Amazon por uso de nome!", publicado no último e derradeiro dia do mês de Novembro deste singular e inusitado ano de 2.023.

- Não perderei a primeira oportunidade que se me oferecer para assisti-lo.

- Faz bem. Depois, me dirás se sentiste ou vontade de chorar, ou de rir a bandeiras despregadas.

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