domingo, 17 de março de 2024

Trinta e seis

 Nesta edição, a trigésima sexta - escrevo em ordinais para ficar mais chique - de Piruás e Farelos, poucas palavras, mais farelos do que piruás. E são poucas as palavras porque o tempo urge, e tenho de entregar, e logo, os textos à imprensa, para imprimi-los em in-8, ou em in-16, ou em in-32, antes do fechamento do expediente, para que a nova edição saia, amanhã, ao alvorecer.

Espero que o leitor tenha entendido que todas as palavras acima pertencem a uma peça de oratória.
Que o leitor ignore o paragráfo anterior, que é inútil.
Por que é o nome do meu jornal digital Piruás e Farelos?! Talvez esteja a se fazer e a desejar me fazer o leitor tal pergunta, cuja resposta é essencial para a sua paz de espírito. Então, respondendo à pergunta que, presumo, esteja o leitor se fazendo e a querer me fazer, e antes que ma faça, digo:
- Piruá é o milho de pipoca que não se desenvolveu em toda a sua potência, em todo o seu esplendor, isto é, não se tranformou naquilo que está destinado a se tornar: pipoca. Já farelo é... farelo. O próprio nome indica o que farelo é. Então, o resumo da ópera, sem mais delongas: no meu folhetim digital de periodicidade randômica há textos que poderiam ter se desenvolvido melhor, os quais eu, todavia, por razões quaisquer, que vão desde mal-estar estomacal até ameaça de invasão alienígena à Terra, passando pela preguiça e pela falta do que dizer, não os fiz tão grandiosos, esplendorosos como poderiam ser; e outros, por sua vez, são pequenas, insignificantes observações que eu anoto uma hora e outra, aqui e ali, apenas para dizer que tenho algo para dizer.
- Pipocas! - espanta-se e surpreende-se o leitor com revelação tão extraordinária. - Que explicação tão supimpa! Então é só isso?! E eu que imaginei as razões as mais fantásticas! Pensei que o nome Piruás e Farelos tinha alguma relação com a guerra do Peloponeso, a invasão da Europa pelos mongóis, a descoberta do eletromagnetismo, a Teoria da Relatividade Geral e o milésimo gol do Pelé!
Deixemos de abobrinhas, e vamos para os piruás e os farelos.

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Trump 2: o retorno.

É oficial: o Trump (Trâmpe, para os brasileiros; Laranjão, para os dentre os brasileiros os seus íntimos) é o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos. Que se concretize o futuro que se projeta: Trump na Casa Branca em 2.025. Passou da hora de se dar um basta nos desarrazoados do Biden e sua trupe. Mas... O futuro a Deus pertencendo, e sabendo-se que o santo é de barro, é bom estar-se preparado para qualquer surpresa desagradável, que pode ser uma epidemia de conveniência, uma arruaça de revoltosos ensandecidos (imigrantes ilegais!), invasão alienígena, explosão solar, reencarnação do Elvis...

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E o Milei?!

Parece-me que está o Milei a aprontar das deles, e as das dele, que ele apronta, tudo indica, são coisas boas. Não sei que fim levará a política dele. Não sei. Não tenho bola de cristal. E não tenho trato com os profetas; e não sou íntimo das parcas. Desejo, do fundo do coração, que ele tire a Argentina do buraco no qual os esquerdistas a jogaram; assim, os argentinos não terão porquê emigrarem para o Brasil, que ficará livre deles, e os brasileiros em nossas terras não mais os ouviremos carinhosamente nos apodarem macaquitos.

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Manifestação de 25 de Fevereiro, Bolsonaro, e os novos rumos da política brasileira.

Não sei se estou certo ou errado: após a mundialmente grandiosa manifestação, dia 25 do 2, na Avenida Paulista, a política brasileira tomou outro rumo. Que rumo?! Não faço a mínima idéia, por mínima que seja, mas que tomou outro, tomou.

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El Salvador e os que odeiam quem combate os bandidos. E Tarcísio.

Neste piruá, uma conexão entre o Bukalê... o Bulakelê... Diacho! Tenha a santa paciência a mãe do presidente de El Salvador! Não podia a senhora mãe dele, na pia de batismo, presenteá-lo com um nome comum, José, João, Pedro, António, ou outro a estes quatro assemelhados?! Bastava buscar um nome bíblico, que todos os humanos do orbe terrestre e os de outros orbes o saberíamos pronunciar. Mas não! A dona... Deixemos de pragas. Espere-me um minuto, leitor...
Nayib Bukele é o nome do homem. Bukele, recentemente reeleito presidente de El Salvador, fez e aconteceu: pôs os criminosos para correr, e os que não correram ele os pôs no xilindró. E os espíritos-de-porco de todos os naipes o alcunham extremista disto e daquilo, um tipo reles a desrespeitar os direitos humanos... E direitos humanos de quem? Daqueles seres amáveis que contam com o amor incondicional dos heróis da humanidade; aqueles seres que, porque contaminados pela cultura do capital... e coisa, e tal. Amém. A proverbial ladainha bandidólatra de sempre tão nossa conhecida. Há lógica no assalto, não há?!
E o ministro Tarcísio com a história do Bulalê... Nukabelê... Espere um pouco, leitor.
E o ministro Tarcísio com a história do Bukele?! Ora, o ministro Tarcísio não é mais ministro: é o governador do Estado de São Paulo. Mas ele ainda é, para todos os efeitos práticos, o Ministro Tarcísio - se me fiz entender, não sei.
O governador do Estado de São Paulo, homem respeitável, funcionário exemplar, vai ao encontro dos anseios de todo homem decente: combate os criminosos, e dá uma banana para os bandidólatras. Faz bem. Decidiu ele comprar uma briga boa. E ele a está vencendo, para a tristeza dos moralmente criminosos que infestam as cátedras universitárias, os tribunais, os parlamentos, as redações de jornais, e etecétera, e tal.

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Lula 3, o desastre desastroso: Vale do Rio Doce e Petrobrás.

Além de enroscar-se com os brasileiros que trabalham via aplicativos de transporte de pessoas e o de entrega de refeições, o tal Éle está a se atrapalhar com a Vale do Rio Doce e a Petrobrás. Com a Vale, depois que esta se recusou a pôr na sua cadeira de presidente um homem da inteira confiança dele e com a Petrobrás... sei lá eu o porquê. Sei que disse alguém do governo que a Petrobrás tem de cuidar do social, e não dos acionistas, e coisa, e tal (a ladainha anticapitalista e socialistas de sempre), e muita gente viu nas palavras do sei lá eu quem do governo mais intervenção estatal nas empresas estatais e nas privadas. E assustam-se os donos do capital - esses homens crudelíssimos, todos eles, sem exceção, se se respeitar o rosário esquerdista - antevêem desgraças logo adiante.

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O poder do ser humano.

Tendo os meios indispensáveis, o ser humano faz tudo o que a natureza o preparou para fazer. O homem sumamente bom faz imenso bem; o homem sumamente mal, grande mal.

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