terça-feira, 24 de outubro de 2023

Piruás e Farelos 12

 

Rascunho - Piruás e Farelos - volume 12

Os sovietes tupiniquins.

A coisa vai de mal a pior. O Brasil a se bandear, com o atual governo, para a turma dos sovietes vermelhos, não oferecerá aos brasileiros a terra prometida, a menos que seja a terra prometida o inferno socialista, o que é bem provável que seja e a que dezenas de milhões de brasileiros desejam - se assim não fosse, políticos socialistas jamais implementariam, e com apoio popular, as suas políticas destrutivas.

Os brasileiros estão a brincar de socialismo, de sovietismo, há muito tempo. O que presenciamos durante o governo Sarney?! E durante o Collor?! E no decorrer do FHC?! Enfim, no governo brasileiro ou os bolcheviques, ou os mencheviques. Ou nos esfolam os leninistas-stalinistas, ou os da sociedade fabiana. E os governos acima mencionados contaram com apoio irrestrito, apaixonado, mesmo, doentio, não erro ao afirmar, de dezenas de milhões de brasileiros, que, à cada política que redundou em injustiça e em miséria, pediram bis.

Acredito eu que muitos brasileiros sonham com um governo comunista porque, além de nunca terem vivido sob a foice e o martelo, acreditam, ingênuos, ou nem tanto, ser verdade, e verdade verdadeira, o que lêem nos livros que enaltecem os heróis comunistas e pintam com canetinhas cor-de-rosas os países comunistas, e Cuba é o melhor exemplo - os que se dedicam à leitura, que se resume, exclusivamente, a de obras de autores de esquerda, marxistas, socialistas, comunistas. Dentre os do povo que apóia incondicionalmente os políticos socialistas, há quem nada lê, a maioria dos que subscrevem, sem saber porquê, as políticas de esquerda; limita-se a ouvir discursos de políticos socialistas - e a concordar com tudo o que deles ouve -, todos a defecarem o ódio, que lhes anima o espírito, pelos homens talentosos, pelos homens bem-sucedidos, pelos tipos humanos superiores em intelecto.

Cabe perguntar, para encerrar este piruá: Os apoiadores incondicionais, apaixonados, das políticas socialistas estão a atenderem aos seus baixos instintos, ao desejo de assistirem ao sofrimento dos que têm o que eles não têm? A inveja os move? E o rancor, e o ressentimento? O que neles há de pior está embalado em belas palavras, que, mal e mal, deles disfarçam os maus propósitos?

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Israel usa de força desproporcional?!

Antes de qualquer outra coisa e de coisa nenhuma, digo-te, querido e paciente e compreensível leitor: neca de pitibiriba, nadinha de nada, nem uma vírgula sequer entendo do que se passa em terras de Davi e Salomão. E digo, também: neste piruá estão as minhas impressões, que não são impressionantes, acerca, não da guerra, que em terras que jamais conheceu a paz eclodiu há duas semanas, mas de uma idéia saída da cabeça de gente besta, a que ensina que tem Israel de usar força proporcional, seja isso o que for, contra o Hamas - e não tem outro, além deste, propósito, o meu despretensioso comentário, uma obra-prima da literatura da arte dos comentários, tenham, ou não, eles pé e cabeça.

Encerrado o alerta, que é deveras importante, reconheço, comento o que desde antes de me pôr a redigir este piruá decidi comentar, nas linhas que se seguem a esta.

Há quem pede, melhor, exige, de Israel, o uso de força proporcional no seu embate com o Hamas. Força proporcional?! Querem força proporcional?! É possível?! Querem que Israel dedique ao Hamas tratamento equivalente ao que o Hamas lhe dedica?! Equivalência de tratamento, de uso de força bélica entre duas forças militares em conflito?! O que querem dizer os que condenam Israel pelo uso de força desproporcional, se é que têm em mente dizer alguma coisa, o que quer que seja?! Será que estão a pedir que Israel limite-se a genuflexionar-se diante dos seus algozes e a beijar-lhes os pés e agradecer-los por os decapitar, enforcar, matar das maneiras as mais horrendas, animalescas, desumanas?! Parece-me que se está, ao se pedir, melhor, exigir, de Israel, pelo Hamas tratamento proporcional ao que este lhe dedica, a submissão pusilânime, suicida. Ora, se o Hamas sequestrou, estuprou, seviciou, matou mulheres e crianças israelenses, então Israel tem de sequestrar, estuprar, seviciar, matar crianças e mulheres palestinas?! Se Hamas estuprou dez israelenses, tem Israel de estuprar dez palestinas?! Se o Hamas desviscerou vinte israelenses, tem Israel de desviscerar dez palestinos?! Se o Hamas mata dez israelenses, todos de olhos vendados, alvejando-os na nuca, tem Israel de matar dez palestinos usando de meios similares?! É este o uso proporcional das forças que se exige de Israel?! Estou a ver muitos, e muitos, e muitos anti-semitas retirando-se do armário, em vão a disfarçarem o fedor da podridão de seus espíritos.

Ou querem os que ora se opõem a Israel que este use de poder bélico que se iguale ao de seu inimigo?! Ora, se ambos os dois protagonistas da guerra a que ora se assiste a se desenrolar em terras longínquas do Brasil têm equivalente poder bélico a guerra há de se estender indefinidamente, e nenhum deles disparará o tiro derradeiro, que lhe dará fim, e nem depois do Juízo Final.

Estou a, escarvando-me a cabeça, e furiosamente, a ponto de me rasgar uma fresta na caixa craniana, imaginando os Aliados a usar de força proporcional ao do Eixo: na segunda-feira, o Eixo mata mil soldados Aliados, e em resposta os Aliados matam mil soldados do Eixo; na terça-feira, o Eixo mata dez mil soldados Aliados, e o Aliados do Eixo matam o mesmo tanto; e na quarta-feira, o Eixo... Penso, e penso mal, que estaríamos, até hoje, a viver as agruras da Segunda Guerra Mundial?!

Ora, numa guerra um dos dois exércitos em conflito tem de superar o outro; do contrário, a guerra se perpetua. E que sobrepuje o seu oponente o exército que defende a liberdade, a justiça, a paz.

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Democráticos?!

Democracia, quem te viu, quem te vê.

O que ouço de gente diplomada, com formação universitária, falando, de peito cheio, e com cara de poucos amigos, a favor de todo e qualquer personagem autoritário, uns vivos, outros mortos, não 'tá no gibi. Não sei se é o caso de servidão voluntária, de propensão ao autoritarismo. Parece-me que tal gente é de uma espécie singular híbrida de dois ancestrais: um servil; um autoritário. No deneá de tal gente há genes da estupidez, da idiotice, da má-fé, e de sei lá eu mais o quê, em quantidade imensurável. É impressionante! Tal gente idolatra os tipos humanos os mais sórdidos, os mais inescrupulosos, os mais iníquos, os mais desumanos, os mais doentios, insanos, animalescos. Parece-me que tem atração pelos tipos os mais reles, os mais vis. Não sei a que atribuir tal postura, tal mentalidade. E tal gente se diz livre, justa, democrática, defensora dos fracos e oprimidos... Ah! Mas se os heróis de tal gente massacram, em nome de um bem maior, de um ideal humanitário, populações inteiras, louva-os, idolatra-os, beija-lhes os pés, reverentes. Democráticos!

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É fácil, no Brasil, o acesso dos bandidos às armas. E em outros países, inclusive nos ricos e prósperos, que não enfrentam criminalidade tão elevada quanto à que se vê no Brasil, e com a qual muitos brasileiros estão, dir-se-ia, habituados, e a entendem uma força da natureza contra a qual nada se pode fazer, e lutar contra ela nada mais é do que dar murro em ponta de faca, é a situação diferente? A bandidolatria, no Brasil, sabe toda pessoa que pensa com a cabeça, rola solta, é chique, é coisa fina entre os bem-pensantes, entre doutores da área de humanas que morrem de amores pelos criminosos de todos os estilos e naipes. Têm os criminosos acesso fácil às armas porque não há policiamento ostensivo em todo o território nacional. Bandidos estão, em todas as esferas da sociedade brasileira, fazendo e acontecendo, contando com a aliança de sabe-se lá quantos milhões de brasileiros. Há, em nossa sociedade, corrompida, certa, direi, complacência com os criminosos. Não é de hoje que os criminosos têm acesso fácil às armas; é a história de décadas. E tampouco é de hoje a idolatria que muitos artistas e jornalistas e intelectuais devotam aos bandidos. Pede-se pela desmilitarização dos policiais - em outras palavras: que os policiais não façam uso de armas letais, isto é, de armas-de-fogo: que usem estilingues e zarabatanas (e tem de ser a munição dos estilingues bolhas de sabão e a das zarabatanas palitos de espuma de sabonete); mas não se pede pelo desarmamento dos bandidos. Enquanto predominar, nos altos escalões do poder e da intelectualidade e da arte, e dos meios de comunicação, que nada comunicam, a mentalidade favorável aos bandidos - coitadinhos todos eles! todos eles vítimas da sociedade malvada, que sem pena nem dó os oprimem, os maltratam, infligem-lhes sofrimentos sem fim - o Brasil será um moedor de carne humana. De uma coisa é certa: as pessoas que compram, no mercado legal, armas-de-fogo, não as alugam aos criminosos para que eles participem da atividade lúdica de assalto a bancos, e a carros-forte, e a lotéricas, e de outras brincadeiras inofensivas.

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Ocidente Traído, de Jorge Boaventura. Nota breve.

Não sei se tu, leitor, já leste Ocidente Traído, de Jorge Boaventura; se já o leste, ótimo; se não, leia-o: o autor faz picadinho do pensamento marxista.

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Esquerdismo é doença?

Se esquerdismo é doença, não sei, mas que é doideira é.

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De qual Israel os inimigos dos judeus estão a falar? Do real, ou do espantalho? E de quais judeus eles falam? Dos de carne e osso?

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