domingo, 22 de outubro de 2023

Piruás


Piruás e Farelos - volume 10

Israel x Hamas. Apologistas do terrorismo. Anti-semitismo. Prólogo da Terceira Guerra Mundial?

Neste artigo, tratarei, desapaixonadamente, na medida que me for possível, com a seriedade que o assunto exige, sem as minhas jocosidades costumeiras, da conflagração que ora se vê em terras árabes e israelenses, considerando o muito do que li a respeito, sem me deter em detalhes, que, sendo incontáveis, contemplam, sei, uma ínfima parcela do que há para se dizer, ciente de que muitos talvez sejam frutos de equívocos de quem, honestamente, os registrou, e não poucos mentiras propositais, deslavadas, disseminadas para confundir os inocentes, os ingênuos.

Há artigos para todos os gostos: para os teóricos da conspiração, para os apologistas do terrorismo, para os profetas do Apocalipse, para os pragmáticos, para os, enfim, grupos os mais diversos.

Tenho por bem dizer de antemão, e por princípio, que deploro todo ato cruel, toda violência, todo terrorismo, e a guerra; todavia, não posso, por temperamento, e dada a minha consciência, que é falha, sei, das coisas do mundo, o real, concentrar a minha atenção no ideal, num mundo imaginário que seja do meu agrado, que atenda às minhas idiossincrasias, que me dão o ideal que faço da civilização, a perfeita, e do ser humano, o imaculado; obrigo-me a ver o ser do ser humano sem me pôr aos olhos vendas: é o ser humano falho, bom e mal, capaz de empreender façanhas heróicas dignas e louváveis e perpetrar atrocidades pelas razões as mais mesquinhas. E neste mundo, o real, o ser humano, o real, envolve-se em guerras fratricidas, muitas delas a chegarem a ponto de pôr a espécie humana à beira da extinção. No mundo em que vivo há guerras. E é sobre as páginas do livro do mundo real que me debruço.

No mundo real há guerras, e nas guerras as pessoas se matam. Nas guerras os combatentes, hostilizando-se, para se matarem, usam armas, e dentre os mortos há gente inocente, pessoas que não estão, de armas em punho, no campo de batalha, para não morrerem, matando. E em tempos de guerra - e quais são os que não estão em guerra? -, a primeira vítima é a verdade, ensina um grego que pela Terra passou há milênios. E é aqui que nos deparamos com a primeira dificuldade ao tratarmos de guerra: Do que nos chega ao conhecimento o que é verdade e o que é mentira?

Dos eventos que já nos chegaram ao conhecimento, sabe-se que, sim! mesmo que digam o contrário, o Hamas perpetrou crimes hediondos contra população civil israelense desarmada, mulheres, e crianças e velhos - a violência a que se assistiu, de doer no coração de qualquer ser humano que tenha uma alma. Infelizmente, vê-se, há quem se regozija com o sofrimento alheio, de judeus, de palestinos, de quaisquer povos. E vê-se, e não há como não ver, muitas pessoas a pedirem pelo extermínio, umas, dos palestinos, outras, dos judeus, e mal conseguindo disfarçar a ânsia assassina, genocida, mesmo, que lhes anima o espírito. Presumo que toda pessoa que está a acompanhar os eventos já tenha se deparado com artigos supostamente fundamentados na História a justificar o extermínio do povo que não conta com a simpatia do autor.

Ao me pôr a escrever este artigo, não foi minha intenção, reunindo informações colhidas de artigos que li e de vídeos aos quais assisti (ao final do artigo, uma lista pequena com algumas das fontes de informações que acessei), dar uma síntese da história dos personagens em conflito, tampouco falar das razões de cada um deles. Tenho, no entanto, por obrigação, de dizer, e com todas as letras, que não compactuo com a relativização, que se vê, entre os atos desumanos, assassinos, sádicos, de terroristas do Hamas, e os de defesa dos israelenses, e tampouco com a condenação dos povos flagelados (principalmente os judeus) pela imprensa, e por políticos, e artistas, e formadores de opinião: o Hamas cometeu crimes - e ponto final, não há o que discutir.

Mas, o que se pode discutir?

Pode-se falar da jihad islâmica, e do papel do governo israelense, e dos governos árabes muçulmanos, os xiitas e os sunitas, e do do americano, e do do Deep State americano, e do dos senhores da guerra, questões, estas, que muitos estudiosos estão observando.

Há quem entenda incompreensível, surreal, a invasão de Israel, por terra e pelo ar (por água, não, pois a marinha israelense bloqueou o avanço dos terroristas), por uma horda de bárbaros, que lhe enveredou o território pela fronteira com a Faixa de Gaza, região que, ninguém ignora, é o ninho do Hamas, e dele o quartel-general (e é nos túneis subterrâneos dela que vivem os terroristas). Surpreendentemente, o governo de Israel, e o seu serviço de inteligência, o Mossad, falharam. Falharam?! perguntam-se algumas pessoas, que, a atazanar-lhes o espírito, passaram em claro as noites a pensar numa resposta apropriada para tal pergunta. Se o governo de Israel sabe que é pela fronteira de Israel com a Faixa de Gaza que os terroristas, os do Hamas, atacam os israelenses, por que ela estava desguarnecida? Por que não havia soldados israelenses na região, para escudar os israelenses que então estavam, nos kibutz, tranquilos? E por que os israelenses estavam desarmados, se vivem em local tão próximo dos terroristas? Negligência do estado israelense, um estado secular moderno cujas engrenagens as movem muitos políticos de esquerda e progressistas seculares? É para se pensar: Com todo o seu aparato de inteligência, um dos melhores, se não o melhor, do mundo, e ciente de que pode ser atacado, a qualquer dia e a qualquer hora, a partir da Faixa de Gaza, o estado de Israel não mantem guarda permanente na região às portas do Hamas?

Cogita-se a negligência proposital, consciente, de Benjamin Netanyahu, que, atendendo aos interesses dos democratas (políticos do partido Democrata americano), deles um aliado de carteirinha, tenha deixado acontecer o que aconteceu, para dar fim ao Hamas, assumir controle sobre a Faixa de Gaza, e atacar o Irã, este o financiador (o único?) de primeira mão do Hamas - e também do Hezbollah (e de quantos outros?). Se procede tal suspeita, não sei. E noticia-se: os israelenses culpam Benjamin Netanyahu pela tragédia que já vitimou mais de mil judeus.

Uma outra cogitação: o governo americano, do Joe Biden, chafurdado no pântano mais fétido que se possa imaginar, financiou, indiretamente, o Hamas, ao enviar seis bilhões de Dólares ao Irã -e não é inocente em tal história: o serviço de inteligência americano urdiu a trama em comum acordo com Washington e Teerã. Se procede tal suspeita, obrigamo-nos a nos perguntar quem são os verdadeiros financiadores dos terroristas.

E prossigo: são inúmeras, incontáveis as especulações; impossível reuni-las todas em um artigo, por mais extenso que seja; que se escreva um trilhão de palavras a registrá-las todas, que não se registrará uma fração de todas as que se dissemina pelos quatro cantos da Terra. Podemos, todavia, nos dedicar a listar, delas, algumas com o único, e despretensioso, propósito, de se dar um vislumbre da confusão, que ora nos acossa, que tem o poder de nos roubar a sanidade. Pensando assim, escrevo mais algumas palavras, que, espero, não sejam muitas.

A Rússia - é esta outra especulação - treinou o Hamas; usou o Grupo Wagner para empreender a tarefa. O governo americano, diz-se, tem o interesse em uma conflagração bélica de alcance global para quebrar os holofotes que estão a projetar luz sobre histórias nebulosas protagonizadas pelos Bidens, Clintos e Obamas, e pelos globalistas financistas ocidentais, e para conquistar eleitores para o fantoche destas três famílias, o Joe Biden - no momento, Donald Trump está, na corrida eleitoral, fazendo Joe Biden comer poeira (uma guerra mundial, ou uma com potência, mas controlada pelos senhores da guerra, para vir a se tornar mundial, vem bem a calhar para o chefe-de-estado americano, o atual ocupante da Casa Branca, e presenteia-o com alguns milhões de votos, ou não?!).

São estas as palavras que por ora tenho a escrever. É certo que deixei, do que li o que achei interessante, de registrar muito do que me chegou ao conhecimento - se ao entendimento também, não sei dizer. Abaixo, deixo a lista, pequena, que prometi, com os títulos dos artigos, que li, e dos vídeos, aos quais assisti, desde 7 de Outubro deste ano de 2.023. São os textos e os vídeos aqueles que entendo os que me deram o material que me permitiram esculpir o esqueleto e a carne deste artigo, que é curto.

E quero deixar claro: não sou um estudioso na matéria que é o tema deste artigo: sou apenas um homem curioso que reserva alguns minutos de cada dia de sua vida a ocupar-se com os temas do momento, os importantes, os relevantes.

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No Facebook:

Jairo José da Silva: "Os Judeus e o Antissemitismo."

Marco Frenette: "O Judeu de Esquerda e o Hamas."; "A Esquerda e Seu Mundo Animal."; "O Grande Erro de Israel."

Além dos acima listados, textos de Maurício Mühlmann Erthal, Neto Curvina, Jairo José da Silva, João Luiz Mauad, Silas Feitosa, Marco Frenette, Felipe Fiamenghi, Maurício Alves, Leandro Ruschel.

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No Youtube:

Leandro Ruschel: "A Defesa do Terrorismo e o Striptease Moral da Esquerda."; "As Mentiras que a Esquerda Conta Sobre o Conflito Israel-Palestina."; "Você realmente sabe algo sobre o Islã?"; "Apologista do Hamas foi recebido por ministro de Lula no Palácio do Planalto, na semana passada."

Paulo Kogos: "O 11 de Setembro de Israel é um alerta pra humanidade."

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Comunistas, unidos! De onde saíram tantos comunistas, assim, de repente?! Das catacumbas?!

Que diabos! De onde saíram, de uns dias para cá, tantos comunistas, se o comunismo, assim que puseram o muro de Berlim abaixo, havia partido desta para a melhor?! Era o que diziam os estudiosos, que se esgoelavam: "O comunismo acabou! Só teóricos da conspiração e loucos vêem comunistas em todo lugar! Caiu o muro de Berlim. Não há mais comunismo." E agora estou a ouvir pessoas que até outro dia afirmavam, com ares sapienciais, que não havia mais comunismo, declararem-se comunistas e fazerem, pasmém! a apologia do comunismo, declararem que é o comunismo ideologia humanitária que há de acabar com a desigualdade, com a injustiça, com a miséria; e tais pessoas jamais, é claro, evocam os crimes de Stálin, Mao, Fidel, Che, Pol Pot, e tantos outros. Dos crimes perpetrados pelos comunistas jamais ouviram falar; digo que jamais ouviram falar dos crimes comunistas apenas para fazer graça: eles são comunistas e louvam o comunismo porque os comunistas perpetraram crimes tão horrendos quantos os dos nazistas e em maior escala. Ou eles jamais ouviram falar do Holodomor, e dos fuzilamentos, por Che, dos dissidentes cubanos, e da Revolução Chinesa e da Revolução Cultural, e do Kmer Vermelho? Não há inocente em tal história. Sempre que alguém põe na mesa os crimes dos comunistas, os comunistas tratam, é infalível, de justificá-los, de tirar da cartola dados que tratam de crimes que a Igreja cometeu, que o capitalismo cometeu, e na conta da Igreja e na do capitalismo debitam mortes de humanos provocadas, na era paleozóica, por terremotos, tempestades, enchentes e erupções vulcânicas. São mortes imaginárias, claro. Mas, e daí?! para os comunistas, que não podem varrer para baixo do tapete os crimes dos comunistas, servem para desviar o foco, o que fazem com a elegância e a serenidade que os identificam.

Algumas, poucas, palavras, para encerrar este piruá: conheço um professor de filosofia que, de esquerda, até há pouco tempo constrangido sempre que alguém associava marxismo, esquerdismo e socialismo e comunismo, usava de argumentação das mais disparatadas para, reconhecendo-se de esquerda e marxista e socialista, dissociar-se do comunismo, que, entendia, nenhuma relação possuía com o marxismo, o socialismo e o esquerdismo, e era coisa asquerosa, repulsiva; a atitude de tal professor, compreensível, afinal o comunismo estava em maré baixa, aliás, morrera em 1.989 - era o que os intelectuais diziam (e o professor em questão, que tem senso critico e pensa por si mesmo, jamais questiona os intelectuais de esquerda); e agora está o digno e respeitável professor, todo pimpão, sorridente, com seu majestoso ar professoral, orgulhosamente declarando-se comunista. Pergunto-me: Onde está a filosofia de tal professor? E digo: Há muita gente igual a ele.

Os comunistas são mortos-vivos, nada me arranca tal idéia da cabeça; emergiram das catacumbas, no interior das quais hibernavam desde 1.989.

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Há educação no Brasil?

No Brasil não há, não que eu saiba, um sistema educacional que privilegie a memorização, o raciocínio, o estudo sério, a disciplina, e tampouco um que dê ao aluno brasileiro a liberdade de escolher o que deseja estudar, o que lhe atende às vocações, aos talentos inatos, aos dons anímicos. No Brasil há uma esculhambação total. E não sei se se diz bem haver no Brasil um sistema educacional.

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Há um sistema educacional perfeito?

O mal está em não se abrir os olhos para a questão educacional, complexa; desde que o mundo é mundo pensa-se num sistema educacional que, na impossibilidade de se criar um que seja perfeito, possa beneficiar o máximo possível de pessoas.

Estou para completar 50 anos de vida daqui poucos meses. O que penso acerca do sistema educacional de hoje em dia tem seus alicerces fincados no que me contam jovens e crianças, todos frequentadores assíduos de salas-de-aulas - se estudam o que quer que seja, não sei - e nos livros didáticos que vim ter às mãos, e até em provas que professores ministraram aos seus alunos. Uma jovem, mocinha de treze anos, a cursar a sétima séria, mostrou-me, dias destes, uma prova de Geografia. E do que trata a prova?! De Geografia, presume-se. De Geografia, todavia, não tem a prova um pingo. Todas as questões, referindo-se, direta ou indiretamente, ao Vidas Negras Importam, cuidam, exclusivamente, do que se deu, nos EUA, em 2.020, na esteira de um caso que envolveu um policial e um homem negro - caso, este, de todos conhecido, e cujos detalhes ignoro. Notei: foram consideradas corretas as respostas que ecoam o discurso militante. Acredito eu que tal fenômeno não é exclusividade do Brasil. A escola virou uma instituição política militante, estejam ou não conscientes os professores de promoverem uma visão enviesada do mundo.

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As inteligências.

Não estou na minha praia, mas dou os meus pitacos: penso existir muitas formas de inteligência: há as mais racionais, as mais intuitivas, e as matemáticas, e as literárias, e as filosóficas.

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Teorias científicas.

Toda teoria científica é, nada mais, nada menos, o que quem a concebeu da realidade apreciou, apreendeu. O que hoje é dado como cientificamente provado e aprovado amanhã é reprovado e desaprovado, visto como uma tolice à luz de novas teorias científicas, que, à luz de novas teorias... até o infinito e além.

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A inteligência dos povos inteligentes.

Talvez o povo japonês, o sulcoreano e o finlandês tenham uma singularidade cultural que faz com que eles tenham desempenho, em Matemática, Engenharia, Física e outras áreas das intituladas exatas superior ao de outros povos, uma singularidade cultural que lhes dá formas distintas de captar as coisas do mundo, de apreendê-las, de ensiná-las. A coisa talvez se resuma ao apreço que eles têm pelo conhecimento. Ou é o caso de superioridade genética?! Tal hipótese é absurda, afinal japoneses, sulcoreanos e finlandeses, até prova em contrário, são humanos.

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O que pensar de Israel x Hamas?

Ocupo-me, ao pensar na guerra entre Israel e Hamas, com as perguntas abaixo, e a partir delas, respondendo-as, dou sequência ao meu raciocínio:

1) Hamas é um grupo terrorista?

2) Hamas representa o povo palestino?

3) Os judeus querem o extermínio dos palestinos?

4) Os palestinos querem o extermínio dos judeus?

5) Judeus e palestinos são vítimas, aqueles do estado moderno israelense, e estes do Hamas e de seus patrocinadores?

6) Os mussulmanos querem o extermínio dos judeus?

7) Se o Hamas é um grupo terrorista, é possível, no mundo real, combatê-lo sem se sacrificar vidas de inocentes?

8) Estamos a assistir à aceleração da jihad, agora num estágio de extrema-violência?

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Não são estas as únicas perguntas, suspeito, que eu poderia me fazer, mas são as que, acredito, me apontam o norte. Se eu, vindo a reunir outras informações imprescindíveis para se pensar a questão, vier a pensar outras perguntas, à lista eu as adicionarei.

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A violência é culpa dos videogames?!

Em não poucas músicas, e em muitos filmes, agáques e games faz-se a apologia da violência; e é inegável que o teor de tais peças lúdicas influenciam as pessoas, participando-lhes da mentalidade e, consequentemente, do comportamento.

Sempre que arruaceiros promovem um quebra-quebra, em qualquer canto do planeta, faz-se de produtos lúdicos de mau gosto os bodes expiatórios.

Explica-se revoltas de muçulmanos em terras francesas e em outras terras unicamente impingindo aos videogames, aos filmes, enfim, à indústria lúdica, a ação violenta, e nenhuma associação se faz ao espírito do movimento jihadista, milenar, e aos movimentos políticos revolucionários seculares, que dos escombros de uma civilização morta, por eles destruída, querem erigir nova civilização, a que lhes tem a imagem e a semelhança. A arruaça que se viu nos EUA, em 2020, e na França, há poucas semanas, as orquestraram organizações políticas que ambicionam, por meio do caos social, o fortalecimento do Estado, e uma nova ordem mundial totalitáris, seja ela de qual matriz supostamente ideológica seja.

Não são ações espontâneas que nascem da indignação popular as quebradeiras às quais se assiste de tempos em tempos.

O Brasil assistiu, há uma década quase, à arruaça que aquele grupo que não admitia o aumento do valor da passagem de ônibus - a turma do "não é pelos vinte centavos". Movimento espontâneo, que nasce da indignação popular?! Os arruaceiros estavam sob influência de games, de filmes e de músicas que enaltecem a violência?! Em parte, talvez. A resposta, a correta, entendo, está na grana que se injetou em tal movimento.

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Democracia brasileira: peça de ficção. Mentalidade autoritária brasileira.

No Brasil os donos do poder têm a mentalidade do tempo das capitanias hereditárias: consideram-se detentores de direitos inalienáveis, suas famílias proprietárias dos cidadãos, que lhes devem subserviência.

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A democracia brasileira é um arranjo mal acabado de um simulacro de nação onde cada ente federativo é propriedade, cuja posse está garantida desde tempos imemoriais, de certa gente que acredita que o povo deve, servil, sem resmungar, atender-lhe aos caprichos.

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No socialismo igualitarista, o cardápio dos escravos e o dos escravocratas.

Menu: para o povão: opções, duas (pasmem! as más-línguas dizem que em países sob governo socialista o povo não tem opções): 1) prato: coxinha de vira-lata, crua, capim seco, e terra com sal; sobremesa: casca de coco; bebida: xixi de galinha; 2) prato: cabeça de ratão de esgoto, mal-passada, percevejo ao espetinho, e unhas; sobremesa: vômito de porco; bebida: água de esgoto; para os donos-do-poder, homens e mulheres abnegados que se sacrificam numa luta cujo escopo é o fim das desigualdades, das injustiças, da miséria: prato: picanha, filemignon, lagosta, caviar, peru assado, e vinho do Porto - e infinitos outros comes e bebes para o regalo dos heróis da humanidade.

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Cultura tóxica.

Segundo os entendidos são tóxicos a filosofia escolástica, e Cint Eastwood, e Shakespeare, e a geometria de Euclides, e outras pessoas e coisas assemelhadas, e não são tóxicos o fiofó laico daquela fiofósofa que disse fiosósamente que há lógica no asfalto, quero dizer, no assalto, e outras coisinhas equivalentes.

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Comunistas, orgulhosos de seus feitos heróicos.

O tal "L", que disse que se orgulha de ser comunista, conta com a ignorância - é uma constatação, e não juízo de valor - de seus eleitores que acreditam que é o comunismo coisa fina que criou em Cuba um paraíso. Cá entre nós, ele, o tal, está pouco se lixando para a repercussão de sua sábia declaração entre as pessoas que o criticam. Está apenas a fortalecer a mitologia política que ensina que é o comunismo bom.

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