segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Notas novaa

 

A Língua Portuguesa e as redes sociais.

É possível aprender idiomas assistindo-se a vídeos e lendo-se textos publicados estes e aqueles em redes sociais? Sim. Por que não?! Se souber procurar as jazidas, pode a pessoas encontrar o que procuram, e, encontrando-o, enriquecer-se imensamente.

São as redes sociais cidades, melhor, metrópoles, que de tudo oferecem. Em toda metrópole há bares, restaurantes, pizzarias, escolas, bibliotecas, igrejas, livrarias, farmácias, padarias, clubes, enfim, há de tudo, e mais um pouco. Tais quais as metrópoles, as redes sociais oferecem de tudo; nelas há estabelecimentos que oferecem política, e fofoca, e arte, e filosofia, e receitas de pães, de pizzas, e livros, e etecétera. E Língua Portuguesa. E de Língua Portuguesa, a última flor do Lácio, bela e formosa ainda, apesar dos maus tratos que lhe infligem, há muitas páginas. E aqui, neste piruá, trato, em poucas palavras, de três publicações, que li, ontem e hoje, as três a trazerem curiosidades da nossa querida Língua Portuguesa, uma das riquezas que Pedro Álvares Cabral trouxe da terra de Camões.

Não é este texto um ensaio, menos ainda um tratado; é apenas um piruá; e aqui quase nada se lê, supondo o autor que o que aqui se lê tem o seu valor, que seja pouco, mas tem.

Estão as três publicações no Facebook, as três recentemente publicadas, todas neste Setembro, uma, dia 8, a de Sergio de Carvalho Pachá, e as outras duas, a de Fernando Pestana e a da página Nomes Científicos, dia 9. Na primeira, o professor Sergio de Carvalho Pachá explica, no texto cujo título é "Por que, porque, por quê, porquê.", tu desconfias, leitor, as diferenças entre... Não digo. Já sabes. Quem nunca se enroscou com os porques?! Quem nunca usou "porquê" quando devia usar "por que"?! Quem jamais gravou "porque" quando o correto era "por quê"?! Que jogue a primeira pedra quem nunca, jamais, embaralhou-se com os teratologicamente amedrontadores porques, monstros antediluvianos que impedem os filhos de Deus de gozarem de boas noites de sono. E fala o professor Fernando Pestana, o segundo nome aqui inscrito, no texto "Só existe variação fora da norma padrão?", ligeiramente árido, de gramática normativa, das variações da língua, do falar do povo, e da norma-padrão, e da norma culta, e da escrita, e outras coisas interessantes. E no texto "Senhora está no Céu." na página dita acima, o autor, cujo nome não registrei, conta a história do senhor Seu e da sua consorte, a senhora Dona. É interessante a história que nos conta o autor do texto, um romance histórico, que, perpassando séculos da história humana, e apresentando-nos aos romanos do tempo dos césares, a São Jerônimo, e aos portugueses arcaicos, e aos homens da Idade Média, e a Dom Pedro II, à Dona Isabel, mostra os heróis da História, os senhores Dominus, Dom, Sinhô, Ioiô, e as senhoras Sinhá, Nhanhá, e o seu burro e o seu Rafael, a correrem terras italianas, portuguesas, francesas, espanholas e brasileiras do tempo de Castro Alves e José do Patrocínio. História emocionante, cativante, a do senhor Seu e da senhora Dona, história que tem a revelar-nos muitos eventos intrigantes, inúmeras tramas rocambolescas, aventuras sem fim, e conhecimentos que ainda estão além do alcance de simples mortais.

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Breves palavras acerca de algumas pinturas.

Se não pode quem gosta de pinturas ir às galerias de arte admirar as obras que os maiores e mais geniais pintores do universo pintaram desde o tempo das cavernas, que delas admirem reproduções fotográficas publicadas em revistas e livros e cópias digitais exibidas em galerias virtuais, estejam, estas, em sites, em redes sociais. E em rede social, no Facebook, há páginas que oferecem aos amantes da arte reproduções das mais admiráveis pinturas que o mundo já viu. E eu, que não deixo que me escape nenhuma oportunidade, que a vida me oferece, de admirar as maravilhosas obras que o gênio humano é capaz de concretizar, admirei, publicada, dia 01 de Setembro, na página Maurício Stefanowsky Fine Artist, de Pompeo Girolamo Batoni, a Apolo e Duas Musas, um óleo sobre tela que exibe um homem nu, de bela musculatura, de rosto dir-se-ia angelical, a olhar para o alto, a cobrir-lhe do corpo as partes que devem ser cobertas uma túnica azul, e duas musas a admirarem-lhe a beleza, digo, na ausência de um adjetivo melhor, apolínea. E da página Classic For All admirei cinco pinturas: de François Lemoyne-Time, Cronos Salvando a Verdade da Falsidade e da Inveja, que exibe um homem grandioso, numa postura heróica, ao punho direito, segurando-a com firmeza, uma foice de cujo cabo a extremidade está enterrada no ventre de uma figura que tem máscara à mão - e outros detalhes para cuja descrição eu dedicaria linhas e mais linhas; de Charles-Joseph Natoire, Psiquê Obtêm o Elixir da Beleza de Prosérpina, a exibir um festival em homenagem a Baco - e as cenas que tal pintura exibe é de se imaginar; de Felice Giani, Cupido e Psiquê, na qual se vê, deitada, Psiquê, e, nu, a ataviá-lo asas, Cupido; de Herbert James Draper, Water Baby, A Lyttle Nereid, na qual se admira uma esbelta mulher, belíssima, nua, de pele diáfana, no litoral, entre pedras, a admirar uma criança a dormir dentro de um imensa concha aberta; de Charles William Mitchell, A Luta de Bóreas com Oritheya, ela mulher branca, seminua, a cobrir-lhe veste diáfana da cintura para baixo, ele homem barbudo, de asas pretas, ela dele esforçando-se por se desvencilhar. E de Jules Lefebvre, admirei, publicada na página Nude (Art) Early and Late Modern, a pintura La Véríti, um óleo sobre tela que traz, nua, em pé, uma sensual, discretamente iluminada, figura feminina.

E concluo, aqui, estas notas breves? Não. Nelas cabem algumas outras palavras, poucas: de Francesco Sabatelli admirei Ajax The Lesser, Son of Oileus, óleo sobre tela que mostra um homem musculoso, de musculatura rija, nu, tecido vermelho a cobrir-lhes as partes pudendas, braços estendidos para o alto, a sustentar-se, com a mão esquerda, no galho de uma árvore, e, com a direita, numa rocha, tendo, à cabeça, um elmo. E da página Virtual Art Museum, exibidas, em 9 de Setembro, de Johann Jakob Wolfensberger, mais de quarenta pinturas, painéis de montanhas, escadarias, ruínas, templos, árvores, em tons claros, prevalecendo o verde, o azul e o branco. E de Rembrandt uma pintura que me desperta pensamentos, admiração ilimitada, Jeremiah Lamenting the Destruction of Jerusalem, que tem em seu centro um velho, vestes azuis a cobri-lo quase que por inteiro, a cabeça, levemente caída para a frente, descansando sobre a mão esquerda, que lhe está no rosto. Está esta pintura na já citada página Maurício Stefanowsky Fine Artist.

E também admirei The Alba Madonna, de Rafael Sanzio da Urbino.

Estas obras-primas todos as merecem conhecer.

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A asnice do Lula. A prisão do Putin. E a Terceira Guerra Mundial.

E o tal L, hein?! quem diria?! fez mais uma asnice! E quem se surpreendeu?! Mais uma das suas ele fez, e as das suas são dele; e é de agora; e envolve o amável Vladimir Putin, que, mais do que nenhum outro chefe-de-Estado moderno, aprecia exibir para todo o universo seus lácteos caninos, afiadíssimos, que todos os bípedes implumes admiram, embevecidos.

O que fez o rematado toleirão brasileiro, o tal L, homem de porte apolíneo e sabedoria socrática?! Declarou, e de viva voz, e para todos os sapiens, homens e mulheres, ouvirem, que será o senhor Putin, o mais adorável e meigo dos Vladimires, se puser os seus róseos pés em terras em que se plantando tudo dá, bem recebido, podendo flanar, livremente, e despreocupadamente, por onde bem entenda, porque é o Brasil um país de gente pacífica, e fazendo de conta que aquele documento internacional que pede a prisão dele é, nada mais, nada menos, do que papel sem valor.Corajoso, e sepientíssimo, é o excelentíssimo L.

O Brasil, disse-me um passarinho, aquele de sempre, que sempre me dá notícias do arco-da-velha e do balacobaco, é signatário de um tratado, o de Roma, que tem conexão com o Tribunal Penal Internacional, que expediu uma ordem de prisão ao conterrâneo de Liev Tolstoi e Fiódor Mikailovitch Dostoievsky, o senhor Putin, que, em português castiço do Brasil, atende por Putinho, também alcunhado Vladimir, e de quem se conta histórias edificantes, aventuras misteriosas, folhetins rocambolescos recheados de acidentes com venenos, plutônios e outras substâncias que vitimizam homens que não contam, por alguma razão desconhecida de todos, com a simpatia dele. E se é o Brasil signatário do dito tratado - e está o dito tratado mal dito?! -, tem o Brasil de fazer valer o que ele exige, isto é, prender Putin, mandá-lo para o xilindró, fazê-lo ver o Sol nascer quadrado.

Em que enrascada o tal L pôs o Brasil!

Vai que o Putinho vêm! E aí, como é que fica?! Se descumpre o Brasil o Tratado, o de Roma, do qual é o Brasil signatário, Paris, Berlim, Nova Iorque (Nova Iorque é a capital dos Estados Unidos, não é?!), Tóquio, Lisboa e Roma (sei lá eu se França, Alemanha, Estado Unidos, Japão, Potugal e Itália autografaram o tratado que está no cerne do imbróglio internacional - o passarinho não me deu os detalhes) despejam, sem pena, nem dó, bombas na terra de Ceci e Peri. Se cumpre, Moscou destrói meio mundo, quero dizer, varre o Brasil do mapa.

Estou eu a usar de uma hipérbole, uma hipérbole grandiosamente exagerada e exageradamente grandiosa, absurdamente grandiloquente, hiperbólica, hiperbólicamente hiperbólica, ao desenhar, para o ano que vem, o de 2.024, os dois cenários acima considerados?! Este artigo é, nada mais, nada menos, do que um exercício de imaginação, afinal, sabemos que há, no Itamaraty, do grandioso Barão do Rio Branco, um corpo diplomático supimpa, que contornará a situação. Além disso, já deu o tal L o dito pelo não dito, mandou às favas o Benedito, e jogou a batata quente nas mãos da justiça nacional. Mui amigo o tal L, não?! Amigão do peito. Amigo da onça, isso sim! Faz a caca, e anuncia: "Não fui eu!"

Cá entre nós, querido leitor: viveríamos grandes emoções se o Putin pisasse em terras nossas, não viveríamos?! De uma coisa tenho certeza: se tal se desse (não escrevi "se tal cedesse" - observação sem propósito), o Brasil converter-se-ia no epicentro da Terceira Guerra Mundial e seria o primeiro país a virar pó, e o tal L nem sequer um arranhão sofreria, pois ele estaria a fazer o que sabe fazer de melhor, viajar por terras estrangeiras.

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Galaxy Trio - Drackmore, o Déspota (Galaxy Trio in: Drackmore, the Despot) - desenho animado.

No espaço sideral, os três super-heróicos tripulantes de Condor Um recebem, do QI Intergaláctico, mensagem, que carrega a uma ordem: que eles se dirijam ao planeta Paraíso Dois, localizado no Cinturão da Tranquilidade, para verificarem um fenômeno misterioso que lá ocorreu com as naves que para lá haviam ido e que de lá não regressaram. E Condor Um, carregando em seu ventre o Homem-Vapor, o Homem-Meteoro e a Mulher-Flutuadora, atende ao chamado. E no Planeta Paraíso Dois, o poderoso trio depara-se com um déspota, Drackmore, ser crudelíssimo que mantinha acorretados povos inteiros. E o trio mais valente e poderoso da galáxia decide enfrentá-lo e libertar os escravos.

Esta aventura heróica, um episódio da história da galáxia, está registrada, e para sempre, nos anais da História Universal.

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Frankenstein Jr. - O Gigante Mau que era gênio (Frankenstein Jr. in: The Gigantic Ghastly Genie) - desenho animado.

Jamais imaginou a senhora Shelley que seu filho mais querido, mais amado, mais admirado, mais popular, mais temido, o monstro, e não o doutor, um dia daria à luz um robô gigante. É claro que, e eu não precisaria dizer, que ao nascer, o rebento de Frankenstein, o monstro, e não o doutor, era uma criatura fofinha e rechonchuda, e graciosa, e rosada, e não um colosso robótico, maquinal, repleto de parafernálias saídas da cabeça inventiva do Professor Pardal. Mas pode um robô vir à luz minusculamente pequeno e crescer, e crescer, e crescer, e, encorpando-se ilimitadamente, vir a assumir as dimensões grandiosas de King Kong, outro monstro de todos amado e temido? Não. Não pode. Apenas uso de minha liberdade literária para, estendendo-me indefinidamente, nesta resenha escrever algo que, presumo, merece ser lido.

Basta de blablabla, e vamos ao que interessa: é o Frankenstein, o Júnior, um robô, e gigante, tu já sabes, leitor, pois tal está dito acima; ele atende, sem se fazer de rogado, indefectivelmente, ao chamado de Bob, um garoto corajoso e denodado, valente, com quem vive aventuras heróicas, emocionantes, nos quatro quadrantes do universo; neste episódio, eles vão ter às arábias, terras adustas, onde enfrentam um gênio da lâmpada, que atende aos três desejos de um tal de Zorba, homem crudelíssimo, iníquo; e é o embate feroz, sanguinolento, e mágico, afinal é da terra das mil e uma noites, usando o gênio de seus poderes mágicos e o robô gigante, que, não sendo o Robô Gigante, é gigante, de seus poderes, que, não sendo mágico, parecem saído da cartola, desenrolando-se, a luta, enfim, encontra um fim; e estão no seu fim, como não poderia deixar de ser, a vitória do herói e a derrota do vilão. E cabe perguntar: Que fim levou o gênio?

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Toro e Pancho - Sapo Atleta (Tijuana Toads - Frog Jog) - desenho animado.

São os sapos - quem diria! - criaturas vaidosas. Nesta aventura, que se dá num brejo, Toro, um sapo gordo, balofo, após, num passeio de barco com uma linda sapinha, Flora, uma princesinha, um docinho, com seu corpanzil volumoso afundar o barco, para agradar a sua querida amada, que lhe pede que emagreça, perca peso, e a banha que lhe incha o perfil, vendo-se em apuros, sem saber o que fazer, acolhe uma exortação, que lha faz Pancho, um sapo magricela, de bem com a vida: que Toro dedique-se às atividades físicas. E Toro, acolhendo-lhe a sugestão, lança-se à aventura: dedica-se de corpo e alma às atividades físicas: levanta halteres, e corre, e corre, até que... O que acontece?! Se o cartunista, tal qual Zeus, o deus do Olimpo, brincalhão que só ele, intromete-se na história! É a aventura de Toro um sonho apenas?! Um sonho num dia de verão?!

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Num certo país, de um desconhecido planeta de uma galáxia desconhecida...

Num certo país, de um planeta muito distante de uma galáxia ainda mais distante, seu chefe-maior, o indigníssimo mentecapto, o desonestíssimo cadáver semi-vivo putrefato, o horribilíssimo sevandija descerebrado, a expelir, pelo canal excretor, as suas estupidíssimas palavras fedorentas, que lhe recheiam o intestino, que lhe preenche todos os malcheirosos interstícios de sua horrorosa cabeça, dissemina a graveolência excrementícia de seus pensamentos luciferinos por todo o território que lhe está sob o governo, assim poluindo a atmosfera, e, consequentemente, apodrecendo o cérebro, dos seres que o possuem, a ponto de liquefazê-lo, fazendo daqueles agora desmiolados monstruosidades escalafobéticas e estúpidas incapazes de emitir um pensamento que não venha embrulhado com duas camadas de excremento solidificado de consistência de concreto. E a breguíssima e estupidíssima consorte do indigníssimo chefe-maior, espécime esquisitíssima, criatura bizarra, espantosamente ridícula, estranhíssima, emite, sempre que arreganha a cloaca, asneiras e patetices miasmáticas tão potentes que idiotizam e emburrecem e estupidificam cérebros poderosos.

A dupla indigníssima, das mais estúpidas que já pisou nas terras daquele certo país daquele afastado planeta daquela ainda mais afastada galáxia, tem o dom da destruição universal.

E após uma geração sob o governo de tais seres, o povo daquele certo país, daquele longínquo e distante e afastado planeta daquela ainda mais longínqua e distante e afastada galáxia, pereceu, e de sua existência não se conhece nenhum vestígio.

Notas: as palavras acima foram copiadas de uma página de um documento extra-terreno, a única que dele o tempo preservou, e convertidas para os idiomas terráqueos. Calcula-se de tal documento sua idade em três centúrias. Não se sabe de que país, de que planeta, de qual galáxia se refere. Desconhece-se o nome de seu autor e o seu título.

Observação: para a nossa felicidade, a de terráqueos, não temos que nos preocupar com tipos humanos que se equivalem em estupidez, ignorância, indignidade, iniquidade, ao indigníssimo chefe-maior daquele incerto país daquele desconhecido planeta daquela ainda mais desconhecida galáxia e de sua indigníssima consorte.

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