quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Vários

 João Dória quer obrigar todos os paulistas a tomarem a vacina.

Há quem afirme que a vacina será uma picada de agulha na bunda. Portanto, quem quiser tomar a vacina, pica na bunda.

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Li por aí: "Mesmo após a vacinação contra o corongavírus, todas as pessoas terão de respeitar o isolamento e o distanciamento sociais, usar máscara e passar álcool-em-gel nas mãos, enfim respeitar todas as recomendações obrigatórias ditadas pelas autoridades sanitárias desde Março deste ano, para reforçar o sistema imunológico." Não entendi bulhufas! Juro que também não entendi patavinas!

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Li não me lembro onde, e nem quero me lembrar: "Mesmo vacinada, a pessoa poderá transmitir o, e ser infectada pelo, coronavírus." Não entendi. Então, vacina pra quê!?

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O importante não é o conhecimento que se tem, mas o que se faz com ele. Há quem acredita que temos o dever de acolher como corretas as orientações de médicos e cientistas no tocante (evocando o querido e amado presidente Bolsonaro) ao combate ao mocorongovírus (diria meu amigo Barnabé), porque eles têm formação médica, científica. Ora bolas, Josef Mengele, nazista, era médico. E o que ele fez com todo o conhecimento que possuía de medicina? Salvou vidas? Não. Ajudou pessoas? Não. Usou de seu gênio, de seus profundos conhecimentos em medicina, ele, um nazista, para matar pessoas, submeter pessoas a experimentos terríveis, desumanos.

Os fanáticos adoradores dos homens de jaleco branco querem agendar uma consulta com o doutor Josef Mengele? Não há com o que se preocupar. Ele é médico.

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"Tal coisa é assim e assado.", afirma o estudioso, seja ele um cientista, seja ele um intelectual, peito cheio de arrogância e estupidez, no esforço de se impor ao seu simplório interlocutor, que, não encontrando consistência no que dele ouviu, replica: "Seu argumento não tem pé, nem cabeça." E segue o diálogo entre os dois homens: O estudioso: "Você tem diploma universitário?" "Não." "Você leu tal e tal livro do Fulano, estudioso premiado em todo o mundo?" "Não." "Eu li. Portanto, eu, que tenho diploma universitário e li tais livros, sei das coisas do mundo, e você não." E assim, com exibição de autoridade, e não com a exposição de seus argumentos numa demonstração que dele revele compreensão do assunto em discussão, o estudioso impõe-se ao seu interlocutor.

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"O Bozonaro 'tá causando muitos incidentes diplomáticos com os Estados Unidos e a China. Se estes dois países se unirem contra o Brasil, os brasileiros comeremos o pão que o diabo amassou." "E o que você propõe, anti-bolsonarista?" "O Bozonaro tem de evitar incidentes diplomáticos com os Estados Unidos e a China." "E como ele irá evitá-los?" "Você é muito burro, bozominion. É fácil: Basta o Bozonaro fazer tudo o Biden e o Xi Jiping mandarem." "Mas, assim, ele entregará o Brasil para o Bidê e o Xixi." "Não interessa, bozominion. Não interessa. O importante é evitar incidentes diplomáticos com os Estados Unidos e a China." "Então 'tá, então." "Você não entende política, bozominion. Você é gado do Bozonaro, aquele nazifascista da extrema-direita burguesa neo-liberal escravocrata e radical. O Bozonaro, o seu Mito, está entregando o Brasil para o Trump, aquele capitalista imperialista da burguesia nazifascista ultra-conservadora e racista. O Brasil é dos brasileiros, bozominion. Entenda isto."

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Dia 7 de Setembro do 2020, feriado nacional, segunda-feira.
Nos dias 5 (Sábado), 6 (Domingo) e 7 (Segunda-feira) de Setembro deste ano, milhões de brasileiros deram banana ao corongavírus, e foram banhar-se, ao sol, nas águas salgadas de todo o litoral brasileiro. E doutorzinhos pandemaricas, histéricos, anteviram o apocalípse: Pilhas de cadáveres a juncarem o chão de todo o nosso querido Brasil, nos dias seguintes à exibição de irresponsabilidade pelos seminus e suados banhistas. E o que se viu nas duas semanas seguintes, e no restante de Setembro, e em Outubro e Novembro? Queda consistente dos casos de infecção e mortes pelo chinavírus. E os doutorzinhos pandemaricas frustraram-se, pois não morreu o tanto de gente que eles previram; e recolheram-se ainda mais fundo no interior de seu tugúrio mental, encolhidos em posição fetal, a resmungar maldições luciferinas, enraivecidos; alimentaram o ódio homicida pelas pessoas que ousaram ignorar-lhes o agourento vaticínio e desprezaram os fatos. Os brasileiros, aos milhões, aglomerados, esfregando-se, seminus, nas praias de todo o país, não causaram o aumento de casos de infecção e morte pelo vírus chinês. Página virada. E os doutorzinhos pandemaricas deram-se por vencidos? Não. Eles não desistiram do projeto de amedrontar todo o povo brasileiro. Não deram o braço a torcer. A profecia cataclísmica estava correta, mas os brasileiros - irresponsáveis, genocidas - e o mocorongovírus (diria meu amigo Barnabé) decidiram deixar suas diferenças de lado, aliaram forças e não cumpriram a profecia anunciada pelos doutorzinhos pandemaricas. Agora, nas festas de Natal e de Ano-Novo, os doutorzinhos pandemaricas, oraculares, profetizam: O Corongavírus espalhar-se-á por todo o território brasileiro, pois os brasileiros, irresponsáveis, egoístas, genocídas, aglomerar-se-ão no interior de suas casas, o que redundará na rápida, acelerada, disseminação do chinavírus; e milhões de brasileiros morrerão. E realizar-se-á tal profecia escatológica? Não. É ela fruto da imaginação doentia de doutorzinhos histéricos, que sucumbiram ao medo, perderam a capacidade de, com um pingo de sensatez, ponderarem a respeito dos fenômenos mais comezinhos do nosso mundo. E darão o braço a torcer, assim que conheceram a incorreção de sua profecia? Não. O carnaval está logo adiante. E os doutorzinhos pandemaricas, histéricos, entoarão suas cantilenas miasmáticas: milhões de brasileiros morrerão infectados pelo coronavírus. E tal profecia não se realizará.
E seguem-se novos capítulos da tétrica aventura.
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-Você é idiota, bozominion. Você não vai tomar a vacina por quê? A vacina é produto da ciência. Desenvolvida e produzida, nos laboratórios da indústria farmacêutica, por cientistas sérios e responsáveis. Você é negacionista.
- Ô, pandemaricas, deixe de ser besta. Você é só um babaca que se acha a última bolacha do pacote. A cloroquina, que você tanto difama, e que você se recusa a tomar, foi desenvolvida e é produzida, por cientistas sérios e responsáveis, nos laboratórios da mesma indústria farmacêutica que desenvolveu e produz a vacina.
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O carinha é vagabundo, safado e patife. Vai à universidade. E cinco anos depois ganha o seu diploma. E deixa de ser vagabundo, safado e patife? Não. Antes, ele era um vagabundo, safado e patife sem diploma, e ninguém o levava a sério. Agora que ele é um vagabundo, safado e patife diplomado é reputado homem íntegro.
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"O Bozonaro não faz as próprias obras. Ele só termina as obras do Lula. A obra de transposição das águas do Rio São Francisco é do Lula. O Bozonaro roubou-a dele." "Não existe obras do Lula, do Fernando Henrique, da Dilma, do Temer, do Bolsonaro, ô, abestado. As obras públicas são obras de Estado, e não do Fulano, do Beltrano, do Cicrano. Obras financiadas com dinheiro público são feitas para o bem de todos. No Brasil, pertencem ao povo brasileiro. É com dinheiro do povo brasileiro que se faz obras públicas. Entendeu, ô, desmiolado. Cabeça de bagre, a obra de transposição das águas do Rio São Francisco não é do Lula. Você queria o que, ô, miolo de pão?! Ouça-me com atenção, zé-mané: O Lula começa a construir a obra de transposição das águas do Rio São Francisco na margem esquerda deste rio, mas não a conclui durante o seu mandato; e nem durante o mandato da estocadora de vento ela é concluída, e nem durante o do senhor Temeroso. Aí, preste atenção, ô, desparafusado, o Bolsonaro é eleito presidente do Brasil. E ele vê a obra, abandonada, de transposição das águas do Rio São Francisco. E sabe de sua importância para os nordestinos, e da sórdida indústria da seca, e do despudor dos coronéis e potentados locais, e dos contratos escusos entre governos do Nordeste e empresas de caminhões-pipa. Decide, então, retomar a obra. E em poucos meses a conclui. E o povo daquela região seca, árida, adusta, livra-se dos inescrupulosos coronéis. Ponto para o Bolsonaro, que assumiu sua responsabilidade. E felicidade aos nordestinos, que podem vislumbrar um futuro alvissareiro. Está me acompanhando, intestino de piolho?! Esta é a história que conhecemos, a verdadeira, que se desenrola diante de nossos olhos. É para nos alegrarmos. Mas você... O que você queria, ô, cabeça de pote! Você queria que o Bolsonaro abandonasse a obra iniciada pelo Lula e construísse uma obra de transposição das águas do Rio São Francisco pela margem direita do rio? O Lula é o dono das águas do Rio São Francisco, é, ô, inteligência?! Ele é o dono do Rio São Francisco? Ele é o dono do Brasil? Todas as obras que ele, segundo você, começou a construir só ele pode terminar de construir? Só o Lula pode concluir as obras do Lula?! O Lula está predestinado a ser o salvador do Brasil?! Em que livro você leu tal despautério, ô, unha de gambá? Um desarrazoado de tal monta só brota em cabeça de gente sem miolo. Não existe, repito, ô, cabeça de cuia, obra do Lula, obra do Temer, obra da estocadora de vento, obra do Fernando Henrique, obra do Bolsonaro. Obras públicas financiadas com dinheiro público são obras de Estado, para o bem do povo. Entendeu, ô, casca de siri? E faça-me um favor; melhor, dois: Feche a matraca e vá pentear macaco."

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