sábado, 18 de novembro de 2023

várias notas

 


Bolsonaro, a crise econômica, e os antibolsonaristas.


Impressiona-me a desfaçatez de certos anti-bolsonaristas fazoeles, e anti-bolsonaristas isentões, que são, digamos a verdade, fazoeles que, mesmo que já tenham saído do armário, esforçam-se, em vão, para se apresentarem como pessoas que não se inclinam nem a favor do Bolsonaro, nem do Lula. Tais antibolsonaristas, lá pelos idos de 2.020, no primeiro ano do triênio da histeria coletiva, fenômeno que consumiu o cérebro de centenas de milhões de pessoas, sentenciavam "Fique em casa; a economia a gente vê depois.", certos de que uma crise econômica - "a economia a gente vê depois" - adviria da política insana, que muitos políticos implementaram, de paralisação das atividades comerciais - "fique em casa". E naquele primeiro ano, gente sensata entendeu ser correta, apropriada, outra política para se combater o vírus  que quase todos os espécimes da espécie de vida mais inteligente da Terra temeram sem que ao menos soubessem o perigo que ele representava - a imagem que dele construíram em imaginação é uma obra de ficção sem qualquer contato com a realidade: é o resultado do bombardeio midiático e internético cujos artefatos bélicos, detonados, liberam gases que provocam o medo-pânico em todas as pessoas que, atingidas, não têm força mental, psicológica e espirtual para resistir-lhes aos efeitos. Ora, sabiam tais fazoeles e isentões que redundaria da política irresponsável e inconsequente, a do Fique em Casa, para eles a mais responsável, correta, sensata, que se poderia conceber e implementar, uma crise econômica, e dispuseram-se a pagar o preço, pelo bem da humanidade, claro. E assim foi. Tal política foi implementada em todo o território brasileiro. E a crise econômica veio, mas não com o poder destrutivo previsto: a economia brasileira caiu uns 4% em 2.020 e no decorrer do ano de 2.021 enfrentou alguns dissabores. E não demorou muito tempo muitos antibolsonaristas Fique em Casa, heróis do que se convencionou chamar de epidemia, misteriosamente, e inexplicavelmente, esqueceram-se da política intitulada "do lockdown" e trataram de culpar o então presidente do Brasil, o senhor Jair Messias Bolsonaro, pelos percalços econômicos que o Brasil enfrentava. Fenômeno curioso este. Que o Brasil tenha enfrentado apuros econômicos, é fato. Mas a culpa recair no presidente da República quando se sabe que a crise econômica foi uma consequência de uma política insana, que ele não apoiou, é algo inexplicável. Além do mais, não se pode deixar de dizer, apesar da queda do Produto Interno Bruto em 2.020 o Brasil não se deparou, nos três anos subsequentes, com nenhuma crise econômica, e entregou o presidente Jair Messias Bolsonaro para o seu sucessor um país melhor do que havia recebido de seu antecessor: o índice de desemprego menor uns três pontos percentuais, o PIB recompondo-se do tropeço de 2.020, a inflação controlada. E não há antibolsonarista que possa dizer o contrário.


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O governo dos pobres, dos justos, dos bons.


Em um certo país, cujo nome eu me recuso a escrever - e sei que tu, leitor, ao ler este comentário, que é curto, não saberás identificá-lo -, os eleitores, que são dezenas de milhões, do atual presidente, homem de sabedoria socrática, beleza apolínea, inteligência salomônica, astúcia ulisseia, charme donjuanesco, voz argentina - embora não seja ele um argentino -, sabem o que ele está a aprontar, e entendem que o que ele está a aprontar compete para o mal do povo que, supõem os inocentes ingênuos, ele beneficia com as suas políticas erráticas, e muitos dentre eles fazem que nada sabem, que de nada tomam conhecimento, que nada entendem, dão, em outras palavras, uma de joão-sem-braço, e outros, dotados de cara-de-pau indisfarçavelmente desavergonhado, tergiversam e emprestam às políticas dele valores outros que não aqueles que lhes pertencem. Não são inocentes. Nenhum deles. Sabem o que se passa em tal país, entendem o mal que se está a disseminar pelo atual governo. E por que penso tal?! Ora, os eleitores do presidente do país em questão são pessoas muito bem informadas, e de tal se orgulham; sabem o que em tal país se passa: assistem, diariamente, aos telejornais das mais importantes emissoras de televisão do país e lêem os títulos das matérias de capa dos principais jornais impressos e dos mais populares portais de internet, atividades intelectuais que fazem de tal gente pessoas muito bem informadas. Além do mais, não se pode negar, os eleitores do atual presidente da nação à qual estou a aludir, curiosos, e é a deles curiosidade irresistível, contra ela nada podem, vira e mexe acessam, nas redes sociais, páginas dos eleitores do político derrotado no mais recente pleito eleitoral, para saber o que eles estão a falar do atual presidente, de suas políticas, e de seus ministros, e nisso vêm a saber de coisas que a imprensa, a tradicional, que é confiável, que faz bom uso, porque não tem rabo preso com ninguém e não vive de verbas governamentais, da liberdade de imprensa e da de opinião, inexplicavelmente não publica, das quais não trata, e se delas trata esforça-se, inexplicavelmente, em vão, digamos a verdade, para emprestar um verniz favorável ao governo. Não há inocentes na história, que se está a escrever, de tal país. Os eleitores do atual presidente do país de que estou a tratar sabem o que se passa, e muitos deles estão constrangidos, daí o deles silêncio tumular acerca das políticas dele, mas um punhado deles, não sei se digo corretamente, corajosamente estão a subscrever-lhe publicamente as políticas malsãs, corruptas, criminosas, no que se revelam tão moralmente podres quanto o socrático, apolíneo, salomônico, odisseu e donjuanesco líder de voz argentina. Estou a me repetir. E repito: não há inocentes entre os eleitores do atual presidente do país que, estou certo, leitor, tu não és capaz, ao ler este meu comentário, de identificar.


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Floresta em chamas e inundações.


Era uma vez, um reino encantado, de povo bondoso e carinhoso. E era seu rei e sua rainha seres elegantes e charmosos sempre a ataviá-los indumentária magnifica a abrilhantar-lhes os belos, esbeltos talhes. E dentre os ministros de Estado de tal reino, uma sapiencial criatura da natureza, híbrida de quelônio e um habitante de outro planeta, diante de dois fenômenos naturais que devastavam o reino, no norte o fogo, que pulverizava a sua exuberante floresta, no sul a água, que punha submersas as suas cidades, ao povo com sua voz cativante explicou-os e discorreu acerca das medidas reais que o reino executaria para auxiliar as pessoas pelos devastadores fenômenos flagelados. E foram estas as suas palavras, que tranquilizaram todo o povo do reino encantado: "O fogo queima; a água molha. O fogo queima o que pode ser queimado; a água molha o que pode ser molhado. No norte, o fogo; no sul, a água. O fogo põe em chamas cidades e seca os rios; a água dos rios transborda e põem submersas cidades. Os dois fenômenos convergem para um, e o mesmo, ponto, que é único, e sendo único, e porque único, é indivisível, e reunidos em sua unicidade solitária transfiguram-se na ordem caleidoscópica da estrutura do cosmos, que ainda não principiou seu estado de entropia universal, vindo a perfazer um emaranhado quântico quadridimensional de sutileza equivalente à inteligência espectral de um tubo tetradimensional que abre uma fissura na tecitura enxadrezada do tecido, tricotado pela força cósmica do ovo primevo e primacial, do espaço-tempo temporal e espacialmente unificado num todo imarcescível a solidificar a constituição ígnea e aquática, quente e fria, do edifício sempiterno cujos alicerces sustentam a magnífica alma espiritual do universo e cuja arquitetura reproduz o esplendoroso intelecto da entidade celestial cujas unhas agadanhadas estão firmemente agarradas às franjas das bordas limítrofes do infinito território holográfico dos corpúsculos infinitesimais atomizados numa gigantesca construção etérea que a mente humana é incapaz de em imaginação conceber e em cognição apreender mental e psicologicamente. Estamos os ministros deste reino encantado e o rei e a rainha atentos para os males que o fogo e a água estão a realizar, e temos ciência de que temos de ao povo, que muito amamos, deste reino encantado dizer: acostume-se com o fogo e a água, o fogo a queimar, a água a molhar, pois, afinal, além de o fogo e a água serem fenômenos naturais, estamos a enfrentar mudanças climáticas irreversíveis. Habitue-se com as desgraças que a natureza está a empreender. E fortaleça-se. E para auxiliar o povo, que tanto amamos, o rei e a rainha sua consorte instituem um imposto sobre as desgraças que o fogo e a água estão ao povo a provocar; assim, com os cofres repletos de moedas de ouro, de prata e de bronze, o rei e a rainha, a secundá-los todos os seus ministros, correrão mundo a exibirem para reis e rainhas de todos os outros reinos imagens dos flagelos que atingem o nosso reino. E assim todos saberão o que em nosso reino se passa com o povo, e o povo, ciente de que o mundo sabe o que aqui se passa, encontrará a paz de espírito que com tanto ardor e fervor procura."


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A imprensa, e Bolsonaro, e Lula.


Que a imprensa brasileira tenha batido no presidente Jair Messias Bolsonaro durante os quatro anos de seu mandato, entendo. Que a imprensa brasileira não esteja batendo no presidente Luis Inácio Lula da Silva neste primeiro ano de seu mandato, não entendo. E tampouco entendo porque a imprensa, neste ano, bateu no antecessor do atual presidente. E entendo menos ainda porque a imprensa sai, açodadamente, em socorro do atual governo sempre que este se vê em maus lençóis: foi assim no caso a envolver certa ministra apontada como amiga íntima de milicianos cariocas; foi assim no caso da ação irrefletida e da realidade desconectada da vice-presidenta ao desembarcar na terra dos hindus enquanto o Rio Grandre do Sul estava submerso; foi assim no caso escabroso da respeitável senhora, cujo cônjuge é um respeitável senhor do Comando Vermelho, em visitas oficiais a representantes do governo; e é assim em relação às queimadas na Amazônica, à seca no norte do país, às enchentes no sul do país, à violência no Rio de Janeiro, na Bahia, no Rio Grande do Norte, e outras coisinhas insignificantes.

Não entendo, juro que não entendo, e juro de pés juntos (ou seria de mãos juntas?!) as posturas da imprensa, a de ontem e a de hoje. Não entendo porque a imprensa bateu no Bolsonaro, e bateu tanto, a ponto de culpá-lo por fenômenos naturais devastadores que ele não causou - e é o melhor, o mais emblemático, e o mais historicamente relevante, a extinção das girafas da Amazônia -, e porque está a agir sempre em favor do governo Lula. Não entendo. Talvez um dia eu entenda tal fenômeno, tão singular! tão inusitado!

E para encerrar este farelo: percebi que de um mês até a presente data portais da internet e sites de vídeos, que até outro dia dedicavam-se apenas a um tema, Bolsonaro, do Bolsonaro, o Jair, e da família dele, quase nada mais falam; os temas, agora, são outros: guerra entre Israel e Hamas; fissura, provocada por tremores de terra causadas pela erupção de um vulcão, no chão de uma pequena cidade da Islândia; briga, e briga feia, entre uma bela, esguia, de talhe escultural, porte helênio, modelo brasileira de nome, penso, germânico, e seu marido; acidente de avião que vitimou não sei quem; colisão entre duas espaçonaves alienígenas nos arredores da constelação de Órion; o buraco negro racista; a tempestade solar que atingirá a Terra em 2.024; e outras coisinhas mais. Parece-me que a imprensa não tem mais histórias do grotesco e do arabesco a envolverem o presidente Jair Messias Bolsonaro, e tampouco está disposta, sabe-se lá porquê, a repetir, como o vinha fazendo, aquelas histórias que explorava à exaustão e que reeditava de tempos em tempos: a das jóias; a do ráquer; a do golpismo; e sei lá eu quantas outras. Diante do que se vê, pode-se prever que daqui em diante a imprensa tenderá a bater no Lula Paz e Amor, o homem que ao povo prometeu picanha e não cumpriu a promessa?! Oxalá tal se dê! Alvíssaras!


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A mais poderosa variante covid veio, foi-se, escafedeu-se, e ninguém viu.


Há mais o que contar da extensa novela covidiana: a mais poderosa das variantes, que vareiam randomicamente, incessantemente, do covid, bicho natural, ou artificial, os estudiosos ainda não chegaram a um consenso, veio, disseram que veio, foi, e tomou chá de sumiço. Eu se esqueci de dizer que antes de vir a tal variante, a Eris G5, ou 5G, sei lá eu, talvez eu esteja a confundir alhos com bugalhos - não sei o que é bugalho, aproveito a oportunidade para dizer -, os cientistas renomados, aqueles que dizem o que as pesquisas indicam, anunciaram, para Setembro deste ano de 2.023, a chegada - de onde?! meu Deus! de onde?! - da tal Eris, aquela que viria, a pior, ou a melhor, a depender do ponto de vista - Mardito sejas, Albert! - dos filhotinhos do Covid, este, até agora os sabidos não chegaram ao entendimento, um ser natural, ou dotado de inteligente artificial, de quaisquer formas escapado, ou deixado escapar, de uma sucursal do inferno. E quando foi que lhe anunciaram a chegada as agourentas fúrias de cara de fuinha?! Antes de Setembro, obviamente. Estariam abertos, escancarados, os portões do inferno assim que a Eris principiasse a carnificina. E vaticinaram os quiromantes o Apocalipse. Mas alguma coisa deu errado, e a coisa que deu errado deu bem errado: a tal Eris, parece-me, morreu antes de nascer. Não foi uma quimera demoníaca natimorta, não. Nem nascer nasceu a maldita criatura. Estou a ponto de acreditar que toda a história não passou, diria a Emília, de uma peta, e peta mal e mal urdida. Menos mal! Azar o nosso que no ano de 2.020 aquela história cujo protagonista é o tal Covid, um conto do arco-da-velha, da carochinha, do Pedro Malazartes, pegou, colou. Engoliram-la trilhões de seres humanos. E deu no que deu. Ainda bem que, parece, o mundo despertou, acordou para a realidade, e não caiu na conversa fiada dos anunciadores do Ragnarok. Balder vive! A Serpente de Midgard dorme!

A Eris, se veio, veio, não fedeu, cheirou tampouco, foi-se, e foi-se sabe-se lá para onde, e, profetizo, jamais dará o ar de sua graça.


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Do que os humanos precisamos?


Os humanos precisamos de Robinson Crusoé e Sexta-Feira, de Odisseu, Gulliver, Mogli, de Dartagnan, Athos, Porthos e Aramis, de Quasímodo, de Sherlock Holmes e Watson, de Romeu e Julieta, de Aladin, Simbad, Pequena Sereia, Branca de Neve, Maigret, Frankenstein, Drácula, James Bond, Alice, de Dom Quixote e Sancho Pança, de Robin Hood, Pinóquio, Emília, Hari Seldon, Peter Pan, de Jekyll e Hyde, e de tantos outros personagens da literatura universal. Os humanos precisamos de mais fantasias, de mais maravilhas, de histórias que nos encantam, de aventuras que nos fazem viajar para outros tempos, outros países, outros planetas, outras galáxias, outros universos, outras dimensões, de coisas que expandem a nossa imaginação, nos façam mais receptivos às maravilhas do mundo. Não precisamos de mais teorias sociológicas, psicológicas, antropológicas, históricas, filosóficas, que nos confundem e embaralham a nossa percepção das coisas do mundo. Sequer sabemos a origem das teorias das ciências sociais - e temos de nos perguntar o que há de científico em tais ciências. Estão a nos embaciar a vista, a eclipsar o nosso entendimento, as teorias sociológicas, antropológicas e outras monstruosidades assemelhadas. Estudiosos, após décadas a se dedicarem ao estudo das coisas sociais, da história da civilzação, do comportamento humano, ao discorrerem acerca dos eventos políticos e sociais que se desenrolam diante de nossos olhos nada mais dizem do que asneiras, e daquelas bem grossas, rematadas tolices - e muita gente se deixa engabelar pelas palavras de tais sábios, e não pelos pensamentos deles, que não apreende, porque inexistentes, de tão mesmerizada pelos títulos que eles orgulhosamente ostentam. As palavras deles assumem aos olhos dos facilmente sugestionáveis ares de chaves que abrem as portas para mistérios insondáveis que só os iniciados são capazes de acessar. Muito do se lê de autoria de intelectuais e do que se ouve do que sai da boca deles nada mais é do que o canto das sereias, o som harmonioso da flauta de Hammelin - e quem não cobre os ouvidos, seduzido pelos cativantes, irresistíveis cantos e música cai em desgraça. Há exceções que confirmam a regra, é claro. Mas quem é capaz de destacar as exceções?!

As aventuras fictícias, saídas da cabeça de gente privilegiada pela imaginação, fazem-nos a nós humanos muito mais bem do que as pessoas desprovidas de imaginação podem imaginar. Que venham outros nomes a criarem outros Crusoés, Sherlocks, Dráculas, Pinóquios, Romeus, Aladins...

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