quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Várias notas

 


- Por que você nunca acreditou no Fulano de Tal, que disse que deve-se respeitar tais e tais protocolos para se combater a doença? Ele é cientista e médico. Tem diploma universitário, e ganhou vários prêmios nacionais e internacionais.

- Diploma universitário e prêmios nacionais e internacionais são certificados de honestidade?


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É sensata a pessa que, há dois anos, entendeu ser correto que todas as pessoas permanecessem, indefinidamente, trancadas em suas casas, até o dia em que os omnissapientes, celestiais cientistas criassem o elixir milagroso, e o produzissem, e o injetassem em bilhões de pessoas? Indefinidamente?! Sim, pois, no capítulo de abertura da história apocalíptica cujo princípio encontra-se nos primeiros meses de 2.020 ninguêm sabia quando o elixir seria criado.


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Bolsonaro abre a boca, reclamam: "O Bozo falou muito, e só falou besteira!" O Bolsonaro mantêm a boca fechada, reclamam de novo: "O Bozo tem que falar!" Bolsonaro abre a boca, reclamam uma vez mais: "O Bozo falou pouco, e só falou besteira!" Que diabos!


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Analfabetos e semi-analfabetos que usam e abusam de "o beudo", "as galinha vuô", "vo ponhá as rôpa no varau", "os pobrema", "eu se esqueci", são infinitamente mais cultos e inteligentes do que os universitários que usam e abusam de "masculinidade tóxica", "empoderamento", "amor intergeracional", "feminicídio", "aborto de feto", "alunxs", "gênero não-binário".


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Diziam os antibolsonaristas, até outro dia, que o presidente Bolsonaro só falava besteira. Desde domingo, ele em silêncio, exigiram que ele falasse; ele falou. E agora reclamam que ele falou pouco, quase nada, e nada de importante. Queriam que ele dissesse o quê? Se ele fala muito, reclamam. Se ele não fala, reclamam. Se ele fala pouco, reclamam. A verdade verdadeira é: faça o presidente o que ele fizer, os antibolsonaristas irão reclamar, irão xingá-lo, pois não estão interessados em saber o que ele faz, o que ele não faz, o que ele diz, o que ele não diz. Está certo ele fazer o que fez: falar apenas o que tem de falar, e não o que querem que ele fale, e mandar os antibolsonaristas plantar batatas.


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Nas suas arruaças, os militantes esquerdistas infalivelmente bloqueavam ruas, e agora reclamam dos caminheiros, que estão a bloquear ruas. Não têm os esquerdistas moral para dizer o que quer que seja. Certo está o presidente, que pede que os manifestantes de direita manifestem-se pacificamente, ordeiramente, respeitando o direito de ir e vir de todo brasileiro.


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Em 2.018, tão logo encerrada a apuração, Bolsonaro eleito presidente do Brasil, os antibolsonarista estribilharam "Resistência é sobrevivência!", iniciando um movimento de oposição ao presidente, e pediam-lhe, antes mesmo da posse dele, que o arrancassem do Palácio do Planalto. E desde então fazem-lhe oposição insana, e demonizam-no. E agora estão a reclamar dos bolsonaristas, que iniciam uma resistência ao tal "L". Ora, o que vale para o Chico, vale para o Francisco.


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Assisti a uma cena divertidíssima: uns eleitores do tal "L", gente que sempre demoniza os policiais, alcunha-os fascistas, condena-lhes o que chamam de letalidade policial, assim que tiveram roubados seus celulares, foram até uns quatro policiais, e suplicaram-lhes, esganiçadamente, que tomassem alguma providência contra os criminosos. Criminosos, não, perdoem-me: meninos, vítimas da sociedade, suspeitos.


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Quem sempre apoiou os militantes de esquerda em suas arruaças, bloqueios de estradas, quebradeiras em geral, e agressões físicas, enfim, em atos de violência, não tem, hoje, autoridade moral para reprovar quem está a bloquear estradas. Se sempre foram favoráveis às ações de força, por que agora são contra?


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Eleitores do tal "L" estão a condenar os caminhoneiros, que bloqueiam estradas, e calam-se a respeito do vandalismo que multidões protagonizaram no Ceasa, em uma loja da Havan, e das manifestações de criminosos a comemorarem a vitória do tal "L".


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Há dois anos, os Fique Em Casa amaldiçoaram as pessoas que, não tendo um tostão furado no bolso para comprar alimentos, queriam gozar do direito de trabalhar e arrumar uns trocados para terem o que pôr na mesa de sua família. Foram indiferentes à angústia deles, ao medo que lhes atassalhava o espírito à perspectiva de não terem o que comer. Agora, os Fique Em Casa, aterrorizados à perspectiva de vir a ocorrer o desabastecimento de supermercados, e, portanto, mesmo tendo dinheiro no bolso, não terem o que pôr na mesa, difamam os caminhoneiros e os brasileiros que os apóiam. Há dois anos, egoisticamente, atentos cada um deles exclusivamente ao seu umbigo, viraram às costas aos que, pobres, queriam trabalhar - e declaravam-se heróis a lutar pela saúde coletiva; agora, egoisticamente pensam cada qual no prato que tem sobre a mesa - e declaram pensar no bem do Brasil e dos brasieiros.

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