sábado, 16 de julho de 2022

Notas breves e um filme

 

Macron, Shinzo Abe, Elon Musk, Bolsonaro. Disney. E outras notas breves.

Dizem por aí que está o Emmanuel Macron em maus lençóis devido ao seu envolvimento, que não está bem explicado, com uma empresa de aplicativo de condução de passageiros - não sei se é assim que se diz -, o UBER. E em maus lençóis também estariam, e por outras razões, o Justin Trudeau e o primeiro-ministro da Itália. Ouvi dizer, também, que o primeiro-ministro da Itália estava para renunciar, ou renunciou, não sei, ao seu cargo, mas o presidente recusou atender-lhe ao pedido.
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Assassinaram o ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aliado do Donald Trump, crítico feroz da China e apoiador de Taiwan. É tal crime um dos mais importantes, senão o mais importante, deste ano de 2.022. Infelizmente, à tragédia a mídia em peso dedicou, se muito, uma nota de rodapé, e bem discreta, tímida e envergonhadamente. Compreensível, afinal não é ele um pascácio da patota esquerdizóide que está a pôr a civilização de pernas para o ar.
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É Elon Musk um guardião da liberdade, inimigo visceral daqueles metacapitalistas ocidentais que mandam e desmandam em todo o mundo, ou é ele um salafrário de marca maior fazendo-se de paladino da liberdade, sendo, na verdade, um amigo, ou apenas um aliado, ou então um humilde serviçal, daqueles metacapitalistas que, dizem os admiradores do homem mais rico do mundo, ele jurou combater?
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No governo Bolsonaro reduziu-se, consideravelmente, e admiravelmente, os índices de homicídios, e os espíritos-de-porco declaram de viva voz, desavergonhadamente, que o Brasil nunca viu tanta violência quanto à que se existe após o nosso querido Capitão Bonoro envergar a faixa presidencial.
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Contou-me um passarinho que a Disney, outrora (ou ainda é?) a mais amada, a mais querida, a mais admirada empresa de animação do mundo, está indo de mal a pior porque as pessoas que decidem o teor de suas obras cinematográficas encamparam, doentiamente apaixonados, ou apaixonadamente doentios, em sua integridade, o teor do manual politicamente correto, das políticas identitárias, a ponto de não medir as consequências de suas decisões.
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... e no Sri Lanka o povo se revolta. E não foi por falta de a aviso. Assim que o governo daquele pequeno país asiático implementou insanas políticas ditas ambientalistas, observadores perspicazes previram elevação da inflação de preços de gêneros alimentícios e destes a escassez, e revoltas populares, e crise energética.
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Emmanuel Macron, em tom que não deve ter agradado aos franceses, anuncia o racionamento de fornecimento público de energia, política que é consequência direta do corte abrupto de fornecimento de energia produzida pelos russos ao país de Asterix.
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Noticia-se a melhora de índices econômicos brasileiros: aumento do emprego da população economicamente ativa, controle da inflação de preços, Real valorizado frente ao Dólar, previsão de crescimento do PIB na ordem dos dois por cento neste ano de 2.022. E reconhecem os anti-bolsonaristas o sucesso do governo Bolsonaro na área econômica? Não. Eles declaram, enojados, mal-humorados, que o Brasil não melhorou; que foi o mundo que piorou. Primeiro, tal afirmação é uma inverdade. Segundo, dando-se mão à palmatória, e reconhecendo-se a validade da afirmação dos anti-bolsonaristas, obrigamo-nos a reconhecer que é o governo Bolsonaro competente, afinal, comparando-se o desempenho econômico brasileiro nestes tempos de caos que políticos e empresários produziram em nome de combate a um vírus que veio sabe-se lá de onde com o das outras nações, sobressai-se, com honras, o Brasil.


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Bolsonaro e Trump, e Biden, e Putin. ICMS, e programas sociais, e carga tributária, e arrecadação de impostos. Notas breves.

Ouvi, de anti-bolsonaristas, durante o governo Trump, que o presidente Jair Messias Bolsonaro, servil ao seu congênere americano, estava a entregar o Brasil aos Estados Unidos. Agora, ouço aqueles mesmos anti-bolsonaristas, num momento em que ocupa a cadeira presidencial americana o Joe Biden, que já se revelou hostil ao presidente Jair Messias Bolsonaro, e diante do estreitamento das relações diplomáticas e comerciais entre o governo brasileiro, resumido, este, na pessoa do presidente Jair Messias Bolsonaro, e o governo russo, sintetizado na figura de Vladimir Putin, afirmarem que o presidente Jair Messias Bolsonaro é irresponsável e inconsequente ao manter boas relações com o seu colega russo, a ponto de, inclusive, estando Rússia e Ucrânia, em Fevereiro deste ano, na iminência da detonação de um confronto bélico direto, empreender uma viagem ao país dos tzares, ignorando exortações, que mais parecem ameaças, da Casa Branca, para assinar contrato de importação, pelo Brasil, da Rússia, de ingredientes de fertilizantes, produtos indispensáveis à saúde do agronegócio brasileiro, e, mais recentemente, insistindo em ignorar exortações, que aos ouvidos de quem sabe ouvir soam como ameaças, do governo americano, assinar com o Kremlin contratos de importação, pelo Brasil, da Rússia, de óleo diesel. Alegam os anti-bolsonaristas que a postura do presidente brasileiro pode redundar em aplicação, pelo governo americano, contra o Brasil, de sanções econômicas, o que viria em desfavor do Brasil, prejudicando, consequentemente, os brasileiros. Ora, por que o governo americano iria aplicar sanções econômicas contra o Brasil? Porque está, na ótica dos críticos do presidente brasileiro, o Brasil a ignorar as orientações do governo americano. E o que teria de fazer o governo brasileiro, então, para evitar que o governo americano imponha sanções ao Brasil? Teria de agir em consonância com os conselhos que tão amigavelmente lhe oferece o governo americano. Em outras palavras, que o governo brasileiro seja servil ao governo americano. Mas é claro que os anti-bolsonaristas simulam ignorar - e muitos, penso, de fato o ignoram - o real significado do que estão a dizer. Compreensível. Estão a torcer e torcer o discurso para praticar seu esporte predileto: difamar o presidente Jair Messias Bolsonaro.
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Abaixa o governo federal o valor da alíquota de ICMS que incide sobre os combustíveis, objetivando impedir que o dragão da inflação destrua o poder de compra da moeda brasileira. Não entro no mérito de tal política - desconheço-a em seus detalhes. É minha intenção, nesta nota breve, chamar a atenção para uma das razões aventadas pela oposição ao governo Jair Messias Bolsonaro: a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis irá redundar na redução de investimentos públicos em programas sociais, principalmente saúde e educação. Procede tal crítica? Não estou na minha praia, mas digo que, considerando o pouco que sei a respeito, investimentos em saúde e educação estão garantidos no orçamento, correspondem à certa porcentagem do montante de arrecadação de impostos, que depende da situação econômica, e não da carga tributária, que, ensina a experiência, se extorsiva, a prejudicar a economia, redunda em arrecadação de impostos inferior à que se obtêm com uma carga tributária que não onera os cofres das empresas. Podemos dizer, então, que o dedo que acusa o presidente Jair Messias Bolsonaro de irresponsável e inimigo dos mais pobres está a fazer, única e exclusivamente, demagogia barata.


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A Lista Terminal (The Terminal List - 2.022) - série de televisão - Primeira Temporada - com Chris Pratt.

Em oito episódios, de, aproximadamente, uma hora de duração cada um deles, desenrola-se a trágica, e dramática, e épica aventura de um homem, James Reece (Chris Pratt), um fuzileiro naval dos Navy Seals, em busca de vingança, após sobreviver à emboscada ao seu pelotão, então envolvido numa missão secreta. Único sobrevivente do trágico evento, vê-se num mar de confusões ao reconstruí-lo, evocando os seus momentos finais. Confuso, a atormentá-lo intermitentes, e insuportáveis, dores de cabeça, ao confrontar os seus fragmentos de memória com relatos de outros personagens suspeita que está a história envolta em mistérios infindáveis, ele a se opor ao discurso oficial. Mas ele, embora confuso, ciente de que talvez tenha, devido à explosão que quase o vitimara, sofrido uma concussão cerebral, daí a inconsistência de suas lembranças, estava certo de que envolvera-se numa trama cujos ingredientes não correspondiam com o que os documentos oficiais registravam. E inicia uma jornada sem fim em busca de respostas para as questões que se fazia, a ajudá-lo seu amigo Ben Edwards (Taylor Kitsch), agente da CIA, e Katie Buranek (Constance Wu), jornalista, correspondente de guerra, intrigada com o caso trágico do qual James Reece era o único sobrevivente, e Liz Riley (Tyner Rushing), piloto de avião.
Em um exame médico, descobre James Reece ter um tumor cerebral, cuja causa, vêm a saber, é um medicamento que lhe foi ministrado, e aos seus subordinados seals, sem o seu conhecimento.
Revela-se-lhe a relação, promíscua, e criminosa, entre agentes das forças armadas e da política americanas com uma empresa particular, a Capstone Industries.
É o herói atacado. Enfrenta os seus oponentes, e mata-os. E vai à sua residência, onde encontra, estiradas no chão da cozinha, mortas, sua esposa, Lauren (Riley Keough), e Lucy (Arlo Mertz), sua filha. Aqui, seu mundo se desfaz. E a caçada aos assassinos delas, prevê-se, só se encerrará, o herói disposto a descer ao inferno para cumprir a sua missão, com a morte de todas as pessoas envolvidas na sórdida trama, pessoas cujos nomes ele escreveu na lista, a sua lista negra, e os vai eliminando, no decorrer de sua aventura, um por um, até o ato derradeiro.
É o filme convencional. Não atende às agendas politicamente corretas, às políticas identitárias, ao discurso falacioso de minorias, ao sentimentalismo radical e boçal de militantes, à nefasta cultura da lacração ideológica. Seus produtores ousaram contar uma história, uma simples história, de um homem às voltas com os seus demônios, enfrentando-os com hombridade e coragem admiráveis, em defesa de sua família, de sua pátria, da verdade, para impedir que seu mundo desmorone, e não vir a enlouquecer.
É ótima a série. A narrativa, no ritmo apropriado, nem lento, nem acelerado. Chris Pratt encaixou-se maravilhosamente bem no papel do atormentado fuzileiro naval, atormentado mas consciente do seu drama, preservada a sua integridade, em nenhum momento vindo a perder a sanidade, o que esteve à ponto de se dar em várias ocasiões. Conservou-se firme em seu propósito, e eliminou todos os nomes de sua lista negra, sem hesitar. É James Reece um herói. E o filme que lhe conta a história obra de mérito.

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