terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Três notas

 Não tenho preconceito linguístico.


Preconceito não é comigo. O linguístico, então, não é para mim.

Para provar que preconceito linguístico não tenho escrevi um texto linguisticamente sem preconceitos. E é o texto o que vai, abaixo, sob o título "Eu sô mais eu."

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Eu sô mais eu.


Eu sô mais eu purque sô mais eu e ssô mais eu por que mais eu çô eu e mais niguém é eu porqe ningém é eu e só eu sô heu afi nal qem além de eu é eu halém de mim? Quem? Ninguém. Ninguém hé eu pois se ningém fôce eu eu nãum seria eu e eu seria ninguêm e çe eu fosse ninguém ningêm eu seria afináu eu não podia poder ser eu se eu não fôce ninguém o qe nãu faria de mim áuguém pois, a final, toda via, no entamto, po rém, açim çsendo, eu não hia çe eu e tauveiz neim nem huma ôtra pesçoa que comigo tivésse quáu quer tipo de aço ci ação. Aléim de toda as palavragem que aqi escrevinhei-me a mim mesmo com a caneta esrefrogaráfica ao som do bá ruliemto lidifiqicaficador eu pem çando ca minha kabessa pemsso que cabe acada beçoa sabê a cada um a çi mesmo qem é e quén decha de cê e nem huma ôuntra peçoa.

Zefini omeu tessto nóta déis.


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Os esquerdistas odeiam a Igreja.


Os esquerdistas odeiam a Igreja; então, se defendem, com unhas e dentes, como se defendessem a própria vida - presumo que não erro ao chegar à tal conclusão - um padre ele não é um padre fiel aos preceitos da Igreja, aos ensinamentos de Cristo, mas um esquerdista infiltrado na Igreja a mimetizar os verdadeiros representantes dela e a cooptar os fiéis para uma ação que vai de encontro à Igreja, ao mesmo tempo corroendo-a desde dentro e atacando-a de fora.

Cientes de que são falhos os humanos, e sendo os cristãos humanos, falhos, portanto, e muitos deles ingênuos, e facilmente sugestionáveis, os esquerdistas infiltrados na Igreja, sejam eles padres, sejam eles bispos, sejam eles quaisquer outros que falem pela Igreja, com palavras melífluas seduzem os fiéis ao manipularem-lhes a boa-vontade que deles nasce dos bons sentimentos que lhes animam o espírito e, sem que eles desconfiem, fá-los irem contra o que eles mais amam e em favor do que mais odeiam.


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Comunistas-socialistas-esquerdistas, seres doentiamente crédulos.


Não há, não que eu saiba, seres mais crédulos, mais fantasiosamente e doentiamente crédulos, do que os esquerdistas - aqui incluídos marxistas, leninistas, trotskistas, guevaristas, castristas, maoistas, toda, enfim, a fauna peçonhenta que a zoologia registra. Eles declaram, de viva voz, e com todas as letras, usando de uma lógica pra lá de ilogicamente escalafobética, sem provar por a mais b, e tampouco sem tirar a prova dos nove, recheada de falácias silogisticamente estropiadas, numa argumentação sofística que não conta com o talento argumentativo dos filósofos e dos filodoxos gregos - e ai de quem deles expôr para todo o mundo ver a sem-razão de sua racionalidade irracional! - que o sistema econômico socialista produz riqueza para dar a vender e constrói um mundo sem desigualdade e que a pedagogia do maior de todos os seus mestres faz de todo mundo um gênio sem que jamais dê uma prova de uma coisa e de outra e esbraveja a defecar perdigotos causticantemente corrosivos naqueles que lhes pedem um exemplo concreto do que afirmam. Crédulos, estão certos de que o que está nos livros dos seus intelectuais magníficos, irá, se concretizado, fazer do mundo o paraíso, mas jamais reconhecem que a concretização, em Cuba, por Fidel, na União Soviética, por Stalin, na China, por Dzedong, da ideologia que amam de paixão, além de morticínios sem precedentes na história, produziu morticínios sem precedentes na história. Mas eles, os crédulos esquerdistas, crentes de primeira mão, têm certeza, e é a certeza deles absoluta, de que o socialismo, principalmente se acompanhado, esquecia-me dizer, do comunismo e do progressismo e do wokeismo e da ideologia de gênero e do politicamente correto e de outras maléficas asneiras, cria um mundo próspero e justo onde todos têm liberdade. Bobinhos! E eles ainda zombam dos crentes! E debocham dos católicos maldosamente alcunhando-os beatos e carolas! E ainda têm a cara-de-pau de dizer que a religião é o ópio do povo! A religião, é?! A ideologia é do povo o ópio, a maconha, a cocaina, o haxixe, o éleéssedê, o fentanyl, todo o pacote, enfim, das drogas estupefacientes.

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