domingo, 21 de janeiro de 2024

Notas 26


Piruás e Farelos - volume 26.

A arte de descascar ovos de codorna cozidos.

Toda pessoa que já se dedicou à tarefa, mesmo que, e principalmente, contrariado e a contragosto, de descascar ovos de codorna cozidos já se viu a, ao puxar a casca de um ovo de codorna cozido, arrancar, junto com a casca, um pedaço do ovo, e irritou-se com o inesperado acontecimento, uma nódoa em sua biografia.

Pensando e repensando a respeito, certo de que muitas pessoas, ao não se desincumbirem a contento de tarefa tão importante, entendi fazer-lhes um bem, bem imenso, ao ensinar-lhes a descascar ovos de codorna cozidos de modo a, ao tirar do ovo a casca, com esta do ovo não arrancar um pedaço, por mínimo que seja, que seja tal mínimo pedaço um farelo. Assim sendo, e preocupado com o bem-estar psicológico e espiritual de todas as pessoas que já se viram em situação tão dramaticamente vexatória, a segurar em suas próprias mãos um pedaço de casca de um ovo de codorna cozido unido a um pedaço do ovo, decidi por bem ensinar-lhes como se descasca ovo de codorna cozido sem do ovo arrancar, ao dele puxar a casca, um pedaço.

Para aprender a técnica, a mais apropriada, a que eu desenvolvi, para se arrancar a contento a casca do ovo de codorna cozido, leia, leitor, com atenção, e atenção dobrada e redobrada, o que está no parágrafo subsequente a este que ora encerro com um ponto final.

Para se descascar ovo de codorna cozido sem com a casca arrancar do ovo um pedaço deve a pessoa que está a descascá-lo puxar, com todo o cuidado do mundo, do ovo de codorna cozido a casca de modo a não arrancar do ovo, junto com a casca, um pedaço. Procedendo assim, será bem-sucedido em sua nobre incumbência.

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Nota: Hei de escrever um livro a respeito de arte tão sensível, livro no qual também ensinarei àqueles que estiverem interessados em meus ensinamentos a nobre arte de cortar as pontas dos fios de cabelo sem deixar nos fios que ficam na cabeça nenhuma ponta e a de se determinar o trajeto mais curto entre dois pontos de uma reta sem que obrigatoriamente se tenha de passar pela reta propriamente dita.

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Reflexões filosóficas de altíssimo nível.

Há dois meses, dois filósofos brasileiros decidiram, para fugirem ao ramerrão entediante das questões filosóficas circundantes, que, de tão baixas, além de não lhes despertarem a atenção, enervam-lhes o inato espírito metafísico, escalar o Everest em cujo topo iriam tratar das questões mais elevadas que envolvem o ser do ser humano. Trataram de providenciar as vestes e apetrechos apropriados para o exercício de tão magnífica aventura do espírito humano, rumaram ao teto do mundo, onde chegaram há um mês, e lá ocuparam-se com as elevadas questões filosóficas que lhas inspiraram as inteligências singulares.

Não posso, querido leitor, inteirar-te do teor do colóquio dos dois filósofos patrícios nossos que se dedicam a questões elevadíssimas, pois eles das elevadas alturas do topo do Erevest ainda não desceram para falar-nos a respeito.

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A sabedoria da natureza, o ovo de codorna e o ovo de avestruz.

E por falar em ovo se codorna...

Estou, aqui, a pensar, evocando as excelsas figuras de Lamarck, Lineu, Darwin e Lysenko, na sabedoria da natureza, esta entidade de quem muitos falam e que poucos compreendem. E ao pensar o que penso, tangenciaram-me a mente, não sei dizer porque cargas-d'água, silhuetas de codornas e de avestruzes, e tão logo me apareceram à imaginação pensei nos ovos que as codornas e as avestruzes botam ao pô-las, e conclui, sentenciosamente: "É inegável: a natureza é sábia, sapiencialmente sábia: fez que as avestruzes pusessem ovos de avestruz e as codornas de codorna. Dramática, mortalmente dramática, seria a vida das codornas se a natureza as fizesse pôr ovos de avestruz. A natureza é sábia, não há o que negar. E há quem, tolos! lhe negam a inata sabedoria. Tolos!

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Os texanos encaram o Biden.

Sabe quem sabe que nos Estados Unidos entram pela sua fronteira sul - que o separa do México, e não do Brasil, informo -, ilegalmente, todo santo dia, milhares de gentes saídas dos paraísos socialistas latino-americanos e dos de outras terras, umas destas da Ásia, e espalham-se pelo seu vasto território em busca, presume-se, de uma vida melhor - há quem, cabreiro, suspeita que muitos dos imigrantes ilegais são criminosos cuja invasão em terras do Mickey e do Donald é facilitada pelo atual ocupante da Casa Branca, o Brandon.

Por que pessoas miseráveis, que vivem em paraísos socialistas, sonham invadir um inferno capitalista ninguém entende. É inexplicável a atitude de tais gentes.

Deixemos de lado a questão que envolve os sentimentos e os desejos e as idiossincrasias das pessoas que invadem os Estados Unidos, e tratemos dos texanos, seres cuja fama de rápidos no gatilho e audazes façanhudos que pegam o touro pelos chifres corre mundo.

E que tem os texanos?! O que eles aprontaram?! Aprontaram das boas, das boas, de fato.

Se tu, leitor, sabes do que se trata, ótimo; se não sabes, saberás ao ler as próximas linhas, que são poucas.

Um mapa político da América do Norte te será de inestimável auxílio.

Antes de prosseguir te informo: não há um muro na fronteira do Brasil com o México - não perca teu precioso tempo procurando-o.

O governo Biden, ou Brandon, ou simplemente Bidê, ou Duper Joe, ou Crooked Joe, está a favorecer a imigração ilegal de gentes saídas das nações pobres dos quatro cantos do mundo em terras dos comanches, o que está a prejudicar enormemente, e principalmente, o Texas, estado que tem fronteira com o México. Muitos políticos, Democrata e Rino (Republicans in name only), apóiam, incondicionalmente, a insana, irresponsável política do insano e antipatriota Brandon. E ferra-se o Texas, sozinho. Sozinho, ferrava-se. Ferrava-se bonito até outro dia porque, além de ver-se violado por milhares de gente sem eira nem beira, tinha de ouvir as mais grosseiras asneiras e maldades dos apoiadores da política migratória baideniana. Mas agora a coisa mudou de figura: o governador do Texas comprou briga, e briga feia, com os Democratas: enfiou um bom punhado de imigrantes ilegais que estavam a atormentar os texanos nuns ônibus e enviou-os para Nova Iorque, dos Democratas, que tem, agora, de se ver com eles - e além de não saberem o que fazer com eles, estão a ver os serviços públicos novaiorquinos colapsarem. É a briga feia.

Ah! Esquecia-me: contou-me um passarinho que uma das mais leais amigas do Trump - Trâmp, em português castiço -, a congressista Marjorie Taylor Greene, pediu a cabeça de um tal de Alejandro Mayorkas, secretário de segurança nacional baideniano (ou de insegurança?), numa bandeja. Não sejamos tão tragicamente bíblicos; melodramáticos, tampouco. Não é a história para tanto. E que tu não fiques sem saber, leitor: a amiga do Trump quer o impítima do Mayorkas.

Leitor, tu queres saber mais a respeito do assunto deste piruá? Leias, então, de Washington Examiner, publicado, dia 9/11/2.023, "MTG files impeachment resolution against Mayorkas over border crisis.", e textos de Marjorie Taylor Greene na página dela no Telegram.

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