domingo, 28 de janeiro de 2024

Notas 28


Piruás e Farelos - volume 28.

Maria, empregada doméstica, já pode viajar de avião. Obrigada, Lula.

Sergio, meu querido, lembrei-me de ti, hoje de manhã, ao pensar numa viagem a Maceió, em visita à mamãe que há dez anos não vejo com os olhos que Deus me pôs na cara.

Disseram-me que o Lula vai pagar não sei quantos por cento de cada viagem de cidadão brasileiro de um estado do país para outro estado brasileiro. Vamos pensar, por partes. Que o governo pague cem por cento de cada passagem. Que seja. Que sejam as passagens, ida e volta, de São Paulo, capital, a Maceió, R$ 2.000,00. Que sejam! Nem sei se há avião de São Paulo a Maceió! Nem sei! Que haja! Não vejo porquê entrar nos detalhes, que de nada me servem para o que estou para te dizer.

Lembras-te daquela nossa conversa na casa do Pingo?! Tu nos falaste de carga tributária, disseste-nos que de tudo o que compra o brasileiro assalariado paga quarenta por cento em impostos.

Ora, eu, uma empregada doméstica, gasto todo o meu salário mensal, às vezes antes de receber o salário do mês seguinte. Gasto os R$ 1.500,00 que todo mês eu ganho - não me sobra um centavo sequer. Então... Estou arredondando os números, Sergio, para simplificar as contas. Nunca fui boa em Matemática. Na escola, a nota mais alta que tirei em Matemática foi sete. E olha lá! Uma vez só, e por milagre, pois as questões eram de múltipla escolha, e das vinte questões que o professor nos fez chutei trinta. Mas isso é passado. Vamos ao que nos interessa.

Repito: estou a arredondar os números.

Se eu ganho R$ 1.500,00 por mês, descontadas faltas, adicionadas horas extras, e se durante o mês gasto os R$ 1.500,00, e se pago 40% do meu rico dinheirinho suado em impostos, pago, todo mês, para o governo, e que tu me corrijas se eu estiver errada, R$ 600,00.

Estou certa, até aqui, Sergio? Estou.

Continuando: Se pago, todo mês, em impostos, R$ 600,00, então em um ano, sem considerar o décimo terceiro, pago R$ 7.200,00. Que dinheirão! R$ 7.200,00, todo ano, em impostos, que o governo me arranca sem me pedir licença.

R$ 7.200,00 o governo me tira todo ano! R$ 7.200,00! E aí vem o senhor Lula me dizer que vai me pagar os R$ 2.000,00 das passagens para eu visitar mamãe em Maceió! Mas o dinheiro é meu, diabo dos infernos! Meu! Os R$ 2.000,00 são meus! E ainda fico no prejuízo! Eu pago para o governo, em um ano, R$ 7.200,00 em impostos. R$ 7.200,00! O governo me dá - me dá! que piada! - uma passagem de R$ 2.000,00, e eu ainda tenho de lhe agradecer pelo presente - que presentão! -, presente do pai dos pobres?! Poupem-me! Que palhaçada! Então, 'tá. Se ficasse com os R$ 7.200,00 que o governo me tirar todo ano, além de visitar mamãe em Maceió eu lhe compraria aquele jogo de panelas com o qual ela tanto sonha e a presentearia com uma viagem a Ouro Preto, a cidade, que ela deseja conhecer, de seus tataravós, e ainda sobraria dinheiro para comprarmos um punhado de quinquilharias que regalam a vida e uma garrafa de vinho do Porto.

Que tu desculpes o desabafo, Sergio, meu querido. É que estou me sentindo ludibriada...

*****

Os socialistas amam o capitalismo.

Eu nunca vi um socialista lutando, e lutando bravamente, para ganhar um salário menor, para distribuir o seu salário aos mais pobres e para nunca mais comprar o que os capitalistas produzem e vendem.

Eu vejo, e todo santo dia, e em todo lugar, socialistas lutando - e heroicamente, pelo bem da humanidade - por um salário maior, para acumularem muita, muita riqueza, até enriquecerem-se a ponto de se rivalizarem em fortuna com o Elon Musk, e para conservarem o dinheiro que amealham nas próprias mãos, e para impedirem que os pobres se enriqueçam e para forçarem os ricos a se empobrecerem.

Os socialistas amam o capitalismo.

Os socialistas flanam pelos shopping center, a tiracolo sacolas repletas de produtos de luxo, viajam aos países capitalistas, hospedam-se em hotéis de cinco, seis, sete estrelas, onde obram em vasos sanitários de ouro, exibem, orgulhosos, os carrões do ano guardados em garagens de mansões localizadas em condomínios residenciais particulares de alto padrão.

Para os socialistas, o capitalismo; para os outros, o socialismo.

Os sociaistas amam o capitalismo. Dizem odiá-lo apenas para se fazerem de humildes, despretensiosos, gentis, amáveis, humanistas, seres, enfim, perfeitos, que não foram, e jamais serão, seduzidos pelo malvado Capital, que faz de todos que ele ludibria seres diabolicamente egoístas, preconceituosos, narcisistas, indiferentes aos mais necessitados, insensíveis aos sofrimentos alheios, seres, estes, enfim, desumanos.

"Socialistas de todo o mundo, uni-vos! Uni-vos nos shopping center e nos condomínios particulares e nos hotéis de luxo. Tragam o filemignon, o caviar, o vinho do Porto envelhecido duzentos anos, a picanha - picanha para nós, os socialistas, e para os outros abóbora - salpicada com diamante, ouro, rubi e esmeralda. Sirvam-nos, a nós socialistas, numa ilha paradisíaca dos mares do Pacífico, beldades seminuas o néctar dos deuses.

Vivas ao capitalismo!

*****

O governo sabe usar o seu dinheiro; você não.

Em um bar perto da sua casa, uma pequena multidão, ao balcão e às mesas, entre um gole e outro de cerveja, a lambuzarem-se com um tira-gosto, olhos presos na televisão, entre os gritos enraivecidos "Juiz ladrão!", "Perna de pau!", "Pênalti!", "Deixa de firula, vagabundo! Passa a bola!", comentava, com superlativos, com interjeições, com argumentos sólidos, com galimatias, a política nacional, a de ontem, a de hoje, a de amanhã, a de sempre:

- Os políticos são uns grandíssimos pilantras.

- Mais do que grandíssimos, grandessíssimos.

- E ponha grandessíssimo na história.

- Eles se refestelam, banqueteiam-se; na mesa deles, do bom e do melhor.

- E têm serviçais para darem-lhes a comidinha na boca. Os caras não movem um dedo nem para segurar o garfo e a faca.

- E não limpam o prato, nem o copo, nem os talheres que usam, que sujam.

- Nem lamberem o prato os sem-vergonhas lambem.

- Os piores políticos são aqueles que prometem mundos e fundos ao povo e, depois, deixam-lo a ver navios.

- Verdade. Verdade verdadeira.

- Ó: tem quem compra as mentiras dos políticos, não tem?! A arte da política, já dizia o filósofo grego, é a de mentir, a de engabelar o povo. Político que é político mente, mente pra dedéu. Quem quer acreditar no que eles dizem, que acredite. Sei disso porque meu avô, o pai de meu pai, de cada quatro histórias que contava, cinco eram mentiras, histórias que ele inventava. E ele foi vereador durante não sei quantos mandatos.

- Seu pai era pescador.

- Também. Um híbrido de pescador e político. Em outras palavras: um tranqueira dos infernos que dava nó até em pingo d-água.

- E encheu o bolso.

- Se encheu! Ele, mesmo, dizia, aquele desavergonhado, que havia, no tempo dele, muita comedeira. E tirou o dele, o pilantra. Fez a fortuna da família.

- Além de mentir, sabem os políticos cobrar impostos.

- Cobram impostos, e dizem que administram, como se fosse deles, o dinheiro do povo.

- Neste caso, eles dizem a verdade.

- De um certo modo, o dinheiro é deles, mesmo.

- É do povo o dinheiro.

- Que dinheiro?!

- O dos impostos.

- Você nasceu ontem?!

- Se o dinheiro dos impostos é do povo, e se você é um homem do povo, então vai lá e pegue o seu quinhão.

- Grandessíssimos patifes, os políticos, com a lábia da serpente do paraíso, convencem muita gente de que eles, e só eles, sabem fazer bom uso do dinheiro que eles ao povo arrancam via impostos e taxas e emolumentos e dízimos e brindes e gorjetas.

- Só querem saber de sombra e água fresca, e muita grana no bolso, para si mesmos e para os familiares, os parentes, os amigos, as amantes, os amigos dos amigos, os maridos das amantes. São uns diabos de tão ladinos. Praticam a xenofobia em favor de quaisquer pessoas que estejam no seu raio de influência, concedendo-lhes sinecuras, favorecendo-lhes a inata vagabundagem.

- Nepotismo. Você quer dizer nepotismo. Xenofobia é outra história.

- É o ódio das pessoas pelos alienígenas.

- Alienígenas?! Do que você está falando, maluco?!

- De xenofobia! Do ódio das pessoas pelos alienígenas.

- De que planeta você veio, corinthiano?! Xenofobia nada tem a ver com alienígena. Você está confundindo alhos com bugalhos. Xenofobia é ódio aos mexicanos.

- Vocês viajam na maionese. Bestas! Xenofobia não é nada disso. Xenofobia é outra coisa.

- Que asneiras vocês estão falando! Vocês são meio bestas.

- Mas falando dos impostos... E dos políticos populistas, demagogos, que dizem que eles, e só eles, sabem usar o dinheiro do povo, e o povo não.

- Eu sei usar o meu dinheiro.

- Você torra todo o seu salário com cerveja.

- E churrasco.

- E camisas do Tricolor.

- Gasto o meu dinheiro, que é meu; se o dinheiro que eu gasto é meu eu o gasto como bem o entender. Não devo satisfações a ninguém. Não devo nada a ninguém.

- Não deve?! E os oitenta que anteontem você me pegou emprestado?!

- O combinado foi eu pagar você no mês que vêm.

- E você está, aqui, gastando uma fortuna em cerveja.

- O dinheiro que estou gastando, aqui, não é o que você me emprestou; é outro.

- E os políticos usam o nosso dinheiro.

- Dinheiro meu eles não usam, não. Nunca peço nota fiscal.

- Você paga imposto na hora da compra. De cada dez Reais que você gasta quatro vão para o governo.

- E por que o governo precisa de tanto dinheiro?

- Para gastar.

- Se o governo me tira dinheiro para gastá-lo, dinheiro que é meu, então que deixe o meu dinheiro comigo porque eu sei gastar o meu dinheiro, e sei gastá-lo melhor do que o governo jamais o saberá. Eu sei o que é bom para mim e para a patroa e para aqueles três animaizinhos ranhentos que todo dia me aporrinham a cabeça. E olha que eu tive de trocar a fralda de cada um deles mais de uma vez.

- Não preciso do governo para me dizer o que tenho de fazer com o dinheiro que é meu. Tenho consciência das minhas responsabilidades.

- Lá em casa é assim: eu trabalho, e minha mulher também. Temos de cuidar dos dois filhos. Como eu não tenho jeito para a coisa, deixo o encargo com a minha mulher, que cuida de comprar comida, roupas, alimentos, vestimentas, remédios e outras inutilidades, e fico eu encarregado de comprar o que é importante: a cerveja, a cachaça e os produtos que estão diretamente relacionados com os afazeres de um salutar churrasco de dar água na boca.

- Se eu trabalho, se eu ganho dinheiro, se eu tenho consciência do que preciso, se sei o que tenho de fazer com o meu dinheiro, porque tenho de entregar a responsabilidade de usá-lo aos políticos, que não sabem das minhas dificuldades?! Dizem os políticos que é para o nosso bem que eles nos tiram o nosso dinheiro. Ora, uma vez, vocês se lembram, o meu filho caçula envolveu-se num acidente de carro, quase vindo a partir desta para a melhor, e a patroa e eu tivemos de mover mundos e fundos até arrumar o dinheiro para custear o tratamento do garoto. Foi um Deus nos acuda! Drenamos a caderneta de poupança. Recorremos aos familiares, aos parentes e aos amigos, e de alguns dos destas três categorias de seres vivos ganhamos uma porta na cara, e contratamos empréstimo bancário. E o que o governo nos ofereceu?! Nada. Migalhas. Esmola.

- E você vendeu o carro que havia comprado poucos meses antes.

- Verdade. Bem lembrado. Só nesta transação minha mulher e eu perdemos uma nota preta. Quem paga por um carro com dois meses de uso, praticamente novo, com, se muito, quinhentos quilômetros de estrada, um preço próximo do que valia, na concessionária, um minuto antes da assinatura do documento de compra e venda?! Ninguém. Perdemos a senhora mãe de meus três filhos e eu um dinheirão.

- Quantos anos de carteira assinada você tem?

- Vinte e cinco. Na ocasião do acidente do meu caçula, que é, hoje, com a graça de Deus, um homem feito e pai de um dos meus sete netos, há uns oito anos, dezessete.

- Faça um cálculo rápido, arredondando: Qual o seu salário e quanto você paga de imposto todo mês?

- Livre-me! Meu salário, naquela ocasião, há oito, nove anos... Se não me engano, eu ganhava, então, três mínimos, e a minha esposa, dois. A nossa renda familiar: cinco salários mínimos, limpos, na mão. Por aí. Hoje, daria uns sete mil e quinhentos, tirando os descontos e somando os extras. Se a patroa e eu ganhávamos uns cinco mínimos, então, se todo mês gastávamos uns três quartos disso, isto é, uns cinco mil e quinhentos, e se quarenta por cento disso são impostos, então, pagávamos, todos mês, para o governo, de livre e espontânea vontade, uns dois mil e lá vai cacetada. Em um mês. Em um ano dá vinte e seis mil Reais. Uma fortuna. Em dezessete anos de carteira eu e a minha mulher, que deve ter por aí, hoje, de carteira, o mesmo que eu, pagamos para o governo, de livre e espontânea vontade, que fique bem entendido, uns... uns... Deixe-me... Caramba! Passa de quatrocentos mil Reais! Passa, até, de quinhentos mil! Meio milhão! Cacilda! Eu nunca tinha pensado nisso!

- E sem contar a mordida do leão.

- Aí vai para um milhão.

- E em troca o que o governo oferece a vocês?

- As piores escolas do mundo, os piores hospitais, as piores ruas, as pioras estradas. E muita coisa de que nunca precisamos, de que não precisamos e de que jamais precisaremos.

- Se estivesse com você e com sua mulher essa grana você e ela não precisariam contrair empréstimo bancário que consumiu toda a economia de vocês.

- E você teria bebido muito mais cerveja, e hoje sua pança teria o triplo da circunferência que tem, e a sua calvície seria menor, afinal menores seriam as suas preocupações, e, talvez, se bem aplicado o dinheiro, você e sua mulher teriam muito mais dinheiro, e você teria pago mais cerveja para os amigos, os amigos-do-peito, e eu sou um deles, um dos mais antigos, e dos melhores, e teríamos ido para o Japão assistir à final do Mundial, todas as despesas pagas por você, corinthiano roxo, fã número um do Magrão e do Riva.

- Eu sou palmeirense, ô, energúmeno! Bebeu demais, ô, desmiolado!

- Dá-lhe porco! E o que impediria você de ir para o Japão ver o Timão arrebentar a boca do balão?! E o que impediria você de me pagar a passagem de avião?! A de volta. E também a de ida. Nada impediria você de me fazer este ato de caridade cristã. Eu sou um sofredor. Maldito governo! Cobra de você tanto imposto que impede você de fazer a felicidade dos amigos. Ah! Que tal iniciarmos uma revolta?! A revolta dos bebedores do mais puro malte. À revolução, cambada de jegues! Pela felicidade geral da nação, pelo bem das formigas e das maritacas, e dos brutos que também amam, e dos amantes da loira gelada, digam ao povo o que quiserem dizer.

- Bebeu demais, estrupício.

- Minha cabeça 'tá girando mais do que pião em terreiro de umbanda.

- Feche a matraca, corinthiano.

- Abaixo os impostos! Acima a cerveja!

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Uma nota

 

Os socialistas amam o capitalismo.

Eu nunca vi um socialista lutando, e lutando bravamente, para ganhar um salário menor, para distribuir o seu salário aos mais pobres e para nunca mais comprar o que os capitalistas produzem e vendem.

Eu vejo, e todo santo dia, e em todo lugar, socialistas lutando - e heroicamente, pelo bem da humanidade - por um salário maior, para acumularem muita, muita riqueza, até enriquecerem-se a ponto de se rivalizarem em fortuna com o Elon Musk, e para conservarem o dinheiro que amealham nas próprias mãos, e para impedirem que os pobres se enriqueçam e para forçarem os ricos a se empobrecerem.

Os socialistas amam o capitalismo.

Os socialistas flanam pelos shopping center, a tiracolo sacolas repletas de produtos de luxo, viajam aos países capitalistas, hospedam-se em hotéis de cinco, seis, sete estrelas, onde obram em vasos sanitários de ouro, exibem, orgulhosos, os carrões do ano guardados em garagens de mansões localizadas em condomínios residenciais particulares de alto padrão.

Para os socialistas, o capitalismo; para os outros, o socialismo.

Os sociaistas amam o capitalismo. Dizem odiá-lo apenas para se fazerem de humildes, despretensiosos, gentis, amáveis, humanistas, seres, enfim, perfeitos, que não foram, e jamais serão, seduzidos pelo malvado Capital, que faz de todos que ele ludibria seres diabolicamente egoístas, preconceituosos, narcisistas, indiferentes aos mais necessitados, insensíveis aos sofrimentos alheios, seres, estes, enfim, desumanos.

"Socialistas de todo o mundo, uni-vos! Uni-vos nos shopping center e nos condomínios particulares e nos hotéis de luxo. Tragam o filemignon, o caviar, o vinho do Porto envelhecido duzentos anos, a picanha - picanha para nós, os socialistas, e para os outros abóbora - salpicada com diamante, ouro, rubi e esmeralda. Sirvam-nos, a nós socialistas, numa ilha paradisíaca dos mares do Pacífico, beldades seminuas o néctar dos deuses.

Vivas ao capitalismo!

Três notas

 Não tenho preconceito linguístico.


Preconceito não é comigo. O linguístico, então, não é para mim.

Para provar que preconceito linguístico não tenho escrevi um texto linguisticamente sem preconceitos. E é o texto o que vai, abaixo, sob o título "Eu sô mais eu."

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Eu sô mais eu.


Eu sô mais eu purque sô mais eu e ssô mais eu por que mais eu çô eu e mais niguém é eu porqe ningém é eu e só eu sô heu afi nal qem além de eu é eu halém de mim? Quem? Ninguém. Ninguém hé eu pois se ningém fôce eu eu nãum seria eu e eu seria ninguêm e çe eu fosse ninguém ningêm eu seria afináu eu não podia poder ser eu se eu não fôce ninguém o qe nãu faria de mim áuguém pois, a final, toda via, no entamto, po rém, açim çsendo, eu não hia çe eu e tauveiz neim nem huma ôtra pesçoa que comigo tivésse quáu quer tipo de aço ci ação. Aléim de toda as palavragem que aqi escrevinhei-me a mim mesmo com a caneta esrefrogaráfica ao som do bá ruliemto lidifiqicaficador eu pem çando ca minha kabessa pemsso que cabe acada beçoa sabê a cada um a çi mesmo qem é e quén decha de cê e nem huma ôuntra peçoa.

Zefini omeu tessto nóta déis.


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Os esquerdistas odeiam a Igreja.


Os esquerdistas odeiam a Igreja; então, se defendem, com unhas e dentes, como se defendessem a própria vida - presumo que não erro ao chegar à tal conclusão - um padre ele não é um padre fiel aos preceitos da Igreja, aos ensinamentos de Cristo, mas um esquerdista infiltrado na Igreja a mimetizar os verdadeiros representantes dela e a cooptar os fiéis para uma ação que vai de encontro à Igreja, ao mesmo tempo corroendo-a desde dentro e atacando-a de fora.

Cientes de que são falhos os humanos, e sendo os cristãos humanos, falhos, portanto, e muitos deles ingênuos, e facilmente sugestionáveis, os esquerdistas infiltrados na Igreja, sejam eles padres, sejam eles bispos, sejam eles quaisquer outros que falem pela Igreja, com palavras melífluas seduzem os fiéis ao manipularem-lhes a boa-vontade que deles nasce dos bons sentimentos que lhes animam o espírito e, sem que eles desconfiem, fá-los irem contra o que eles mais amam e em favor do que mais odeiam.


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Comunistas-socialistas-esquerdistas, seres doentiamente crédulos.


Não há, não que eu saiba, seres mais crédulos, mais fantasiosamente e doentiamente crédulos, do que os esquerdistas - aqui incluídos marxistas, leninistas, trotskistas, guevaristas, castristas, maoistas, toda, enfim, a fauna peçonhenta que a zoologia registra. Eles declaram, de viva voz, e com todas as letras, usando de uma lógica pra lá de ilogicamente escalafobética, sem provar por a mais b, e tampouco sem tirar a prova dos nove, recheada de falácias silogisticamente estropiadas, numa argumentação sofística que não conta com o talento argumentativo dos filósofos e dos filodoxos gregos - e ai de quem deles expôr para todo o mundo ver a sem-razão de sua racionalidade irracional! - que o sistema econômico socialista produz riqueza para dar a vender e constrói um mundo sem desigualdade e que a pedagogia do maior de todos os seus mestres faz de todo mundo um gênio sem que jamais dê uma prova de uma coisa e de outra e esbraveja a defecar perdigotos causticantemente corrosivos naqueles que lhes pedem um exemplo concreto do que afirmam. Crédulos, estão certos de que o que está nos livros dos seus intelectuais magníficos, irá, se concretizado, fazer do mundo o paraíso, mas jamais reconhecem que a concretização, em Cuba, por Fidel, na União Soviética, por Stalin, na China, por Dzedong, da ideologia que amam de paixão, além de morticínios sem precedentes na história, produziu morticínios sem precedentes na história. Mas eles, os crédulos esquerdistas, crentes de primeira mão, têm certeza, e é a certeza deles absoluta, de que o socialismo, principalmente se acompanhado, esquecia-me dizer, do comunismo e do progressismo e do wokeismo e da ideologia de gênero e do politicamente correto e de outras maléficas asneiras, cria um mundo próspero e justo onde todos têm liberdade. Bobinhos! E eles ainda zombam dos crentes! E debocham dos católicos maldosamente alcunhando-os beatos e carolas! E ainda têm a cara-de-pau de dizer que a religião é o ópio do povo! A religião, é?! A ideologia é do povo o ópio, a maconha, a cocaina, o haxixe, o éleéssedê, o fentanyl, todo o pacote, enfim, das drogas estupefacientes.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Uma nota

 

Epidemia do covid?! Que epidemia?! Vacina mata?! Ou: Do Triênio da Histeria.

Ainda há de dar o que falar, e falar muito, o fenômeno global que sufocou as liberdades individuais de oito bilhões de pessoas e quase levou à bancarrota empresas de todo o mundo e pôs a pique a economia mundial: o Triênio da Histeria.

Penso não haver existido a tão propalada epidemia do tal do Sars não sei das quantas, criaturazinha que não sei se saída de alguma fábula de La Fontaine, ou de Esopo, ou de algum conto dos irmãos Grimm, ou de uma das crônicas medievais que William Shakespeare usou como fonte para as suas tragédias, e tragédias bem trágicas, diga-se de passagem, nas quais morre gente aos punhados, e das mais diversas maneiras; e tampouco sei se saiu a tal de um laboratório americano localizado na Ucrânia, ou na China, a tal uma criaturazinha artificialmente evoluída pelas mãos insensatas e imprevidentes de homens (e mulheres também, não sejamos brancos supremacistas misóginos carcomidos pela masculinidade tóxica) endinheirados e megalômanos e nascisistas que buscavam, e ainda buscam, um meio, e pode ser o meio qualquer um, de mandar desta para a melhor noventa por cento dos seres humanos, e o mais rapidamente possível. É para muitos deles a redução populacional para ontem. Mas parece-me, considerando o que li aqui e ali, que puseram água no chop deles. Todavia, como o mal nunca descansa, faz bem quem dorme com um olho aberto.

Urge salvar a Terra da ganância desumana de gente iníqua, diabólica, uma legião saída do inferno.

Acredito eu que todo o caso que se viu nos anos 2.020, 2.021 e 2.022 foi, nada mais, nada menos, do que histeria coletiva: o povo, bombardeado pela mídia e pela internet, aterrorizado, viu o monstrinho apocalíptico em todo lugar, até onde ele nunca se viu mais gordo, monstrinho que ninguém jamais viu, de tão pequeno é, invisível aos olhos humanos, e a ele atribuiu todas as desgraças que se sucederam nestes três fatídicos anos da história da humanidade.

Alguém há de me perguntar se eu sou um cientista social, e eu responderei que não; então, o alguém que tal pergunta me fizer irá me perguntar com que autoridade eu digo que o que se viu foi histeria coletiva, e eu serei obrigado a dizer-lhe que cheguei à tal conclusão ao observar as atitudes das pessoas do meu entorno e as de outras, as de um círculo mais vasto, e a perguntar-lhe se não deveria ser esta a tarefa dos cientistas sociais.

A história do Triênio da Histeria se resumiu ao ser humano agir irracionalmente, movido pelo medo, medo-pânico, perdida a sua capacidade de pensar, de unir lé com cré.

Não conto, não aqui, neste texto, as minhas elucubrações acerca do fenômeno psico-social que assistimos, elucubrações, as minhas, que estão em sintonia com as de muitas outras pessoas, e que não são tão raras quanto se possa imaginar -infelizmente não são, afinal, se mais raras seriam mais valiosas.

Estou, aqui, a encher linguiça, o que é um dos meus dons, e as linguiças que enchi, aqui, neste texto, e em inúmeros outros, e as que estou para encher nos anos vindouros, sejam eles quantos estiverem reservados para mim, são as singularidades, mesmo que venham no plural, que fazem a graça, mesmo que sejam desgraciosas, dos textos de minha autoria.

Tratemos, então, do assunto que me trouxe até aqui: a tão falada epidemia do Covid, tema que dá muito o que falar, e acerca do qual há, e haverá, muito para se dizer - e quanto mais se mexe em tal história mais ela fede.

Quem acompanha o noticiário - e não me refiro ao convencional - já deve ter ouvido falar de um tal de Anthony Fauci, e da pressão do governo americano sobre as plataformas digitais, para suprimir, delas, opiniões reveladoras acerca do covid e das políticas sanitárias, que, sabe-se hoje, não fizeram nem fa nem fu, e que atenderam aos interesses os mais diversos, todos eles marginais ao bem-estar da população, e de laboratórios americanos na Ucrânia, e de estudos científicos cujo fim primordial é a criação de armas biológicas geneticamente precisas, isto é, criadas para prejuízo desta e daquela etnia que os financiadores das pesquisas visam dizimar, e de outras coisinhas mais, histórias do balacobaco, de abismar o mais estóico dos homens, aqueles de cara de rocha, impassíveis até diante de furações, de erupções vulcânicas, das dez pragas do Egito, do Cérbero, do Tiamat, do Drácula, do Frankenstein e da Mula-Sem-Cabeça.

Dia destes, viajando pelo encapelado mar que é a internet, deparei-me com notícias que eu jamais poderia, em imaginação, conceber, mesmo que fosse a minha imaginação tão fértil quanto à do Homero, à de Camões, à de Hans Christian Andersen, à de Isaac Asimov, à de Edgar Alan Poe.

Em várias reportagens (e para os interessados deixo a lista ao final deste artigo) fala-se da relação direta entre a vacina contra o Sars não sei das quantas com aborto espontâneo, crianças natimortas, efeitos nefastos em bebês, e da desonestidade das autoridades médicas, e de manipulações dos casos de morte, derrames cerebrais, doenças auto-imunes, miocardites, tromboses, e de mortes repentinas de jovens saudáveis, de atletas, e da inutilidade da vacina, e da ausência de mortes por covid entre os amish, que não se curvaram à Organização Mundial da Saúde, ao Faucy, e que rejeitaram vacinação e os protocolos sanitários. E não é de hoje que se afirma que a epidemia, a de 2.020, a que não existiu, foi uma arma política, detonada com o fim exclusivo de tirar o presidente Donald Trump da Casa Branca, então a sua residência oficial, e nela instalar o tal de Joe Biden, o nome mais importante de uma família que faz e acontece e cujo mais saliente personagem é dono de um laptop infernal. Além de tudo isso, diz-se por aí e por aqui que neste 2.024 está para estourar uma epidemia, cujo herói - da perspectiva dos que contam com uma tragédia apocalíptica para impedir a vitória, neste ano, de Donald Trump (Donaldo Trumpo, para os seus mais íntimos aliados) nas eleições americanas - é uma criatura invisível vinte vezes mais poderosa do que a sua colega de profissão que foi apontada por gente de má-índole como a responsável pelo desastre que a espécie mais inteligente que já pisou na face da Terra enfrentou no ano de 2.020, de triste memória, e nos dois anos subsequentes.

É a questão a envolver o tal do Sars covid não sei de que família e a vacina milagrosa controversa a tal ponto que há poucos dias, com a revelação de uma história tenebrosa ambientada na tétrica ilha de Jeffrey Epstein, aquele que foi suicidado em uma prisão, apareceu o nome de Nathan Wolfe, um virologista americano (ou estadunidense, abro uma concessão aos que adoram este palavrão) que, contou-me um passarinho, é o fundador de uma empresa chamada Metabiota, que está envolvida com patógenos nascidos do útero de parentes primitivos do Batman e com experiências que fariam as delícias do Victor Frankenstein e do doutor Moreau.

É o capítulo histórico que oficialmente começou em 2.020, e que, digo, encerrou-se em 2.022, o qual intitulo Triênio da Histeria, um tema que ainda dará muito o que falar, e é bom que dê, pois, conquanto muita luz, e luz que ilumina, já tenha sido sobre ele projetada, e muito, por esta razão, do que havia para se revelar já se revelou, muito ainda há, é o que toda pessoa sensata presume, para se revelar - e muita gente ainda há que ignora o que já está diante dos olhos de todos. Cá entre nós: muita gente não quer saber do que ignora, e está feliz, de bem com a vida e com a sua consciência porque não sabe o que há para se saber, confortável com a ignorância que alimenta orgulhosamente, e não quer sair da zona do conforto, que lhe permite viver com a consciência tranquila, a usufruir de paz de espírito invejável.

Abaixo a lista que em alguma linha acima desta prometi a quem me lê estas insossas palavras.

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1) Aaron Hertzberg, Browstone Institute, "CDC altered Minnesota Death Certificates that list a covid vaccines as a cause of death.", 3/7/23;

2) Baxter Dmitry, The People's Voice, "First major world politician apologizes to the unvaccinated: You were right, we were wrong.", 18/6/23;

3) Becker News, "Newly revealed emails show Fauci associate gushing about 'gain of function' ban lifted at Wuhan Lab.", 4/7/23;

4) BioClandestine (canal no Telegram), 15/11/23;

5) Clandestine's Newsletter, "Did Epstein create the C19 pandemic?", 6/1/24;

6) Clandestine's Newsletter, "Do the Deep State release another pathogen this election season?", 11/1/24;

7) Exposing The Darkness, "Nothing to see here: 1885 athlete cardiac arrests in 2.5 years, 1310 dead.", 2/7/23;

8) Gretchen Vogel e Jennifer Couzin-Frankel, Science, "Rare link between coronavirus vaccines and long covid-like illness starts to gain acceptance.", 3/7/23;

9) Jim Holt, The Gateway Pundit, "Outgoing CDC director Rochelle Walensky delivers final message to americans: 'Be on guard against misinformation and the politicization of science.", 3/7/23;

10) Liones of Judah Ministry, Exposing The Darkness Newsletter, "Spike in miscarriages and stellbirths directly linked to covid shots, study finds.", 5/8/23;

11) Margareth Anna Alice, Margareth Anna Alice, "Eulogy for the covid kapos.", 27/11/23;

12) Marjorie Taylor Greene, Congresswoman Marjorie Taylor Greene (canal no Telegram), 10/1/24;

13) Maurício Alves, Maurício Alves News, "A ditadura de Hillary Clinton e a Nova Ordem Mundial.", 19/1/24;

14) Maurício Alves, Maurício Alves News, "O evento.", 18/1/24;

15) Patrick Webb, Leading Report, "CDC report confirm 6 million american children & young adults have died since the FDA approved the covid-19 vaccine.", 30/6/23;

16) Steve Kirsch, Steve Kirch's Newsletter, "The most damaging paper of the pandemic has just been published in The Lancet.", 5/7/23;

17) Vários Autores, Zenodo, "A systematic review of autopsy findings in deaths after covid-19 vaccination.", 6/7/23.

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Adendo: Não se pode ignorar: na esteira da famigerada, e criminosa, e devastadora emergência sanitária global governos dos quatro cantos do mundo implementaram políticas autoritárias, passageiras,que, acreditaram os ingênuos, tinham uma data para acabar, o fim do estado emergencial, mas que persistem ainda hoje. Criaturas de mentes autoritárias não querem abrir mão do poder de vida e morte que adquiriram sobre a existência dos reles seres humanos, que estão a infestar a Terra - e muita gente não quer saber de reconquistar a liberdade tão facilmente perdida, ou o pouco que dela gozava.

Notas 26


Piruás e Farelos - volume 26.

A arte de descascar ovos de codorna cozidos.

Toda pessoa que já se dedicou à tarefa, mesmo que, e principalmente, contrariado e a contragosto, de descascar ovos de codorna cozidos já se viu a, ao puxar a casca de um ovo de codorna cozido, arrancar, junto com a casca, um pedaço do ovo, e irritou-se com o inesperado acontecimento, uma nódoa em sua biografia.

Pensando e repensando a respeito, certo de que muitas pessoas, ao não se desincumbirem a contento de tarefa tão importante, entendi fazer-lhes um bem, bem imenso, ao ensinar-lhes a descascar ovos de codorna cozidos de modo a, ao tirar do ovo a casca, com esta do ovo não arrancar um pedaço, por mínimo que seja, que seja tal mínimo pedaço um farelo. Assim sendo, e preocupado com o bem-estar psicológico e espiritual de todas as pessoas que já se viram em situação tão dramaticamente vexatória, a segurar em suas próprias mãos um pedaço de casca de um ovo de codorna cozido unido a um pedaço do ovo, decidi por bem ensinar-lhes como se descasca ovo de codorna cozido sem do ovo arrancar, ao dele puxar a casca, um pedaço.

Para aprender a técnica, a mais apropriada, a que eu desenvolvi, para se arrancar a contento a casca do ovo de codorna cozido, leia, leitor, com atenção, e atenção dobrada e redobrada, o que está no parágrafo subsequente a este que ora encerro com um ponto final.

Para se descascar ovo de codorna cozido sem com a casca arrancar do ovo um pedaço deve a pessoa que está a descascá-lo puxar, com todo o cuidado do mundo, do ovo de codorna cozido a casca de modo a não arrancar do ovo, junto com a casca, um pedaço. Procedendo assim, será bem-sucedido em sua nobre incumbência.

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Nota: Hei de escrever um livro a respeito de arte tão sensível, livro no qual também ensinarei àqueles que estiverem interessados em meus ensinamentos a nobre arte de cortar as pontas dos fios de cabelo sem deixar nos fios que ficam na cabeça nenhuma ponta e a de se determinar o trajeto mais curto entre dois pontos de uma reta sem que obrigatoriamente se tenha de passar pela reta propriamente dita.

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Reflexões filosóficas de altíssimo nível.

Há dois meses, dois filósofos brasileiros decidiram, para fugirem ao ramerrão entediante das questões filosóficas circundantes, que, de tão baixas, além de não lhes despertarem a atenção, enervam-lhes o inato espírito metafísico, escalar o Everest em cujo topo iriam tratar das questões mais elevadas que envolvem o ser do ser humano. Trataram de providenciar as vestes e apetrechos apropriados para o exercício de tão magnífica aventura do espírito humano, rumaram ao teto do mundo, onde chegaram há um mês, e lá ocuparam-se com as elevadas questões filosóficas que lhas inspiraram as inteligências singulares.

Não posso, querido leitor, inteirar-te do teor do colóquio dos dois filósofos patrícios nossos que se dedicam a questões elevadíssimas, pois eles das elevadas alturas do topo do Erevest ainda não desceram para falar-nos a respeito.

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A sabedoria da natureza, o ovo de codorna e o ovo de avestruz.

E por falar em ovo se codorna...

Estou, aqui, a pensar, evocando as excelsas figuras de Lamarck, Lineu, Darwin e Lysenko, na sabedoria da natureza, esta entidade de quem muitos falam e que poucos compreendem. E ao pensar o que penso, tangenciaram-me a mente, não sei dizer porque cargas-d'água, silhuetas de codornas e de avestruzes, e tão logo me apareceram à imaginação pensei nos ovos que as codornas e as avestruzes botam ao pô-las, e conclui, sentenciosamente: "É inegável: a natureza é sábia, sapiencialmente sábia: fez que as avestruzes pusessem ovos de avestruz e as codornas de codorna. Dramática, mortalmente dramática, seria a vida das codornas se a natureza as fizesse pôr ovos de avestruz. A natureza é sábia, não há o que negar. E há quem, tolos! lhe negam a inata sabedoria. Tolos!

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Os texanos encaram o Biden.

Sabe quem sabe que nos Estados Unidos entram pela sua fronteira sul - que o separa do México, e não do Brasil, informo -, ilegalmente, todo santo dia, milhares de gentes saídas dos paraísos socialistas latino-americanos e dos de outras terras, umas destas da Ásia, e espalham-se pelo seu vasto território em busca, presume-se, de uma vida melhor - há quem, cabreiro, suspeita que muitos dos imigrantes ilegais são criminosos cuja invasão em terras do Mickey e do Donald é facilitada pelo atual ocupante da Casa Branca, o Brandon.

Por que pessoas miseráveis, que vivem em paraísos socialistas, sonham invadir um inferno capitalista ninguém entende. É inexplicável a atitude de tais gentes.

Deixemos de lado a questão que envolve os sentimentos e os desejos e as idiossincrasias das pessoas que invadem os Estados Unidos, e tratemos dos texanos, seres cuja fama de rápidos no gatilho e audazes façanhudos que pegam o touro pelos chifres corre mundo.

E que tem os texanos?! O que eles aprontaram?! Aprontaram das boas, das boas, de fato.

Se tu, leitor, sabes do que se trata, ótimo; se não sabes, saberás ao ler as próximas linhas, que são poucas.

Um mapa político da América do Norte te será de inestimável auxílio.

Antes de prosseguir te informo: não há um muro na fronteira do Brasil com o México - não perca teu precioso tempo procurando-o.

O governo Biden, ou Brandon, ou simplemente Bidê, ou Duper Joe, ou Crooked Joe, está a favorecer a imigração ilegal de gentes saídas das nações pobres dos quatro cantos do mundo em terras dos comanches, o que está a prejudicar enormemente, e principalmente, o Texas, estado que tem fronteira com o México. Muitos políticos, Democrata e Rino (Republicans in name only), apóiam, incondicionalmente, a insana, irresponsável política do insano e antipatriota Brandon. E ferra-se o Texas, sozinho. Sozinho, ferrava-se. Ferrava-se bonito até outro dia porque, além de ver-se violado por milhares de gente sem eira nem beira, tinha de ouvir as mais grosseiras asneiras e maldades dos apoiadores da política migratória baideniana. Mas agora a coisa mudou de figura: o governador do Texas comprou briga, e briga feia, com os Democratas: enfiou um bom punhado de imigrantes ilegais que estavam a atormentar os texanos nuns ônibus e enviou-os para Nova Iorque, dos Democratas, que tem, agora, de se ver com eles - e além de não saberem o que fazer com eles, estão a ver os serviços públicos novaiorquinos colapsarem. É a briga feia.

Ah! Esquecia-me: contou-me um passarinho que uma das mais leais amigas do Trump - Trâmp, em português castiço -, a congressista Marjorie Taylor Greene, pediu a cabeça de um tal de Alejandro Mayorkas, secretário de segurança nacional baideniano (ou de insegurança?), numa bandeja. Não sejamos tão tragicamente bíblicos; melodramáticos, tampouco. Não é a história para tanto. E que tu não fiques sem saber, leitor: a amiga do Trump quer o impítima do Mayorkas.

Leitor, tu queres saber mais a respeito do assunto deste piruá? Leias, então, de Washington Examiner, publicado, dia 9/11/2.023, "MTG files impeachment resolution against Mayorkas over border crisis.", e textos de Marjorie Taylor Greene na página dela no Telegram.

Notas 25

 

Piruás e Farelos - volume 25.

Governo Lula: uma boa notícia.

Para os brasileiros de todo o planeta uma boa notícia, uma das muitas que ora animam o espírito de todos os brasileiros: o preço de um pacote de 5 quilos de arroz aumentou, no decurso do primeiro ano do governo democrático socialmente e ambientalmente responsável do senhor Luis Inácio Lula da Silva, de R$ 21,90 para R$ 27,90. Aumentou, mas está ao alcance do bolso de todo brasileiro assalariado.

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Overdose de fentanil nos EUA.

É assustador o que se vê nos Estados Unidos:centenas de milhares de sobrinhos do Tio Sam estão a caírem mortos após ingerirem dose cavalar de uma droga que entra em terras

dos ianques que desbravaram o Oeste no tempo das diligências pela fronteira que as separa da terra dos astecas comedores de pimenta e milho. Vi cenas, filmadas em São Francisco, Califórnia, outrora uma terra paradisíaca habitada por uma constelação estelar de fulgurantes astros da sétima arte, e hoje um inferno socialista, de estarrecer todo e qualquer filho de Deus, até os mais insensíveis e indiferentes. O que vi está para cenas de filmes de mortos-vivos tais quais os dos mortos que caminham sem eira nem beira e nem ramo de figueira. Centenas de pessoas andrajosas amontoadas em monturos fétidos, carcaças ambulantes a rastejarem por ruas e avenidas degradadas pelo abandono e pela destruição. É assustador. E não se pode deixar de dizer que boa parte de tal estado de coisas preocupante, imundo, é o resultado de política de imigração ilegal descontrolada que os políticos de esquerda promovem, política que a congressista republicana Marjorie Taylor Greene, escorada por Donald Trump, está a combater com todas as suas forças.

A cidade de São Francisco só fica apresentável à visita do caridoso e amável Xi Jinping, que a visitou um pouco antes do fim de 2.023.

Se desejas saber mais a respeito, leitor, leias o que publica em sua página no Telegram a senhora Marjorie Taylor Greene.

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Ainda a vacina contra o Covid.

Contou-me um passarinho razoavelmente bem informado que a tal vacina contra o covid, vendida, nos quatro cantos do mundo, como a solução para todos os males, desde o longínquo ano de 2.020, de triste e lamentável memória, ano inesquecível, que muita gente deseja esquecer, o primeiro ano do Triênio da Histeria, é, na verdade, e é tal verdade a verdadeira, um cavalo de Tróia, e daqueles que nem o astuto, ladino Odisseu poderia conceber. Suspeita-se, e muitos dão a suspeita como certeza, que está a vacina (Um veneno? um tratamento genético? uma arma biológica para reduzir a população mundial? - Há teorias para todos os gostos) a causar males sem conta aos seres humanos e a matar muitos deles. Para uns é a vacina de mRNA experimental, e todas as pessoas que aceitaram uma dose que seja dela injetada no braço é um rato-de-laboratório, ou, em palavras mais simpáticas, uma cobaia.

E não são poucas as pessoas que estão a apontar para a censura que as Big Tech, associadas ao governo americano e às Big Pharma, promovem desde 2.020, o primeiro ano do Triênio da Histeria, ao cortar a palavra de médicos e políticos que não se genuflexionaram, servilmente, diante dos senhores Faucy e Adhanom, subscrevendo todos os documentos, por eles assinados, chancelados pelas instituições que eles presidem.

Diante de tudo o que li - e o tudo que li é pouco - a respeito da vacina milagrosa, só posso dizer que a história que ela protagoniza ainda está longe de acabar. E longe de acabar também está a história daquele bichinho sem graça, o tal de covid, o mais genial bode expiatório concebido pela inteligência das pessoas de espírito-de-porco.

Não há um consenso entre os cientistas mais científicos do orbe terrestre: O covid existe? Existiu? Se existiu, se existe, nasceu do ovo de um morcego? Em um laboratório? E está o laboratório na terra dos parentes do Li Po? Ou na dos do Walt Whitman? Ou na dos do Shevchenko? E escapou de um laboratório?! Ou o soltaram?! Tal assunto ainda dará muito pano para a manga.

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A doença X. Nova desgraça ronda a Terra.

E não é que a turma do capeta está a querer ferrar com a vida de todos os seres humanos!

Mal saiu o mundo da desgraça apocalíptica que a turma do capeta inventou de criar, e esta já está a anunciar outra desgraça, e esta vinte vezes mais desgracenta do que a desgraça desgraçada, a covidiana,que desgraçou a vida de meio mundo e ferrou com a da outra metade.

Como se diz vinte vezes em numerais multiplicativos?! Não sei. Então digo que os agourentos de plantão estão a anunciar uma epidemia apocalipticamente apocalíptica, esta, sim, verdadeiramente apocalíptica, vinte vezes mais mortífera do que a que flagelou o mundo mundial nos anos de 2.020, 2.021 e 2.022. E tal desgraça será provocada por um vírus desconhecido, o Vírus X. Ou é uma bactéria?! Sei lá. O importante é saber que tal bichinho, seja ele de qual espécie for, e mesmo que de nenhuma espécie seja, é desconhecido. Se é desconhecido, e se sabe que ele vai pôr o planeta de pernas para o ar, então, não nos resta dúvida, é perigosíssimo, perigosamente perigoso, uma desgraça desgraçadamente desgracenta. Cabe-nos, agora, apenas rezar o Pai Nosso e a Ave Maria, e esperar que o bichinho desconhecido conheça um seu predador natural, para que possamos viver felizes para sempre. Mas se o mundo tiver que acabar, que acabe. Fazer o quê?! Uma hora isso vai ter de acontecer.

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Racismo climático.

Aos ignorantes, digo:

Racismo climático é um tipo de racismo, e está relacionado com o clima. Ditas tais palavras diz-se tudo o que se tem para dizer a respeito.

Que não se engane, leitor: se tu achas que é uma tolice tal idéia, a do racismo climático, e de fato tolice é, saibas que já já entram, se já não entraram, em campo os estudiosos, em tom professoral, respeitável, para atingir três coelhos com uma cajadada só, e uma cajadada bem dada: com a autoridade que os títulos acadêmicos lhes concedem, explicar o conceito de "racismo climático" emprestando-lhe ares de coisa séria concebida pelas mentes mais brilhantes da história; apresentar a sábia ministra brasileira como uma respeitável senhora de dons sapienciais incompreendida; e, dar quem dela zomba como os tipos mais ignorantes e estúpidos e idiotas, e intolerantes, e racistas, da face da Terra.

E não se assuste se neste ano de 2.024 algum passarinho lhe disser que nas salas-de-aula do ensino secundário e do primário e do pré-primário, e até do berçário, os professores alertam os alunos para os perigos representados pelo racismo climático, ou ambiental, e, justaposto a tal ensino edificante, para a ameaça representada pelos supremacistas brancos masculinamente tóxicos, que, sedentos de lucro,financiam o racismo ambiental.

Fique esperto, leitor.

Olho vivo.

Sempre alerta, escoteiro.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Três notas

 

Blogger e substack

Três em um: Lula e os Yanomamis; Brasil, uma distopia; e, Policial assassinado, saidinha e magistrados.

Lula e os yanomamis.

... e os yanomamis, gente tão amada e querida pelos abnegados defensores da humanidade, heróis da democracia, da justiça e da liberdade, e dos povos nativos de todos os continentes, quatro, ou cinco, ou seis continentes, sei lá eu quantos são, morrem aos punhados em pleno governo da diversidade, da igualdade, da fraternidade universal, e mais do que morriam no governo anterior. E eu ouvi - pasmem! para surpresa de todos os seres humanos deste orbe, o terrestre, e de todos os outros orbes conhecidos e desconhecidos deste e de outros universos, diria Zeca Quinha, herói dos hebdomadários digitais - uma jornalista venerável, dona de uma biografia exemplar,apontar todos os investimentos governamentais éleistas na defesa dos silvícolas yanomamis e outros seus irmãos telúricos, investimentos que superam, e superam de muito, os do governo do Inominável, do Inelegível, daí ela enaltecer, com a veemência poética das musas que inspiraram belos sonetos a Shakespeare, e a Camões, o nosso vate universal, o marido da vice-presidente brasileira, mulher, esta, de beleza de causar inveja às sílfides, às naiades e às hamadríades - mas não percebeu a admirável, tão admirável! jornalista que ao listar os investimentos lulísticos nas políticas de arrimo aos yanomamis, e tendo-se em vista o aumento constrangedor, para dizer o mínimo, de yanomamis a sobreviverem, em situações precárias, desnutridos, famélicos, a malária a afligi-los, em situações degradantes nas mãos de garimpeiros inexcrupulosos, e a morrerem aos magotes, acabou, involuntariamente - creio não ter sido a sua intenção - por expôr a incompetência - e estou sendo inocente e ingênuo ao afirmar o que afirmo?! - do atual governo?! Não entendeu que ao defender o governo atacou-o?! E um político respeitável, lídimo representante de sua espécie, um daqueles que indagam dos companheiros o que é isso, e também o que é aquilo, presumo, político que, durante o governo do Inominável, diante da aterradora situação dos yanomamis, pedia até, vejam só! heroicamente, por interferência internacional na questão, que dizia, digo, respeito ao Brasil, agora, diante da visível, inegável, piora dos nossos irmãos yanomamis, limita-se a declarar que é o caso a envolvê-los de difícil solução, difícil, dificílima, e não se lembra o digno companheiro das competentes organizações internacionais e tampouco de solicitar-lhes interferência numa questão, a dos yanomamis, saliento, que o governo brasileiro se mostra incapaz de resolver.

Os bondosos e abnegados heróis da humanidade, corajosos defensores dos fracos e oprimidos, a turma que está a lutar bravamente pela Amazônia e a salvar da extinção as suas girafas não se ocupam com os yanomamis, dos habitantes destas terras, as nossas, um dos primeiros.

E assim caminha o Brasil.

Para maiores informações, que se leia e se ouça o que vai nos seguintes endereços internéticos:

1) Agência Brasil - Pedro Rafael Vilela, "Ministros voltam à Terra Indígena Yanomami após reunião com Lula.", 30/11/2.023;

2) Conexão Política - "Yanomamis vivem desnutrição, avanço da malária, mortes e crescimento do garimpo ilegal.", 11/01/2.024;

3) Jair Messias Bolsonaro, Facebook, 8/01/2.024;

4) Magno Malta, Facebook, 11/01/2.024;

5) Flavio Bolsonaro, Facebook, 4/01/2.024;

6) Oi Luiz, Youtube, "Eliane Cantanhêde ignora problema dos Yanomami e surta com bolsonaristas!", 11/01/2.024; e,

7) depheliolopes, Instagram, "Com Bolsonaro: investigação internacional! Com Lula: problema de difícil solução.", 11/01/2.024.

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Brasil, uma distopia: audiência de custódia; acusações sem provas; duplipensar orwelliano; um peso, duas medidas.

Vamos por partes, querido leitor. Tu percebeste que no título deste artigo, que entrará para a história, e dela jamais irá sair, há quatro temas, e são os quatro, digo, para tua informação (e eu poderia dispensar-te de ler o que tu irás ler nas próximas linhas, poucas, mas não te dispenso, não, pois, se escrevi o que escrevi eu o escrevi para que tu o leias), estão, conquanto independentes, interconectados, e um não vive, não no meu modo de ver as coisas - as coisas que vejo, que fique bem claro -, sem os outros três, todos os quatro a participarem da confecção da realidade distópia nacional.

Então, solicito-te paciência, e não muita, e de ti não exijo muito esforço na leitura deste artigo, que, prometo, é curto.

Logo no começo está escrito o nome da,benquerida de uns, malquerida de outros, senhora Audiência de Custódia, senhora, esta, dona de proverbial amor e carinho pelas vítimas da sociedade, aquelas pessoas que são oprimidas, e oprimidas violenta, e desumanamente, pela sociedade capitalista burguesa, que só visa o lucro do capital, o grande, especulativo improdutivo, sociedade, a da qual falamos, a que oprime as suas inocentes e inofensivas e desamparadas vítimas, dominada pelos supremacistas brancos cristãos europeus e americanos, racistas e por natureza intrinsecamente dotados de masculinidade tóxica, espírito genocida e cultura do estupro; aquelas vítimas, prosseguimos, da sociedade capitalista a senhora Audiência de Custódia trata com todo o carinho do mundo, com amor contagiante, inspirador, amorosa e amavelmente, a esmerar-se em oferecer-lhes cuidados humanitários de sensibilidade rara e admirável, e é ela, a senhora Audiência de Custódia, severamente justa com aqueles tipos asquerosos que se atrevem a impedir as vítimas da sociedade de, na calada da noite, adentrarem nas propriedades deles (não sabe essa gente que a propriedade é um roubo?!).

Encerrada a minha nota acerca da senhora Audiência de Custódia, que as más línguas insistem em dizer que está a proteger bandidos e criminosos e assassinos e estupradores e ladrões e assaltantes e outros seres iníquos, para ela criaturas gentis e amáveis, e a ferrar com a vida de honestos policiais e outros cidadãos, pulo para o segundo tema apresentado no título, tema do qual pouco tenho a dizer: aqui, por estas bandas, as brasileiras, um homem qualquer, de cabeleira leonina, encastelado num edifício horrivelmente suntuoso de arquitetura medíocre, vem a público, acusa, sem prova alguma, trilhões de pessoas de tramarem um holocausto em praça pública, no planalto central, onde se desenrola a rocambolesca e folhetinesca história do faroeste caboclo, em homenagem aos deuses, sejam estes quais forem, e fica por isso mesmo, e por muitos é tido como herói nacional, dos maiores, se não o maior, que o mundo já viu. Não é para fazer cair o que tem de cair de onde tem de cair?!

A depender de quem acusa e quem é o acusado ao acusador não cabe o ônus da prova, e a acusação já está provada, comprovada, e o acusado contra quem pesa a acusação já se sentou no banco dos réus, já foi julgado, condenado, e está, de frente para um paredón, à espera de uma bala, cuspida por um fuzil revolucionário que jamais perde a ternura, cravada na nuca. Entramos de cabeça no universo onírico de Franz Kafka.

E agora, querido, e paciente, leitor - a ti, que te dispuseste a me acompanhar até aqui, os meus mais sinceros votos de amizade eterna -, vamos ao terceiro ponto no título deste artigo apontado: o duplipensar orwelliano. Tu já reparaste que as palavras têm os significados, quaisquer que sejam eles, que quaisquer pessoas lhes atribuem?! Ninguém mais sabe o que as palavras significam. Estamos num inferno bem infernal, o dantesco, sem cachorro e sem gato. Estamos, num universo insano, a nos enlouquecer, num mundo de loucos. E os loucos de hoje em dia não são tais quais os loucos clássicos, os de antigamente, do tempo dos nossos avós, que eram (os loucos, e não os nossos avós) malucos, desparafusados, doidos-de-pedra: são retardados, esquisitíssimos; não têm carisma algum; não são divertidamente extravagantes, malucos-beleza, alegremente tagarelas; são odientos e odiosos, odeiam tudo e tudo querem destruir.

E de que trato, afinal, tu me perguntas. De loucos dos dias que correm e dos de antanho?! Não. Do duplipensar orwelliano. Não foi o George Orwell quem inventou a transmutação semântica espúria (eu gosto desta palavra: espúrio: é tão... tão... sei lá eu tão o quê: eu gosto dela) e criminosa das palavras, mas o fez com tal arte que tal fenômeno associou-se umbilicalmente com o seu britânico nome. Inverteu-se tudo: democracia é, hoje, o governo de um só, que manda e desmanda a torto e a direito e não admite que seja uma objeção às suas vontades intestinais, e não um governo do qual o povo participa, opondo-se-lhe, preferencialmente, e principalmente, de viva voz, aberta, e francamente; e anti-democrático é quem defende a participação do povo na política; e liberdade de expressão não admite liberdade de expressão especialmente se quem dela usa fala verdades verdadeiras; e censura é o mesmo que respeito aos limites da liberdade de expressão desde que quem desta faz uso... Já me entendeste, leitor.

E vamos para o último ponto que apontei no título, pois este artigo já está maior do que eu o pensei de início: um peso, duas medidas.

Um peso e duas medidas é o que se vê nas decisões de autoridades constituídas que, diante de dois casos equivalentes, ao julgá-los julga-os, usando critérios distintos, mal, inocentando, num deles,o que no outro condena, e vice-versa.

Estamos a assistir, na imprensa, a tal fenômeno: a má condição de vida dos yanomamis e a morte de muitos deles durante os anos Bolsonaro recebem da imprensa um tratamento e durante o governo Lula fenômeno equivalente recebe tratamento diferenciado:a imprensa condena o Bolsonaro e inocenta o Lula.

Sigamos: o aumento do preço dos alimentos é ruim se o governo é do Inominável, e bom se é do Éle o governo.

E mais um exemplo: se um homem qualquer xinga uma jovem beldade de esquerda é ele machista e misógino, mas se um homem de esquerda insulta uma mulher de direita é ela o que ele disse que é, sem tirar nem pôr - talvez ela até seja pior, mas ele nada mais disse contra ela porque ele é um cavalheiro.

E conto uma história do balacobaco, para encerrar este artigo: uma senhora, apoiadora do Lula, desacata a polícia judiciária e ameaça pôr em liberdade algum agente químico ou biológico em local público, depõe, assina um documento qualquer e vai-se, leve, livre e solta, para o seu lar, doce lar. E se é um apoiador do, como dizem, Inominável, a quebrar uma janela de um prédio público, é ele condenado a morrer numa enxovia fétida juncada de cadáveres e habitada por uma populosa comunidade de roedores peçonhentos. Se tu, leitor, desejas inteirar-se do interessante caso da mulher, assista, no Youtube, ao vídeo "Eleitora de Lula detida por ameaça terrorista é solta no mesmo dia.", publicado, dia destes, no canal Revista Oeste.

E todas as palavras que estão acima, reunidas, indicam ser o Brasil, de fato, é inegável, uma distopia.

E aqui encerro este artigo, que diz pouco acerca dos pontos no título apontados, mas diz, penso, bem.

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Policial assassinado, saidinha e magistrados.

Os brasileiros soubemos, os brasileiros que não nos dobramos à alienação vigente e ao conformismo proverbial do ser brasileiro e não nos limitamos a nos informar (informar?!) pelos canais convencionais de informação (que, se informa, informa irrelevâncias quaisquer com o propósito de não permitir que ninguém jamais se informe - em outras palavras, enche de minhocas e carambolas a cabeça de todos os desavisados que a ela recorrem para, acreditam, se informarem -, e quanto menos informados se fica mais informado acredita que se está), os brasileiros, prossigo, soubemos de Jéssica Canedo, que, após vir a saber de uma publicação de uma página de fofocas (Choquei, uma das agregadas da Mynd8, agência digital que administra inúmeras páginas de internet e que tem no seu time figurinhas carimbadas que o povo, em anos recentes, aprendeu a desprezar), publicação mexeriqueira, que a dá como um affair de um não sei quem famoso, e, após informá-la de que com ele nenhuma relação possuía, e por ela ser desprezada, a sofrer de depressão, mata-se (caso, este, dramático e trágico, que trouxe à tona um esquema de influenciadores digitais de pôr de cabelos em pé todos que dele tomamos conhecimento - e nos estarrecemos, indignados com o desrespeito dos responsáveis pela Choquei, e boquiabertos ficamos ao vislumbrarmos as dimensões da Mynd8, das suas conexões com o governo brasileiro, com empresas e com artistas e do poder que acumulou em tão pouco tempo, e nos incomodamos com a desfaçatez das personagens no caso envolvidas, com o silêncio cúmplice da mídia, e de políticos, e de homens da área jurídica), os brasileiros, prossigo, soubemos, há semanas, do trágico fim de Jessica Canedo, e há poucos dias soubemos de outra história trágica, a do assassinato, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, de um sargento da Polícia Militar mineira, Roger Dias da Cunha, de 29 anos, por uma vítima da sociedade (e que me perdõe o leitor o sarcasmo em hora tão imprópria), com dois tiros na cabeça, e nos estarrecemos e nos indignamos com a nota pública da Amagis, Associação de Magistrados Mineiros, que viu por bem publicá-la (antes nada tivesse publicado), em cujo corpo traz um trecho que é de pôr todos os homens de bem enraivecidos, espantados, a se perguntarem o que há na cabeça dos homens que em nosso país representam a lei: "Afinal, o ocorrido reflete a sociedade em que atualmente vivemos, cada vez mais violenta, armada e intolerante, recheada de ataques inexplicáveis por trás das redes sociais, não enfrentando os verdadeiros motivos da violência urbana, fruto da desigualdade social, falta de oportunidades de trabalho lícito aos egressos do sistema prisional, além da falta de perspectiva de futuro para inúmeras pessoas." É de assustar, não é?! E quanto ao assassinato e ao assassino?! E o que dizer para a família do sargento Roger Dias da Cunha?! Alguma condolência, algum sentimento?! E a tal da saidinha de Natal?! E é o assassino um dos beneficiados por tal política humanitária! É de lastimar!

Se o leitor quiser se informar a respeito de caso tão escabroso, e indignar-se, que leia três publicações no Facebook, uma, do dia 7 de Janeiro, de Carlos Jordy, e duas do dia 8, uma de Silas Feitosa e uma de Maurício Muhlmann Erthal, e a reportagem, publicada, dia 7 de Janeiro, no site Pleno News, "Ação que baleou PM na cabeça em BH é 'fruto da desigualdade social', diz Associação de Magistrados." (de autoria de Marcos Melo), que traz, de brinde, na íntegra, a nota da associação supracitada.

Que Deus guarde a alma de Jessica Canedo e a de Roger Dias da Cunha.

À família de Jessica Canedo e à família de Roger Dias da Cunha, condolências.

sábado, 6 de janeiro de 2024

Notas

 

Mr. Magoo - Magoo Detetive (The Nearsighted Magoo - Barefaced Flatlood) - desenho animado.

À noite, na agitada e perigosa metrópole, num covil de lobos e raposas implumes e bípedes, o mais simpático, e voluntarioso, e garboso, e destemido velhinho míope da história do século XX, pequeno de estatura, enorme, imenso, grandioso de coragem, em auxílio a Valdo, encara os maiores criminosos, crudelíssimos seres iníquos, que o perseguem, que o encurralam, que lhe ameaçam a vida, nos lugares mais abjetos, mais imundos que seus olhos conseguem ver; vai a um porão, impede que Valdo converta-se num delator indigno, pugna-se com um fantasma de cabeça de aquário com um peixe dentro, e, a exibir desenvoltura de exímio espadachim, bate-se com um oponente de equivalente poder, desenvoltura, coragem e destreza na arte que fez a fama de Dartagnan, Athos, Portos e Aramis.

É esta uma aventura que apenas um homem da estirpe do Sherlock Holmes poderia empreender.

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Piruás e Farelos - volume 24.

O estudioso estuda.

Quem decide se dedicar a estudar um assunto estuda o assunto que decidiu estudar. Que tautologia, meu irmão! Tautologia?! Que bicho é esse?! Circunlóquio. Circunlóquio?! O que é isso?! Papo furado. Viagem na maionese. E vivas à batatinha!

Falando sério: quem se diz estudioso de um certo assunto, e se é o assunto desses que se pode observar de infinitas perspectivas e deles tirar infinitas conclusões, tem, por dever de ofício, procurar por duas ou três principais correntes de pensamento, certo de que durante todo o tempo dedicado ao estudo do assunto ao qual se dedicou talvez não tenha obtido as informações mais importantes e que após concluído o estudo tenha se inclinado para uma direção favorável a esta ou aquela visão-de-mundo e a este ou aquele personagem - nada a se reprovar, neste ponto, no entanto; do contrário, limita-se a alimentar seus preconceitos, e robustecer suas premissas, mesmo as erradas, que lhe foram enfiadas na cabeça por algum meio qualquer. Na História, por exemplo, quem, lendo obras acerca de certos personagens de um determinado período da história de um país concentra as suas leituras nas obras de um dos - por exemplo - dois grupos em conflito, e recusando-se a ler as do outro, por inclinação, de antemão ciente de quem eles são, não está a estudar, mas a papaguear um idéia, uma agenda política ou ideológica, ou para sustentar uma visão de mundo, e, consequentemente, a propagandeá-la, fazer valer sua idéia, não raro preconcebida, do período histórico estudado e de seus protagonistas.

Além do exposto nas linhas acima, não sei se com clareza - a idéia esta clara, límpida, translúcida, na minha cabeça, mas me pergunto se eu conservo a sua clareza ao expô-la em letras de fôrma -, tem o estudioso de intuir que muitas de suas fontes são falsas, muitos historiadores mentiram desavergonhadamente, para atender aos interesses dos poderosos cujas histórias escreveram, e por ódio a este ou aquele personagem, e por veleidades incontáveis.

Toda a reflexão acima nasce da sem-razão que quaisquer pessoas percebem na postura de gente que se atribui o poder exclusivo de, sem que observe o objeto supostamente estudado, saber as explicações que explicam o que dizem que explica, mesmo, e principalmente, que nada explique, mas que atende à vaidade e à presunção do explicador. E que este ponto fique bem explicado, bem maravilhosamente explicado. Não é o que se vê em muitas gentes que, não vindo ao mundo há dez mil anos, têm a resposta, e a resposta certa, acreditam, para todas as questões, e sem que ao menos tenham dedicado um minuto de suas curtas existências para sequer lamberem a capa de um livro e para ouvirem alguém, seja o alguém quem quer que seja, falar do asssunto do qual tudo sabem porque são daqueles que nasceram sabendo?!

E assim caminha a humanidade. Ou rasteja, sei lá eu.

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Quem julga os cristãos?

O cristão jamais deve deixar-se julgar, e condenar-se tampouco, por quem quer que seja, e menos ainda por inimigos de Cristo.

Não é incomum se deparar com gente que odeia Jesus Cristo, e a Igreja, e a religião cristã, e os cristãos. Não é incomum. E no seio da Igreja muita gente está a cuspir em Cristo. E os odiadores da religião cristã estão sempre com o dedo em riste na cara de um cristão, a condená-lo ao fogo do inferno, mesmo que não acreditem que o inferno exista.

Uma cena: "Tu, um cristão?! Tu és um hipócrita! Tu falas que não se deve levantar falso testemunho, e há pouco disseste cobras e lagartos da Fulana! Hipócrita! Tu não és um cristão!" E diante de tão enérgica, diabólica catilinária, o cristão genuflexiona-se, humilhado, constrangido, sem saber onde enfiar a cabeça, a ponto de se debulhar em lágrimas, a ver no seu acusador um homem nobre, correto, um juiz respeitável, venerável, sábio, uma autoridade moral. Engana-se o cristão que assim se comporta. Tem o cristão, quando tal situação se dá, perguntar para o dito cujo que lhe cuspiu na face: "E quem tu és para me dizer que não sou cristão porque não respeitei um preceito cristão?! Quem tu és?! Quem te autorizou a me julgar, condenar-me e negar-me a participação no corpo de Cristo?! Cristo te autorizou a me xingar, exprobrar-me, assim, tão desrespeitosamente?! Porque transgredi uma lição cristã não sou cristão?! Ora, sou humano, e, enquanto humano, um pecador. Tu estás a me cobrar uma conduta impoluta. Impossível. Sou humano; pecador, portanto. E tu não tens autoridade moral para me pôr o dedo em riste. Não tens! Cristão eu sou. Cristão sou, penso nas minhas atitudes, corrijo-me, esforço-me para não vir a incorrer em erros, e em pecados, e mais nestes do que naqueles, assim buscando sempre me tornar um homem melhor, melhor hoje do que fui ontem, melhor amanhã do que sou hoje. Estou ciente de que, humano, posso cair em erro, e, pior, pecar. E quanto a tu: Procura tua turma, e não me torres a paciência! Sai da minha frente, ou te enfio um soco nas fuças e quebro-te o nariz, peste dos infernos!"

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E sai a lista dos frequentadores da ilha do Jeffrey Epstein.

Contou-me um passarinho, dia destes, que está para se dar a público, na terra do Tio Sam, uma lista, e lista negra, com nomes de gente poderosa que frequentava a famosíssima ilha do Jeffrey Epstein e da Gislaine Maxwell, ilha esta onde crianças eram vítimas de abusos sexuais.

Está para se publicar tal lista, ou já a publicaram, não sei ao certo. Um passarinho, repito, disse-me que tal lista seria publicada ao alvorecer de 2.024; outro disse-me que tal se dará daqui algumas semanas. Seja como for, que venha à tona a história ambientada na ilha infernal, a do Epstein, e que os nomes de todos os seus frequentadores venham a público.

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A mentira e o suicídio de uma jovem.

Uma jovem suicidou-se porque falou dela mentiras cabeludas uma certa página de fofocas. E vem à tona uma história do cão envolvendo uma turma da pesada, que tem laços estreitos com gente da ainda mais pesada, um grupelho de um certo governo de um certo país do orbe terrestre, o único orbe terrestre dentre todos os existentes e inexistentes, diria o extraordinariamente genial José Carlos da Silva Quinha, homem de perspicácia singular.

Conquanto a imprensa, a nossa, melhor, a daqui do Brasil, ignore, solenemente, o assunto, já corre à boca pequena os nomes-fantasia Choquei e Mynd8 e nomes de batismo de figurinhas carimbadas das altas culminâncias do showbizz nacional, e um bom punhado de pessoas, por redes alternativas e independentes de comunicação, já tomam ciência das dimensões inabarcáveis do esquema de influenciadores digitais erguido com muita grana de capitalistas e liberais destas plagas em que se plantando tudo dá.

Aproveito para dizer: há capitalistas, e dos grandes, daqueles donos de trilhões de moedas sonantes, que financiam o movimento comunista - o que faz me perguntar: Os comunistas ganham a parada, quase sempre, por que são os mais inteligentes, têm a melhor estratégia, ou por que têm mais grana? A inteligência deles - é uma suposição, que não pode ser terminantemente descartada - é diretamente proporcional à fortuna, que lhes faz a fortuna, que capitalistas graúdos lhes põem nas mãos?

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Estudos científicos.

Quem estuda as coisas da natureza observa os fenômenos naturais. É da observação que nasce o conhecimento. E reune-se os dados colhidos, e detecta-se as relações de causa e efeito entre estes e aqueles fenômenos. Por que querer encontrar uma explicação para a ocorrência dos fenômenos, se não se identificou os fenômenos, suas origens, suas interações? Dos fenômenos percebidos dá-se uma descrição, sem lhes adicionar comentários de quaisquer espécies, tampouco suposições acerca das suas origens, substâncias ocultas à observação direta.

Um homem, numa floresta, vê, pela primeira vez em sua vida, um raio, ao longe, riscando, de alto a baixo, o céu. E tão logo presencia tal fenômeno dá-lhe uma origem, empresta-lhe certas características mágicas, formula-lhe uma teoria para a sua existência. Não me parece tal postura científica. Penso eu que ele vê o raio, e desconhece-lhe a origem. Assusta-se. E outro raio aparece-lhe,diante dos olhos, no horizonte, de alto a baixo. Entende estar diante de um fenômeno - para o qual não tem explicação - isolado: um raio é um risco luminoso, no céu, a unir a terra às nuvens. E aparece-lhe outro raio, este, célere, a ir de uma nuvem a outa nuvem. Aqui o homem entende que os raios podem ir do chão ao céu e de uma nuvem a outra. E de repente riscam o céu quatro raios, simultaneamente - e ao mesmo tempo, para deixar bem clara a descrição. Agora sabe o nosso herói que muitos raios manifestam-se ao mesmo tempo e simultaneamente. Mas todos os raios que ele viu manifestaram-se bem longe de seus ouvidos.

Passam-se alguns minutos.

Cai um raio a poucos metros do personagem desta história. E ao raio segue-se um trovão.

O raio produziu o trovão?

O nosso herói não sabe.

Caem, na sequência, três raios, a intervalá-los trinta segundos, e após cada raio faz-se ouvir um trovão. E aqui o homem cujos passos seguimos já entendeu que após cada raio segue-se um trovão, que ele ouve se cai perto de si o raio.

E assim vai o nosso amigo acumulando, pouco a pouco, conhecimentos acerca das coisas da natureza. Mas, e as explicações?! O que faz os raios? Por que os raios riscam o céu? Por que ocorrem os trovões?

No dia que tiver um tempinho de sobra o nosso herói se dedicará a encontrar uma explicação para os fenômenos que ele presenciou.

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Negar-se ao contraditório empobrece-se.

Conheço pessoas que se dizem estudiosas, interessadas em saber mais e mais acerca dos assuntos pelos quais se interessam, dispostas a apreenderem idéias diferentes das que possuem e defendem, e que jamais desprezam pessoas por suas posturas políticas e ideologias afastarem-se de quem tem pensamentos diferentes dos delas, esbravejarem à sugestão de lerem livros de estudiosos que têm uma percepção distinta da delas acerca dos temas que elas estudam - melhor, que elas dizem estudar - e conservarem distância segura de quem segue outra política, outra ideologia, ou nenhuma. Encasulam-se a sete chaves, temerosas de contatarem quaisquer idéias que lhes firam a sensibilidade de seres perfeitos.

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É boa a pedagogia do Paulo Freire? A economia socialista produz riqueza?

Perder-se em teorias é perda de tempo. E o tempo é precioso. Muitos debates acalorados podem ser encerrados com uma simples pergunta. Por exemplo, se um professor paulofreireano, em tom professoral, paulofreireanamente professoral - e que tu, leitor, dês ao "paulofreireanamente professoral" o significado que entender apropriado - está a te ditar uma hagiografia do maior de todos os pedagogos, segundo ele, do universo, perguntes-lhe, como quem não quer nada, mas marotamente querendo tudo: "Qual escola implementou na íntegra a pedagogia do Paulo Freire e qual foi o resultado?" E não se esqueça de destacar "na íntegra". Se o professor paulofreireano exibir uma constrangedora cara de marmota, já sabes: a vitória é tua.

E se um adepto fervoroso do socialismo estiver a te dar, leitor, uma aula de socialismo, da teoria do socialismo, enaltecendo as realizações dos socialistas, pintando o socialismo com as cores as mais atraentes?! Ora, perguntes-lhe, assim, desinteressadamente, mas interessado: Qual país implementou na íntegra o sistema econômico sociaista e qual foi o resultado?" Se ele vier com conversa fiada, tu, estejas certo, és o vencedor. E não te esqueças de destacar o "na íntegra".

Nos dois casos, rejeites, terminantemente, quaisquer teorias e exijas um exemplo de caso concreto.

Ensina-nos o ditado: na prática a teoria é outra.

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Pergunta sem pé nem cabeça.

É cada uma, que Deus me livre!

Não sei se é porque se ignora a Língua Portuguesa, se porque se tem um parafuso a menos na cabeça, se porque não se sabe fazer bom uso das palavras, não sei. Talvez seja apenas para fazer graça. Talvez. Talvez se queira enlouquecer meio mundo e endoidar a outra metade. Talvez. Só sei de uma coisa: é engraçado, e divertido - para ser simpático eu digo. Do que estou falando, afinal?! De certas reportagens que vira e mexe me chegam ao conhecimento, inclusive, e principalmente, as que, não as procurando - e não as procuro porque não sei que elas existem - eu as encontro. E uma delas eu a encontrei hoje. E o que ela diz?! Ela diz, logo no título, com uma interrogação, insinuando que tem o autor de tal artigo jornalítico uma revelação extraordinária para fazer, o porquê de muitas pessoas, não todas, após enviuvarem, morrem. Ora bolas, não é da ordem natural das coisas pessoas morrerem, todas elas?!

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Karl Marx e o anti-cristianismo dos esquerdistas.

Karl Marx dizia que a religião é o ópio do povo.

Os marxistas, e leninistas, e socialistas, e comunistas, e esquerdistas, odeiam de morte o cristianismo. Por onde passam perseguem os cristãos: compartilham com o Karl Marx do ódio visceral pela religião cristã.

Então, é líquido e certo, os marxistas, e leninistas, e socialistas, e comunistas, e esquerdistas, se louvam este e aquele padre, e aquele e este bispo, e quaisquer outros representantes da Igreja, o fazem porque encontram neles seus iguais, isto é, vêem que eles seguem o Manifesto do Partido Comunista, e não os Evangelhos.