quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Notas

 Vírus e caminhões


Há certos títulos de reportagens jornalísticas que conservam enigmas, e indecifráveis, mistérios, daqueles bem misteriosos, para os quais ninguém tem sequer uma explicação plausível, ou mensagens cifradas cujas substâncias estão além do entendimento humano. Li, há poucos dias, o título de duas reportagens, ambas de canais de notícias, ambos do Youtube, ambos a dar ao público informações importantes - assim penso, pois, sou obrigado a confessar, eu, um pecador impenitente, não acessei tais reportagens para lhes conhecer o teor -, ambas a guardarem, e no título, dados intrigantes. E não me dei ao trabalho de anotar os nomes dos canais que dão-nos a conhecer valiosíssimas pérolas jornalísticas. E por que eu o faria!? Entendi importante os títulos das reportagens, e não o que elas contêm. E são os títulos intrigantes, enigmáticos: "Vamos ter que conviver com o vírus com inteligência."; e, "Motorista de caminhão bêbado destrói 31 carros em acidente na...." - neste segundo ficam as reticências, pois não me interessei em conhecer-lhe toda a extensão. Que o vírus - e trata a reportagem, presumo, do covid-19, vírus que tem a seu serviço o melhor relações públicas com o qual um vírus jamais contou - é inteligente não me resta dúvidas, afinal, ele selecionou, sabemos, seu público alvo e atacou-o, e foi bem-sucedido em sua ação, em certas horas do dia, em certos dias da semana, em certos locais, driblando, sempre, a vigilância sanitária, que, em vão, e a esmo, atacou-o diuturnamente; e que processem o caminhão, que bebeu antes de dirigir, melhor, dirigir-se (não sei se tal caminhão é um criminoso de ficha policial quilométrica, ou um "dimenor", ou um suspeito, ou apenas um menino, uma vítima da sociedade - confesso que não sei qual é o seu estado civil, mas seja qual for que o caminhão não saia impune de sua ação inconsequente).

Ocupei-me em demasia com tais enigmas misteriosos, charadas indecifráveis. Eu poderia dedicar-me à leitura das reportagens que os títulos anunciam, mas decidi, não sei porquê, resumir a minha atividade intelectual a conhecer-lhes a substância lendo-lhes os títulos, unicamente. Foi-me impossível conhecê-las. Deixo-as para estudo dos homens dotados de intelecto privilegiado.

*


Biden. Vacinas. Caminhoneiros. Moro. Príncipe. Carvajal. Notas breves.

Dizem por aí que é o Joe Biden, homem que supostamente senta-se na cadeira presidencial americana, um morto-vivo, mais morto do que vivo, um zumbi, e dos mais lerdos que existem. Se é verdade, não sei; sei apenas que ele não tem paciência com jornalistas que lhe falam de inflação. Ah! se fosse o Trump a responder a um jornalista com a educação do Biden! O mundo viria abaixo. E Trump ficaria com as orelhas vermelhas de tanto que ouviria chamarem-lo fascista, nazista, racista, genocida, e o escambau. Os burros estão num mato sem cachorro, sem saber o que fazer com o Brandon e com a vice dele, a tal de Kamala, que, não sendo morta-viva, parece que viva não está, e nem morta - e ninguém sabe qual é o estado existencial de tal criatura.
*
Se pessoas vacinadas com quinhentas doses da substância, que muita gente não sabe para o que serve, tais quais as que não se vacinaram, podem ser infectadas pelo vírus e infectar com ele outras pessoas, por que cargas-d'água se insiste em exigir de todos o tal de passaporte sanitário?
*
E seguem os caminhoneiros canadenses a enfrentar Justin Trudeau, que removeu, diante de todos, a máscara de defensor da Democracia, da Liberdade e da Justiça, e revelou-se por inteiro, com a sua verdadeira face. E a ação deles está a inspirar colegas de estradas americanos, australianos, franceses e espanhóis a levantarem-se contra os tiranetes, que se multiplicaram assustadoramente de 2.020 para cá.
*
A campanha do Sérgio Moro, indicam as notícias que li, está fazendo água. E está o até há um pouco menos de dois anos herói nacional enredado numa trama diabólica tão sutil e complexa que nem Ariadne consegue desenredá-la. Chama-me a atenção um detalhe: todas as decisões do Sérgio Moro que envolvem o Lula estão sendo anuladas e ele, Sergio Moro, não se pronuncia a respeito, não defende seu valioso e inestimável trabalho.
*
O príncipe Andrew, herdeiro do trono inglês, homem quem tem em suas veias o sangue da rainha Elizabeth, assinou um acordo milionário, que lhe livra a cara num caso que envolve, contou-me um passarinho, o nome do falecido Epstein - que morreu em circuntâncias tão misteriosas, que nem Sherlock Holmes e Hercule Poirot e Auguste Dupin, unidos, chegariam ao seu assassino, que talvez tenha sido ele mesmo.
*
Desde o ano passado, no mês de Outubro, ou Novembro, ouço falar de Hugo Carvajal, el Polo, que, preso na Espanha, contou aos juízes daquele país histórias escabrosas envolvendo políticos latino-americanos. E não foi da imprensa brasileira que ouvi tal notícia. A imprensa nacional nem sequer lhe menciona o nome, afinal, ele citou o nome de um ilustre personagem brasileiro que ela sonha ver, a partir do dia 1 de Janeiro de 2.023, ostentando a faixa presidencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário