sábado, 29 de fevereiro de 2020

Aos bolsonaristas arrependidos

Há bolsonaristas, pessoas decentes, que, entristecidas, lamentam as amizades que perderam após declararem voto no Jair Messias Bolsonaro, e, após as eleições, dedicarem a ele apoio incondicional. Hoje, perguntando-se se agiram corretamente, se fizeram bem em votar no 17 e defender o presidente democraticamente eleito, pensam em reconsiderar as suas atitudes, se se continuam a apoiar Jair Messias Bolsonaro, ou se preferem recuperar as amizades perdidas. Alguns estão a ponto de capitularem. Querem de volta as amizades, que perderam, de esquerdistas, de progressistas, de politicamente corretos, de isentões alienados, mas, desorientados, não sabem o que fazer para recuperá-las. Pensando no bem-estar psicológico, preocupado com a saúde mental de tais bolsonaristas, para livrá-los do tormento de suas incertezas, de suas indecisões, aconselho-os a, para recuperarem as amizades perdidas, a exercerem as seguintes atividades, que os esquerdistas e similares, de cuja amizade os bolsonaristas não gozam mais, entenderão como sinais de arrependimento sincero, autêntico:
1) em local público, na presença do Papa, desnudar-se, empunhar um crucifixo, e introduzi-lo no próprio fiofó (fica a critério de cada um o uso de vaselina);
2) no carnaval, no meio da multidão, tirar para fora da gaiola o passarinho, e manuseá-lo de modo a lançar um bom jato de urina na cabeça de um amigo - é esta atividade uma obra de arte intitulada Golden Shower;
3) desnudar-se, deitar-se de costas para baixo, em um museu, ou outro local apropriado para exibição de sofisticadas obras de arte modernas, e pedir para algumas crianças tocarem você, em todo o seu corpo;
4) gravar um vídeo que apresente uma idéia pra lá de brilhante, com os seguintes elementos: Jesus Cristo e o Diabo são amantes; Nossa Senhora é uma rameira; e, São José é um chifrudo covarde;
5) em local público, deixar no chão uma foto do Bolsonaro, acocorar-se, e soltar sobre a foto uma boa quantidade de substância que enche o seu intestino.
Estas são as cinco atividades que, se, realizadas, com desenvoltura e desembaraço, farão de todo bolsonarista arrependido um ser amado pelas pessoas cujas amizades perdeu ao declarar voto no Jair Messias Bolsonaro. O bolsonarista que, conservando um resquício de decência, não esteja convencido de que é digno de emprendê-las, deve apoiar todas as pessoas que as praticam, sem constrangimento; e quando outros bolsonaristas as reprovarem, devem difamá-los com todo o poder de sua alma prostituída no altar de seus inimigos.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Bolsonaro e Trump versus a insanidade esquerdista

É visível o desespero da legião de esquerdistas no Brasil e no mundo. Leio reportagens dando notícias de manifestações dos pré-candidatos do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, e percebo, neles, o nítido desprezo que eles têm pelos valores que eles dizem defender, a liberdade, a democracia, a família. É um espetáculo de horrores, de assustar, de aterrorizar toda pessoa com no mínimo um pingo de amor pela vida. Os discursos deles são recheados de ódio, de rancor, de ressentimento, de espírito vingativo; não admitem - e jamais admitirão, é o que se conclui estudando-lhes as palavras – a derrota da Hilary Clinton para o Trump, e, pior, não reconhecem nenhum dos inúmeros sucessos da administração Donald Trump, muitos dos quais só serão mensurados em suas reais dimensões daqui a décadas. E aqui no Brasil o que se vê é o mesmo fenômeno. Os esquerdistas, e os isentões, que acabam por apoiar as políticas de inspiração de esquerda mesmo que digam que combatem o esquerdismo, esgoelam-se, em demonstrações cabais de insanidade, contra todos os valores mais caros aos brasileiros, chegando a ponto, um deles, senador da República, de avançar, no governo (ou desgoverno, não sei) de uma retroescavadeira, contra policiais em greve. (Pode-se criticar os policiais grevistas – mas as criticas que se devem fazer a eles não desculpam o destempero, a sandice e a irresponsabilidade do senador aludido acima). O que se vê no Brasil é um espetáculo grotesco de imoralidades, de ódio, visível, em uns, disfarçados, em outros, todos os esquerdistas e isentões a declamarem amor por valores que, na verdade, e a verdade tem de ser dita, eles desprezam. A imprensa nacional descarrega na cabeça dos brasileiros todo tipo de imundície; os políticos, no Congresso e no Senado, e ocupantes de cargos de governador e de prefeitos, inimigos viscerais, não do Bolsonaro, mas do povo brasileiro, bostejam todo gênero de sujeira de constranger e ruborizar as piores personalidades que a civilização humana já conheceu. Querem tais pessoas, apoiadas por uma multidão de energúmenos, de idiotas úteis, de cúmplices de suas imoralidades, enfim, de pessoas tão sórdidas quanto elas, destruir o país, maltratar o povo brasileiro, para fazer valer a visão-de-mundo que elas entendem ser a realidade. Estão desesperadas. E mais desesperadas, e atormentadas, ficam, e mais odientas e odiosas, expondo, com mais sem-cerimônia, no transcurso dos dias, as suas iniquidades e má-fé e más intenções, porque não conseguem subjugar os seus oponentes, o povo brasileiro, que resiste, bravos e destemidos, apesar de toda a agressão psicológica que sofre diariamente. O Bolsonaro, aqui, e o Trump, nos Estados Unidos, são símbolos de um movimento de reação ao avanço dos anti-cristãos, daí o ódio que nutrem por eles os satanistas que ocupam postos de relevo nas organizações mundiais e seus aliados nos governos de, pode-se dizer, todos os países.

O anti-Bolsonaro e a política externa do Bolsonaro

O anti-Bolsonaro: O Bozo, aquele nazifascista! aquele machista! aquele homofóbico! aquele miliciano! aquele racista! é anti-democrático. Ele quer destruir o Brasil. É um fantoche do Trump, outro fascista, outro nazista. Eu não apoio nenhuma política do Bozo, aquele opressor e torturador! Eu defendo a democracia, a liberdade. E não faço concessões ao Bozo miliciano.
Uma pessoa qualquer, sensata: O Bolsonaro, na política externa, aproxima-se dos Estados Unidos, de Israel e de outras nações livres, cujos governos respeitam os princípios democráticos, e deplora, com firmeza, os governos ditatoriais dos Castro, que massacra os cubanos, e de Nicolás Maduro, que reduziu a dieta do povo venezuelano a ratos caçados nos esgotos de Caracas. Os venezuelanos foram reduzidos a cadáveres que andam. E os governos de Lula e Dilma, com o seu apoio, apoiaram os Castro, e Nicolás Maduro, cujo antecessor, O Chávez, é adorado pelos esquerdistas. Você, então...
O anti-Bolsonaro: Cale a boca, miliciano fascista! Lula livre! Lula livre!

A ministra Damares, o estupro de bebês e o anti-Bolsonaro

O anti-Bolsonaro: No governo do Bozo, aquele fascista! aquele nazista! só tem louco, só gente fanática. Veja a Damares, aquela doida, aquela retardada, aquela evangélica supersticiosa, que vê Jesus Cristo numa goiabeira! Que mulherzinha patética! Ela só diz asneiras e nada faz que tenha valor. Eu sou contra todas as políticas daquela bozonazista, daquela crente desmiolada.
Uma pessoa qualquer, sensata: A ministra Damares criou um programa de combate ao estupro de bebês. Ela disse, meses atrás, que há, no Brasil, pessoas que estupram bebês de até sete dias de vida, gravando vídeos de tais desumanidades, e vendendo-os por até dez mil reais. A ministra está combatendo tal prática criminosa, um atentado contra as crianças. E ela tem o apoio do presidente Bolsonaro. Se você é contra todas as políticas da Damares, então você está a favor de criminosos, estupradores de bebês e de pessoas que compram tais vídeos e de...
O anti-Bolsonaro: Cale a boca, bozonazista fascista! Cabe a boca! Você é nazista! Não tem o direito de abrir a boca para dizer uma palavra sequer! Nenhuma! Lula livre! Lula livre! Lula livre!

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Um caso inusitado. O cadáver.

Hoje, no pronto-socorro, abordou-me um homem que eu nunca tinha visto mais gordo; descontraído, ele puxou conversa comigo. Criou-me intimidade; desembaraçado, sem cuidar das palavras que usava, disse-me: "A polícia encontrou um cadáver morto lá perto do Piracuama; foi investigar de quem era aquele corpo, e deecobriu que não era um cadáver; era um defunto".

A necrofilia e a superpopulação

A necrofilia (ato sexual com cadáveres) pode causar a superpopulação da Terra.
Imaginem a cena: Um carinha morre. Conduzem o cadáver dele à sala de autópsias, e o deixam, de bruços, sobre a mesa. Minutos depois, o médico-legista, um homenzarrão bem-dotado, entra na sala de autópsias, vê o carinha morto, sobre a mesa, de quina para a lua, tira o míssil teleguiado para fora da calça, e "crau" no carinha, que ressuscita na hora.
Se a moda pega...

Exploradores e explorados

Os esquerdistas dizem que os capitalistas (empregadores) exploram os trabalhadores (empregados). Agora, com o avanço tecnológico, os capitalistas investem em robôs, o que lhes permite dispensar os trabalhadores. Assim, eles, capitalistas, os libertam de uma relação exploratória, não mais os explorando. E o que dizem os esquerdistas a respeito? Eles dizem que os capitalistas não podem robotizar as empresas e demitir os trabalhadores. Ora, se os capitalistas (empregadores) exploram, segundo os esquerdistas, os trabalhadores (empregados), então, ao dispensá-los após adquirirem robôs, os libertam; portanto, os esquerdistas, se são coerentes, deverm elogiar os capitalistas, e não criticá-los, afinal, não possuindo trabalhadores (empregados) a seu serviço, eles não podem explorá-los. "Ah! Mas você se esquece que a robotização das empresas irá provocar muito desemprego". "Não, cara pálida. Não me esqueço, não. Mas este problema os esquerdistas que o resolvam. Eles é que são os gênios da humanidade. Mas de uma coisa eu sei: os esquerdistas não podem criar nenhum mecanismo que impeça os capitalistas de substituírem o trabalho humano pelo de robôs, pois, se o fizerem, irão obrigá-los a contratar humanos, o que fará com que eles os explorem, afinal, persistirá a relação exploratória, o capitalista (empregador) conservando o seu papel de explorador e o trabalhador (empregado) o de explorado. E os esquerdista não querem que tal relação perpetue, querem!?".

sábado, 22 de fevereiro de 2020

A imbecilidade dos esquerdistas

Título de uma reportagem publicada, em 22/02/2020, no Direita Livre: "Dória afasta diretora por chamar PM para conter violência de aluno".
Esta notícia é de bugar o cérebro de todos os esquerdistas. E agora, eles criticam o Dória ou a PM? Para eles, a PM está oprimindo um educando, ou protegendo os educandos ameaçados por um educando? E o Dória, que, sendo uma autoridade, é, portanto, opressora,  está defendendo a liberdade de um educando, indo contra uma diretora de escola, que, sendo uma autoridade, também é opressora? Os esquerdistas reclamam da violência nas escolas, mas a PM foi chamada para impor a ordem, anular a ação do agente que promove a violência, que é um educando, mas a PM é uma autoridade, portanto, é opressora. Mas o educando, oprimido, oprime o opressor, sendo, portanto, opressor, então, aqui, ele oprime a PM, o Dória e a diretora da escola. Então... Então concluo que esquerdismo é uma imbecilidade sem par.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice) – Breves observações acerca da batalha final.


Não é o meu objetivo, nesta resenha, dar um resumo do filme, tampouco dissecar a psicologia das personagens, e nem considerar os recursos técnicos e os efeitos especiais nele utilizados - estes recursos são irrelevantes; relevantes, nos filmes, são a trama e a consfiguração das personagens. Não são raros artigos e resenhas de filmes que, se prendendo na avaliação dos aspectos irrelevantes, muitos deles insignificantes, negligenciam o estudo dos relevantes, essenciais, indispensáveis. Uma boa história, seja ela a de um filme, a de um romance, a de um conto, a de uma novela, tem uma narrativa bem elaborada e personagens bem construídos. E estes são os dois ingredientes nos quais os resenhistas e os ensaistas deveriam dedicar a sua atenção ao tratar dos filmes que estudam.
Nesta resenha, o título indica, dedico-me a comentar, do filme, a batalha final, que envolve os heróis Super-Homem (Henry Cavill), Batman (Ben Affleck) e Mulher-Maravilha (Gal Gadot) e o vilão Apocalipse - o coronel Zod (Michael Shannon), recriado por Lex Luthor (Jesse Eisenberg), com o sangue deste, e transfigurado numa criatura monstruosa, cujo poder supera os dos seus três oponentes somados, uma criatura quase indestrutível, que possui um, e apenas um, ponto fraco, o mesmo de seu antagonista kryptoniano. Eu não irei resumir a luta final; irei, apenas, traçar descrições, poucas, de cenas que me chamaram a atenção, adicionando-lhes breves observações, que esclarecem o meu ponto de vista.
Começo as minhas observações indicando a cena que, entendo, é a primeira cena da batalha final que revela a ausência de lógica, de consistência narrativa, e que foi concebida com o único propósito de justificar uma outra cena, que se desenrola pouco depois, cena, esta, que apresenta o poder de renovação do herói kryptoniano e sua entrada triunfal na batalha.
O Super-Homem, elevando-se no ar, carrega consigo o seu monstruoso oponente. Voa o Super-Homem; o Apocalipse, não. É o Apocalipse desprovido do talento de voar, conclui-se ao atentar para as cenas que o mostram dando saltos prodigiosos, cobrindo um espaço considerável em cada salto. Está o Super-Homem empurrando Apocalipse para além da atmosfera terrestre, e batendo-se com ele, quando na direção deles é lançado um míssil munido de artefato nuclear. E aproxima-se o míssil de Super-Homem e Apocalipse. E Super-Homem agarra-se ao seu adversário, segura-o, move-se, com ele sob seu domínio, de modo a deixá-lo entre o míssil e ele, Super-Homem, no instante do impacto, recebendo Apocalipse toda a carga da devastadora explosão. Aqui, observo um detalhe absurdo: Super-Homem voa; Apocalipse, repito, não. Apocalipse, que é incapaz de voar, encontra-se no espaço aberto; ele não poderia, portanto, mesmo que o desejasse, esquivar-se do míssil que ia em sua direção; sendo assim, nenhuma razão há para o Super-Homem conservá-lo sob seu domínio; aqui, Super-Homem, inteirado da aproximação do míssil, teria de abandonar Apocalipse, e voar, e numa velocidade superior à do Papa-Léguas, para longe de seu inimigo. E a detonação do artefato nuclear atingiria o Apocalipse, unicamente. Na sequência, chamou-me a atenção um segundo absurdo: Apocalipse cai, na Terra, em uma ilha desabitada. Ao ver esta cena (e não na primeira vez que assisti ao filme), perguntei-me porque Apocalipse, atingido, por um míssil dotado de explosivo nuclear (míssil lançado da Terra), quando ele estava fora dos domínios da atmosfera terrestre, caiu na Terra, ao invés de ser arremessado para longe dela. A cena do míssil atingindo, no espaço aberto, Apocalipse e Super-Homem, parece-me saído da cabeça de um roteirista que acreditou que é ela de grande impacto – e de fato é. E os dois antagonistas, sobrevivendo à explosão de um artefato nuclear, revelam a dimensão do poder deles, o que impressiona os espectadores.
Não muitos minutos depois, os criadores do filme presenteiam as pessoas que o assistem com outra cena ainda mais absurda. Batman, melhor, Bruce Wayne, o homem por trás da máscara do morcego, reputado homem dotado de um intelecto privilegiado (e ele é inteligente, mais inteligente do que os roteiristas do filme, roteiristas que, sem inteligência para dimensionar o valor de seu trabalho, rebaixam a personagem à estatura deles), certo de que só havia um meio de derrotar Apocalipse (fincar-lhe no corpo a lança em cuja ponta há uma pedra de kryptonita, afiada), decide atrair-lhe a atenção, deixar a ilha desabitada, e, com Apocalipse no seu encalço, ir até Gotham City, onde se encontrava a lança em cuja ponta havia uma pedra, afiada, de kryptonita. Quanta inteligência, Batman – diria, irônico, o Robin da antiga séria de televisão. Bruce Wayne conduziu um monstro de poder irrivalizado, imensurável, capaz de destruir um país inteiro, tirando-o de uma ilha desabitada, para para Gotham City. Ele deveria, aqui, rumar, incontinenti, para Gotham City, encontrar a lança, e regressar, de posse dela, para a ilha desabitada onde se encontrava o monstro kryptoniano. Mas ele decidiu, incontinente, com a astúcia, que os roteiristas lhe concederam, de Chapolin Colorado, provocar o seu poderoso oponente e conduzi-lo à cidade eternamente aterrorizada pelo Coringa, e,pelo Batman também - mais por este do que por aquele.
E observo outra cena absurda: Apocalipse, saturado de energia, expande-se, expelindo energia em todas as direções. E de tão avassaladora, a energia liberada provoca tremores nas construções circunvizinhas, derrubando-as sobre Lois Lane (Amy Adams), que fôra buscar a lança (que ela, após o encerramento da luta que travaram Super-Homem e Batman, arremessara numa funda cavidade cheia de água); em decorrência dos tremores causados por Apocalipse, as paredes do prédio em ruínas em que se encontrava Lois Lane despencam, e ela, para escapar de ser atingida pelos destroços, pula na cavidade, cheia de água, em que deixara a lança em cuja extremidade havia a pedra, afiada, de kryptonita. Tal decisão revelou-se contraproducente, insensata, pois blocos imensos caíram na cavidade em que Lois Lane procurara abrigo, impedindo--a de se retirar da água – e ela morreria afogada, se Super-Homem não fosse, pouco depois, em socorro dela. Ora, Lois Lane teria de buscar abrigo em outro local, e não numa cavidade cheia de água.
Abro um parêntese: Ao fim de sua luta com Super-Homem, Batman devia carregar a lança consigo, e não largá-la em meio às ruínas do prédio em que se dera o embate entre eles; e Lois Lane não devia tê-la arremessado, para conservá-la distante de Super-Homem, na cavidade cheia de água. Tal cena foi criada para pôr, na cena descrita linhas acima, Lois Lane em perigo, e justificar a cena em que Super-Homem vai em socorro dela. E parêntese fechado, prossigo:
Na sequência à cena de salvamento, por Super-Homem, de Lois Lane, Super-Homem, em busca da lança, mergulha na água onde ela estava, e não emerge; Lois Lane o socorre, é claro, pois Super-Homem, fragilizado devido à proximidade da kryptonita, mal consegue se mover. E segue o filme. E Super-Homem, que, imerso, próximo da lança, mal conseguia mover um dedo, agora, emerso, empunha-a, e voa, com certa desenvoltura, a lança em riste, até Apocalipse, cravando-lha, no peito, na altura do coração. Esta cena é tão absurda como as anteriores. Super-Homem não poderia, jamais, carregar a lança com ponta de kryptonita. A Mulher-Maravilha, que não sucumbe aos efeitos debilitantes da kryptonita, teria de pegar a lança, e arremessá-la contra Apocalipse, cravando-lha no peito; e, na sequência, Super-Homem, voando, iria até a lança, e, numa colisão frontal, a empurraria para dentro do monstro kryptoniano, matando-o.
Pode-se dizer que estas minhas breves observações são tolices de um crítico excessivamente exigente que não sabe dedicar-se a algumas horas de diversão assistindo, tranquila, e despreocupadamente, um filme de aventuras de super-heróis, obra criada apenas para entreter as pessoas, pois, sendo tal filme apenas uma aventura de super-heróis, não merece ser levado muito a sério. Eu concordaria, não totalmente, com tais comentários, que me soariam como reprimendas. Narra o filme, é verdade, apenas uma estória protagonizada por super-heróis; é literatura de um gênero popular que não pede complexidade de nenhum tipo; todavia, deve-se dizer que toda história, independentemente de seu gênero e das pretensões de seus criadores, tem de possuir consistência. Não há razão justificável para os roteiristas de estórias de super-heróis negligenciar o roteiro. Quem já leu estórias em quadrinhos de super-heróis escritas por John Byrne, Roger Stern, Roy Thomas e outros escritores do mesmo quilate, sabe que tal gênero literário oferece obras de elevado nível. O público de tais filmes, sei, não é muito exigente; sugestionável, contenta-se com as cenas espetaculares e os cenários grandiosos, exuberantes, que deles fazem a popularidade. Não é criterioso. É possível criar, para o cinema, uma estória de super-heróis com roteiro bem elaborado, nulos de erros grosseiros e absurdos como os apontados acima, consistente, respeitando-se os ingredientes que fizeram a fama do gênero nos quadrinhos: a sua fantástica, fascinante, fabulosa, inverossimilhança, que adquire verossimilhança nas mãos de talentosos roteiristas e desenhistas.
Incomoda-me a suspeita: um filme com tantos absurdos foi concebido, não porque Hollywood está carente de bons roteiristas, mas porque tem o objetivo de destruir a inteligência das pessoas, pois Batman vs Superman: A Origem da Justiça, não é um caso único de filme repleto de cenas absurdas, desconexas, ilógicas; é um exemplar do padrão hollywoodiano. É a regra, e não a exceção. No gênero de super-heróis e em outros gêneros, há trilhões de filmes recheados de cenas absurdas, ilógicas, patéticas em todos os aspectos imagináveis, compondo roteiros sem início, sem meio, sem fim.
Quantas pessoas que assistiram ao Batman vs Superman: A Origem da Justiça, atentaram para os aspectos absurdos das cenas aqui observadas? Tão habituados a coisas igualmente irracionais, adotaram, com indiferença e passividade, todos os absurdos aqui elencados sem se darem conta da existência deles.
É impossível, em imaginação, dimensionar o estrago que os filmes hollywoodianos atuais provocam em pessoas acostumadas a assisti-los desde o berço. Suspeito que Hollywood almeja a destruição da inteligência das pessoas, pois não acredito que hoje em dia não exista escritores talentosos que possam escrever bons roteiros de filmes; de filmes de super-heróis, inclusive. E Hollywood, uma indústria bilionária. pode, contratar, e a peso de ouro, roteiristas talentosos, escritores criativos, de qualquer lugar do mundo. Se não zela pelo bom roteiro de seus filmes, tem, presumo, outros propósitos, inconfessados, além de amealhar uma fortuna de dar inveja aos faraós do antigo Egito.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Governo Bolsonaro e a violência

O anti-Bolsonaro: Toda pessoa que ama o Brasil tem de se opor ao Bozo nazifascista. Eu pego em armas, se preciso for, para tirar aquele nazista do poder. Eu me oponho ao Bozo de corpo e alma. Toda a política dele é nefasta. Eu rejeito todas as políticas dele.
Uma pessoa qualquer: A política de segurança pública do governo Bolsonaro redundou na redução, no ano passado, em comparação com o ano anterior, de todos os índices de violência. No ano passado, foram assassinadas nove mil e novecentas e vinte e três pessoas a menos. Você se opõe à política de segurança pública, bem sucedida, do Bolsonaro, uma política que salva milhares de vidas? Você quer que mais pessoas sejam assassinadas no Brasil? Para você...
O anti-Bolsonaro: Cale a boca, imbecil! Fascista! Você está fazendo discurso de ódio! Nazista! Lula livre!

o governo Bolsonaro e o anti-Bolsonaro

O anti-Bolsonaro: Oponho-me, com toda a força do meu coração, do meu espírito, em defesa do Brasil, a todas as políticas do governo fascinazista bolsonarista.
Uma pessoa qualquer: O governo Bolsonaro lançou o programa Operação Luz na Infância, de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças. Você se opõe à tal política? Você quer que os exploradores sexuais, impunes, ataquem...
O anti-Bolsonaro: Você está fazendo discurso de ódio, fascista! Discurso de ódio! Mariele vive! Lula livre!

Um diálogo amigável entre um bolsominion e um anti-Bolsonaro

O bolsominion: No ano de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, a queda nos índices de assassinatos, no Brasil, foi considerável. Em relação ao ano de 2018, no ano passado foram assassinadas nove mil e novecentas e vinte e três pessoas a menos.
O anti-Bolsonaro: Todas as pessoas que deviam ser assassinadas em 2019, mas não se deixaram matar, são nazistas e fascistas, bozominion. Elas só fugiram à morte para melhorar a imagem do Bozo, aquele nazista! aquele fascista!
O bolsominion: Uma das nove mil e novecentas e vinte e três pessoas que não foram assassinadas no ano passado pode ter sido você.
O anti-Bolsonaro: Eu!? Eu!? Eu, bozominion nazista!? Para reduzir os índices de homicídios no Brasil, e assim melhorar a imagem do Bozo, eu jamais permitiria que não me matassem. Jamais!

A pedagogia de Paulo Freire é o atestado de óbito da pedagogia de Paulo Freire

A pedagogia de Paulo Freire é o atestado de óbito da pedagogia de Paulo Freire.
Paulo Freire ensina: A transmissão de conhecimento (a proverbial Educação Bancária), pelo professor, ao aluno, é uma ação opressora, o que Paulo Freire repudia terminantemente. Se nas faculdades de pedagogia se respeitasse a lição de Paulo Freire, os professores não transmitiriam aos alunos o conhecimento "Pedagogia de Paulo Freire".

Da nossa respeitável imprensa

Da nossa respeitável imprensa:
Título, em letras garrafais, de uma reportagem do portal UOL, publicada hoje, 19/02/2020: "Cortes no Bolsa Família impulsionam aumento da extrema pobreza no Brasil". E o seu subtítulo é: "Entre 2014 e 2018, renda dos 5% mais pobres caiu 39%, aponta estudo da FGV".
Sabe-se que a maioria das pessoas lê, se muito, só os títulos das reportagens de jornais e revistas, impressas e digitais, e passam os olhos adiante. Não poucas das que leram o título transcrito acima, ou todas elas, associaram a notícia ao Bolsonaro, e trataram de amaldiçoá-lo. E quem se dedicou à leitura, além do título, do subtítulo, soube que os cortes no Bolsa Família de que trata a reportagem referem-se aos executados nos governo Dilma e Temer.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Piolhos-de-cobra

Estou apavorado. Nas duas últimas horas, encontrei, na minha casa, cinco pequenos animais dotados de não sei quantas pernas: piolhos-de-cobra. Piolhos-de-cobra! E cinco. Encontrei cinco piolhos-de-cobra! Cinco! E tratei, o mais rapidamente possível de arremessá-los para fora da minha casa. Estou apavorado, muito, muito apavorado. Eu ainda não achei a cobra de cuja cabeça aqueles cinco parentes da centopéia caíram. E se for a cobra uma sucuri!?

domingo, 16 de fevereiro de 2020

O Papa Francisco se odeia - II

Dizem os inimigos da Igreja que os bolsonaristas odeiam o Tapa Francisco. Eu sou um bolsonarista, e não o odeio. Ele é que, se odiando, e muito, e desde antes de vir à luz do ventre de sua genitora, decidiu nascer na Argentina.

O Papa Francisco se odeia

O Bergoglio (hoje mundialmente conhecido como Tapa Francisco), antes de nascer, odiava-se tanto, mas tanto, que decidiu nascer na Argentina.

... e o Papa Francisco abençoou o Lula

O Tapa Francisco abençoou o Lula. Vixe Maria! O Lula já era uma peste; agora, abençoado pelo Tapa Francisco, ele irá se empestear de vez. Tâmu ferrado!

Papa Francisco, o exorcista - II

Segundo testemunhas, o Tapa Francisco, no seu vão esforço de exorcizar o demônio que Lula mantêm preso dentro de si, proferiu, esgoelando-se, estas sentenças:
- Luís Inácio, liberte o demônio! Liberte-o, cabra-da-peste! O demônio também é filho de Deus! Tenha dó daquele que você mantêm preso dentro de sua carcaça abjeta, ó, desgraçado!

Bolsonaro versus Tapa Francisco

O Bolsonaro e o Tapa Francisco são inimigos declarados. Devo ficar ao lado do Bolsonaro ou do Tapa Francisco? Do Bolsonaro, é óbvio. Ele é brasileiro. O Tapa Francisco é argentino.

Vida fácil

Uma santinha, profissional de uma casa de bons costumes, disse-me que dormiu, numa noite de sábado para domingo, das 22 horas às 8 horas, com doze homens. Que mocinha dorminhoca. Agora eu entendi porque dizem que ela é mulher de vida fácil.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Um escritor atormentado

O escritor escreveu um conto de quatro mil palavras, de cabo a rabo, em duas horas. Releu-os. Corrigiu-o. Releu-o. Suprimiu-lhe dezenas de palavras e adicionou-lhe centenas de outras palavras. No conto executou inúmeras alterações, conservando, sempre, a idéia original, que muito o agradava. Assim que o deu por definido, largou as folhas sobre a escrivaninha, feliz da vida. E pôs-se a lê-lo, alegre, contente. Encerrada a leitura, feliz com o resultado, lembrou-se de um detalhe que lhe havia escapado. Qual era o título do conto? Procurou por ele, e não o encontrou. Qual título daria ao conto? Pensou. Matutou. Remoeu seus pensamentos. Ruminou suas idéias, e não encontrou um bom título para o seu conto, que muito o agradava. Contrariado, atormentado, guardou o conto numa pasta, da qual ele o tiraria assim que lhe encontrasse um bom título. E na pasta jaz o conto há dois anos.
Dias depois, o escritor criou, enquanto se banhava, sob água fria, que despejava de uma ducha, um título para um conto. Assim que, banhado, e enxugado, retirou-se do banheiro, correu, célere, ao escritório, pegou um lápis e uma folha de sulfite, e nesta anotou o título do conto. Releu-o. Era um bom título para um conto. Mas, e o conto? Sentou-se na cadeira, à escrivaninha, fincou os cotovelos na escrivaninha, olhos fitos na folha de sulfite, coçou a cabeça. Atormentou-se. Não encontrou um conto para aquele título de um conto, título muito bom, que muito o agradava. Enfim, guardou, a contragosto, a folha de sulfite na pasta, da qual não a retirou até hoje.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Papa Francisco, o exorcista

Encontraram-se, ontem, no Vaticano, o senhor Bergoglio, vulgo Tapa Francisco, e Luís Inácio, o homem sem pecados.
E o Tapa Francisco, pouco antes do encerramento de sua conversa com o homem mais honesto do Brasil, pôs, na fronte dele, sua beatífica mão, e proferiu estas santas palavras:
- Luís Inácio, liberte o demônio que você tem preso na sua carcaça putrefata. Liberte-o, criatura maldita! Liberte-o, cão dos infernos! Liberte-o!

Chegando de uma viagem ao Japão

Observação feita por um brasileiro perspicaz que regressou de uma viagem ao Japão:
- O Japão tá cheio de japonêis.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Os progressistas são seres superiores?

Os progressistas costumam dizer, evocando Rousseau, que as pessoas nascem boas e a sociedade os corrompe. Se a sociedade corrompe as pessoas, então as idéias delas estão corrompidas, pois a origem das idéias está nas pessoas que vivem em sociedade, afinal, pessoas corrompidas não podem ter idéias que não o sejam.
Os progressistas são pessoas que, tais quais todas as outras pessoas, nasceram boas, mas, vivendo em sociedade, foram por esta corrompidas. Se é assim, as idéias delas (e uma delas é a que ensina que as pessoas nascem boas e a sociedade os corrompe), idéias de pessoas que vivem em sociedade, estão corrompidas, afinal os progressistas são pessoas que vivem em sociedade. Ou eu devo acreditar que os progressistas são seres tão excepcionais, superiores a todos os outros seres humanos, que conseguem se pôr além do raio da influência corruptora da sociedade?

Incoerência feminista

Sempre que uma feminista é alvo de críticas, mesmo que justas, as feministas põem a boca no trambone e pedem a cabeça de quem a criticou numa bandeja. Quando um esquerdista critica, injustamente, e humilha, uma mulher que não é feminista, as feministas não tomam conhecimento do ocorrido.

Os professores esquerdistas têm de pedir demissão, e imediatamente

Os professores esquerdistas têm de pedir demissão, e imediatamente. Ora, eles, antifascistas e antinazistas, denunciam a política nazifascista do governo Bolsonaro. Sendo, segundo eles, o governo Bolsonario nazifascista, conclui-se, obrigatoriamente, que a sua política educacional é inspirada no nazifascismo; portanto, os professores que, esquerdistas, não se rebelam contra o governo nazifascista que tanto condenam, demitindo-se, obrigados a acolherem a política que ele, de cima para baixo, lhes impõe, participam da concretização da política nazifascista por ele promovida.

Masculino é masculino e feminino é feminino. E outro gênero é outro gênero.

Ensina uma lenda milenar: há dois sexos, o masculino e o feminino. Quem respeita tal lenda sabe que mulheres usam um banheiro, os homens outros; e que nos times femininos de quaisquer esportes jogam apenas mulheres. Há uma lenda moderna, a ideologia de gênero, que reconhece, não dois sexos, mas setenta gêneros, sendo um deles, o mulheres trans, isto é, homens que se sentem mulheres. Se é assim, então as mulheres trans, não sendo homens, nem mulheres, não podem usar o banheiro das mulheres, tampouco integrar times femininos.

O presidente Bolsonaro, a redução dos impostos e a reação dos esquerdistas

O presidente Bolsonaro diz que irá eliminar tributos federais sobre combustíveis se governadores zerarem ICMS.
Contagem regressiva para os anti-Bolsonaro iniciarem a campanha "Eu quero pagar mais impostos". 10... 9...

Ministra Damares e a erotização das crianças

A ministra Damares se diz contra a erotização de crianças e adolescentes.
Contagem regressiva para os anti-Bolsonaro iniciarem a campanha "Erotizem as crianças". 10... 9... 8...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Dois sexos ou setenta gêneros?

As pessoas que seguem a cartilha da Biologia, no que diz respeito aos sexos (gêneros) humanos reconhecem dois: o macho (homem) e a fêmea (mulher). E em respeito a tal premissa estabelecem, para a conservação da ordem social, a separação, por exemplo, de dois banheiros, um para uso exclusivo dos homens, um para uso exclusivo das mulheres, e, nos esportes, conservam dois campeonatos em diversas modalidades esportivas, a masculina e a feminina. São tais pessoas coerentes. Já os adeptos da ideologia de gênero, negando a Biologia, entendem que há inúmeros gêneros. No Brasil, reconhecem setenta gêneros (sendo um deles, o de homens que se sentem mulheres - as - ou "os"? - mulheres trans). Ora, se tais pessoas reconhecem setenta gêneros, então, se coerentes, deveriam exigir, dos poderes públicos, a construção de setenta banheiros, cada um deles para uso exclusivo pelas pessoas de cada um dos gêneros reconhecidos, e dos administradores de campeonatos esportivos investimentos em setenta campeonatos, cada um com jogadores de um gênero unicamente. Mas não é isso o que se vê. As mulheres trans (homens que se sentem mulheres) querem ter o direito de usar o banheiro de uso das mulheres e integrar times esportivos constituido de mulheres, o time feminino, e participar de campeonatos femininos. São incoerentes. Se elas não são homens (masculinos), nem mulheres (femininos), mas mulheres trans (homens que se sentem mulheres), então, considerando a ideologia de gênero, elas não podem usar banheiros femininos, nem integrarem times esportivos femininos, pois não pertencem ao gênero feminino, mas a um terceiro gênero (nem masculino, nem feminino), o das mulheres trans. Se persistem em usar banheiros femininos e participarem de times e campeonatos femininos, usurpam espaços das mulheres, e as desrespeita, e desvirtua a essência da ideologia que defendem (dizem defender). Trocando em miúdos, reconhecem a existência de dois, e apenas dois, sexos (gêneros), unicamente, e todo palavreado absconso que empregam na disseminação de sua pauta não passa de artifício para ocultar seus interesses inconfessados.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Uma sombra na janela (L’ombre chinoise) - de Georges Simenon

Uma sombra na janela atende às exigências de todo apreciador da literatura policial.
Nas suas primeiras linhas, o leitor se vê na cena do crime, que se sucedeu, em um escritório de um laboratório, onde se fabrica soros do Dr. Revière (e onde fôra encontrado o cadáver do Sr. Raymond Couchet), do Place des Vosges, nº 61, à noite fria de um dia 30, e tem diante de si o comissário Maigret, que, momentos antes, recebera, da Sra. Bourcier, porteira do Place des Vosges, telefonema misterioso.
E insere-se, na cena do crime, o Sr. Martin, funcionário de um cartório, servil à Sra. Martin, sua esposa; e Nine Moinard, que, deduziu o comissário Maigret ao estudar-lhe a maquiagem, o vestido, o olhar e o modo de segurar a bolsa, era mulher de teatro de Revista e amante do Sr. Raymond Couchet; o Sr. Philippe, diretor do laboratório, homem na altura dos quarenta anos, bem arrumado, barba castanha, mãos metidas em luvas de camurça pérola; e o Sr. de Saint-Marc.
Os suspeitos estão apresentados.
Quem matou o Sr. Raymond Couchet?
Algumas descrições e informações instigam o leitor, que, à leitura das primeiras páginas, não decide apontar o dedo acusador para nenhum dos suspeitos: a Sra. Bourcier, a última pessoa a ver o Sr. Raymond Couchet vivo; Nine Moinard, que, indagada pelo comissário Maigret se o Sr. Raymond Couchet tinha um testamento, diz que não sabia; o Sr. e a Sra. Martin, ambas de comportamento inusitado; o Sr. Philippe, a única pessoa que, além do Sr. Raymond Couchet, possuía a chave e a senha do cofre; e o Sr. de Saint-Marc.
O médico-legista aponta, em um relatório verbal: O Dr. Raymond Couchet morreu com uma bala no tórax e teve seccionada a aorta; e foi fulminante a morte; distava dele o assassino três metros, no momento do disparo; e a bala era de calibre 6,35 mm. E outras informações o autor fornece ao leitor: o Sr. Raymond Couchet tinha o costume de permanecer, sozinho, no escritório, após o expediente; há vinte e oito locatários no edifício; o Sr. Martin retira-se do seu apartamento, tarde da noite, e tem atitude suspeita; o Sr. Raymond Couchet lançou as pesquisas do Dr. Revière, que morrera cinco anos antes; trezentos e sessenta mil francos foram roubados do cofre do laboratório; Nine Moinard insinua que o Sr. Raymond Couchet frequentava, em Meulan, uma certa villa.
Aqui, o leitor pode suspeitar de que o criminoso é um personagem que o autor ainda não apresentou, e da esposa do Sr. Raymond Couchet, que talvez tenha descoberto que seu marido era amante de Nine Moinard. As suspeitas maiores recaem sobre Nine Moinard, Sr. Philippe e a esposa, agora viúva, do Sr. Couchet. E eram dois os criminosos, um ladrão e um assassino, presumiu o comissário Maigret.
O relato que se segue na manhã seguinte agarra o leitor, pelo pescoço, surpreendendo-o, e inserindo-o em uma trama intrincada. Em visita à Nine Moinard, o comissário Maigret vem a saber que um dos vizinhos dela, Roger Couchet, é filho do Sr. Raymond Couchet e da Sra Martin, e enteado do Sr. Martin. E no Quai dês Orfèvres, o comissário Maigret conversa com a Sra. Martin. Durante a entrevista, ela lhe diz que ela sofreu durante os três anos que viveu com o Sr. Couchet e que ele abandonou o filho e jamais lhe pagou pensão alimentícia. E apresentadas as fichas policiais dos envolvidos no caso, sabe-se que Nine Moinard fôra, certa vez, detida por prostituição (suposta); que Roger Couchet estava sob observação da Brigada de Jogo e da Brigada de Tóxicos; e que Céline, que vivia com Roger Couchet, era prostituta.
Quem matou o Sr. Raymond Couchet? E quem roubou os trezentos e sessenta mil francos?
E outras personagens são inseridas na trama. E sucedem-se eventos envolventes que enredam o leitor, forçando-o a desconfiar de todas as personagens. Enfim, aproxima-se o encerramento da aventura do comissário Maigret, que, em um ônibus, ouve de um passageiro notícias de cédulas de mil francos boiando na barragem de Bougival e descendo o rio Sena... E Maigret acha um revólver...
Encerrada a leitura do livro, reconheci que de muitos dentre os detalhes que anotei eram irrelevantes e infundadas as minhas suspeitas.
George Simenon sabe envolver o leitor, mesmerizando-o. Não lhe sonega informações.
Encerro, aqui, a resenha. Se eu lhe adicionar mais uma palavra, roubarei ao leitor o prazer de ler a trama protagonizada pelo comissário Maigret.

Todo monólogo é um diálogo

Em monólogo, uma pessoa conversa consigo mesma. Cria, para si, um outro eu, um personagem imaginário, seu interlocutor, que a ouve com atenção, atenção que nenhum outro interlocutor pode lhe dedicar. Não raro o monólogo se dá porque a pessoa não encontra um interlocutor que pode com ela manter uma conversa franca, sincera. No monólogo, o interlocutor da pessoa que está a dialogar consigo mesma tem a mesma inteligência dela, entende-a, tem intimidade com ela, conhece-a tão bem quanto ela se conhece; conhece-lhe as desilusões, as frustrações, os medos, os desejos, as vontades, os pensamentos mais íntimos; convive com ela durante vinte e quatro horas por dia, e tal convívio cria entre a pessoa e a personagem que ela concebe em imaginação para com ela palestrar um vínculo que se fortalece a cada entrevista. E amadurece a pessoa que se dedica a diálogos tão sinceros, tão íntimos.
Não é exagero, tampouco absurdo, dizer que há pessoas que, dialogando, em monólogo, consigo mesmas, criam para si interlocutores mais inteligente do que elas, e durante as entrevistas com elas elevam-se em inteligência.
Infelizes são as pessoas que, insensatas, concebem para si interlocutores estúpidos, incultos, imbecis.
Ao ver-se em um monólogo, cabe à pessoa que se preza imaginar um interlocutor inteligente, sensato, sábio, e entregar-se à conversa com ele de peito aberto, dispor-se a, reconhecendo-se ignorante, apreender as lições que ele tem a lhe oferecer.

Imagem de uma pequena cidade

O dia amanheceu radiante, ensolarado. Ele acordou. E meditou, à escuridão do quarto. Ouviu cantar um galo da vizinhança. E pouco tempo depois, chegaram-lhe aos ouvidos palavras de dois bem-te-vis a dialogarem, animados.
Uma cidade de cento e quarenta mil habitantes conserva os seus encantos. Perdeu muito do seu aspecto rústico de há cinquenta anos; e não assumiu a figura de metrópole mastodôntica. Amálgama de duas criaturas distintas, adquiriu aspectos que, não pertencendo à nenhuma delas, conferem-lhe fisionomia que provoca, simultaneamente, maravilhamento e estranhamento. Na área urbana, há casas construídas há cem anos, e outras, de construção recente, erguidas no centro da cidade, cujo desenho arquitetônico é inspirado nas casas antigas. Os munícipes conservam muitos costumes antigos, a cultura rústica, e o linguajar do tempo dos avós, com as suas expressões típicas, acaipiradas, proverbiais. O progresso industrial e tecnológico influencia, não há o que contestar, os costumes. A sua força, no entanto, não é tão impactante quanto se diz. Muita gente conserva os valores antigos – antiquados, dizem os moderninhos –, os quais recebeu de seus genitores, que os receberam de seus genitores, para os quais os legaram seus genitores am. As pessoas conservam valores antigos - antiquados, que os receberam de seus genitores, e cujas origens perdem-se no tempo. Superestimado, o progresso encanta, maravilha, penetra nas casas, e modifica os hábitos dos seus moradores. Que o progresso tecnológico modifica os hábitos e os costumes, é inegável; que modifique os valores, é discutível; que altere a essência dos homens, é questionável - não estou convencido de que a tecnologia insere novos valores morais e éticos, ou altera os existentes. A internet, dizem sociólogos e psicólogos, distanciam as pessoas umas das outras, interferem no relacionamento entre elas, tornam-las insensíveis, frias, desumanas. Conversa para boi dormir, dizem, hoje, num linguajar de eras antediluvianas, que se perde nas sombras do tempo, os adeptos da tecnologia. Atribui-se à tecnologia o que ela não pode fazer: mudar a essência humana. Os tecnofóbicos, para a conservação da espiritualidade e a renovação da harmonia entre o homem e a natureza, querem a destruição de todas as máquinas – e jamais reconhecem que estas melhoraram a condição de vida dos homens.
Na vizinhança, prossigo, encerrada a digressão, o galo anuncia, altivo, para que o mundo inteiro o ouça, toda manhã, infalivelmente, o nascer do dia.
Levanta-se da cama, banha-se, e saboreia, na cozinha, só, um frugal café-da-manhã. Num solilóquio silencioso, o semblante tranqüilo, pensa: A vida em áreas urbanas, nesta pequena cidade, conserva muitos aspectos da vida no campo: saudações; relações pessoais; rusticidade no falar arrastando os erres; carroças rangentes puxadas por um cavalo cujas ferraduras ressoam no asfalto. Nas ruas, veículos puxados por um cavalo, quase sempre moribundo, e veículos modernos, de alta tecnologia, impelidos por dezenas de cavalos. E charruas e rodas de carroças enfeitam jardins de casas de famílias ricas que vivem, no interior de suas casas, imersas num oceano de tecnologia - e tais famílias encantam-se, alumbram-se, com a rusticidade dos mecanismos, das mobílias, das ferramentas, das vestimentas, da arquitetura, do linguajar rurais de um tempo que não conheceram.
E retira-se da sua casa. A andar pelas ruas, atento às pessoas, classifica-as: gerentes de bancos; homens do campo; cabeleireiros; dentistas; agentes imobiliários; engenheiros; médicos; contadores; professores; arquitetos; vaqueiros; pedreiros; estudantes; farmacêuticos; mecânicos; serralheiros; policiais. Algumas delas vergam a indumentária típica da sua profissão; outras, não.
Ao encerramento do expediente, o Sol posto, a escuridão dominando, ele regressa para a sua casa. E na manhã seguinte, canta o galo de uma casa da vizinhança. E durante o dia ressoam os motores dos veículos que abafam a música da natureza, que ainda resiste ao avanço indiscriminado do progresso.
E seguem-se os dias.
E o galo a cantar toda manhã.
E o progresso ininterrupto...
E o galo a cantar...
E colidem-se o rural e o urbano, que se mesclam, e retroalimentam-se.
E a vida prossegue...
E o futuro a Deus pertence.

Decálogo do caipira

Ôça eu, brasilêros deste Brasilsão de Deus. Sô caipira di São Paulo. E já discubri as déiz coisa necessária pra ajeitá o Brasil. Não se arreparem nas minha linguage pruque é ansim mermo qui us caipira fala. E si recramá leva um tiru d’ispingarda nus ouvido.
Primêro: Vâmu pará cum essa história di hómi falá finu e se vesti di muié e as muié falá grosso e se vesti di hómi. É frescura dos dois lado. Hómi qui é hómi, hómi cum agá maiúsculo, fala grosso inguarzim tôro e vésti carça, e muié qui é muié cacareja inguarzim galinha e vésti saia.
Segundo: Casamento é coisa séria. Se casô tem di arrespondê pur todas as compricação do casório. Intão, hómi têin di levá a sua muié pru tumulu si morrê dispois dela, e a muié têin di levá o seu hómi pru tumulu si morrê dispois dêli. Se us dois morrê na mesma órinha, us fio dêlis têin di us levá pru tumulu.
Tercêro: Rezá pá Deus e pá Nossa Senhora, e mandá tôdus us descrênti prus inférnu, e qui êlis queimi lá, us marditu fios-da-égua.
Cuarto: Qu’istória é éssa di muié dirigi camião? Muié têin di ficá im casa cuidano dus fio i mantênu a casa limpinha.
Quinto: Pra que sérvi a tar da alfabatesisação, êsti palavrão? As pessôa aprendi a lê i a escrevê mas não lê i nêin escrévi. Intão fécha as iscóla, i manda todu mundu trabaiá di pedrêro, encanadô, cortadô de árve, lavradô. Pra mim, a tár da alfabatesisação é parênti próximo da alfafa - só sérvi pra dá di comê prus burru -, i longínquo da alfaia - só sérvi di enfeite e prá si exibi -, e nêin muito próximo, nêin muito longínquo, da alfazema - só sérvi pras pêssoa ficá cherosa i iscônde dus ôtro u seu fedor.
Sexto: Prendê tôdus us pofressôr qui não sabe insiná prus aluno o que têin di insiná praêlis, e que nêin sabe o que é; ou, então, há ôtra opção: Demití tôdus êlis, e entregá pá êlis uma inchada, uma pá, i mandá êlis pra roça trabaiá. Êlis são muintu forgado.
Sétimo: Us jornalista têin u dever di informa, e não di menti. Intão, pô todus us jornalista mentiroso na cadeia.
Oitavo: E qui bestêra é essa de que pai não póde dá uma surra nus fio di veiz em quando? Apanhei de vara de marmelo e de espada-de-são-jorge, e sô hómi com agá maiúsculo. Dá uma sóva nus fio uma veiz pur semana é direito inalinienável dus pai e faiz bêin prus fio. Ansim êlis vira hómi com agá maiúsculo.
Décimo: Us fio têin di honrá pai e mãe; se não honrá, o chicote canta nus lombo dos peste, bando de fios desnaturados.
Nono: Pulei o nono, intão, falo dêli pru último: Lê a Bíblia. A Bíblia foi escrevida por hómis com agá maiúsculo, que sabia das coisa i conversava direto com Deus Nosso Senhor.

Estas são as déiz coisa que, se feitas pelos brasilêros, vão fazê o Brasil de Nosso Senhor voá de vento em popa.

Com o cristianismo, a civilização. Sem o cristianismo, a barbárie

O sistema de ensino brasileiro foi concebido para criar um povo constituído de indivíduos acéfalos. Querem os que o conceberam pessoas de mente moldável, moldável, claro, segundo o desejo dos que o conceberam, indivíduos que almejam aniquilar o Brasil, suprimindo-lhe da história, da cultura, os valores cristãos, debilitando o espírito dos brasileiros, que, débeis, não resistem às idéias nefastas disseminadas pelos seus inimigos.
Nas escolas brasileiras não se educa os brasileiros; injeta-se-lhes, em muitos casos de modo não muito sutil, valores que os impedem de se conhecerem cada qual a si mesmo, de amadurecerem, de adquirirem convicções firmes, e vigor intelectual e maturidade psicológica.
O livro de cabeceira de todo brasileiro tem de ser a Bíblia, e não um livro qualquer, cujo teor foi defecado por um intelectual qualquer.
A crise pela qual atravessa o Brasil é de valores.
Os brasileiros, que, há poucos anos, mostrávamo-nos inermes, apáticos, resignados diante do deplorável estado de coisas, erguemos a cabeça, encaramos a classe política, a artística, a intelectual, a jornalística, decididos a exigir-lhes respeito, e demonstrando-lhes o desprezo que eles merecem. Raras as personalidades públicas que os brasileiros respeitamos, e as respeitamos porque nelas identificamos íntegro o caráter.
Os políticos, os artistas, os jornalistas, os intelectuais viraram as costas para os brasileiros, e os brasileiros lhes respondemos com o desprezo.
A queda abrupta da popularidade das personalidades públicas é a prova cabal de que os brasileiros não lhes suportamos mais tanto cinismo e tanta maledicência.
A Europa, tomamos conhecimento, corrói-se, mergulhada no horror dos atos terroristas porque políticos, intelectuais e artistas ridicularizam, há décadas, os cristãos, negam a herança cultural judaico-cristã, e adotam idéias de ocasião, farsas de intelectuais, demagogia de políticos, e valores anticristãos. E arremessam a Bíblia, que é o repositório da sabedoria de todo um povo, que, durante milênios, refletiu sobre as coisas do mundo, na lata de lixo, e adotam, como verdades absolutas, as palavras de um intelectual qualquer, de um político qualquer, de um artista qualquer. E hoje a Europa semeia o que plantou. E os inocentes estão a pagar muito caro pela má-fé dos políticos demagogos, cínicos, e muitos deles a estão a pagar com a própria vida.
A Bíblia é a mais exuberante e mais vistosa obra concebida pela inteligência humana, e o foi sob inspiração divina. Eclipsa todas as outras obras, que, diante dela, reduzem-se à dimensão de uma partícula – e é a Bíblia o universo. E muitos a negam. Negam o Livro que engrandece o Homem ao conceder-lhe uma parcela da sabedoria divina; preferem os que a negam os livros que os reduzem ou à condição de animal aparentado aos símios ou à de insignificante partícula oriunda de estrelas que feneceram há bilhões de anos.

A novela política brasileira

Uma síntese do roteiro.
No primeiro capítulo, contrapõem-se o político A, do partido A, em defesa das idéias A, e o político B, do partido B, defensor das idéias B.
O político C, do partido C, a defender as idéias C, opõe-se ao político A e ao político B, e o político D insinua-se, nas discussões, em favor do partido D, cujas idéias, as idéias D, nenhuma conexão possuem com as idéias A, tampouco com as idéias B, e muito menos com as idéias C.
E anuncia-se na cena o político E, do partido E, a propugnar as idéias E.
E encerra-se o primeiro capítulo.
Nos capítulos subseqüentes, o político A e o político B aliam-se em defesa do projeto Z, opondo-se às determinações, respectivamente, do partido A e do partido B.
E o político C se vê envolvido em um esquema de corrupção, e os políticos do partido C o expulsam do partido; e os políticos do partido D o defendem, e o político D o ataca, na tribuna, com verrinas e catilinárias demolidoras.
O político E desliga-se do partido E, e, defendendo as idéias E, filia-se ao partido B, que o acolhe e ao público o apresenta como um autêntico defensor das idéias B.
E o político C abandona as idéias C, adota as idéias D, defendidas pelo partido D, e ao partido D filia-se.
O político A e o político B rompem a aliança, e engavetam o projeto Z, e o político A alia-se ao partido C, opõe-se às idéias A, e insinua que se desligará do partido A e se bandeará ou para o partido D, ou para o partido E, e o político B substitui as idéias B pelas idéias C, e passa a defendê-las com vigor admirável.
E o político E abandona o partido B, rejeita as idéias E, filia-se ao partido A, e defende as idéias B.
E rompem a aliança o político A e o partido C.
O político C desgosta-se do partido D, e do partido D desfilia-se, e filia-se ao partido A, mas conserva consigo as idéias D.
O político A, o político C e o político D aliam-se em defesa do projeto H, desrespeitando as ordens de seus respectivos partidos, o partido A, o partido A e o partido D.
E o político B e o político E votam em favor do projeto J; e seus respectivos partidos, o partido B e o partido A, defendem o projeto W.
O político A abandona o partido A e filia-se ao partido B.
O político A e o político D opõem-se ao projeto J, em defesa do projeto G; os seus respectivos partidos, o partido B e o partido D, defendem o projeto J e opõem-se ao projeto G.
O político A adota as idéias B, entra em atrito com o partido B, que abandona as idéias B e  defende as idéias D, e alia-se ao partido D, que abandona as idéias D e defende as idéias B.
E rompem a aliança que mantiveram durante a defesa do projeto H o político A, o político C e o político D, e engavetam eles o projeto H, e o político A abandona as idéias B, desfilia-se do partido B, defende as idéias E e filia-se ao partido C, e o político C desfilia-se do partido A, filia-se ao partido B, abandona as idéias D e defende as idéias E, e o político D abandona as idéias D, defende as idéias C, desfilia-se do partido D, filia-se ao partido B e alia-se ao partido A e ao partido C em defesa do projeto J, que é abandonado pelo partido B e pelo partido D, e estes dois partidos defendem o projeto G.
O político A e o político D abandonam o projeto G.
O político B e o político E abandonam o projeto J e defendem o projeto W. E apóia-os o partido D. E o partido A e o partido B querem alterar o projeto W e transformá-lo no projeto Y.
Enfim, o político A abandona as idéias E, desfilia-se do partido C e rompe a aliança com o partido D, e o político B abandona as idéias C, desfilia-se do partido B e abandona o projeto W, e o político C abandona as idéias E e desfilia-se do partido B, e o político D abandona as idéias C, desfilia-se do partido B e abandona o projeto J, e o político E abandona as idéias B, desfilia-se do partido A e abandona o projeto W.
E a novela chega ao último capítulo.
O político A, o político B, o político C, o político D e o político E, todos sem partido, reúnem-se, e decidem criar o partido F, em defesa das idéias F.
Homologado o registro, pelo TSE, do partido F, o político A, o político B, o político C, o político D e o político E decidem por uma aliança do partido F com o partido A, o partido B, o partido C, o partido D e o partido E.
E os seis partidos, aliados, atuam, diuturnamente, em defesa de um projeto: o de continuar a fazer o povo brasileiro de trouxa.
E os políticos brasileiros vivem felizes para sempre.