Dizem que, em 2018, o Bolsonaro não foi eleito com o voto da maioria dos eleitores, tampouco com o apoio da maioria dos brasileiros - e insinuam que ele, portanto, não é um legítimo representante do povo brasileiro. De fato, Bolsonaro não recebeu votos da maioria do eleitorado - se recebeu o apoio da maioria dos brasileiros, não sei; este ponto fica em aberto. Mas isso o deslegitima para o cargo para o qual foi eleito, como insinuam os anti-Bolsonaro? Se é assim, vejamos:
Brasil:
População:
Em 1994, 159.432.717.
Em 1998, 169.785.253.
Em 2002, 174.632.960.
Em 2006, 186.770.562.
Em 2010, 190.747.855.
Em 2014, 202.700.000.
Em 2018, 208.494.900.
Eleitores:
Em 1994, 94.732.410.
Em 1998, 106.101.067.
Em 2002, 115.254.113.
Em 2006, 125.913.479.
Em 2010, 135.804.433.
Em 2014, 142.822.046.
Em 2018, 147.306.294.
Presidentes eleitos:
Em 1994, FHC, com 34.314.961 de votos (36% do eleitorado e 21% da população).
Em 1998, FHC, com 35.936.540 de votos (33,8% do eleitorado e 21,1% da população).
Em 2002, Lula, com 52.793.364 de votos (45% do eleitorado e 30% da população).
Em 2006, Lula, com 58.295.042 de votos (46% do eleitorado e 31% da população).
Em 2010, Dilma, com 55.752.529 de votos (41% do eleitorado e 29,2% da população).
Em 2014, Dilma, com 54.501.118 de votos (38,1% do eleitorado e 26,8% da população).
Em 2018, Bolsonaro, com 57.797.847 de votos (39,2% do eleitorado e 27,72% da população).
Como se vê, todos os presidentes eleitos, desde 1994, foram, se se seguir o raciocício daqueles que querem deslegitimar o presidente Bolsonaro, ilegítimos.
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