quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Roda Morta

Assisti, segunda-feira, à entrevista que o Bolsonaro concedeu ao Roda Viva. Desde o princípio, até o encerramento, do programa, os entrevistadores, numa postura visivelmente agressiva, conquanto se esforçassem para ocultá-la do público e de si mesmos, assumindo ares de seriedade fingida, e tampouco desejando exibir a irritação que lhes inspirava as tiradas que o Bolsonaro, em nenhum momento recuando à defensiva, lhes disparava, insistiram em tratar de inverdades já desmentidas acerca de episódios que Bolsonaro protagonizou, com a intenção de forçá-lo a trocar os pés pelas mãos e oferecer-lhes uma razão para arremessá-lo contra a parede e esmagá-lo. Ele, no entanto, saiu-se bem do confronto (e não de uma entrevista, como se noticiou), embora tenha incorrido em alguns deslizes, os quais, claro, os anti-bolsonaristas destacaram e aos quais emprestaram importância maior do que a que têm - fosse outro o entrevistado, eles a relevariam.

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