Não é por razões ideológicas, tampouco por questões relacionadas às propostas apresentadas, que convergem para o Bolsonaro o ódio dos petistas, explícito, e o dos tucanos, dissimulado. É outra a razão: o Bolsonaro, no atual cenário político brasileiro, empurra dois dos principais postulantes ao cargo de presidente do Brasil, o do PT e o do PSDB, ao papel de coadjuvantes, sendo que ambos podem ser deslocados para o de figurantes. É esta a razão do ódio devotado ao Bolsonaro. É inadmissível, para petistas e tucanos, que um tal de Jair, desconhecido, até ontem, dos brasileiros, roube a cena e reduza dois políticos, até então promissores, predestinados, para os que já escreveram a história do futuro do Brasil, ao título de heróis nacionais, à coadjuvância, forçando-os a, trocando os pés pelas mãos, revelarem-se aos brasileiros em sua inteireza.
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