Marcelo Tas e outros defendem a exposição de arte ofensiva à fé
promovida pelo Banco Santander. Alegam que o Santander está apenas
usando da liberdade de expressão salvaguardada pela Constituição Federal
e critica aqueles que criticam o Santander. Ora, aqueles que criticam o
Santander também estão usando da tão alardeada liberdade de expressão
para expressar o seu repúdio à arte exposta no Santander. A liberdade de
expressão vale para todos, e não apenas para um determinado grupo,
que se considera no direito ao uso exclusivo da liberdade de expressão.
Além do mais, toda manifestação pública está sujeita à avaliação
(inclusive esta minha postagem, que é pública), e, portanto, provoca ou a
aceitação, a adesão, ou a rejeição. Ridículo seria se se pensasse que,
manifestando-se publicamente, ninguém poderia lhe tecer uma avaliação,
favorável ou desfavorável. Mais ridículo ainda, é se manifestar
publicamente, e exigir de todo o público a aceitação automática das
idéias apresentadas. E, pode-se ver, são patéticos, ainda mais
ridículas, as pessoas que adoram ofender, desrespeitar,
independentemente de ideologia, se se considera no direito de expressar
as suas idéias, e quer obter apenas reações favoráveis.
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