terça-feira, 12 de setembro de 2017

Estimulação contraditória

A estimulação contraditória é uma das armas que os políticos empunham para paralisar todo mundo. Um exemplo: Dá-se como proposta em defesa da integridade física das mulheres a separação de vagões de metrô para se evitar que homens assediem as mulheres, constrangendo-as e agredindo-as das formas mais imagináveis, como se viu, na semana passada, dada a ação de um tarado que chegou ao cúmulo de se masturbar, dentro de um ônibus, em uma das passageiras. Todo mundo há de concordar: É preciso proteger as mulheres de tais imbecis. Por outro lado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sanciona lei que acaba com a exclusividade de uso de banheiro público, uns, pelas mulheres, outros, pelos homens. Ora, vejamos como as duas políticas provocam confusão, e enlouquece todo mundo: Uma proposta, que diz defender a integridade física das mulheres, separa vagões de metrô, uns exclusivos para as mulheres, outros, para homens; e a lei sancionada pelo governador de São Paulo, acaba com exclusividade de uso de banheiro público pelas mulheres, alegando, neste caso, o propósito de acabar com a discriminação aos homossexuais. Cá entre nós: Não é de enlouquecer? As mulheres estão ameaçadas nos meios de transporte coletivo, então separa-se vagões exclusivos para elas. E quer-se acabar com os banheiros de uso exclusivo pelas mulheres. Ora, se homens e mulheres podem usar o mesmo banheiro, as mulheres estão sujeitas à violência praticada por imbecis, tarados e até estupradores. E é muito mais fácil um homem atacar uma mulher em um banheiro público do que num vagão de metrô, ou num ônibus.

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