A estimulação contraditória é uma das armas que os políticos empunham
para paralisar todo mundo. Um exemplo: Dá-se como proposta em defesa da
integridade física das mulheres a separação de vagões de metrô para se
evitar que homens assediem as mulheres, constrangendo-as e agredindo-as
das formas mais imagináveis, como se viu, na semana passada, dada a ação
de um tarado que chegou ao cúmulo de se masturbar, dentro de um ônibus,
em uma das passageiras. Todo mundo há de concordar:
É preciso proteger as mulheres de tais imbecis. Por outro lado, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sanciona lei que acaba com a
exclusividade de uso de banheiro público, uns, pelas mulheres, outros,
pelos homens. Ora, vejamos como as duas políticas provocam confusão, e
enlouquece todo mundo: Uma proposta, que diz defender a integridade
física das mulheres, separa vagões de metrô, uns exclusivos para as
mulheres, outros, para homens; e a lei sancionada pelo governador de São
Paulo, acaba com exclusividade de uso de banheiro público pelas
mulheres, alegando, neste caso, o propósito de acabar com a
discriminação aos homossexuais. Cá entre nós: Não é de enlouquecer? As
mulheres estão ameaçadas nos meios de transporte coletivo, então
separa-se vagões exclusivos para elas. E quer-se acabar com os banheiros
de uso exclusivo pelas mulheres. Ora, se homens e mulheres podem usar o
mesmo banheiro, as mulheres estão sujeitas à violência praticada por
imbecis, tarados e até estupradores. E é muito mais fácil um homem
atacar uma mulher em um banheiro público do que num vagão de metrô, ou
num ônibus.
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