No
desejo de entender o que está ocorrendo no mundo, não se pode
negligenciar a política americana e a das outras nações que dão
as cartas na política mundial, e a das organizações
internacionais, e a de personalidades obscuras, que manipulam a
política mundial sem que os seus nomes sejam de conhecimento
público. É impossível saber o que de fato ocorre na política
mundial. E seria uma tolice apresentar-se dela conhecedor porque leu
alguns livros de política e tem consigo algumas informações a
respeito.
Pode-se
conceber alguns cenários da política mundial tendo-se à mão,
unicamente, informações esparsas fornecidas pela imprensa, nem
sempre confiável - e ao fazê-lo, tem de se ter consciência de que
se está em erro, pois não se pode ignorar: A imprensa mundial cria
roteiros cujas personagens representam os papéis (fictícios) que a
elas a imprensa quer lhes atribuir, mas que elas não representam de
fato; escreve e reescreve o roteiro à medida que os capítulos se
vão desenrolando, conservando-se intacto um plano de antemão
bosquejado com os elementos imprescindíveis para a conservação do
papel fictício atribuído à cada personagem, mantendo sob controle
o domínio do imaginário popular, impedindo que se desfigure a
essência da história concebida, para que não se perca o governo do
desenrolar dos eventos, tornando-se incapaz, então, de dar à
história o desfecho que lhe esteja em consonância com os seus
interesses.
Todo
aquele que se atreve a tratar de assunto de enorme complexidade, e a
política mundial é um deles, tem de, antes de tudo, reconhecer a
sua ignorância e saber que o que tem para apresentar resume-se à
conjecturas, e para tanto é indispensável que saiba que o assunto
está além do seu entendimento devido à sua intrínseca
complexidade e porque lhe são inacessíveis as informações que lhe
propiciariam a compreensão dele. As informações, sabe-se, ou
suspeita-se, encontram-se nos arquivos secretos de agências de
inteligências e nas mesas dos chefes de estado - e o que se tem à
disposição são apenas informações esparsas, que, sabem os
estudiosos, ou dizem, de fato, respeito à política, ou as
disseminaram com o propósito de confundir a todos, tanto os que não
se dedicam aos estudos, quanto os estudiosos - principalmente estes,
presumo, pois, tendo estes autoridade e ascendência sobre o público
leigo, transmite-lhe, sem o saber, informações erradas, que o
afasta da verdade.
O
bom-senso é indispensável àqueles que se dedicam a tratar do tema,
pois lhes concede a sensibilidade para reconhecerem o pouco, ou
nenhum, alcance da visão que se tem da política mundial,
propiciando-lhe a tomada de consciência da existência de muitos
dados, de uma quantidade imensurável, ocultos de todos, aos quais os
estudiosos e os jornalistas não têm acesso, os quais correspondem à
formulação das políticas dos agentes globais, governos das
principais nações e outros protagonistas da história.
A
humildade impede os que se lançam no estudo de assuntos compelxos de
se persuadirem de que tudo sabem, de que entendem os fenômenos
políticos porque tomaram conhecimento, via imprensa, de uma ou duas
informações as quais têm como significativas e esclarecedoras, mas
que talvez sejam irrelevantes, publicadas com o propósito de
ludibriar a todos e fazer com que todos voltem a atenção para um
lado que nada tem para lhes mostrar, ou, caso estejam olhando para o
lado certo, e vendo o cenário, persuadi-los a focalizar um detalhe
irrelevante, forçando-os, assim, a perderem de vista o essencial.
Sei
que não estão ao meu alcance, e jamais estarão, as informações
que me propiciariam a concepção de uma idéia correta dos eventos
que se sucedem nesta era conturbada em que vivemos.
Sem a
pretensão, portanto, de apresentar uma avaliação correta a
respeito do tema - o antagonismo entre Estados Unidos da América e
Coréia do Norte, resumido nas pessoas de Donald Trump e Kim Jong-un
-, que me propus tratar neste texto (e se eu tivesse tal pretensão
eu seria tolo, soberbo, presunçoso, arrogante e irrealista), pois
tenho consciência da amplitude da minha ignorância (não de toda
ela, mas de uma boa parte), e certo de que tudo o que tenho para
dizer seja irrelevante, ouso escrever algumas idéias.
É
este o meu primeiro passo no assunto, passo hesitante, justificada e
compreensivelmente hesitante. Com um passo firme, aqui, eu não daria
prova de convicção, mas de presunção, arrogância e estupidez.
Olavo
de Carvalho, numa postagem no Facebook, declara que apenas os agentes
dos serviços de inteligência têm o conhecimento para saber o que
se passa no mundo, e que, em outras postagens, evocando Napoleão
Bonaparte, afirma que ele, profundo conhecedor da história das
guerras e das estratégias militares, para sobrepujar os seus
inimigos, concebeu novas estratégias militares às quais nenhum
deles pôde responder, tampouco anular, e muito menos se antecipar,
pois não as conceberam, presos às lições registradas nos livros
de história. Declara, também, Olavo de Carvalho, que o conhecimento
da história, mesmo sendo imprescindível ao estudioso, não lhe vale
como um guia confiável quando se está a tratar de questões
inéditas, que envolvem fatores jamais conhecidos. Considerando as
palavras de Olavo de Carvalho, pensa o autor: Tendo-se em vista a
amplitude do poderio dos artefatos bélicos, a complexidade da
grandiosidade, inabarcável, da ação política das nações mais
poderosas, obriga-se o autor a reconhecer que seus conhecimentos da
história universal e das teorias políticas são escassos, e, ao
tratar do antagonismo entre os Estados Unidos da América e a Coréia
do Norte, usa da imaginação para conceber alguns cenários do que
está a se suceder e o que poderá ocorrer, pois o tema é inédito.
Para
ilustrar o que está nas linhas acima, trata o autor, em poucas
palavras, de dois casos históricos: 1) Adolf Hitler e Jóséf Stálin
assinaram o tratado Ribentropp-Molotov, de não-agressão, que Adolf
Hitler rasgou assim que apontou a sua artilharia para o coração de
Moscou. E a história, então, a oficial, do conhecimento da
população mundial, dá como certo o antagonismo entre os nazistas e
os comunistas, entre Adolf Hitler e Jóséf Stálin, inimigos
viscerais desde que o mundo é mundo. Estudiosos gabaritados sabem
que tal versão histórica, popularmente conhecida, repito, é falsa,
e que a verdade é: Os comunistas, sob a liderança de Jóséf
Stálin, financiaram o rearmamento da Alemanha nazista, instruíram
os nazistas em sua política, transferiram-lhe a tecnologia dos
campos de concentração, manipularam a Alemanha para, usando-a como
um aríete, derrubar as fortalezas européias, devastar a Europa e
debilitar-se no processo. E enquanto assistiam, na tranquilidade das
estepes russas, ao confronto entre as nações européias, investiam
na indústria bélica soviética, fortalecendo a União Soviética,
enquanto os europeus se enfraqueciam, para, arrasados todos os países
europeus, arremeterem-se contra eles, derrotando-os, e, enfim,
dominando a Europa; e, 2) Richard Sorge e Harry Hopkins, com a
sutileza de seres diabólicos, induziram os Estados Unidos da América
a bloquearem o acesso do Japão ao petróleo, recurso imprescindível
para a existência do Império do Sol Nascente, que, então, vendo-se
em apuros e antevendo sua morte, lançou um ataque contra Pearl
Harbor, território americano. E fois assim que a União Soviética
arremessou Estados Unidos da América e Japão, dois dos seus
principais e mais poderosos inimigos, um contra o outro, livrando-se
de um confronto direto com ambos. E de tal artimanha soviética, os
estudiosos só tomaram conhecimento décadas após encerrada a 2ª
Guerra Mundial.
Conhecedor
dos casos históricos acima expostos e de outros igualmente
relevantes o autor sabe que ignora os pontos essenciais da história
que se desenrola diante de seus olhos.
Todo
este preâmbulo é essencial para se adentrar o tema. Não é
digressão. É inspirado na consciência que tem o autor da sua
ignorância e da complexidade do tema. É a prudência que o guia.
Como
sabe toda pessoa minimamente informada, Donald Trump é o presidente
eleito dos Estados Unidos da América e Kim Jong-un um ditador
hereditário, e os Estados Unidos da América são uma democracia,
que está sob o império da Lei e da Liberdade, e a Coréia do Norte,
um país comunista sob o jugo da foice e do martelo.
Desde
antes de Donald Trump sagrar-se presidente, e antes de ele, já
eleito, assumir a presidência, o ditador norte-coreano provocava os
Estados Unidos da América. E desde que se viu ocupando a cadeira
presidencial americana, Donald Trump se viu envolvido num confronto
de oratória belicista - e é improvável, muita gente pensa, que o
antagonismo entre os Estados Unidos da América e a Coréia do Norte
culmine num confronto militar. O ditador norte-coreano é o agente
provocador; está a serviço do governo chinês, que almeja
substituir os Estados Unidos da América na posição de
superpotência. Para atingir os seus objetivos tem a China de
desalojar os Estados Unidos da América da posição de preeminência
que eles ocupam em todas as áreas. Dedica-se à tarefa com a
paciência de um sábio chinês e visão de longo prazo. Financia uma
política, agressiva de fato, suave na aparência, desde atrás das
cortinas, manipulando o seu fantoche norte-coreano. Quer a induzir os
Estados Unidos da América a cometer um erro crasso e se tornar, aos
olhos da população mundial, o imperialista agressor, ao mesmo tempo
que vende de si à população mundial, a imagem de uma China
benevolente, liberal, favorável ao livre-mercado. E nesta política
a China conta com a retaguarda da quinta coluna, a imprensa
americana, que, inteiramente hostil ao presidente americano,
concentra, nele, os seus petardos midiáticos, atribuindo-lhe
propósitos, todos censuráveis (xenofobia, racismo, machismo,
isolacionismo), os quais ele não alimenta, ocultando, ao denunciá-lo
como uma ameaça à paz mundial, o ódio visceral aos Estados Unidos
da América.
Qual
tem de ser a postura do presidente americano, Donald Trump, cujas
propostas inspiraram aos que desejam a extinção dos Estados Unidos
da América o arremesso contra ele das críticas mais virulentas e
campanha de assassinato de reputações jamais visto na história
moderna?
Atacam
Donald Trump todos os anti-americanos, inimigos dos Estados Unidos da
América, esquerdistas, socialistas, comunistas, globalistas,
anti-ocidentais e anti-cristãos que governam inúmeras nações e
dirigem organizações mundiais, dentre elas a ONU, ati-americanos
que, publicamente, apresentam-se contrárias aos governos nacionais,
todos unidos num trabalho diuturno, visando a aniquilação da
soberania americana. Identificaram em Donald Trump um obstáculo à
execução de um projeto: o da ereção do estado totalitário
global, que só será realidade com a extinção da soberania
americana. E mesmo não sendo uma realidade, o estado totalitário
global, em sua condição de protótipo, já debilitou a soberania de
não poucas nações, muitas delas elencadas na lista das mais
prósperas e poderosas.
Donald
Trump, os analistas políticos confiáveis sabiam desde sempre, não
teria, eleito presidente, e, principalmente, ao assumir a
presidência, um dia de descanso (do mesmo modo que não gozou de
descanso durante toda a corrida eleitoral americana, nos já
longínquos anos de 2015 e 2016). Atacá-lo-iam de todos os lados,
com todas as armas da maledicência, do ódio aos Estados Unidos da
América e do horror à liberdade de que os anti-americanos são
capazes (imprensa mundial, intelectuais e artistas), todos a serviço,
conscientes e voluntários, uns, inconscientes e involuntários,
outros (estes, os idiotas úteis), dos que almejam a aniquilação da
terra do Tio Sam e de todos os valores que ela representa.
Vê-se
envolvido numa guerra psicológica assustadoramente agressiva, e
resiste, e revela-se o oposto do que a imprensa, formadores de
opinião e personalidades públicas dizem dele: É maduro, consciente
de suas responsabilidades como mandatário da nação mais poderosa
do mundo, paciente, sensato, realista, ciente de que, se der um,
apenas um, passo em falso, mergulha o mundo numa guerra cujos
desenrolar e desenlace são imprevisíveis, e conserva-se no
controle, percebe-se, de suas emoções, dando provas inegáveis de
que tem a fortaleza moral, a energia física e o vigor intelectual
para responder às exigências que o cargo que ocupa lhe exige. Não
é, nota toda pessoa realista não contaminada pela propaganda
anti-trumpista onipresente na imprensa anti-americana, praticamente
toda a imprensa mundial, o sujeito louco, insensato, estúpido,
preconceituoso, machista, racista, xenófobo, beligerante, sexista. E
na questão envolvendo os Estados Unidos da América e a Coréia do
Norte, antagônicos na política mundial, tem Donald Trump (e a sua
equipe de governo) se revelado paciente, calculista, sensato,
prudente. Ele não deu nenhum passo em falso, contrariando os seus
arquiinimigos, em especial o governo da China e o da Rússia.
Não
orienta uma política errática, inconsequente, irresponsável.
Mostra-se sua política correta, em conformidade com a realidade do
cenário da política mundial que se lhe desvenda aos olhos.
Antes
de elencar as três razões que vejo para elogiar Donald Trump,
forneço uma lista, composta de três cenários, todos desfavoráveis
aos Estados Unidos da América, aos seus aliados, ao mundo livre:
1)
Donald Trump não se mostra firme contra a Coréia do Norte,
revelando a disposição de usar de todos os meios, inclusive o
militar, para conter o ditador Kim Jong-un. Revela-se fraco,
indicando aos seus aliados - em especial aos que se vêem diretamente
ameaçados por Kim Jong-un, o Japão e a Coréia do Sul - que não
possui vontade de conter os seus inimigos, seja a Coréia do Norte,
seja qualquer outro, e não os irá auxiliar, e os proteger, conforme
o caso, usando de todos os recursos que têm à disposição os
Estados Unidos da América, e perderá a confiança deles. E ganham
Xi Jinping e Vladimir Putin com tal postura do presidente americano.
Eles serão vistos como aliados em potencial dos países que se vêem
abandonados pelos Estados Unidos da América, pois têm meios de
conter Kim Jong-un e empreender a tarefa que ora se exige de Donald
Trump, afinal a China tem influência sobre o ditador norte-coreano e
é o principal parceiro comercial da Coréia do Norte, e, junto com a
Rússia, o seu principal fornecedor de tecnologia militar, e são a
China e a Rússia detentores de poderio militar que pode ser usado
como recurso para conter Kim Jong-un caso ele ensaie independência e
se mostre disposto a agir por conta própria;
2)
Donald Trump, numa decisão precipitada, antecipa-se a Kim Jong-un, e
dispara, contra a Coréia do Norte, um ataque militar, revelando-se
um agressor. A imprensa internacional, organizações mundiais,
organizações não-governamentais mundo afora e Estados Unidos da
América a dentro, intelectuais de todos os quadrantes do universo,
estrelas do show-bizz (muitos deles, idiotas úteis) e os políticos
americanos em peso (inclusive os do Partido Republicano) condenarão
Donald Trump, apresentá-lo-ão como imperialista e nacionalista que
desrespeita as leis internacionais e a soberania das nações. Com o
ataque à Coréia do Norte, oferece Donald Trump aos inimigos dos
Estados Unidos da América o pretexto que eles precisam para
redobrarem os esforços de sua política anti-americana, renovando a
propaganda de ódio aos Estados Unidos da América, justificando-a
como ação em defesa da autonomia dos povos e a não-ingerência de
uma nação na política de outra nação (mesmo que a outra nação,
a Coréia do Norte, adote uma política belicosa, ameaçando os seus
vizinhos, em especial a Coréia do Sul, e tenha pretensões a
desafiar os Estado Unidos da América, atraindo-os para o confronto -
e este detalhe os anti-americanos ocultam da população mundial,
assim misturando países pacíficos e os que, na sua pretensão de
alçar vôos mais altos, desrespeitam a soberania de outras nações).
Beneficiam-se, neste caso, a China e a Rússia, cujos governos não
perderão a oportunidade que Donald Trump lhes oferece, e desfecharão
um ataque maciço contra os Estados Unidos da América, não um
ataque militar, mas de propaganda hostil, apresentando-os como
agressores, que agiram unilateralmente, indiferentes às leis
internacionais, desrespeitando a soberania de uma nação, sendo,
portanto, imerecedores de confiança, e podendo vir a agredir outras
nações soberanas. E Donald Trump adquirirá a reputação de
inimigo da liberdade, e Vladimir Putin e Xi Jinping, as de paladinos
da liberdade, guardiães da soberania das nações. E o presidente
russo e o chinês oferecerão auxílio às nações que aceitarem a
sua liderança numa guerra, não necessariamente militar, contra os
Estados Unidos da América; e cooptando-as, China e Rússia, as
únicas nações dotadas de poder econômico e militar que poderão
lhes oferecer proteção contra os Estados Unidos da América,
robustecem-se ao mesmo tempo que o enfraquecem, ampliando a sua
influência na política mundial, debilitando, simultaneamente, a dos
Estados Unidos da América, que, debilitados, não no campo militar,
tampouco no econômico, mas no diplomático, não gozarão da
confiança de outras nações, enfraquecendo-se, portanto, e perdendo
aliados. E China e Rússia, não encontrando nenhum rival que lhes
imponha resistência, irão dar as cartas na política mundial, com o
apoio, não se pode ignorar, dos intelectuais, da mídia e da classe
política americanas, hostis à existência da soberania dos Estados
Unidos da América e inimigos viscerais de Donald Trump, que se
debilitará a ponto de ter o seu mandado precocemente encerrado; e,
3)
Estados Unidos da América e Coréia do Norte vão às vias de fato,
e Coréia do Norte ataca Japão e Coréia do Sul, ceifando a vida de
milhões de pessoas. A imagem dos Estados Unidos da América será
arranhada. Mesmo que a guerra fique restrita aos Estados Unidos da
América e Coréia do Sul e Japão, seus aliados, e a Coréia do
Norte, e não ultrapasse os perímetros da península coreana, e os
Estados Unidos da América, a Coréia do Sul e o Japão eliminem, em
pouco tempo, a ameaça norte-coreana, o custo em vidas humanas será
muito alto, e a vitória militar (e ninguém imagina um cenário em
que os Estados Unidos da América e os seus aliados sejam derrotados
pela Coréia do Norte) não resultará na vitória em propaganda,
pois, sendo toda imprensa mundial e intelectuais hostis aos Estados
Unidos da América e anti-trumpista, o enredo da história será
escrito por ela, e ela emprestará às personagens envolvidas na
trama os papéis que os representam com aspectos favoráveis ou
desfavoráveis em consonância com os interesses dos inimigos dos
Estados Unidos da América, e caberá ao presidente americano o papel
de vilão. E Xi Jinping e Vladimir Putin serão favorecidos, se
retirarão fortalecidos do episódio, pois, não se envolvendo no
conflito, e no Conselho de Segurança da ONU apresentando-se
contrários à ação militar americana contra a Coréia do Norte, e
pedindo por entendimento diplomático, serão apresentados, pela
imprensa mundial, Ongs e intelectuais de todo o mundo, como
pacifistas, e angariarão votos de confiança da opinião pública
mundial, domada pela imprensa mundial, anti-americana.
Nestes
três cenários, os únicos que consigo imaginar, os Estados Unidos
da América são os derrotados. Aos Estados Unidos da América cabe o
ônus não importa o que aconteça. Serão os vitoriosos a China e a
Rússia. Será o derrotado o Donald Trump. Serão os vitoriosos Xi
Jinping e Vladimir Putin.
E
quais são as razões para se louvar Donald Trump? São três as que
consigo imaginar:
1)
Disposição para fazer uso da força militar americana, não se
atirando, todavia, numa aventura militar inconsequente, irrefletida -
oferece ao seu oponente outras opções para se equacionar o
imbróglio, dentre elas a diplomática, revelando-se, assim, disposto
ao diálogo para encontrar uma solução pacífica, sem o sacrifício
de vidas humanas. Não se lançando, num ato temerário, contra o seu
inimigo, não irá pôr em risco todo o mundo, pois a guerra pode
assumir proporções inimagináveis. E a sua disposição para usar
da ação militar ele a revelou ao ordenar o disparo de 59 mísseis
Tomahawk contra a Síria, revelado o uso, pelo governo sírio,
secundado pelo governo russo, de armas químicas contra a população
síria. Sinaliza Donald Trump disposição para atuar com diplomacia,
mas, em defesa dos Estados Unidos da América, dos seus aliados mais
ameaçados por Kim Jong-un e do mundo livre, revela-se firme no uso,
se necessário, e não havendo outra opção, da força militar
americana;
2)
Disposição para considerar, na sua política, os interesses dos
seus aliados, não pensando, única e exclusivamente, nos interesses
americanos, preocupando-se, principalmente, com Japão e Coréia do
Sul, os quais, num confronto entre os Estados Unidos da América e a
Coréia do Norte, seriam os principais alvos da artilharia
norte-coreana devido à proximidade territorial entre os três
países. Assim, conquista a confiança deles, e, também, de outros
países, e renova os laços diplomáticos com os seus aliados, afinal
não se revelando indiferente ao destino de outras nações que não
os Estados Unidos da América, e de outros povos que não o
americano, adquire uma projeção política maior, engrandece a sua
reputação, e melhora, imensamente, aos olhos da população
mundial, apesar da virulenta campanha anti-americana da imprensa e
intelectualidade mundiais, a imagem dos Estados Unidos da América.
Revelando-se preocupado com o destino do Japão e da Coréia do Sul,
a ponto de, além de fornecer-lhes armamentos e sistemas de defesa
antimísseis, participando com eles de treinamento conjunto numa
prova, inegável, de conjunção de interesses e estreitos laços de
amizade, e não tomando decisões irrefletidas que podem resultar em
ações equivocadas, e, consequentemente, numa catástrofe global,
jogando o mundo, ou apenas a península coreana, numa guerra de
grande envergadura, revela-se aliado confiável; e,
3)
Postura de liderança mundial, no Conselho de Segurança da ONU,
ameaçando, com ação militar, a Coréia do Norte, ao mesmo que à
Coréia do Norte oferece o diálogo para a resolução do conflito
via entendimento diplomático. E assim, com ações diplomáticas, e
exibição de poder militar e disposição para usá-lo se eliminadas
todas as outras opções, dilata o tempo para o início de uma ação
militar, que poderá ou ser cirúrgica, reduzindo, enormemente, o
custo do empreendimento, principalmente em vidas humanas, ou jamais
ser lançada, pois têm o desejo sincero de evitar a perda de vidas
humanas, distinguindo-se, neste ponto, como em muitos outros, do seu
antagonista norte-coreano, e revelando ao mundo a ambigüidade da
política de Xi Jinping e Vladimir Putin, pois, ambos, possuindo
ascendência sobre Kim Jong-un, não a usam para contê-lo, e assim
revelam-se, aos olhos do mundo, cúmplices dele, principalmente Xi
Jinping.
O meu
escasso conhecimento de política internacional e a minha imaginação
só me permitem conceber estas três razões. E agora dou início às
considerações finais, com um adendo, que consiste numa exposição
de algumas conjeturas que revelam, presumo, a impropriedade de toda
análise que é apresentada como a definitiva acerca de tão complexo
assunto.
Percebe
o mundo que o governo da China e o governo da Rússia, resumidos,
respectivamente, nas pessoas de Xi Jinping e Vladimir Putin,
conquanto a imprensa mundial seja majoritariamente, quase
unanimemente (há vozes dissonantes; são raras, mas elas existem),
anti-americanas e hostil ao Donald Trump, são ambíguos, e Kim
Jong-un, uma ameaça à paz mundial. O tempo, dada a irresolução e
indefinição da política mundial em relação à Coréia do Norte,
pode ser um aliado de Donald Trump. Está, quero crer, a favor do
presidente americano, afinal, é a atitude do ditador norte-coreano
que põe a população mundial em suspenso, temendo uma conflagração
mundial, e como Vladimir Putin e Xi Jinping revelam-se dissimulados,
aos olhos de muita gente favoráveis ao ditador norte-coreano, as
suspeitas acerca das intenções deles aumentam e cresce o apoio
mundial ao Donald Trump e aos Estados Unidos da América, apesar de
toda a propaganda anti-americana dominante na imprensa e na
intelectualidade mundiais.
A
postura do presidente americano, paciente e firme, é apropriada para
este caso, mostrando-se ele, mesmo sob a pressão que sofre, força,
inteligência e coragem. Não agiu, até o momento, temerariamente,
favorecendo os inimigos dos Estados Unidos da América: Não dando o
primeiro tiro, assim não se apresenta como o agressor; não
retirando a força militar americana da península coreana, não se
revela fraco, impotente, indiferente ao destino dos seus aliados, e
não os abandonando a Coréia do Sul e o Japão sabem que podem
contar com o apoio dos Estados Unidos da América nesta e em outras
questões. Donald Trump dá sinais positivos de si aos aliados e aos
inimigos; todos tomaram conhecimento da disposição dele de exercer
o papel que compete aos Estados Unidos da América. E a disposição
para exercer o seu papel histórico o presidente americano já a
revelou em duas ocasiões, considerando-se unicamente a questão
militar: O lançamento de 59 mísseis Tomahawk contra a Síria, após
o uso, pelo governo sírio, de armas químicas contra o povo sírio,
e a detonação da “Mãe de Todas as Bombas”, no Afeganistão. E
podemos mencionar, como exemplos de sua disposição em manter a
ordem no mundo e a preeminência dos Estados Unidos da América em
termos políticos, econômicos e militares e sua firmeza de
convicções a costura de acordo militar bilionário dos Estados
Unidos da América com a Arábia Saudita (uma mensagem ao Irã) e as
duras palavras que ele proferiu acerca do que se dá na Venezuela,
Nicolás Maduro assumindo, com uma farsa, a nova constituinte, a
posição de um ditador.
Tudo
me leva a crer que a China está, e não a Coréia do Norte,
distendendo a corda, secundado pela Rússia (ou a Rússia está no
comando, e a China é sua aliada - ou ambos os países atuam em
associação), para jogar os Estados Unidos da América e a Coréia
do Norte em rota de colisão, pois a Coréia do Norte jamais ousaria
desafiar os Estados Unidos da América se não contasse com o apoio
incondicional de uma potência mundial, no caso a China. Seria uma
insensatez, se o fizesse. Só desafia os Estados Unidos da América
porque está abrigado sob o guarda-chuva chinês, ou sob o
russo-chinês.
E
insisto: A indefinição do entrevero envolvendo os Estados Unidos da
América e a Coréia do Norte pode vir em favor de Donald Trump
conquanto toda a imprensa mundial seja anti-americana e
anti-trumpista, pois, ao se noticiar fatos envolvendo a Coréia do
Norte, a imprensa está a divulgar as ações provocativas de Kim
Jong-un, o que redunda na construção de uma imagem negativa dele,
dando-o como uma ameaça à paz mundial.
Até
o presente momento, na questão acerca de Kim Jong-un, Donald Trump
não trocou os pés pelas mãos e não pôs a carroça na frente dos
bois. É prudente e firme. Revela força e flexibilidade. Exibe ao
mundo os músculos dos Estados Unidos da América (na Síria e no
Afeganistão) e a inteligência (na Arábia Saudita). Demonstra-se
disposto ao diálogo com o seu antagonista. Exerce a autoridade de
mandatário da maior potência política, econômica e militar do
mundo, sem a debilidade e a servilidade do seu antecessor. É leal
aos seus aliados. E na sua política de condenação a Kim Jong-un
constrói de si imagem que desmente todos os estereótipos que a
imprensa mundial criou para ele, os de isolacionista, xenófobo,
populista. E vai Donald Trump revelando-se um líder mundial,
estadista confiável.
Todas
as conjecturas que expus nas linhas anteriores eu as pensei tendo-se
em mente que Kim Jong-un é um fantoche do governo chinês; não
posso deixar, todavia, de considerar que isso não reflete a
realidade, e tenho de me perguntar: Estaria a China perdendo o
controle sobre Kim Jong-un? Estaria Kim Jong-un ensaiando um
movimento de independência da Coréia do Norte na sua relação com
a China? Estas conjecturas não podem ser desconsideradas. Está Kim
Jong-un, fortalecido, confiante - após décadas de financiamento
chinês na Coréia do Norte, principalmente na área militar,
permitindo que a Coréia do Norte desenvolva bombas atômicas e
mísseis balísticos -, decidido a andar com as próprias pernas e
prescindir da ascendência da China e dos seus investimentos na
Coréia do Norte? Quer Kim Jong-un assumir as rédeas do destino da
Coréia do Norte, e para tanto está chantageando, não apenas os
Estados Unidos da América, mas, também, a China, que não tem
interesse em insistir nas provocações aos Estados Unidos da
América, ao Japão e à Coréia do Sul? Estaria Kim Jong-un, com
suas ameaças aos Estados Unidos da América, ao Japão e à Coréia
do Sul, desejando atrair estes três países para a mesa de
negociações e deles receber apoio político e econômico (também
militar?) para quebrar as correntes chinesas que lhe manietam os
movimentos, negando-lhe autonomia? Seria este o propósito do ditador
norte-coreano? É inverossímil tal hipótese? Às vezes o que soa
inverossímil à razão é verossímil à imaginação. Ora, não é
do interesse do governo chinês o aumento da presença militar
americana nas circunvizinhanças da China; portanto, não quer a
China insistir numa política norte-coreana de provocação aos
Estados Unidos da América - rival da China em todo o mundo - e ao
Japão - rival da China na política regional - e à Coréia do Sul.
Com a insegurança gerada pela política de Kim Jong-un, os Estados
Unidos da América fortalecem a sua presença militar na península
coreana e em todo o sudeste da Ásia, região em que a China pretende
possuir o poder hegemônico e impor a sua supremacia ao Japão, seu
rival regional. E a China não tem interesse no aumento da presença
militar americana na região. Além disso, o Japão e a Coréia do
Sul, em decorrência das aventuras disparatadas (aparentemente) de
Kim Jong-un, ameaçando-os, ampliam investimentos na área militar,
renovando as suas forças bélicas, com tecnologias mais sofisticadas
e armamentos mais devastadores, sendo ambos os países possuidores de
avançada tecnologia, e ambos podendo vir a, num futuro próximo,
também produzir bombas atômicas - e o Japão já sinalizou
disposição para rever a sua política militar e produzir artefatos
atômicos. E à China também não interessa dois rivais regionais
fortemente armados e grandemente poderosos em termos militares. A
pretensão de Kim Jong-un de obter a tecnologia de produção de
mísseis balísticos de médio e de longo alcance, intercontinentais,
para atingir os Estados Unidos da América, inspira aos Estados
Unidos da América o reconhecimento da necessidade premente de
ampliação dos investimentos militares, renovando o seu aparato
bélico, para conservaren-se na dianteira tecnológica militar,
ampliando ainda mais a sua vantagem militar, pois conscientizam-se do
engrandecimento do poderio militar dos seus inimigos e da
multiplicação deles. E não é do interesse da China os Estados
Unidos da América sentirem-se ameaçados. Interessa, portanto, à
China, e também à Rússia, a política provocativa de Kim Jong-un?
É Kim Jong-un o louco, o irresponsável, que dizem que ele é?
No dia seguinte ao do pronunciamento de Donald Trump na Assembléia da ONU, Rússia e China realizaram treinamento militar conjunto, e, dias depois, o Irã, em resposta, disseram, ao discurso de Donald Trump, fez um teste com míssil. Ora, todos sabiam o que o Donald Trump iria dizer na ONU, não as palavras exatas, mas as idéias principais, portanto, também o treinamento russo-chinês quanto o testes iraniano já estavam agendado para sucederem-se à assembléia da ONU, ao contrário do que diz a imprensa, que faz o papel de bobo da corte.
ResponderExcluirDonald Trump está pondo o mundo nos eixos. Seu antecessor, Obama, um anti-americano, estava enfraquecendo os EUA, haja vista a política dele no Oriente Médio, promovendo, não é exagero dizer, a Primavera Árabe, com a consequente crise na Líbia, e a morte de Khadafi, no Egito, com a deposição de Mubaraki, e conflitos em outros países da região, e, principalmente, a guerra civil na Síria. Se nos países, cujo governo eram, uns mais, outros menos, mais próximos, mais distantes, aliados dos EUA, na Síria, do Assad, aliado da Rússia, o caldo entornou, pois Putin sustentou o seu fantoche no governo de Damasco, estendendo a crise, que redundou numa guerra civil, com impacto direto em toda a Europa, e, em menor escala, em todo o mundo, com a consequente crise migratória, e com a infiltração de terroristas entre os emigrantes sírios, o que está a assaltar as consciências de todos os países europeus, com o aumento de atos terroristas, e uma reação, algumas extremas, de rejeição ao estrangeiros, confundindo-se, aqui, aqueles europeus que desejam o bem de seus países, e aqueles que, chauvinistas, querem a expulsão de todos os estrangeiros, independentemente de sua origem. Está Donald Trump, num esforço hercúleo, pondo, como pode, um pouco de ordem, no mundo, que se via em desordem com a decadência dos EUA.
ResponderExcluirÉ praticamente impossível saber o que se passa no Salão Oval da Casa Branca. E, não se pode ignorar, o Deep State tem muita influência na política americana. Quase nada se sabe sobre essa, vou assim dizer, sociedade secreta.
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