quinta-feira, 9 de maio de 2024

Textos esparsos

 Mortes de ianomâmis.


Em 2.022 morreram, principalmente de malária e desnutrição, 343 ianomâmis. E chamaram o Bolsonaro de genocida.

Em 2.023 morreram 363 ianomâmis. E ninguém chamou o Lula de genocida.

Dizem que houve subnotificação de mortes de ianomâmis em 2.022. Que seja. Dizem, também, que em 2.023 morreram menos ianomâmis do que o que informa a imprensa (mas as mortes superam as trezentas). Que seja. A questão que se põe, aqui, é: Se morreram mais de trezentos ianomâmis em 2.022 e em 2.023, por que foi Bolsonaro xingado de genocida, e o Lula não?


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Os racistas que são racistas e os racistas que não são racistas.


Um homem branco diz: "Odeio os negros! Todos os negros são imundos! Morte aos negros!"

Toda pessoa que tem, se muito, um milésimo de um neurônio, diz: "Tal homem é racista."

Um homem negro diz: "Odeio os brancos! Todos os brancos são imundos! Morte aos brancos!"

Toda pessoa que tem, se muito, um milésimo de um neurônio, diz: "Tal homem é racista." E há pessoas cujas caixas cranianas estão recheadas de minhocas (uso um eufemismo, pois sou um homem de bom berço) que, ao ouvirem o homem negro falar dos brancos o mesmo que o homem branco falou dos negros, discorrem: "Ao contrário do homem branco, o homem negro não é racista porque a estrutura do poder social está concentrada em mãos de capitalistas europeus, supremacistas brancos de masculinidade tóxica, burgueses heterossexuais binários homofóbicos e transfóbicos promotores do aquecimento global e das mudanças climáticas, neoliberais de inspiração mercantilista feudal, extremistas da direita radical, que, há séculos, exploram, e escravizam, e dominam toda a..." e blablabla, e blablabla. Falam palavras sem fim com um único fim: defender uma idéia indefensável, sem pé nem cabeça, que ouviram, em bancos escolares, e leram, em livros de intelectuais renomados, idéia que não fica em pé ao primeiro sopro. Ora, se o que o homem branco disse dos negros revela dele o racismo, e sendo que o que o homem negro falou dos brancos é coisa que tem valor igual ao que o homem branco disse dos negros, então, é óbvio, se o homem branco é racista, então o homem negro também o é. Toda a tagarelice dos tipos dados à vida intelectual que inventam mil e um artefatos argumentativos para sustentar uma idéia estapafúrdia, apontar diferenças entre duas coisas idênticas, nada mais é do que fruto ou da nossa velha conhecida desonestidade, ou da ainda mais velha loucura.


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Os defensores dos ianomâmis e da Amazônia.


Dias destes, li uma nota muito interessante de um lulista fanático, que, em outras palavras, as dele, incivis e deselegantes, e não as minhas, disse, em tom de indignação fingida: "Agora os bolsonaristas descobriram as queimadas na Amazônia e as mortes de ianomâmis. Só agora, que o Bozo golpista perdeu as eleições."

Inverteu o distinto colega os fatores; fosse honesto, sincero, ele estaria, com igual veemência que pôs em suas oratórias anti-bolsonaristas, supostamente em defesa da Amazônia e dos ianomâmis, criticando o governo Lula, que mal faz em favor da hiléia amazônica e dos ianomâmis; todavia, ele não quer tocar no assunto, e quer impedir que outros do assunto falem; compreensível, afinal é o ocupante do Palácio do Planalto o Lula, e não o Bolsonaro; sendo assim, toda critica que se faça à condução de políticas nacionais, as ambientais e as em defesa dos ianomâmis, hão de atingir o Lula, e não o Bolsonaro.

Em 2.023 e neste início de 2.024 queimaram a Amazônia chamas infernais, e ianomâmis morrem a três por dois. É esta a realidade. E as palavras do lulista aludido me obrigam a concluir que ele, ao, assim dizia, repito, defender a Amazônia e os ianomâmis, o fazia não em favor do que ele dizia defender, amar, mas para enodoar, xingar, vilipendiar o presidente brasileiro de então. Parece que para ele o que vale para o Chico não vale para o Francisco.


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O fascista, nazista, genocida e negacionista.


- Homem é homem, e mulher é mulher.

- Fascista! Fascista! Você é fascista! Onde já se viu falar um absurdo desses! Nazista! Você é nazista! Que absurdo! Genocida! Você é um genocida! Homem é homem, e mulher é mulher?! Que absurdo! Negacionista! Negacionista! Você está fazendo discurso de ódio! Discurso de ódio! Fascista! Genocida! Negacionista!


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Ana Caroline Campagnolo e o aborto. E as feministas.


No vídeo "Não querem que você saiba: O bebê é torturado!", publicado, em 18 de Abril de 2.024, no Youtube, a deputada estadual catarinense Ana Caroline Campagnolo fala, na assembléia legislativa de Santa Catarina, e suas palavras ela as acompanha com ilustrações impressas em papel, de uma prática abortiva, a que consiste em injeção de cloreto de potássio em bebês (que os desumanizadores denominam feto) em estágio intra-uterino, matando-os (abortando-os, afirmam os inimigos da vida), e de uma resolução do Conselho Federal de Medicina,  a qual pede pela proibição de tal prática abortiva, e de dois eventos poucos dias antes sucedidos na assembléia legislativa (a sua, dela, da deputada, impossibilidade de mostrar como se empreende a comentada prática abortiva; e a presença de feministas, com a permissão dos deputados, nos domínios da assembléia, a entoarem, em alto e bom som, um canto de guerra lúgubre e escatológico pró-aborto). Reprova a deputada, com a veemência de uma pessoa indignada e enojada com o que presenciou e com a coragem de uma pessoa digna e correta, a postura dos seus colegas legisladores, alude às deputadas feministas, e o faz com a segurança que lhe reconhecem as pessoas que lhe acompanham a biografia, e sem titubear, e sem abaixar o tom de voz, curvar-se tampouco diante dos monstros morais que a rodeiam.

Explica, didaticamente, a prática abortiva, sua explicação acompanhada das ilustrações em papel: a injeção, com o uso de uma agulha comprida, de cloreto de potássio no abdômem, ou na cabeça, ou no coração, ou na veia umbilical, da criança ainda em formação. E a criança morre com uma parada cardíaca. A morte de uma criança nem sempre se dá assim que se lhe aplica a primeira injeção de cloreto de potássio: há casos em que se faz necessária segunda injeção da substância letal. Depois, morta a criança, a mãe toma um remédio para induzir o parto do cadáver. Caso seja a criança assassinada de menos de vinte e duas semanas de vida, ela, agora morta, tem seu corpo esmagado, triturado, despedaçado com uma pinça, introduzida via vaginal na sua mãe, e aos pedaços é do ventre dela arrancada. Esta é a prática abortiva que a deputada catarinense comenta, explica. De estarrecer, de fazer doer na alma de qualquer ser humano.

E as feministas que tiveram permissão para descarregar seu ódio à vida cantaram uma canção desumana, assassina. E é a canção esta:

"As solteiras... Abortam! As casadas.. Abortam! As adolescentes... Abortam! As meninas.. Abortam! As atéias... Abortam! As crentes... Abortam! As lésbicas... Abortam! As bissexuais...Abortam! As heterossexuais... Abortam! As juízas... Abortam! As ativistas... Abortam! As professoras... Abortam! As policiais... Abortam! As putas... Abortam! Em Consultórios... Abortam! Sozinhas... Abortam! Com vergonha... Abortam! Acompanhadas... Abortam! Com orgulho... Abortam! Em todas as partes... Abortam! Nós abortamos! Nós abortamos! Nós abortamos! Nós abortamos! Nós abortamos! Nós abortamos!"

Toda e qualquer pessoa já percebeu que se faz, hoje em dia, louvor à morte, ao assassínio de inocentes. E são as pessoas que se têm na conta das mais esclarecidas, das mais humanas, das mais respeitadoras da vida as que se revelam as que mais a odeiam, as que mais cultuam a morte.

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