quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Notas breves

 Café, sim; Coca-Cola, não. Foi-se o Aquecimento Global. Pelé. Dinossauros e pernilongos. E outras notas breves.


Café, sim; Coca-Cola, não.

Um historiador brasileiro de primeira grandeza chama-nos a atenção para uma atitude, inusitada de tão grosseira e estúpida, do presidente do Brasil, o senhor Jair Messias Bolsonaro: o distinto chefe-de-estado nacional recusou a oferta que lhe fizeram de beber algumas doses de café, produto genuinamente nacional, e optou por beber um refrigerante genuinamente estadunidense, a Coca-Cola. Lastimável, a conduta desdenhosa do presidente da maior nação da América do Sul. Lastimável! É mais um exemplo da mentalidade nazista, fascista, genocida, machista, racista, supremacista branco do presidente Jair Messias Bolsonaro, um homem deplorável. Impítima! Que ele seja julgado, e condenado, por crimes contra a humanidade e a Terra, no Tribunal de Haia!


*


Foi-se o aquecimento global. O monstro, agora, é outro.


Exterminaram os ambientalistas o Aquecimento Global. Ameaça-nos, agora, a Mudanças Climáticas; e para dar-lhe fim os ambientalistas querem reduzir a emissão do CO2, que lhe serve de alimento e fortalece, obrigatoriamente, o extino Aquecimento Global. Não entendi patavinas, nem bulhufas, do imbróglio. Afinal, exterminaram, ou não, o Aquecimento Global, anunciador do apocalipse?! Ou é a Mudanças Climáticas avatar feminino do Aquecimento Global?! ou o Aquecimento Global reencarnado numa entidade feminina?! Neste mundo de "cancelamentos" até os fenômenos naturais apocalípticos masculinos são assassinados para que assumam o protagonismo da história seus correspondentes femininos, sempre superiores, mais poderosos. Que mundo infernal!


*


Reza a lenda que Pelé, o nosso querido Edson Arantes do Nascimento, é canhoto. Ora, se é verdade que é ele canhoto, então o jornalista cuja reportagem, publicada ontem, li hoje, mentiu ao dá-lo como um futebolista destro no manejo da bola. Afinal, é Pelé canhoto, ou destro? Ou ambidestro?


*


... e um dinossauro caiu, no México - e tenha de ser no México!? Não podia ser na Argentina?! -, em uma era em que mexicanos e brasileiros ainda não haviam erguido um muro na fronteira entre México e Brasil, e dizimou os dinossauros. Que meteoro inconsequente! Por que ele não exterminou os pernilongos? À noite, eu, deitado na cama e os menestréis de pernas longas a atanazarem-me e a atazanarem-me com as suas melodiosas canções e trovas campestres. E eu, sem pregar o olho, a atravessar, em branco, ou em claro, tanto faz, a noite. Fossem os pernilongos varridos para outro plano existencial, e não os dinossauros, hoje admiraríamos estes monstrengos a perambularem modorrentamente pela vastidão dos continentes, e poderíamos dormir tranquilos e sonhar com os anjos.


*

Os carinhas apoiaram, incondicionalmente, a política do Fique Em Casa e afirmaram ser tal política indispensável para se combater a disseminação do coronavírus. Depois de meses, a crise econômica batendo na porta, os preços de alimentos e combustíveis a elevarem-se consideravelmente, além de não verem uma relação de causa e efeito entre a política que defenderam com unhas e dentes e a crise econômica, culpam o presidente Jair Messias Bolsonaro pela crise econômica, sendo que ele não promoveu o Fique Em Casa, e esquecem-se que as medidas de restrições às atividades econômicas foram decretadas tendo-se em mente a redução dos casos de mortes, durante a epidemia, pelo vírus. Ora, para tais pessoas foram essenciais tais medidas, e a crise destas advinda foi por elas prevista, afinal, elas esgoelavam em tom autoritário "Fique Em Casa; a economia a gente vê depois.", cientes de que o impacto na economia da política insana (que elas consideravam sensata) que defenderam seria devastador; se não, por que o "a economia a gente vê depois."?

Mas entendo que a percepção que os anti-bolsonaristas tem da economia nacional está distante da realidade, talvez num universo paralelo. A economia brasileira enfrenta alguns percalços, é inegável, mas não vai de mal a pior, como dizem por aí os anti-bolsonaristas, que empreendem uma aventura política de terra arrasada e querem fazer as pessoas verem o que não existe. Se a economia nacional não vai de vento em popa, e não vai - e não podemos desconsiderar as adversidades que o mundo enfrentou nestes últimos vinte e quatro meses -, também não está indo à bancarrota; acredito, mesmo, que cresce, e agora alicerçada em bases mais sólidas.


*


Intelectuais da direita conservadora querem que o presidente Jair Messias Bolsonaro jogue por terra o tal de estamento burocrático, este glutão paquidérmico, um primo distante do Gargântua, que está, há séculos, a devorar os brasileiros. De mentalidade revolucionária, românticos aguerridos, bravos e destemidos, heroicamente dispostos a sacrificarem sangue alheio, não dizem o que o presidente Jair Messias Bolsonaro teria de fazer após o desmantelamento do tal estamento burocrático, e tampouco o que os de tal estamento e seus aliados instalados aqui em terras brasileiras e os estabelecidos no exterior fariam se iriam reagir ao desmonte do edifício que lhes faz a fortuna, ou se se resignariam, prosternados, impotentes, diante do presidente Jair Messias Bolsonaro, que lhes tirara o osso da boca. Nesta hora, penso no Garrincha: "Combinaram com os russos?"

Com tais amigos, o presidente Jair Messias Bolsonaro não precisa de inimigos.

Dentre tais intelectuais, há os que declaram que de nada adianta o presidente Jair Messia Bolsonaro indicar fulano, ou beltrano, conservadores, para o STF, porque eles são produtos do estamento burocrático - ou sistema, ou mecanismo. E o que propõem tais criaturas? Que o presidente Jair Messias Bolsonaro destrua o estamento burocrático, e, depois, crie um novo STF, cujas onze cadeiras seriam ocupadas por ministros conservadores. Quanta sabedoria! E de onde sairiam tais ministros? Das escolas do novo estamento burocrático, agora conservador. E quando? Eis a questão. Quanto tempo é preciso para se erguer novo estamento burocrático, agora conservador? E até lá como fica a justiça no Brasil? Viverá os brasileiros sob um regime anárquico? Se é que se pode viver em tal regime. E os inimigos do Jair Messias Bolsonaro ficariam, de braços cruzados, a admirá-lo a reconstruir o Brasil como lhe desse na telha?


Nenhum comentário:

Postar um comentário