sexta-feira, 13 de março de 2020

Setenta gêneros, não. Dois sexos.

Ensina a Biologia que há, entre os humanos, dois sexos, o macho (homem) e a fêmea (mulher). Os ideólogos de gênero contestam a premissa biológica, e, substituindo o substantivo "sexo" pelo substantivo "gênero", declaram que os gêneros, fluídos, são construções sociais, havendo, portanto, vários gêneros, mais do que os dois tradicionalmente reconhecidos pela Biologia. Há quem diga que são setenta os gêneros existentes. Se são setenta os gêneros humanos, e não dois sexos (o macho e a fêmea), não há razão, então, para os que se inscrevem em um destes setenta gêneros que não o macho e o fêmea exigirem que os tratem como pertencente a um destes dois, os únicos reconhecidos pela Biologia; sendo assim, não há razão para os homens que se sentem mulheres exigirem inscrição deles no gênero mulher.
Dou dois exemplos: homens que se sentem mulheres querem usar os banheiros de uso exclusivo das mulheres; homens que se sentem mulheres querem integrar times esportivos das mulheres, e não dos homens. Os homens que se sentem mulheres, defendendo tais políticas, reconhecem a existência de dois, e apenas dois, gêneros, pois eles saltam de um (homem) para o outro (mulher); eles se dizem mulheres aprisionados no corpo de homens, e querem, negando sua participação no gênero masculino, ingressar no gênero feminino, e não em um terceiro gênero, o do "homem (macho) que se sente mulher (fêmea)" - e os adeptos da ideologia de gênero os defendem na exigência que eles fazem à sociedade, que, segundo eles, tem de acolhê-los como eles se definem. É contraditória a postura dos ideólogos de gênero; fossem coerentes, eles defenderiam uma política que consistiria em solicitar (ou obrigar, pois eles têm espírito autoritário) aos estabelecimentos públicos e estabelecimentos privados para uso público a construção de setenta banheiros, cada um deles para uso exclusivo de pessoas que se inscrevem em um dos setenta gêneros existentes; tal regra também valeria para os esportes: em vez de dois times (o dos homens e o das mulheres), teriam setenta times todos os grupos esportivos - e as organizações esportivas promoveriam setenta campeonatos: haveria, por exemplo, setenta campeonatos de vôlei, e não dois, sendo um deles, o de "homens que se sentem mulheres", cujos times seriam compostos por pessoas do gênero dos "homens que se sentem mulheres".

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