sábado, 15 de dezembro de 2018

Discurso de um universitário maconheiro

"Ont'êu tive uma experência mutio lôca, véi. Fumei u meu baseado, e fui lançado para o mundo das idéias incorpóreas, do pensamento transcendental, para o mundo místico além do capitalismo insensível e materialista. Mermão! Carai! Foi lôco, tio! Dominô-me a aura áurea do idealismo imaterial da salvação da justiça social dos Direitos Humanos da ONU, governança global e mundial do mundo global do povo progressista e anti-fascista. "Tortura nunca mais", disse pa eu o Marighela, herói nacional e transnacional e supranacional e anacional, que, em alma imaterial e subjetiva disse o que me disse e me falô o que me falô. É frasística a frase a que me falô o que me disse o Marighela. Carai, véi. Fui pará há déis mil anos atráis, sabendo de tudo o que há pá sabê, e, junto com o Raul. Pôrra, carai! Que viáje! E vi o Karl Marx, que me disse pa eu: "Ô maluco, vá fazê a revolução, carai. Vá dá lição nos burgueis. Vá pichá muro, véi. Vá jogá coquetel molotov nos meganha, malandro. Vá queimá pneus nas estrada, gente boa. Vá invadi terra, e destrui as prantação dos ruralista capitalista, amigão do peito. Vá invadi prédio, gente fina. V'à revolução. Revolucionários de todo o mundo, uni-vos". O tio Karl Marx mandô, então eu vô. Que viáje, malandro. A minha alma etérea e objetiva e materialista revolucionária uniu-se com a alma materialista científica e dialética do gênio do Karl Marx, iluminando-se no contato. Que experência experimental experienciei em minha experência experimentada experimentalmente e experiençalmente! Deixei o mundo mundial do consumismo consumista do capitalismo capitalista da burguesia burguesa, e elevei-me a mim mesmo até as raias da subjetividade subjetiva do materialismo dialético e das sensações do pensamento superior situado na utopia dos utópicos científicos. E depois de Karl Marx, apareceram-me as almas revolucionárias de Lênin, do Mao, do Fidel e do Che, e todas elas me disse-me, em coro de um coral: "Mata o Bozo, camarada! Mata os bolsominion, camarada! Mata os capitalista, camarada! Mata os conservadores, camarada! Mata todo os infiel carai!". Eles mandô, obedeço" - palavras de um universitário maconheiro.
Aplaudiram-no e ovacionaram-no os esquerdistas.

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