segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A prova

Há aquele que acredita que prova que o que ele diz que é o que ele diz que é é o que ele diz que é o que ele diz que é ao dizer que o que ele diz que é o que ele diz que é é o que ele diz que é o que ele diz que é.
Não sei se ficou claro o meu pensamento; então eu o clareio:
Há aquele que acredita que prova que uma coisa é o que ele diz que a coisa é ao dizer que a coisa é o que ele diz que a coisa é.
Acho que o meu pensamento ainda não ficou bem claro; então eu o clareio mais um pouco:
Há aquele que acredita que prova que uma coisa é o que dela ele diz ao dizer que ela é o que dela ele diz.
Agora, acho, está claro o meu pensamento. Mas posso clareá-lo um pouco mais, adicionando um exemplo:
Conversamos eu e o meu interlocutor. Em um certo momento da conversa, ele diz: “Posso provar que a lua é uma gigantesca bola de queijo-suíço”. E eu, incrédulo, fito-o, e ele, então, deparando-se com o meu semblante que transparece a incredulidade que me petrifica, diz: “A lua é uma gigantesca bola de queijo-suíço”, e dizendo isso ele acredita que provou que a lua é uma gigantesca bola de queijo-suíço.

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