quinta-feira, 5 de maio de 2022

Nove notas

 Bolsonaro e cultura. Lula. Agronegócio. Ameaças ao Brasil. Guerra das moedas. Russofobia. Mercenários. Mídia. Esportes. Notas breves.


Li, hoje, notícia alvissareira: o presidente Jair Messias Bolsonaro vetou a lei Aldir Blanc, que distribuiria, se sancionada pela caneta presidencial, uma nota preta, não aos artistas populares, que passam maus bocados, e não têm meios de vender o seu peixe, mas aos que, além de nadarem em dinheiro, se arvoram credores dos brasileiros. Há semanas, rejeitou-se a lei - ou um projeto de lei, não sei - intitulada Paulo Gustavo, que tinha fim semelhante e que encontrou o mesmo fim da que o presidente vetou há pouco. E alguns antibolsonaristas declaram, verborrágicos e atrabiliários, que é o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, hostil à cultura, ele a destruir a cultura brasilera. Pensa tal gente que é cultura a obra artística de artistas famosos, e unicamente a obra deles - e não sei se acerto ao falar "a obra artística de artistas famosos". A cultura de um povo o povo a faz, e não um grupo de gente privilegiada com bons laços políticos e empresarias e midiáticos.

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E Lula ora diz algo que vai de encontro ao que ele disse há anos e ora ao encontro do que há anos ele disse. Tem multípla personalidade, o homem, ou ele se dobra e se desdobra, em vão, para agradar às múltiplas facções de seus apoiadores, e aliados, e eleitores, e fãs, aqui em terra em que se platando tudo dá e no exterior. É Lula extraordinariamente maleável, flexível, a contorcer-se para adotar a figura de todos os que lhe querem bem, assim criando com todos eles afinidades e identidade.

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Não entendi até hoje, e jamais entenderei, a sem-razão da razão irracional daqueles que agridem o agronegócio brasileiro, e pedem-lhe a extinção - para o bem-estar da floresta amazônica, da biodiversidade, e do planeta Terra, e da Via-Láctea. De onde vêm a carne, e os ovos, e as frutas e legumes, e outros produtos comestíveis que tais pessoas enviam, todo santo dia, para o bucho? Será que elas acreditam que o leite de vaca brota, espontaneamente, dentro das caixinhas e dos pacotes de plástico, e os grãos de arroz e de feijão nascem, assim, num "Faça-se o feijão! Faça-se o arroz!", dentro de pacotes, nas gôndolas dos supermercados? Presumo que haja (e haja o que hajar - alguém já disse - escrevo o pensamento que me resvala a cabeça) pessoas - e muitas delas pecuaristas e agricultores americanos e franceses - que entendem ameaçador aos seus negócios o robustecimento da indústria agropecuária brasileira, e, por esta razão, e por nenhuma outra, financiam campanhas em desfavor do agronegócio brasileiro. Entendo. Mas aqueles brasileiros que, ensandecidos, descabelam-se, sinceros em suas catilinárias contra quem produz o alimentos que eles comem, não contam com a minha compreensão.

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Não é pouca a gente que, a estudar, com seriedade, as coisas que se sucedem em nosso mundo, atenta para a ameaça que a atual política externa americana, sob o desgoverno do Biden, incomodada com a política do presidente Jair Messias Bolsonaro, representa ao Brasil. Artistas hollywoodianos, secundados por seus congêneres brasileiros, estão a falar as mais rematadas asneiras e asnices acerca do Brasil. E contam tais personalidades com o apoio de organizações internacionais e de organizações não-governamentais, e de políticos e ativistas e cantores e atores brasileiros, todos confessos adoradores de esquerdistas e ditadores, e propugnadores de políticas socialistas, politicamente corretas.

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Veio ao Brasil, dos Estados Unidos da América, nesta semana, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, que, diz-se por aí, abriu, em 2.014, na Ucrânia, a caixa de Pandora, obtendo a queda do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, um fontoche, todos sabemos, do Vladimir Putin. E quem substituiu o presidente deposto foi um preposto, assim dizem, dos globalistas ocidentais. E vai a Ucrânia a seguir sua sina rumo ao seu destino, que ninguém lhe inveja. Pressiona a representante americana, informam algumas publicações, o governo brasileiro a assumir postura menos amigável a Moscou, e mais alinhada a Washington. Parece que o presidente Jair Messias Bolsonaro terá muita dor de cabeça pela frente. Quem é que sonha estar na pele de tal homem?!
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Li que empresas chinesas compram, da Rússia, carvão e petróleo, e pagam em Yuan, e não mais em Dólares. E que países europeus estão a comprar, via outros países - estes dispostos a apagarem ao Putin em Rublos -, da Rússia, o gas e o petróleo que, por baixo do pano, enviam aos seus clientes, que, não querendo aparecer na foto, mantêm, para o público de todo o mundo, imagem de dignos e aguerridos inimigos do vilanesco Vladimir Putin.
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Na cidade ucraniana de Mukatchevo, demoliram monumento, e arrancaram uma placa memorial, ambos em homenagem a Pushkin, mestre da literatura russa. Qual a justificativa para tal atitude? Sentimento russófobo, que exacerba-se, não apenas na Ucrânia, mas em boas quadras do mundo, insuflado pela mídia ocidental.
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Contou-me um passarinho que na Ucrânia soldados russos capturaram mercenários originários de países da OTAN. É a guerra, pergunta-se, entre Rússia e Ucrânia, ou entre países da OTAN e Rússia?
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Pessoas que há não muito tempo escreveram, em tom de alerta, artigos percucientes acerca da concentração dos meios de comunicação ocidentais num tal de Projeto Sindicato, conglomerado midiático sob controle de uma meia dúzia de nababos ocidentais, estão, agora, a comprar da mídia ocidental, acriticamente, a narrativa da guerra que ora se desenrola na terra dos cossacos.
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O senado do estado americano da Carolina do Norte aprovou um projeto de lei que não concede permissão para pessoas transgêneros - homens que se dizem mulheres - de participar de competições oficiais com mulheres.

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