sexta-feira, 27 de maio de 2022

Mensagem do Barnabé

 Maldita Valéria! - mensagem de Barnabé Varejeira.


Bão dia, Cérjim, meu amigo, amigo do peito, amigo que muito bem eu quero, amigo do coração, do coração de ouro, de ouro de oito que late. Que Deus Nosso Siôr Jesu Cristo Menino, Fio do Zé i da Santa Maria, proteja ocê sempre, i sempre, i pa todo o sempre. Amém.

Transandônte, anteônte, i ônte, i ôje, Cérjim, eu ovi uma instória daquelas de arrepiá os cabelo de ovo de pata. Meu Deus do Céu! Tem gente neste mundão de Deus Nosso Siôr que só sabe fazê disgrama das bem desgraçada. Que os diabo as carregue pus quinto dos inferno. E que Deus Nosso Siôr me perdõe se cometi, i cometi, uma heresia imperdoáve. Mas não dá pa guentá tanta mardade das pessoa. Não dá. Não tenho paciência de Jó. Deus me livre! Deus deu, Cérjim, um inspírito pa cada fio-de-Deus, um só, unzinho só, um pa cada uma das pessoa de duas perna; todavia, entanto, há pessoas que têm dois inspírito: o que Deus deu, e o que o cão deu, e o cão deu o inspírito-de-porco. Deus me livre de tanta disgrama! Cérjim, eu ovi, já disse eu, i repito, ônte, i anteônte, i transandônte, i ôje, i osso às veiz, à quarqué hora do dia i da noite, uma daquelas notiça de doer no coração de todo ômi de bom coração.

Óia, Cérjim, ocê sabe tão bem quanto eu, o até mais, pruque ocê é um ômi estudado, que há um bão tempo nóis sofre pruque um sino-chinês comeu, lá pras banda dos ómi de óio fechado, parente próximo, um primo, i quase irmão, dos japa-nipônico, um morcego, i cru. Daí, a instória é de conhecimento de todo os ómi. O sino-chinês ficô ruim pa dedéu, i antes de í po beleléu, gurspiu, o mal-encaminhado, um caroço de catarro com o vírus, aquele bichinho que os fio-de-Deus, não o veno, vê, i o estrupício, o tal bichinho, vuô, i vuô, foi de lá pra cá, o bandido, i infectô uns punhado de sino-chinês, de japa-nipônico, de viéti-vietnã, de gringo-americano, de portuga-lusíada, de ítalo-romano, i ôtras raça de gente de otros praneta, até que, enfim, infectô um brasilêro, i, depois disso, arrasô cas vida de muinto de nosso povo. I que Deus Nosso Siôr Jesu Cristo Menino, Fio do Zé i da Santa Maria, sarve as arma de todos ele, i dêxe elas í pô céu. I que tenha misericórdia de todo os ômi.

Pois bem, Cérjim, nós sofreu à beça. Sofrêmo muito. Mas tâmo nos livrano do mardito mocorongovírus, que fez uma disgrama que só veno. Mas a vida segue. Temo de segui, sem insmorece. Temo que arregaçá as manga, i pôr mãos à obra. Fazê o quê?! Se é ansim, é ansim. Deus Nosso Siôr sabe o que faz.

Agora, veja bem, Cérjim. Ocê veja como as pessoa não qué que a gente respire nem um gole de ar puro, pa espairece, renová as energia, pa podê pegá no batente, i segui em frente pruque atrás vem gente, i já dão um jeito de fazê as pessoa ficá cas perna bamba de tanto medo. Ô gente coisa-ruim! Nem mal nos livrâmo do mocorongovírus, i já trosséro ôtro bichinho pa nos atazaná a cabeça, i nos deixá de cabelos em pé, i o coração apertado, de tanto susto, susto atrás de susto. Deus me livre. Primêro, um sino-chinês cóme carne de morcego, crua, i o mar se espáia pela terra de Nosso Siôr, fazeno muinto mar pa toda as pessoa; i agora, uma tar de Valéria cóme carne de macaco, má-passada, passa mar, e górspi um catarro tão tamanhudo, de assustá até abantesma, sofre um piripaque, i parte desta pa mió, i da massa catarruda que ela gurspiu brota um bichinho, que, tal qual o mocorongovírus, não o veno, todo mundo o vê, i espaia-se de um fio-de-Deus para ôtro, i pa ôtro, i pa ôtro, i pa ôtro, i põe toda as pessoa de cabelo em pé.

Óie ocê, Cérjim, i ossa bem: as muié são danada pa trazê disgrama no mundo. Primêro, a senhora Eva, de triste memória, come uma das maçã da maciêra, instragada, i agora a tar da Valéria come carne de macaco, má-passada. Mardita Eva! Mardita Valéria!

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Nota

 Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, é um panfleto ideológico apenas. Em tal peça, condena-se quem não se submete à classe à qual dizem que ele tem de pertencer e que sonha com sua ascensão social.

Notas breves

 Escrever bem. Tensão nos Balcãs. 2.000 Mules. Guerra na Ucrânia. Notas breves.


No texto, publicado, no Facebook, "Como Escrever com Clareza.", na página "Língua e Tradição", Lara Brenner fala da importância do ato de escrever, mas não escrever sem um propósito definido, e, sim, tendo em mente um tema importante, que toca fundo no espírito de quem se põe a escrever, a ponderar as argumentações apresentadas, com sinceridade e coragem autênticas, e pensamentos ordenados numa sequência lógica, buscando-se o conhecimento de si, enfrentando os seus demônios - e para tanto tem de se conhecer as regras básicas da gramática, para que se possa expor os pensamentos com segurança, o que se alcança, com certo esforço e dificuldade, é verdade, se, e apenas se, se é franco para consigo mesmo quem se dedica a escrever. E menciona um estudioso, James Pennebacker, que, nos anos 1990, persuadiu doentes a participar de um teste de escrita, que se conhece pelo nome de psiconeuroimunologia, importante remédio anímico, e obteve resultados satisfatórios. Ao ler tal texto, evoquei a figura de Olavo de Carvalho, escritor, filósofo e professor de extraordinária formação literária, que exortava alunos seus e seus leitores, e seus admiradores, enfim, qualquer pessoa a, de tempo em tempos, escrever um necrológio, cada um o seu, a refletir sobre sua vida, um exercício poderoso para o autoconhecimento, uma atividade salutar. E lembrei-me de Rodrigo Gurgel, professor, escritor e crítico literário fora-de-série, que não se nega a, e tampouco se cansa de, falar da importância de se escrever diários e memórias.


*


Está a aumentar, li em algum lugar, as tensões nos Balcãs. As Forças Armadas sérvias estão a realizar exercícios militares.

Não foi há muito tempo que o povo daquela região, um caldeirão étnico e cultural, viveu um mortícinio durante conflitos sangrentos insuflados, li, por nações ocidentais, Estados Unidos em particular. E esfacelou-se a Iugoslávia. Desentranhou-se. E as nações que de tal esfacelamento resultaram estão sempre na iminência de se auto-destruírem. Para irem às vias de fato, basta uma fagulha; e qualquer coisa, um piscar de olhos mal interpretado, pode vir a detonar novo conflito sangrento entre os povos balcânicos.


*


O documentário 2.000 Mules, de Dinesh D'Souza, que não assisti, mas do qual já li comentários, está a dar o que falar, e a pôr em pé os cabelos de muita gente, até os de carecas, e a roubar o sono de gente que, conquanto diabólica, até outro dia, enquanto dormia, sonhava com os anjos. Dá notícia o documentário - foi o que eu li - da ocorrência de fraudes nas eleições americanas de 2.020. Exibe os "mulas" do Partido Democrata a executarem atos indignos de pessoas que respeitam as regras democráticas.


*


Ao contrário do que muitos comentadores, estudiosos e especialistas afirmaram, na antevéspera, na véspera, e durante os preparativos militares, da eclosão da guerra que ora varre a Ucrânia, Vladimir Putin, assim pensam alguns observadores, jamais pretendeu tomar de assalto a Ucrânia, e conquistar Kiev em no máximo uma semana, e tampouco reconstruir, nos anos subsequentes, a União Soviética. Todos os blogueiros, jornalistas e youtubers e similares que defenderam tal tese limitaram-se a ecoar a narrativa da imprensa ocidental, que está nas mãos de multibilionários ocidentais, os mesmos que têm na Rússia, e não em Vladimir Putin, independentemente de quem ocupa a cadeira principal do Kremlin, um inimigo a ser abatido; e foi com a unanimidade midiática que Volodymyr Zelensky se converteu em um herói da estirpe de Winston Churchill, mas que, já se percebe, não passa de um capacho dos globalistas ocidentais, dos metacapitalistas, que ambicionam pôr todas as nações sob o garrote de um Estado Global, e que não medem esforços para atingir os seus objetivos.

Pretende Vladimir Putin, dizem alguns comentadores, unicamente, avançar, aos poucos, lenta, e constantemente, e inexoravelmente, para dentro do território ucraniano, a partir do leste, fronteira da mãe da Rússia com a Mãe Rússia, e com seus meios ir eliminando, durante o avanço, os militares ucranianos, os mercenários estrangeiros e os neonazistas - que, parece, não são personagens fictícios de uma trama russa diabólica, conspiracionista, mas pessoas de carne e osso que há um bom tempo estão a aterrorizar os ucranianos, principalmente os do leste, em Donbass e Donetsk -, deixando, assim, segura, a retaguarda, evitando, consequentemente, surpresas desagradáveis - se dominasse toda a Ucrânia antes de eliminar a resistência militar ucraniana e os combatentes estrangeiros, o exército russo enfrentaria, posteriormente, dificuldades insuperáveis para conservar o controle do território ucraniano, e manter a ordem social, e teria problemas maiores, infinitamente maiores, do que o que enfrentou ao pôr os pés na Ucrânia. Os que declararam que a OTAN armou uma arapuca para Vladimir Putin, e ele nela caiu como um patinho, equivocaram-se, presume-se, redondamente, pois partiram do princípio que era intenção dele conquistar a Ucrânia da noite para o dia, começar a guerra na segunda-feira à noite e dá-la, vitorioso, por encerrada, na terça-feira de manhã. Se não foi essa a intenção primordial de Vladimir Putin, por que, então, o exército russo avançou, pelo norte, território ucraniano adentro, contra Kiev? Entendem alguns estudiosos de estratégia militar que os militares russos que participaram de tal manobra, seguindo à risca um plano desenhado no Kremlin, tinham a função de obrigar as Forças Armadas ucranianas a manter em Kiev batalhões ucranianos, que, para bloquear o avanço russo, não poderiam auxiliar os batalhões ucranianos que combatiam no leste - e estes não recebendo reforços, as duas posições militares ucranianas, a do leste e a de Kiev, ficaram em desvantagem frente ao exército russo.

Após os mais de dois meses de conflito, a Rússia segue, lenta, e gradativamente, o seu avanço por terras ucranianas, com segurança, e destrói aeroportos e ferrovias, impedindo que o carregamento de armas enviadas por Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e alguns poucos outros países chegue às tropas ucranianas.

E é resultado visível, e preocupante, e direto, do conflito, a elevação dos preços das commodities russas, gás, petróleo, matérias-primas e produtos alimentícios, pelos quais agora a Europa paga mais caro do que pagava há poucos meses. E é preocupante a redução da produção de alimentos da safra ucraniana; e já se avizinha crise de abastecimento de produtos alimentícios nos países mais pobres - escassez e encarecimento de alimentos.

E para encerrar esta nota breve, notas brevíssimas: Militares ucranianos, em Azovstal, usam a população de escudo humano; a Ucrânia perde, todo santo dia, uns quinhentos soldados; mães e esposas de ucranianos revoltam-se contra o governo ucraniano, que está a recrutar seus filhos e maridos, e a enviá-los para a frente de batalha, para a morte certa, pois eles, antes, não recebem apropriados treinamento e armamentos - são apenas buchas-de-canhão, homens descartáveis; as sanções que alguns países europeus impuseram à Rússia afetam mais eles mesmos do que a Rússia; mercenários estrangeiros, que acreditaram que teriam vida fácil na Ucrânia, e que passeariam por lá, regressam, com o rabo entre as pernas, aos seus países de origem.

Muitas das informações que registrei, nesta nota breve, eu as tirei de textos de Kleber Sernik, e de outras fontes.

Para me informar acerca do que se passa na Ucrânia, não necessariamente em terras ucranianas, mas ao conflito que envolve Rússia e OTAN, que tem na Ucrânia seu principal, em termos bélicos, campo de batalha, leio textos do já citado Kleber Sernik, e de Kassandra Marr, Karina Michelin, Naomi Yamaguchi, Maurício Alves, e outros.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Guerra. Notas breves.

 Admirável mundo novo. Rússia x OTAN. E outras notas breves.


Durante os anos de epidemia, além de crescerem exponencialmente as transações financeiras e comerciais via meios digitais, o que para muitos é contraproducente, elevaram-se as vozes favoráveis ao famigerado passaporte vacinal, o que se configura para não poucas pessoas um instrumento de vigilância, de controle populacional, um exercício, em estágio embrionário, de monitoramento de pessoas, exercício que irá integrar as estruturas constritoras de um estado global autoritário, o que, é questão de tempo, será erguido, doa a quem doer. E a facilidade com que centenas de milhões de pessoas, flageladas pelo terror midiático, que promoveu histeria coletiva, submeteram-se aos mandos e desmandos de políticos secundados por renomados médicos e cientistas alçados, da noite para o dia, à condição de heróis, é, inequivocamente, um sinal agourento para os autênticos defensores da liberdade, e alvissareiro para os propugnadores do estado autoritário tecnocrata transhumanista, sob cujo jugo todo indivíduo despersonalizado, roubada de si a consciência individual, viverá, pusilanimemente, respondendo a estímulos pavlovianos. É esta uma visão fatalista, determinista, da história da espécie humana. Está o ser humano fadado a perder a sua essência humana, os dons que o fazem humano, ou é tal futurismo abstração fantasiosa, quimérica, que vai às raias do absurdo, do surrealista, fruto de cérebros imaginosos?

As transações financeiras por meios digitais acenderam o sinal de alerta na cabeça de muita gente, que prevê, e para um tempo não muito distante, a extinção do dinheiro em papel, o que será uma catástrofe, pois todas as informações referentes às finanças de todos os cidadãos da aldeia global estarão armazenadas em supercomputadores dotados de inteligência artificial, propriedades de gente extraordinariamente ricas, que, na comparação com o Tio Patinhas, o muquirana mais amado da história, dono de quaquilhões que transbordam de sua caixa forte, alvo preferencial dos Irmãos Metralha, são faraós, e tão podres de ricos, que governam, por meio de chefes-de-estado, seus testas-de-ferro, o destino de nações e povos. E se um cidadão cair em desgraça ao contrariar os interesses de algum potentado, o dinheiro, em meios virtuais, desaparece, como se nunca tivesse existido, num estalar de dedos, num piscar de olhos, num passe de mágica. Seria o fim da liberdade. Todo o cidadão estaria à mercê de tiranos. E qual é a outra alternativa? Virar as costas para o futuro que se esboça, hoje? Ou dar-se um jeito de se adaptar ao meio que está a se criar, sem por ele se deixar subjugar, oprimir, massacrar? Ou erigir outra civilização que dispensa os recursos tecnológicos do admirável mundo novo no qual muita gente sonha viver. Quem nunca sonhou com as comodidades que a civilização da era dos Jetsons oferece? E quantos são os que preferem viver na era dos Flinstones?


*


Aumenta a Gazprom, empresa petrolífera russa, consideravelmente, desde o início da conflagração que varre o território ucraniano, a venda de gás à China, que está a substituir os europeus na condição de clientes dos russos, o que, para muitos, irá pôr a Rússia na dependência da China, desta vindo a se tornar um mero satélite. E há uns meses, e antes do início do conflito russo-ucraniano, alguns estudiosos ocidentais alertaram para a política temerária do ocidente, a de ameaçar a onça com vara curta, e encurralá-la, melhor, ameaçar o urso russo, pois o obrigaria a jogar-se no colo dos chineses, ou, o que era mais provável, Moscou estreitar laços estratégicos com Pequim, constituindo um bloco anti-ocidental poderoso - e parece que é este o cenário que está se desenhando.


*


O governo da Bulgária, e o da Hungria, e o da Eslováquia, e o da República Tcheca - quatro países que, além de dependerem do gás russo, estão no caminho pelo qual o gás russo é transportado, da Rússia, para a Europa ocidental, estão em uma posição desconfortável. São tais países a chave para expôr a maracutaia européia, inconfessada, que a mídia esforça-se por ocultar. Noticia-se que a Europa não abre mão da política de sanções contra o gás e o petróleo russos e que os governos dos quatro países citados acima são refratários, os desavergonhados, à política de sanções, porque tais países dependem do gás russo. Mas a verdade, a verdade verdadeira, ensina que tal narrativa é jogo-de-cena, e que a Europa dispensou da aplicação de sanções ao gás russo os governos da Bulgária, da Hungria, da Eslováquia e da República Tcheca, para que ela possa destes países comprá-lo - para todos os efeitos, compra a Europa dos quatro países, não o gás russo, mas, respectivamente, o gás búlgaro, o gás húngaro, o gás eslovaco e o gás tcheko. Meninos espertinhos os europeus ocidentais, ninguém há de negar. Conquistar a fama de heróis a lutarem contra o poderoso urso russo, ao mesmo tempo que se conservam aquecidos com o gás russo. Há um porém, todavia: agora, pagam os europeus uma nota preta pelo gás que antes compravam por uma pechincha. Não são tão espertinhos os espertalhões.


*


Grupos pró-Rússia, que têm, na mãe Rússia, a salvação da civilização humana, e no Ocidente, resumindo-o aos Estados Unidos da América, o demônio a ser vencido, e em Israel uma terra amaldiçoada, e seu governo maldito, e seu povo desprezível, estão a ver com bons olhos o estreitamento dos laços diplomáticos e estratégicos do governo da Rússia com os da Síria e do Irã, e o apoio dos russos ao Hezbollah e à resistência palestina, sabidamente governos e grupos que almejam concretizar o sonho, há muito acalentado, de varrer Israel do mapa. E elogiaram tais russófilos a ida de uma delegação do Hamas a Moscou e a recepção amigável, para uns calorosas, que o representante especial do presidente russo para o Oriente Médio e África, Mikhail Bogdanov, dipensou-lhe. E justificaram a ação do governo russo: o governo israelense oferece apoio militar a grupos ucranianos nazistas que se batem com a Rússia, então, não há razão para se reprovar o governo russo, que acolhe em seu seio os inimigos de Israel. E há poucos dias causou desconforto em autoridades israelenses uma declaração de Sergey Lavrov, a de que era Adolf Hitler judeu.


*


Denunciam grupos pró-russos atrocidades cometidas pelo exército ucraniano, na aldeia de Terny, no distrito de Limansky, em Donetsk. Procedem as denúncias? Sabe quem lá está.


*


Estão a bombardear, com drones, território da Transnístria. Dizem, uns, que são os russos que o bombardeiam; outros, os ucranianos. Quem diz a verdade? O que deseja quem ataca o território oeste da Ucrânia, na fronteira com a Moldávia (ou é território leste da Moldávia a Transnístria, na fronteira com a Ucrânia? Tão confusas estão as coisas por aquelas bandas que já não se sabe qual território pertence a qual país). A quem interessa a escalada do conflito? Aos russos, aos ucranianos, aos alemães, aos ingleses, aos americanos, aos gregos, aos troianos?


*


Ataca um vilarejo armênio o exército do Azerbaijão.

Há ouro no subsolo da região fronteiriça entre Azerbaijão e Armênia - ouro em boa quantidade, presumo, quantidade imensurável de ouro, toneladas e mais toneladas, o que valeria uma guerra entre as duas nações que querem assumir total controle sobre a região. Entre as duas nações, ou entre as pessoas que pretendem retirar de sob a terra o diamante dourado, um russo, que tem o direito de explorar a região do lado armênio da fronteira, e um iraniano, que da fronteira explora o lado azerbaijão - e os governos dos dois países limitam-se a satisfazer-lhes os desejos.

As guerras acompanham os humanos desde Caim e Abel, e suas causas são as mais variadas, e vão desde a inveja entre irmãos até as ambição e ganância desmedidas de homens e mulheres de todas as raças, credos e ideologias. O ouro é só um dos objetos que faz com que os homens, de tanto cobiçá-lo, matem-se.


*


A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Ibama executaram, no estado do Pará, a bem-sucedida Operação Madeira do Norte II, contra desmatamento ilegal, e prenderam, em flagrante, uma pessoa envolvida no esquema, e apreenderam boa quantidade de madeira da floresta extraída ilegalmente.

domingo, 22 de maio de 2022

Notas breves

 Ministro Tarcísio e a jornalista. Colégio católico processado. Rússia x OTAN. Notas breves.



Uma jornalista - não lhe sei o nome, e não quero sabê-lo, e tenho raiva de quem o sabe - perguntou para Tarcísio Gomes de Freitas, homem que, na condição de ministro da infraestrutura do governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, ergueu obras que muitos benefícios estão a oferecer aos brasileiros, o que um policial tem de fazer em um tiroteiro, num embate contra criminosos, se tem o policial de atirar para matar o criminoso, e ele lhe respondeu que tem o policial de atirar para se defender, se defender do criminoso; e aqui Tarcísio Gomes de Freitas inteligentemente inverteu os papéis, para contrariedade da jornalista, e dos bandidólatras anti-polícia, que esperavam que ele - e eu não fui a única pessoa a aventar tal hipótese - dissesse que tem o policial de atirar para matar o bandido. A pergunta, claro, foi capciosa; feita para gerar manchetes bombásticas, e rotular Tarcísio Gomes de Freitas um homem truculento, incivil, que quer resolver tudo à bala - para repetir um slogan, usado em campanha de 2018, por um dos oponentes de Jair Messias Bolsonaro -, um homem de mentalidade assassina, e genocida, que se eleito governador do Estado de São Paulo, irá implementar uma política má-vista pelos que se dizem defensores da justiça social, política que redundará no aumento exponencial da letalidade da polícia estadual, a converter o Estado de São Paulo num território sem lei, tal qual o Velho Oeste americano tão popularizado pelas películas de Hollywood, e serão seus heróis brasileríssimos êmulos de John Wayne e Clint Eastwood.

Saiu-se bem o capitão Tarcísio Gomes de Freitas, para frustração daqueles que lhe querem mal.

Não houvesse tanta militância bandidólatra na mídia, na intelectualidade, e entre artistas e políticos e homens-da-lei, o popular Tarcísio do Asfalto não precisaria usar de uma sutileza retórica para expressar o seu pensamento. Mas sabe ele com que tipo de gente está tratando.


*


Organizações representativas dos LGBT (e não sei quantas outras iniciais, todas em maiúsculas), informa Ludmila Lins Grilo, processaram um colégio confessional católico, que, ao contrário de muitos colégios católicos que se prosternaram, pusilanimemente, diante dos bezerros de ouro politicamente corretos, defende os valores cristãos e reprova a agenda identitária das chamadas minorias.


*


Notícias da Guerra Rússia x OTAN.

Pensei em escrever "Notícias da Guerra entre Rússia e Ucrânia.", e recuei em meu intento: elevei a caneta esferográfica logo ao escrever "Guerra", e reconsiderei o que eu pensava, e substitui Ucrânia por OTAN. Presumo que toda pessoa que se informa a respeito do conflito que ocorre em terras ucranianas já entendeu que é o território ucraniano o campo de batalha, e os beligerantes agrupados em dois exércitos hostis, o russo e o, direi, ocidental (ou, melhor, otaniano), sendo os ucranianos nada mais do que buchas de canhão, e que quem dá as cartas nas estepes eslavas é um ex-agente da KGB que atende pelo nome de batismo Vladimir Putin, e no lado ocidental alguém, que os pobres homens comuns que habitam a face da Terra jamais viram mais gordo, e não o atual ocupante da Casa Branca, criatura que mais parece um espantalho morto-vivo do que o presidente dos Estados Unidos da América.

E hoje li uma notícia interessante a respeito do que se passa em território dos compatrícios de Gogol. A OTAN enviou para a Ucrânia, para renovar o estoque de munições das tropas ucranianas, munições suficientes para uma semana, e elas desapareceram em um dia, viraram pó, literalmente, escafederam-se para não terem de enfrentar os chechenos, os terríveis chechenos. Suspeita-se que dispararam os ucranianos a esmo, aterrorizados frente ao inimigo mais poderoso, e inabalável, ou desviaram os projéteis para o mercado negro os espertalhões, ou os russos as tomaram para si ao sobrepujarem as tropas ucranianas e assumirem o controle das regiões onde elas se encontravam. Não se sabe qual é a explicação correta para o caso, às mãos de quem as munições foram parar; sabe-se apenas que desperdiçaram-se as munições.

E dois brasileiros já fizeram história na Ucrânia, dois heróis tupiniquins, homens de bravura indômita invejável, e das façanhas que eles realizaram, de seus feitos heróicos, os brasileiros nos orgulhamos. Um deles é um deputado estadual paulista, que à Ucrânia foi, num esforço de guerra louvável, produzir artefatos bélicos primitivos - mas estranha é a sua decisão de regressar à sua pátria amada, tão querida, poucos dias após a sua ida em auxílio aos ucranianos às voltas com o gigante russo. Que ele permanecesse por lá, nas terras ucranianas, pois os ucranianos pedem, ainda hoje, por apoio de humanistas abnegados, gente aguerrida, e destemida, e brava, muito brava, da estirpe do nobre deputado paulista que carrega nas suas veias o sangue dos bandeirantes. Outro brasileiro que tem seu nome inscrito nos anais da guerra é um praticante de paintball, homem que, disposto a ajudar o lado certo do combate, homem de coragem templária inexcedível, logo que ouviu o zunido de projéteis aos ouvidos, tratou de arrumar as trouxas, e passar sebo nas canelas, e, às pernas que te quero-as! disparar como um condenado, mais branco do que burro quando foge, às terras que Pedro Álvarez Cabral conquistou para a coroa lusitana há um pouco mais cinco centúrias e que tem entre seus mais famosos filhos Pelé e Garrincha.

E é da Ucrânia que nos chega, acredita-se, quatro notícias que dá a entender que é Kiev, não uma terra sob tensão, com mísseis escarrados para todos os lados, de todos os lados, mas um parque de diversões: toda pessoa ilustre vai à Ucrânia a passeio: ora é um ator e diretor de cinema que diz ter o fim de registrar cenas de guerra para a produção de um documentário; ora a primeira-dama de uma das nações envolvidas no conflito, mulher que atravessou o Atlântico para se deixar filmar, e aparecer bem na foto; ora é uma atriz, que foi ver não se sabe o que, mas para lá ela foi, e recebeu a atenção de quem manuseava os holofotes; ora um cantor, que usava óculos, para cantar, nos subterrâneos do metrô, algumas criações artísticas não sei se dele, ou de outro músico, ou cantor, ou letrista, sei lá. Que farra! Parece que a guerra não é assim tão belicosa; não tem o tom fúnebre que a mídia dá a entender que tem. E uma pulga atrás da minha orelha, a casquinar, pergunta-me, a ladina, se todos os personagens ocidentais, famosíssimos todos eles, que visitam Kiev foram a Kiev, ou à outra localidade ucraniana, ou para outro país, ou para um estúdio de cinema, e lá permaneceram, que seja por algumas horas, e de lá transmitiram as imagens, que correram mundo, da visita deles a Kiev, os nomes deles a estamparem o título de incontáveis reportagens.


*


A Alemanha envia para a Ucrânia armas autopropulsionadas, de fabricação, umas, alemãs, outras, americanas. Para a Ucrânia, a OTAN envia sucata; bons - ou maus, exemplos são os javelins, que se popularizaram nestes dias, a imprensa a louvá-los. E à Ucrânia também envia a OTAN armamento pesado, o obuseiro M-777, que exigirá manutenção constante e dos seus operadores conhecimento especializado, e o seu uso pelos ucranianos lhes redundará em dificuldades, e eles serão vítimas da ignorância no manuseio de tais equipamentos, autênticos presentes de grego.


*


O presidente americano Joe Biden reativou uma política americana dos tempos da Segunda Guerra Mundial, a do Lend-Lease, para facilitar a venda de maquinário bélico à Ucrânia, política que o Tio Sam implementou, na última grande guerra, para vender armas aos aliados e à União Soviética.


*


Li reportagem que vende a seguinte informação: Não interessa ao Vladimir Putin uma guerra rápida; para ele é vantajosa uma guerra de longa duração. Para ele, e apenas para ele? E para as indústrias bélicas americana e européia não é vantajosa a guerra duradoura, e o envolvimento, nela, e indefinidamente, de inúmeras nações, melhor, de todas as nações? A guerra é um grande negócio.


*


Diz-se por aí que há, na Ucrânia, biolaboratórios, financiados pelos países membros da OTAN, a produzirem armas que afetam pessoas de certas etnia. Serão usadas, algum dia? Ou já estão em pleno uso, mas ninguém avisou os bípedes implumes filhos-de-Deus, ou esqueceram, os desmemoriados patrocinadores de tais pesquisas, de avisá-los. E um passarinho espalhou pelo mundo uma notícia do grotesco e do arabesco: a Rússia encontrou, em território ucraniano, tais laboratórios, o que pôs os líderes ocidentais, isto é, os dos países membros da OTAN, de cabelos em pé, a ponto de se descabelarem; e até Vladimir Putin tratou do assunto, é o que dizem reportagens, em público. Se procede tal notícia, o Vladimir Putin pôs os líderes do Ocidente contra a parede, sob ameaça de trazer a público fotos, documentos e vídeos de tais laboratórios, e chantageou-os, e eles, temendo a exposição pública, cederam-lhe à chantagem e fizeram alguns favores?! Não há mal em se fazer tal pergunta.


*


Na Alemanha, há inflação de preços de alimentos, dos quais, de alguns, já atinge a casa dos dois dígitos, o que preocupa autoridades, que estão a vislumbrar nuvens escuras a acumularem-se no horizonte, agourentas, ameaçadoras, e aproximarem-se rapidamente. É a inflação consequência da política do, como se diz em terras de José de Alencar, tranca-rua, e das sanções econômicas que os principais países europeus estão a impôr à Rússia, sanções que, declaram alguns estudiosos, estão a afetar negativamente mais a economia dos país que impõem as sanções do que a do país alvo delas.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Três notas

 Cartórios no Brasil. A imprensa ataca Bolsonaro. Adélio Bispo. Notas breves.


O Governo Federal publicou a Medida Provisória dos Serviços Públicos, para modernização dos cartórios brasileiros. Já não era sem tempo! Por que os cartórios insistem em usar tecnologia do tempo da pedra polida, pior! do tempo da pedra lascada, mais pior ainda! do tempo de antes de o homem aprender a usar a pedra em seu benefício, e não adotam as tecnologias modernas que estão à mão de todos? E por que aceitam pagamentos em, como se diz, dinheiro em espécie, em dinheiro vivo, em cascalho, em din-din, e não em cartão de crédito, via aplicativos, e PIX?

Há um mês, a pedido de uma de minhas tias, e as minhas tias são muitas, mais de uma dezena, fui ao cartório solicitar a impressão de uma segunda via do seu atestado de nascimento. Paguei pela folha de papel, uma folha só, míseros R$ 80,00. Que papel caro! Foi uns centavos menos, na verdade, o que faz uma grande diferença. Entreguei, em dinheiro vivo, ao funcionário do cartório, três notas, uma de R$ 50,00, uma de R$ 20,00 e uma de R$ 10,00, e ele me entregou algumas moedas, o troco. Que rapaz generoso! Quero dizer: O cartório, generoso, restituiu-me uma parcela do dinheiro que eu lhe entregara. E há duas semanas, pediu-me uma amiga que ao cartório eu fosse solicitar uma impressão de segunda via do atestado de óbito da mãe dela, e não me fiz de rogado; fui, e paguei, pelo documento solicitado, míseros R$ 40,00. Na verdade, não entreguei, à moça que me atendera, R$ 40,00, assim, redondos, perfeitamente redondos, não. Paguei-lhe, em dinheiro vivo, duas notas de R$ 20,00. E ela restituiu-me três moedas - uma delas a brilhar de tão nova! - que, somadas, não chegavam a R$ 1,00. É banhado a ouro o documento!

Até aqui falei dos preços das segundas vias impressas dos documentos, uma de um atestado de nascimento, uma de um atestado de óbito, e nenhuma palavra eu proferi acerca do tempo que eu gastei, no cartório, na fila de espera, em cinco ocasiões: na primeira, para solicitar o atestado de nascimento de uma de minhas tias, uns quarenta minutos; na segunda, uma semana depois, para retirar o documento que eu solicitara uma semana antes, uns trinta minutos; na terceira, dias depois, para solicitar o atestado de óbito da mãe, falecida não muito tempo antes, de uma de minhas amigas, que, encarecidamente, me pedira lhe fizesse tal favor, uns trinta minutos - e do cartório retirei-me antes de fazer a solicitação, pois vi que havia a atender aos pacientes visitantes uma, e apenas uma, funcionária, e testemunhei a lentidão enervante de cada atendimento, e calculei no relógio... (reflexão sem pé, nem cabeça: no relógio, a calcular o tempo? ora, calcula-se usando-se calculadora; mas, não se usa calculadora para se calcular o tempo; usa-se relógio), e ao calcular o tempo, melhor, ao medir o tempo enquanto verificava que cada um dos que, precedendo-me na fila, já haviam sido atendidos pela funcionária, usaram oito minutos para empreender a aventura emocionante de ser contemplado pela atenção da dedicada funcionária do cartório, e vendo, na fila, à minha frente, oito pessoas, decidi retirar-me do cartório, para ir ao banco e à lotérica, compromissos, estes, inadiáveis; na quarta, no dia subsequente, para fazer a solicitação que eu não fizera no dia anterior, não gastei, para a minha felicidade, cinco minutos; e, na quinta, e última, uma semana depois, para buscar o documento que eu solicitara, uns trinta minutos.

Cá entre nós, os cartórios são locais onde os homens - e as mulheres também - podem empreender as mais inusitadas e emocionantes e fascinantes aventuras, inesquecíveis, similares às de Odisseu, heróicas, e com dose cavalar de ingredientes kafkianos.

Se há tecnologias que podem vir a favorecer os brasileiros, por que os cartórios não as usam? Eu sei porquê. Sei qual é a razão de ser da obsolescência dos cartórios: os que os mantêm regozijam-se ao verem que os que os visitam encontram, nos domínios cartorianos, emoções fortes, e estão sempre com o coração a pinotear, e a inteligência a cambalhotear, todos a viverem com a adrenalina ativada ao extremo.

Que se grave, à entrada dos cartórios, em letras poéticas: "Deixai, ó vos que entrais, toda a esperança."

*

Para surpresa de todos, ou de ninguém, sei lá eu, os meios de comunicação, melhor, de subversão, redobram os ataques ao presidente Jair Messias Bolsonaro. Executam os profissionais da imprensa o que tinha ares de coisa impossível.

*

Li que aventa-se a hipótese de se pôr na rua, e antes do pleito eleitoral desde ano de 2.022, leve, livre e solto, o Adélio Bispo, o esfaqueador do então candidado a presidente do Brasil, em 2.018, Jair Messias Bolsonaro. É um acinte; provocação de gente de espírito-de-porco. O Adélio Bispo está trancado a sete chaves, e é dado como louco; e agora estão a dá-lo como um homem que pode regressar ao convívio social. Se procede tal notícia, que se conclua que os inimigos do presidente Jair Messias Bolsonaro não encontram limites em suas ações funestas.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Duas frases

 Após a leitura de Crime e Castigo, de Dostoiévski, e O Processo, não se recupera jamais a sanidade.

*

Pergunto-me se Jeca Tatu e Macunaíma eram tipos brasileiros comuns, ou se, de tão raros, atraíram a atenção, o primeiro, de Monteiro Lobato, o segundo, de Mário de Andrade, ou se são criações literárias que simbolizavam as leituras singulares que seus criadores faziam da realidade.

Cinco notas breves

 BOPE, e sublevações. ONGS no Brasil. Controle mundial. Meio-ambiente e agressões ao Brasil. Brasil: ruptura institucional. Notas breves.


No Rio de Janeiro, informa, num texto curto, Maurício Mühlmann Erthal, o BOPE encontrou muitas cápsulas - de fabricação norte-coreanas - de fuzis, e são tantas que tem deixado de cabelos e orelhas em pé autoridades de segurança federais. O submundo do crime, e do crime internacional, e não apenas do nacional, está a preparar - e tal alerta, eu li, há uns dois anos, em um site, que não digo qual é, e tampouco o nome do autor da matéria, porque, na ocasião, não os anotei - uma sublevação popular, não com a participação do povo, mas com a de militantes e criminosos armados até os dentes, a financiá-la os inimigos viscerais, os daqui e os do exterior, do atual presidente brasileiro. Não é correto, tampouco justo, falar em sublevação popular, neste caso, afinal o povo dela não participará; o correto é falar que se trata de uma ação, orquestrada nos esgotos da política mundial, de desestabilização do atual governo, e antes do pleito presidencial deste ano, ou depois, caso Jair Messias Bolsonaro se reeleja, ou que se eleja presidente o seu principal oponente, para que este, objetivando, em tese, restebelecer a paz e a ordem, decrete políticas de cunho autoritário, aproveitando a oportunidade, que os agitadores seus aliados criaram, para eliminar o resquício de liberdade que o povo brasileiro ainda goza. Ou pertence o contrabando de munições à renovação do estoque bélico de criminosos, que não participam de um plano maior, de tomada de poder, que é do agrado de políticos que não estam contentes com o atual governo.

*

E do Maurício M. Erthal, li outro texto, curto também, que dá notícia de informações publicadas pelo IBGE. Estima tal instituto de pesquisas que haja no Brasil mais de duzentas mil organizações não-governamentais (sendo o número real delas é desconhecido) - e mais de cinquenta por cento delas atuam na chamada Amazônia Legal. Quem financia tantas organizações não-governamentais? Gente de bem, que acredita que, de fato, elas trabalham em benefício dos povos, e muita, muita gente indiferente aos povos, interessada nas riquezas minerais e naturais que há na floresta amazônica, e em manipular as pessoas, injetando-lhes pensamentos de ódio pelo Brasil, pelo comércio livre de grilhões estatais, pela Igreja, pela família, e em insuflar descontentamentos, rancores e ressentimentos, e canalizar de todos que estão sob sua sugestão a raiva para um fim, que atende aos interesses de gente poderosa, que conta com agentes subversivos regiamente pagos, contratados para causar confrontos - e os mais desejados são os sangrentos.

*

E do Maurício M. Erthal, li um terceiro texto, também curto, que não trata, como é o caso dos outros dois dos quais acima faço uma síntese e aos quais adiciono comentários breves, mas pode ao Brasil ser apontado: o uso da cibernética para dominar o mundo, controlar as pessoas, oprimir os povos. Tal tecnologia, que escapa ao controle dos estados nacionais, está, em boa parte, se não em seu todo, nas mãos de megacorporações transnacionais, que, desconfia-se, financiam os estados nacionais, ditam as regras das políticas nacionais, e também das internacionais, e têm políticos na sua folha de pagamentos, comendo-lhes, servilmente, nas palmas das mãos, e conservam em pé instituições internacionais criadas unicamente para destruir as soberanias nacionais e pôr o pescoço de todos os indivíduos humanos sob a guilhotina de um governo global pantagruélico.

*

Organizações transnacionais podem usar as questões ambientais de pretexto para atacarem o Brasil sem que lhe apontem o dedo acusador, concentrando-o na figura querida - querida pelo povo brasileiro - do presidente Jair Messias Bolsonaro, homem que, por razões óbvias, que são as reais, e não as alegadas, que ilustram as narrativas dos meios de comunicação (melhor, de subversão) tradicionais, políticos e capitalistas, nacionais e internacionais, amam odiar, assim se diz, homem que, declara-se, representa tudo o que há de pior no espírito humano e que incorpora as mais desumanas, nefastas, ideologias - com exclusão, claro, do comunismo, que é, para os bem-pensantes, a ideologia cujos postulados, se implementados em todo o mundo, irá fazer da Terra um paraíso, o que os comunistas jamais promovem, afinal eles deturpam o divino Marx, infalivelmente. Mas o verdadeiro comunismo há de ser praticado. "Oxalá durante a minha existência.", sonha, esperançoso, o esquerdista.

*

Não são poucos os que, a observarem a política brasileira, chegaram à conclusão de que a tão malfadada, indesejada, malfalada, ruptura institucional já se deu, e há um bom tempo, e que a harmonia entre os três poderes talvez nunca tenha existido, sendo apenas uma quimera fantasmagórica, e que o tão badalado estado democrático de direito seja unicamente uma falácia, e o espetáculo ao qual os brasileiros assistimos seja apenas um teatro de marionetes. Pessimistas são os que assim pensam? Ou eles são realistas, e sabem ver o que as palavras não dizem, o que elas querem esconder?


segunda-feira, 16 de maio de 2022

Três

 Sumri, de Amos Oz, é um livro cativante, sensível.

*

Martini Seco, conto, que aqui não conto, de Fernando Sabino, é uma divertida sátira dos romances policiais. A cena final, hilária.

*

Para Rodrigo Gurgel, professor, escritor e crítico literário, são os três escritores fundamentais da literatura brasileira Manuel Antonio de Almeida, Machado de Assis e Graciliano Ramos.


domingo, 8 de maio de 2022

Duas crônicas

 Covid, o bode expiatório.


Parece piada, mas não é uma piada. Ou é, e de mal gosto?! Penso mal, e imensamente mal, ao concluir, após ler notícias, cujos títulos, em letras garrafais, estamparam, na primeira página de sites de notícias e sob ícones de vídeos de sites de vídeos, que as autoridades de organizações mundiais de saúde contaram, entre si, nos suntuosos salões, uma piada, pra lá de hilária, e caíram na gargalhada, e decidiram dá-la a público, com ar de seriedade, a imprensa, escudada por autoridades médicas e científicas, a disseminá-la como se fosse algo respeitável, prova cabal da responsabilidade de organizações internacionais preocupadas com o bem-estar coletivo? E qual piada elas contaram? A seguinte: todas as mortes causadas por falta de atendimento médico-hospitalar, durante os dois anos de vigência de política sanitária de combate ao vírus, e por depressão, são debitadas na conta do covid. Então, ficamos assim: governadores e prefeitos decretaram: a partir de agora, e enquanto vigir o estado emergencial de saúde pública para enfrentamento ao coronavírus, os atendimentos médico-hospitalares ficarão restritos às pessoas infectadas pelo novo coronavírus - que, até onde se sabia até há poucas semanas, tinha nascido em um laboratório chinês, e agora fala-se que talvez seja sua origem ucraniana, seu berço um laboratório neste país erguido e administrado por entidades americanas. E as pessoas flageladas por outras doenças foram relegadas a segundo plano - as adoecidas pelo covid merecedoras de atendimento preferencial, em detrimento de todos os outros doentes. E não se pode ignorar que muitas pessoas afetadas por algum mal cardíaco, cientes de que necessitavam de tratamento médico, não procuraram, em decorrência do medo-pânico que a campanha midiática, que aterrorizou a todos, e poucos foram os que bravamente lhe resistiram, nos hospitais, pelos médicos, temendo vir a nos hospitais serem infectados pelo covid. E as que morreram de males cardíacos, sejam as que tiveram adiada, indefinidamente, às calendas gregas, a consulta com o cardiologista, ou a cirurgia, ou a operação, sejam as que afugentaram de seus pensamentos uma ida ao médico, temerosas de virem a morrer pelo vírus do qual fugiam como o diabo foge da cruz, agora, segundo os órgãos competentes - competentíssimos, diga-se de passagem, os mesmos que desde o início da tragédia covidiana trocaram os pés pelas mãos -, são dadas como vítimas, não de políticas equivocadas - pode-se dizer criminosas - de governadores e prefeitos, e profissionais da saúde, e burocratas de organizações globais, mas do coronavírus. É o coronavírus o bode expiatório perfeito para inocentar os verdadeiros assassinos, que - para usar uma expressão popular, de nenhuma elegância, de imagem suja - estão a tirar o seu da reta. Dizem, agora, que são os mortos, durante os dois últimos anos, por falta de atendimento médico, vítimas indiretas do covid. Pergunto-me, sem saber a resposta correta: o que consta no atestado de óbito de quem, durante a vigência do estado emergencial, não recebendo atendimento médico, morreu de ataque cardíaco? Ataque cardíaco, ou morte indireta por covid?! Inventaram uma nova doença: a morte indireta por um determinado mal. Os desavisados, ingênuos, facilmente sugestionáveis - e para concordar com sandices basta que estas estejam assinadas por cientistas e médicos renomados, e autoridades eminentes, e chanceladas por organizações mundiais - encontram sentido em tal coisa, que não tem sentido algum, mas se lhe darmos uma explicação jocosa, eliminando da narrativa o tom artificialmente sério a ela emprestada, percebe-se, facilmente, o ridículo que ela ilustra. Um pouco hiperbólico, e caricatural, feito unicamente com o propósito de destacar o ponto principal da farsa, ponto ao qual querem dar um ar de seriedade, eu o faço com um exemplo qualquer: "Jesualdo, diabético, na doçaria, come uma tonelada de doces, e levanta-se da cadeira, para se retirar do estabelecimento. Neste momento, à porta, um bandido anuncia o assalto, e, sem piscar, dispara quatro tiros contra o peito de Jesualdo, que tomba para trás, e jaz morto antes de atingir o chão. No seu atestado de óbito, registra o médico a causa da morte: morte indireta por consumo excessivo de açúcar." Ridículo!? Sim! Ridículo! O raciocínio, a lógica, que usei neste exemplo ridículo, num tom jocoso, é o que está a se usar para se dizer que é correto imputar ao covid as mortes, durante o estado emergencial, por problemas cardíacos, e depressão, e outros.


*


É racismo, sim!


Há um mundo, mundo de gente bizarra, grotesca, anômala, mundo que os homens comuns, que representam a maioria dos indivíduos da espécie humana, os bípedes implumes mais inteligentes do universo, não desejam conhecer, e do qual recebem, queiram ou não, inúmeras, incontáveis, notícias, que a gente estranha que nele vive não se vexa de lhes dar, e com a pachorra e a presunção de seres superiores, investidos de autoridade moral e intelectual e cultural e civilizacional que só os escolhidos possuem. E há poucos dias, alguns homens comuns tiveram a graça de receber duas notícias do estranho, bizarro mundo em cujas terras jamais desejaram pisar, e não sonham em tê-las sob os seus pés, e de cujos habitantes querem manter distância segura, mas nem sempre o conseguem, e a vida os obriga a com eles conviver, o que é deveras desgastante, doído, sofrido, angustiante, frustrante, irritante. Uma das duas notícias traz informações do balacobaco, uma inusitada leitura de um, não sei se digo certo, esporte popular, ou, simplesmente, uma atividade lúdica popular, que se pratica em cima de mesas de bilhar, a sinuca - não sei se se diz mesa de bilhar, ou mesa de sinuca, e não sei diferenciar bilhar de sinuca (da mesma forma que não sei distinguir truco de pôquer), pois não sou adepto de nenhum dos dois jogos, e não faço idéia se talvez sejam "bilhar" e "sinuca" dois nomes do mesmo jogo. O ponto mais importante da interessante notícia acerca do jogo popular que no mundo dos homens comuns se pratica, e com muito gosto, e que no mundo de gente bizarra do qual a notícia chegou recebeu a atenção de um daqueles seus típicos habitantes, personagem que aos homens comuns causam espanto de tão esquisitos, grotescamente esquisitos, estranhos, bizarramente estranhos, anômalos, escalafobeticamente anômalos; o ponto mais importante, prossigo - e eu fiquei a ponto de perder o fio da meada -, da interessante notícia é uma informação que o distinto adventício transportou ao mundo dos homens comuns: é a sinuca um jogo racista. Racista!? Sim. Racista. E explica, para que nenhuma dúvida persista na mente de nenhum homem comum, o caro alienígena (alienígena, aqui, sinônimo de 'aquele que vem de fora', e não de extraterrestre, embora seja ele um lunático de marca maior), o seu perspicaz pensamento: "É racista a sinuca, afinal todos os seus elementos constituintes apontam para a luta de classes racial: é a principal bola do jogo a branca, agente da ativa, a mais poderosa, que cumpre o papel de empurrar a bola preta, agente da passiva, removendo-a, com um taco, à força, para dentro da caçapa - e estampa a bola preta o número oito. É a caçapa símbolo da senzala; a mesa, da casa grande; a bola branca, da raça branca; a bola preta, da raça negra; o taco, do chicote; o número oito, de algemas. Todo o jogo é um instrumento de opressão, a carregar mensagens subliminares, símbolos que, aos poucos, e sem que as pessoas se dêem conta, fazem a cabeça do povo, que, habitando a sociedade ocidental, de matriz européia, helênica, cristã, colonizadora, paternalista, patriarcal, binária, é facilmente sugestionável, influenciável, e de tal influência não pode escapar. Desta forma, cientes da influência deletéria, na mente do povo, do hábito deste praticar tal jogo, exigimos, dele, para o bem da humanidade, a proibição, e a consequente supressão de todos os documentos históricos que lhe dão conhecimento." É este o teor da idéia, brilhante idéia, produto da inteligência sagaz do bizarro habitante do mundo que o homem comum não deseja habitar, e cujos habitantes estão constantemente a atormentá-lo a ponto de fazê-lo perder a sanidade e com os quais é ele obrigado a conviver.

Da outra notícia, tão espantosamente inusitada, e da qual digo pouco, quase nada, para dar fim a esta crônica, que escrevi, não digo a contragosto, mas para expor o mal que aos homens comuns fazem os que, do outro mundo neste se manifestando, dizem lhe querer o bem, lhe fazer o bem, escrevo apenas: é urgente proibir-se a comercialização de palmito, ou, então, que se mude o nome de tal substância comestível, pois é, dele, a primeira sílaba sexista, machista, a extravasar masculinidade tóxica.

As criaturas que do mundo bizarro, estranho, as do outro mundo possível, as do mundo melhor, oferecem os seus préstimos aos homens comuns, e estão a assediá-los, querem, deles, a salvação, e não medem esforços para dar-lhas, e estão dispostos, até, para salvá-los, matá-los, se eles rejeitam, intransigentes, irredutíveis, a oferta.

Uma nota

 Lulalckmin.


... e Geraldo Alckmin está, com a sua oratória oca, e constrangendo seus mais fiéis eleitores, a enaltecer o senhor Luís Inácio Lula da Silva. Há poucos dias, ele disse que "Lula é (...) aquele que melhor reflete, interpreta, o sentimento de esperança do povo brasileiro; aliás, ele representa a própria democracia, (...)". Ao ouvir tais palavras, pensei com os meus botões, e matutei, e ruminei os meus pensamentos, que me ocuparam muito tempo, e hoje pensei a respeito certas coisas, que não sei se procedem, certas idéias que talvez tenham tangenciado a cabeça da metade incarismática do ser bifronte Lulalckmin.

E quais pensamentos pensei ao me debruçar sobre as palavras do mais respeitável filho de Pindamonhangaba?

Foram estes: dividindo as palavras, que reproduzi, aqui, devidamente aspeadas, do Geraldo Alckmin, em dois trechos, que são, o primeiro, "Lula é (...) aquele que melhor reflete, interpreta, o sentimento de esperança do povo brasileiro;", e, o segundo, "aliás, ele representa a própria democracia, (...)" Organizemos os meus pensamentos. Primeiro, comento o trecho "Lula é (...) aquele que melhor reflete, interpreta, o sentimento de esperança do povo brasileiro;". Vejamos, se Lula é a esperança do povo brasileiro, então, concluo, este povo está a ir de mal a pior, a comer o pão que o diabo amassou, a viver vida de necessidades insatisfeitas, desesperançado, sem eira nem beira, a ponto de cair no precipício, na completa miséria, em decorrência das ações políticas do atual presidente da república brasileira, Jair Messias Bolsonaro, que representa, em contraste, para o povo, que tem no Lula a sua esperança, o desespero, o terror, o fim-do-mundo, o demônio que está a destruir o maior dos filhos de Portugal. Procede tal imagem das atuais coisas do Brasil? Em resposta, a realidade diz um sonoro não, afinal, se desesperançados estivessem, os brasileiros manifestariam descontentamento, e sem papas na língua, e não se vexariam de pedir aos poderes celestiais que alijassem Jair Messias Bolsonaro da cadeira presidencial. Mas não é isso o que se vê. O presidente é recepcionado, em todas as cidades que visita, com entusiasmo, euforia, por multidão embevecida, contente, a transparecer seus sentimentos de carinho e gratidão por ele; enquanto isso, aquela cabeça do ser de duas cabeças socialistas que reflete e interpreta, segundo a outra cabeça, o sentimento de esperança do povo brasileira é refratária à idéia de ir às ruas e cair nos braços do povo, que tão bem lhe quer. Pergunto-me de que povo está o Geraldo Alckmin falando. Do brasileiro, dos descendentes de Peri e Ceci, dos herdeiros de Dom João VI? De quem ele está a falar? De que povo? É "povo" para ele os artistas famosos, os sindicalistas, os universitários militantes, os jornalistas, os políticos de esquerda?!

Agora, tratemos do trecho "aliás, ele representa a própria democracia, (...)" O que pretende o amigo do João Dória com tal frase? Quer ele expressar qual pensamento? Vejamos, se Lula representa a Democracia - e ponho-a em inicial maiúscula -, ele a corporifica, então qualquer critica que se lhe faça está-se, automaticamente, a se atacar a Democracia. É Democracia um valor universal; não se reduz, e não pode ser reduzido, à uma pessoa, a um homem; não se personaliza; é uma abstração, uma idéia. Ao afirmar que Lula a representa, dá-se a entender que ele é ela, e ela ele. Assim, blinda-se Lula. Que ninguém ouse atacá-lo. Qualquer crítica a ele é um ataque à Democracia, uma ação, portanto, anti-democrática, e quem ousa criticá-lo um ser anti-democrático.

Os comentários, que fiz, das palavras do Geraldo Alckmin, reproduzem pensamentos dele? Não sei. Tem ele consciência do valor de suas palavras, do alcance delas? Não sei. Aqui, eu me limitei a expressar pensamentos incômodos que as palavras dele inspiraram-me.


sábado, 7 de maio de 2022

Notas breves e brevíssimas

 Da terra do Tio Sam, novidades. Hepatite. Doutor Estranho. E outras notas breves, e brevíssimas.



O que se passa na terra do Tio Sam? De lá recebemos notícias agourentas. Uma: Hilary Clinton responde a processos que a implicam em um esquema daqueles - daqueles, entendem, daqueles bem sinistros. Agora, vem de lá 2.000 mulas, que participaram de fraude nas eleições de 2.020, o que pode complicar a vida já deveras complicada de Joe Biden, um tipo caricato, político veterano de uma biografia da qual qualquer outra pessoa - pessoa que não tenha nenhuma espécie de afinidade com tal criatura - se envergonharia, e que, é visível, 'tá mais perdido do que bêbado no Saara, e, pior! não 'tá batendo bem dos pinos - e até fantasmas (ou amigos imaginários) ele está a saudar após encerrar seus discursos homéricos.

E mais uma bizarrice, esta de inspiração orwelliana, chega-nos da outrora terra da liberdade - melhor, ainda é os Estados Unidos a terra da liberdade (não serei pessimista, de espírito apocalíptico) -, e diz respeito à criação, pelo Joe Biden, de um Conselho de Governça da Desinformação, imediatamente após o anúncio de sua criação apelidado Ministério da Verdade.

Para encerrar esta nota breve, uma nota ainda mais breve: O governo Biden 'tá de olho no descaso - assim diz a mídia militante - do governo Bolsonaro na Amazônia. Vem por aí chumbo grosso da terra dos ianques!

*

Primeira nota brevíssima: Multiplicam-se, nos Estados Unidos e na Europa, os casos de hepatite em crianças.

*

Segunda nota brevíssima: teme o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, a invasão, pela China, das Ilhas Salomão. Para tranquilizar a todos, afirma-se que é a notícia da invasão um boato. Vá saber! Em tempos tão agourentos...

*

Terceira nota brevíssima: Em um curto texto, em sua página na rede social Facebook, Ricardo Santi chama na chincha os da direita floquinhos-de-neve, que vivem se cuspir seus perdigotos histéricos contra o ministro André Mendonça.

*

Quarta nota brevíssima: Paulo Cursino publicou comentários seus ao filme Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Ótimo texto; de quem entende de cinema.

*

Li, não me lembro onde, há poucos dias, uma tese, que me fez pensar, mas não sei se a respeito dela pensei bem, de um estudioso de geopolítica: metacapitalistas ocidentais, os mal-falados globalistas, apóiam Rússia e China numa guerra global contra os Estados Unidos, com o objetivo de pôr a terra de Washington e Lincoln de joelhos diante do mundo; e para tanto, destronar o Dólar é essencial; e a guerra que ora se desenrola na terra de Gogol é apenas um jogo-de-cena para dar poder aos inimigos do Ocidente, em particular dos Estados Unidos da América, país que os globalitas odeiam. E a China, país que os metacapitalistas tiraram na miséria, é apenas um laboratório social onde se experimenta técnicas de controle social draconiano, que pretendem os donos do poder, num futuro não muito distante, implementar em todo o mundo, assim realizando o sonho, que tão apaixonadamente acalentam, de erigir um governo global totalitário. É a China a gestante, a mãe-de-aluguel - não sei se digo bem com tal imagem - de um embrião, que em seu útero, a crescer livremente, dará forma a um monstro devorador de carne e alma humanas, pantagruélico, insaciável.

*

Quinta, e última, nota brevíssima: Jonas Fagá Jr. afirma que foi a epidemia do Covid e é a guerra na Ucrânia artimanhas que aqueles que controlam os bancos centrais executaram para ocultar de todos os prejuízos que eles causaram às nações.


Cinco notas

 Rodrigo Gurgel e três escritores brasileiros fundamentais. Lula, e a aula magna. Bandidos, e bandidos. Rússia x OTAN. Digitalização do mundo. Notas breves.


Diz, em um vídeo de, aproximadamente, uma hora e meia de duração, o professor e escritor e crítico literário Rodrigo Gurgel, respeitável, e de excelente e admirável cultura literária, que são três os escritores fundamentais da literatura brasileira, e deles ele apresenta breve biografia e acerca das obras deles dá comentários percucientes, com simplicidade, e autoridade: Manuel Antonio de Almeida, Machado de Assis e Graciliano Ramos. Fala, com propriedade, de Memórias de Um Sargento de Milícias, obra do primeiro, e de sua importância na formação literária de Machado de Assis, e do apoio que este recebeu de Manuel Antonio de Almeida, que foi, dir-se-ia, seu patrinho no mundo das letras. Além de outras observações que ele fez dos três mestres da literatura nacional, esta é a que mais me chamou a atenção.

*

Uma notícia do balacobaco: Lula, ex-presidente e candidato a presidente - e não presidente como a ele não poucos intelectuais e jornalistas se referem -, apresentou, na Unicamp, à convite de entidades estudantis, e de servidores da universidade, e de associações de alunos e professores, e de sindicatos, uma aula magna; e seus fãs, os universitários, aplaudiram-lo efusivamente, apaixonadamente. O que ele ensinou aos que o ouviram, não sei o que foi, não quero saber, e tenho raiva de quem sabe; sei, apenas, que, em ambientes universitários, políticos e intelectuais e artistas renomados, sendo de esquerda, socialistas, progressistas, politicamente corretos, desarmamentistas, seguidores da ciência, da turma dos antifas e dos vidas negras importam, sempre são bem acolhidos, com amor e carinho incomuns; já aos dissidentes, os que não comungam as mesmas ideologias, os universitários dedicam ódio visceral, e atiram-lhes pedras e facas, impelidas por ofensas impublicáveis, numa exibição, e há quem pense diferente, de tolerância e respeito invejáveis, afinal são justiceiros sociais a lutarem pela ereção de um mundo melhor, sem desigualdade de renda, sem preconceitos. Tal episódio fez-me evocar o tratamento nobre que universitários dedicaram, em uma universidade, se não me falha a memória, de Pernambuco, àqueles que iriam exibir o, e assistir ao, filme O Jardim das Aflições, que fala do pensamento e da obra de Olavo de Carvalho. De fato, são as universidades guardiãs do conhecimento e o paraíso da inteligência, ambientes onde os sábios sentem-se bem.

*

É ou não é o mundo dos justiceiros sociais uma coisa de louco?! Parece mentira, mas não é: em algum canto deste imenso Brasil, em um dos estados do Sul, me parece, um distinto personagem, ao vislumbrar um sinal dos deuses, a mente iluminada, pensou uma idéia brilhante, que ele deu um jeito de apresentar com a seriedade que lhe faz a susbtância: em um tiroteiro entre bandido e policial, o bandido, ao manusear a arma-de-fogo, e disparar a esmo, sem mirar o policial, e vir a alvejá-lo e matá-lo, não será tratado, pelos órgãos competentes, cuja competência é proverbial, como um assassino, pois não será o seu ato, que resultou na morte do policial, considerado um homicídio, pois ele, ao não mirá-lo, não tinha o fim de matá-lo; pretende o bandido, em tal caso, apenas resistir à ação do policial, cuja morte é um acidente de percurso, um efeito colateral da ação de resistência do bandido, eterna vítima da sociedade cristã e patriarcal.

*

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, informa que sanções européias ao petróleo russo redundará em prejuízo para a Hungria, que não tem meios de aguentar o impacto que tal medida trará a sociedade húngara. Mas a OTAN parece disposta a insistir em suspender compra de petróleo russo, e a arrastar a Hungria para o conflito. E não é de hoje que a Europa ocidental, corroída pelo anti-cristianismo, bate na Hungria, que estima uma política mais tradicional, voltada para o cristianismo.

E outra notícia importante: a Polônia, a Hungria e a Romênia estão a reivindicar pedaços do leste da Ucrânia, onde entrariam, li, com o escudo de uma força de paz da OTAN. Há quem diga que se isto se der, a coisa degringola de vez.

Se as duas notícias acima são de estarrecer, o que dizer das que dão a conhecer que os serviços de inteligência dos Estados Unidos da América auxiliaram as forças militares ucranianas a caçar, e matar, generais russos, e a atacar, e afundar, o Moskva, navio russo, um símbolo do poderio naval dos bárbaros das estepes?!

E daquelas regiões belicosas e de seus arredores, chega-nos duas notícias: a OTAN pensa em enviar à Ucrânia obuzeiros Panzerhaubitze 2000, de fabricação alemã; e, na Espanha, é preso o blogueiro Anatoly Shariy, crítico de Volodomyr Zelensky, acusado sei lá eu de quê.

*

Durante a epidemia do novo coronavírus, houve avalancagem extraordinária das transações comerciais intermediadas por criptomoedas, e de serviços digitais, e de relações de compra-e-venda por meio de aplicativos, assim avançando a economia mundial em um projeto que visa a sua total digitalização, todas as transações realizadas via serviços digitais, com a consequente supressão da moeda em papel, o que atende aos objetivos da ONU 2.030. Para muitos, o mundo que se avizinha é deveras preocupante, assustador: um Estado global totalitário a gozar de poder absoluto jamais imaginado por faraós e reis e imperadores e líderes ditadores do tempo dos nossos tataravós.


quinta-feira, 5 de maio de 2022

Nove notas

 Bolsonaro e cultura. Lula. Agronegócio. Ameaças ao Brasil. Guerra das moedas. Russofobia. Mercenários. Mídia. Esportes. Notas breves.


Li, hoje, notícia alvissareira: o presidente Jair Messias Bolsonaro vetou a lei Aldir Blanc, que distribuiria, se sancionada pela caneta presidencial, uma nota preta, não aos artistas populares, que passam maus bocados, e não têm meios de vender o seu peixe, mas aos que, além de nadarem em dinheiro, se arvoram credores dos brasileiros. Há semanas, rejeitou-se a lei - ou um projeto de lei, não sei - intitulada Paulo Gustavo, que tinha fim semelhante e que encontrou o mesmo fim da que o presidente vetou há pouco. E alguns antibolsonaristas declaram, verborrágicos e atrabiliários, que é o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, hostil à cultura, ele a destruir a cultura brasilera. Pensa tal gente que é cultura a obra artística de artistas famosos, e unicamente a obra deles - e não sei se acerto ao falar "a obra artística de artistas famosos". A cultura de um povo o povo a faz, e não um grupo de gente privilegiada com bons laços políticos e empresarias e midiáticos.

*

E Lula ora diz algo que vai de encontro ao que ele disse há anos e ora ao encontro do que há anos ele disse. Tem multípla personalidade, o homem, ou ele se dobra e se desdobra, em vão, para agradar às múltiplas facções de seus apoiadores, e aliados, e eleitores, e fãs, aqui em terra em que se platando tudo dá e no exterior. É Lula extraordinariamente maleável, flexível, a contorcer-se para adotar a figura de todos os que lhe querem bem, assim criando com todos eles afinidades e identidade.

*

Não entendi até hoje, e jamais entenderei, a sem-razão da razão irracional daqueles que agridem o agronegócio brasileiro, e pedem-lhe a extinção - para o bem-estar da floresta amazônica, da biodiversidade, e do planeta Terra, e da Via-Láctea. De onde vêm a carne, e os ovos, e as frutas e legumes, e outros produtos comestíveis que tais pessoas enviam, todo santo dia, para o bucho? Será que elas acreditam que o leite de vaca brota, espontaneamente, dentro das caixinhas e dos pacotes de plástico, e os grãos de arroz e de feijão nascem, assim, num "Faça-se o feijão! Faça-se o arroz!", dentro de pacotes, nas gôndolas dos supermercados? Presumo que haja (e haja o que hajar - alguém já disse - escrevo o pensamento que me resvala a cabeça) pessoas - e muitas delas pecuaristas e agricultores americanos e franceses - que entendem ameaçador aos seus negócios o robustecimento da indústria agropecuária brasileira, e, por esta razão, e por nenhuma outra, financiam campanhas em desfavor do agronegócio brasileiro. Entendo. Mas aqueles brasileiros que, ensandecidos, descabelam-se, sinceros em suas catilinárias contra quem produz o alimentos que eles comem, não contam com a minha compreensão.

*

Não é pouca a gente que, a estudar, com seriedade, as coisas que se sucedem em nosso mundo, atenta para a ameaça que a atual política externa americana, sob o desgoverno do Biden, incomodada com a política do presidente Jair Messias Bolsonaro, representa ao Brasil. Artistas hollywoodianos, secundados por seus congêneres brasileiros, estão a falar as mais rematadas asneiras e asnices acerca do Brasil. E contam tais personalidades com o apoio de organizações internacionais e de organizações não-governamentais, e de políticos e ativistas e cantores e atores brasileiros, todos confessos adoradores de esquerdistas e ditadores, e propugnadores de políticas socialistas, politicamente corretas.

*

Veio ao Brasil, dos Estados Unidos da América, nesta semana, a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, que, diz-se por aí, abriu, em 2.014, na Ucrânia, a caixa de Pandora, obtendo a queda do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, um fontoche, todos sabemos, do Vladimir Putin. E quem substituiu o presidente deposto foi um preposto, assim dizem, dos globalistas ocidentais. E vai a Ucrânia a seguir sua sina rumo ao seu destino, que ninguém lhe inveja. Pressiona a representante americana, informam algumas publicações, o governo brasileiro a assumir postura menos amigável a Moscou, e mais alinhada a Washington. Parece que o presidente Jair Messias Bolsonaro terá muita dor de cabeça pela frente. Quem é que sonha estar na pele de tal homem?!
*
Li que empresas chinesas compram, da Rússia, carvão e petróleo, e pagam em Yuan, e não mais em Dólares. E que países europeus estão a comprar, via outros países - estes dispostos a apagarem ao Putin em Rublos -, da Rússia, o gas e o petróleo que, por baixo do pano, enviam aos seus clientes, que, não querendo aparecer na foto, mantêm, para o público de todo o mundo, imagem de dignos e aguerridos inimigos do vilanesco Vladimir Putin.
*
Na cidade ucraniana de Mukatchevo, demoliram monumento, e arrancaram uma placa memorial, ambos em homenagem a Pushkin, mestre da literatura russa. Qual a justificativa para tal atitude? Sentimento russófobo, que exacerba-se, não apenas na Ucrânia, mas em boas quadras do mundo, insuflado pela mídia ocidental.
*
Contou-me um passarinho que na Ucrânia soldados russos capturaram mercenários originários de países da OTAN. É a guerra, pergunta-se, entre Rússia e Ucrânia, ou entre países da OTAN e Rússia?
*
Pessoas que há não muito tempo escreveram, em tom de alerta, artigos percucientes acerca da concentração dos meios de comunicação ocidentais num tal de Projeto Sindicato, conglomerado midiático sob controle de uma meia dúzia de nababos ocidentais, estão, agora, a comprar da mídia ocidental, acriticamente, a narrativa da guerra que ora se desenrola na terra dos cossacos.
*
O senado do estado americano da Carolina do Norte aprovou um projeto de lei que não concede permissão para pessoas transgêneros - homens que se dizem mulheres - de participar de competições oficiais com mulheres.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Duas notas

Lula, a esperança do povo brasileiro.


É Lula, nas palavras de um seu fã de carteirinha, a esperança do povo brasileiro. E a esperança do povo brasileiro, Lula, representa a própria democracia. Mas ele, Lula, a esperança de um povo sofrido, não atraiu, no dia 1 de Maio, o povo brasileiro, que nele deposita infinita esperança. Estou surpreso!


*


Anti-capitalistas


Anti-capitalistas pedem o fim do livre-mercado, a extinção das empresas, pois os empresários, gananciosos, só pensam no lucro e em explorar os trabalhadores, e exigem que o Estado tudo controle, certos de que criarão, na Terra, o paraíso. E quando alguém lembra-os que Fidel e Che, em Cuba, e Chavez e Maduro, na Venezuela, empreenderam a política anti-capitalista, produzindo os mais valiosos produtos socialistas, miséria, fome, desigualdade, opressão, mortes, esgoelam-se e cospem-lhe na cara. E enaltecem as figuras de Fidel e Che, e a de Chavez e Maduro . Quem entende?! 

Notas breves.

 Elon Musk. Roe vs Wade. Leonardo di Caprio. Disney. E outras notas breves.


"Elon Musk pagou 44 bi de dólares para comprar o Twitter. Com esta grana ele poderia acabar com a fome no mundo." "E as pessoas que receberam dele tal fortuna podem com ela acabar com a fome no mundo."

Nota de rodapé 1: com tal dinheiro mata-se a fome de um bilhão de pessoas - que, segundo organizações mundiais, passam fome -, durante uma semana, se muito. E depois?

Nota de rodapé 2: o diálogo acima não faz sentido algum; não tem né, nem cabeça; a réplica é uma provocação àqueles que estão a exprobrar Elon Musk após ele comprar o Twitter.

Nota de rodapé 3: distribua-se tal fortuna, ou o dobro, ou o quintuplo, ou mais, pelos povos famintos de todo o mundo, que a fome não irá diminuir, pois muitos políticos, ditadores, irão amealhar a grana, e abandonar o povo ao deus-dará, ou irão subjugá-lo retirando-lhe os meios de subsistência - o que, aliás, muitos já fazem. A crítica ao Elon Musk é só perfumaria de gente que se diz preocupada com os destinos da humanidade.

*

Nos Estados Unidos, a Suprema Corte revogou a lei Roe vs Wade, que permite o aborto, eufemismo para assassinato de crianças. Agora, a decisão acerca do tema cabe a cada estado americano. E o governo do estado de Oklahoma, Kevin Stitt, decidiu banir tal prática assassina de suas praias. E os abortistas esperneiam, ensandecidos.

*

O Leonardo di Caprio quer salvar o Brasil. Que menino bonzinho. Ele é o filhinho bonitinho do papai e da mamãe, mas levou umas palmadas, e bem dadas, do Capitão Bonoro, nosso querido presidente.

*

Contou-me um passarinho que russos e ucranianos estão se estranhando na Moldávia, e que o Rublo valorizou-se, e que as sanções à Rússia impostas por alguns países europeus e pelos Estados Unidos estão a prejudicar mais a economia européia do que a russa, e que a União Européia não que pretende mais comprar petróleo russo, uma idéia de jerico rejeitada pelos governos da Hungria, da Eslovaquia, da Bulgária e da Czekia, e que países europeus seguem a comprar gás e petróleo russos por intermédio de outros países, que aos russos pagam em Rublos, e que o lockdown decretado, em Shangai, pelo governo chinês, sob a justificativa de impedir a disseminação do mocorongovírus, visa, na verdade, quebrar a cadeia de suprimentos mundiais, o que, parece, está ocorrendo.

*

O governador da Flória, Ron DeSantis revogou as proteções especiais à Disneylândia. Desconheço a história. Li aqui e ali que a Disney gozava de certas autonomias administrativas no governo da vasta área que ocupa, e agora não a possui mais. O DeSantis, aliado de Donald Trump, é uma pedra no sapato de progressistas, esquerdistas, e companhia limitada.

*

Leio textos de pessoas, que, independentes e corajosas, ousam expor idéias não contempladas pela grande mídia, pessoas que fazem das coisas do mundo, da política, da cultura, leitura que parece coisa do balacobaco, terraplanista negacionista, e coisa e tal, mas que nada mais é do que uma visão distinta do que a permitida pelos poderosos de plantão. Dentre tais pessoas estão Maurício Alves, Kleber Sernik, Jonas Fagá Jr., Kassandra Marr, Neto Curvina, Maurício Erthal, Naomi Yamaguchi. Não repetem lugares-comuns, narrativas convencionais, platitudes insossas.