terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Capitalismo e socialismo

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo de formação marxista, não privatizou a Vale do Rio Doce e outras estatais para beneficiar os capitalistas, em favor do que se convencionou chamar de sistema capitalista, mas, sim, para, por meio de tais empresas, agora nas mãos da iniciativa privada, controlando-as via agências reguladoras e órgãos de fiscalização, financiar o movimento socialista nacional e internacional ao cobrar-lhes impostos escorchantes, do mesmo modo que estrangula a iniciativa privada com sufocante carga tributária e políticas intervencionistas draconianas.
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O Estado favorece os grandes capitalistas com medidas de isenção fiscal, e empréstimos a juros subsidiados via bancos de fomento, prejudicando os pequenos empresários, que não têm meios de obter empréstimos similares, e tampouco usufruem de política de isenção fiscal que lhes permite respirar. Há uma relação umbilical entre agentes do Estado e personalidades que detêm o grande capital nacional e internacional. Os interesses de ambas as classes imbrincam-se, fundem-se, confundem-se, tornando impossível desfazer a intrincada artimanha que lhes permite obter privilégios, vantagens e favores, e prejudicar as personagens que não integram a patota dos bem-nascidos.

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