Para o bem dos negros, das mulheres e dos honossexuais? Quem é racista, machista e homofóbico?
Discute-se - ouvi, hoje, de uma pessoa do meu círculo de amizades - uma idéia que eu já ouvi em diversas outras ocasiões, de pessoas próximas de mim, e de políticos e de intelectuais: tratar obrigatoriamente, e legalmente, como se racismo seja toda demissão de um funcionário negro pelo seu patrão.
Os defensores de tal política, que ainda não saiu do papel - e temos de nos perguntar se um dia sairá, ou quando irá sair -, declaram, ao defendê-la, que ela eliminará o preconceito contra os negros, servirá para acabar com injustiças contra os negros, dará fim ao racismo. Procede tal justificativa? O que o mundo nos ensina?
O raciocínio que se usa com o negro no papel principal é o que se usa com a mulher e o homossexual no lugar do negro.
Tal política assegura a justiça, a igualdade perante a lei, a isonomia no tratamento de todos os trabalhadores?
Se se considera toda demissão, pelo patrão, de um funcionário negro, como ação racista - e é o racismo crime inafiançável -, independentemente das motivações do patrão, e das razões que ele aventa, e da conduta do funcionário, qual empresário contratará negros, se não poderá contar com a justiça, que o condenará antes mesmo de ouvi-lo? Aliás, o empresário está de antemão condenado. A justiça jamais perderá tempo ouvindo-o.
Tal política, se implementada, estará em prejuízo aos negros, e dela eles não tirarão de lucro um centavo. É uma tolice sem tamanho.
Pergunto-me se as pessoas que defendem tal política antevêem a real consequência dela, e a quer, para gerar conflitos entre negros e brancos, ou se estão, impelidos por um sentimento justo e nobre, que atende ao fim de acabar com injustiças. É bem provável que aqueles que a elaboram, engenheiros sociais cujas estampas não são públicas, a mando de alguéns extraordinariamente poderosos, sabem no que tal política irá redundar, e que as pessoas, as pessoas comuns, assim direi, bem intencionadas, hipnotizadas pela oratória floreada com vocábulos que lhes ativam e excitam os bons sentimentos, a anunciarem, se tal política concretizada, um futuro alvissareiro, sem injustiças, sem preconceitos, não.
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